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1 DIA 9 LEI 10826/03 – ESTATUTO DO DESARMAMENTO LEI 8072/90 - CRIMES HEDIONDOS LEI Nº 9455/1997 - CRIMES DE TORTURA LEI 9503/97 – CRIMES DE TRÂNSITO LEI 7716/89 – PRECONCEITO DE RAÇA/COR LEI 7960/89 – PRISÃO TEMPORÁRIA LEI 9605/98 - CRIMES CONTRA O MEIO AMBIENTE DECRETO-LEI 3688/41 - CONTRAVENÇÕES PENAIS (PARTE GE- RAL) CÓDIGO FLORESTA LEI 9985/00 - SISTEMA NACIONAL DE UNIDADE DE PROTEÇÃO LEI 6938/91 – PNMA RESOLUÇÃO 237/97 DO CONAMA LEI 10257/01 – ESTATUTO DA CIDADE LEI 7347/85 - AÇÃO CIVIL PÚBLICA LEI 9507/97 – Habeas Data LEI 4717/65 – Ação Popular LEI 13300/16 – Mandado de Injunção LEI 12016/09 – Mandado de Segurança LEI 9868/99 – ADI LEI 9882/99 – ADPF Lei 11417/06 – SV LEI 10826/03 – ESTATUTO DO DESARMAMENTO CAPÍTULO IV DOS CRIMES E DAS PENAS POSSE irregular de arma de fogo de uso permitido Art. 12. Possuir ou manter sob sua guarda arma de fogo, acessório ou munição, de USO PERMITIDO, em desacordo com determinação legal ou regulamentar, no interior de sua residência ou dependência desta, ou, ainda no seu local de traba- lho, desde que seja o titular ou o responsável legal do estabeleci- mento ou empresa: Pena – detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa. Omissão de cautela Art. 13. Deixar de observar as cautelas necessárias para im- pedir que menor de 18 anos ou pessoa portadora de deficiên- cia mental se apodere de arma de fogo que esteja sob sua posse ou que seja de sua propriedade: Pena – detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos, e multa. Parágrafo único. Nas mesmas penas incorrem o proprietário ou diretor responsável de empresa de segurança e transporte de valores que deixarem de registrar ocorrência policial e de co- municar à Polícia Federal perda, furto, roubo ou outras for- mas de extravio de arma de fogo, acessório ou munição que estejam sob sua guarda, nas primeiras 24 horas depois de ocorrido o fato. PORTE ilegal de arma de fogo de uso permitido Art. 14. Portar, deter, adquirir, fornecer, receber, ter em de- pósito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou munição, de USO PERMITIDO, sem autorização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar: Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa. Parágrafo único. O crime previsto neste artigo é inafiançável, salvo quando a arma de fogo estiver registrada em nome do agente. (declarado inconstitucional) Posse ou porte ilegal de arma de fogo de USO RESTRITO Art. 16. Possuir, deter, portar, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente, em- prestar, remeter, empregar, manter sob sua guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou munição de uso restrito, sem autori- zação e em desacordo com determinação legal ou regulamentar: (LEI 13964/19) §1° Nas mesmas penas incorre quem: VI – produzir, recarregar ou reciclar, sem autorização legal, ou adulterar, de qualquer forma, munição ou explosivo. § 2º Se as condutas descritas no caput e no § 1º deste artigo en- volverem arma de fogo de uso proibido, a pena é de reclusão, de 4 a 12 anos. (LEI 13964/19) Art. 1°, parágrafo único, Lei 8072/90. Consideram-se também hediondos, tentados ou consumados: II - o crime de posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso proibido, previsto no art. 16 da Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003; POSSE OU PORTE ILEGAL DE ARMA DE FOGO DE USO RESTRITO ANTES DA LEI 13964/19 DEPOIS DA LEI 13964/19 Possuir, deter, portar, adquirir, fornecer, receber, ter em de- pósito, transportar, ceder, ain- da que gratuitamente, em- prestar, remeter, empregar, manter sob sua guarda ou ocultar arma de fogo, acessó- rio ou munição de uso proi- bido ou restrito, sem autori- zação e em desacordo com determinação legal ou regula- mentar: Possuir, deter, portar, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob sua guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou munição de uso restrito, sem autorização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar: Se envolverem arma de fogo de uso proibido , a pena é de reclusão, de 4 a 12 anos. Comércio ilegal de arma de fogo Art. 17. Adquirir, alugar, receber, transportar, conduzir, ocul- tar, ter em depósito, desmontar, montar, remontar, adulterar, ven- der, expor à venda, ou de qualquer forma utilizar, em proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou in- dustrial, arma de fogo, acessório ou munição, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar: Pena - reclusão, de 6 a 12 anos, e multa.(LEI 13964/19) §1°. Equipara-se à atividade comercial ou industrial, para efeito deste artigo, qualquer forma de prestação de serviços, fa- bricação ou comércio irregular ou clandestino, inclusive o exerci- do em residência. § 2º Incorre na mesma pena quem vende ou entrega arma de fogo, acessório ou munição, sem autorização ou em desacordo MAÍRA MESQUITA MATOS - 056.056.763-42 maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com 2 com a determinação legal ou regulamentar, a agente policial disfarçado, quando presentes elementos probatórios razoá- veis de conduta criminal preexistente.(LEI 13964/19) Crime habitual, só restando configurado se houver reiteração da prática delitiva, visto que o legislador utilizou a expressão “no exercício de atividade comercial ou industrial”. Art. 1°, parágrafo único, Lei 8072/90.Consideram-se também he- diondos, tentados ou consumados: III - o crime de comércio ile- gal de armas de fogo, previsto no art. 17 da Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003; Tráfico internacional de arma de fogo Art. 18. Importar, exportar, favorecer a entrada ou saída do território nacional, a qualquer título, de arma de fogo, acessório ou munição, sem autorização da autoridade competente: Pena - reclusão, de 8 a 16 anos, e multa.(LEI 13964/19) Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem vende ou entre- ga arma de fogo, acessório ou munição, em operação de im- portação, sem autorização da autoridade competente, a agente policial disfarçado, quando presentes elementos probatórios razoáveis de conduta criminal preexistente.(LEI 13964/19) Art. 1°, parágrafo único, Lei 8072/90.Consideram-se também he- diondos, tentados ou consumados: IV - o crime de tráfico inter- nacional de arma de fogo, acessório ou munição, previsto no art. 18 da Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003 Art. 19. Nos crimes previstos nos arts. 17 (comércio ilegal) e 18 (tráfico internacional), a pena é aumentada da 1/2 se a arma de fogo, acessório ou munição forem de uso proibido ou restrito. Art. 20. Nos crimes previstos nos arts. 14, 15, 16, 17 e 18, a pena é aumentada da metade (1/2) se:(LEI 13964/19) I - forem praticados por integrante dos órgãos e empresas referidas nos arts. 6º, 7º e 8º desta Lei; ou (LEI 13964/19) II - o agente for reincidente específico em crimes dessa nature- za.(LEI 13964/19) CAUSA DE AUMENTO DE PENA ANTES DA LEI 13964/19 DEPOIS DA LEI 13964/19 Nos crimes previstos nos arts. 14, 15, 16, 17 e 18, a pena é au- mentada da metade (1/2) se forem praticados por integran- te dos órgãos e empresas refe- ridas nos arts. 6o, 7o e 8o desta Lei. Nos crimes previstos nos arts. 14, 15, 16, 17 e 18, a pena é aumentada da metade (1/2) se: I - forem praticados por integrante dos órgãos eempresas referidas nos arts. 6º, 7º e 8º desta Lei; ou II - o agente for reincidente específico em crimes dessa natureza. SÚMULA SOBRE ESTATUTO DO DESARMAMENTO Súmula 513-STJ: A abolitio criminis temporária prevista na Lei nº 10.826/2003 aplica-se ao crime de POSSE de arma de fogo de uso permitido com numeração, marca ou qualquer outro sinal de identificação raspado, suprimido ou adultera- do, praticado somente até 23/10/2005. JURISPRUDÊNCIA EM TESES DO STJ EDIÇÃO N. 102: ESTATUTO DO DESARMAMENTO - I 1) O crime de posse irregular de arma de fogo, acessório ou munição de uso permitido (art. 12 da Lei n. 10.826/2003) é de perigo abstrato, prescindindo de demonstração de efetiva situação de perigo, porquanto o objeto jurídico tutelado não é a incolumidade física e sim a segurança pública e a paz social. 2) O crime de porte ilegal de arma de fogo, acessório ou munição de uso permitido (art. 14 da Lei n. 10.826/2003) é de perigo abstrato e de mera conduta, bastando para sua caracterização a prática de um dos núcleos do tipo penal, sendo desnecessária a realização de perícia. 4) O crime de disparo de arma de fogo (art. 15 da Lei n. 10.826/2003) é crime de perigo abstrato, que presume a ocorrência de dano à segurança pública e prescinde, para sua caracterização, de comprovação da lesividade ao bem jurídico tutelado. 5) O crime de posse ou porte ilegal de arma de fogo, acessório ou munição de uso restrito (art. 16, caput, da Lei n. 10.826/2003) é crime de perigo abstrato, que presume a ocorrência de dano à segurança pública e prescinde, para sua caracterização, de resultado naturalístico à incolumidade física de outrem. 7) São atípicas as condutas descritas nos arts. 12 e 16 da Lei n. 10.826/2003, praticadas entre 23/12/2003 e 23/10/2005, mas, a partir desta data, até 31/12/2009, somente é atípica a conduta do art. 12, desde que a arma de fogo seja apta a ser registrada (numeração íntegra). 10) Não se aplica o princípio da consunção quando os delitos de posse ilegal de arma de fogo e disparo de arma em via pública são praticados em momentos diversos e em contextos distintos. 11) A simples conduta de possuir ou de portar arma, acessório ou munição é suficiente para a configuração dos delitos previstos nos arts. 12, 14 e 16 da Lei n. 10.826/2003, sendo inaplicável o princípio da insignificância. EDIÇÃO N. 108: ESTATUTO DO DESARMAMENTO - II 1) O simples fato de possuir ou portar munição caracteriza os delitos previstos nos arts. 12, 14 e 16 da Lei n. 10.826/2003, por se tratar de crime de perigo abstrato e de mera conduta, sendo prescindível a demonstração de lesão ou de perigo concreto ao bem jurídico tutelado, que é a incolumi- dade pública. 2) A apreensão de ínfima quantidade de munição desacom- panhada de arma de fogo, excepcionalmente, a depender da análise do caso concreto, pode levar ao reconhecimento de atipicidade da conduta, diante da ausência de exposição de risco ao bem jurídico tutelado pela norma. 3) Demonstrada por laudo pericial a inaptidão da arma de fogo para o disparo, é atípica a conduta de portar ou de possuir arma de fogo, diante da ausência de afetação do bem jurídico incolumidade pública, tratando-se de crime im- possível pela ineficácia absoluta do meio. 6) O delito de comércio ilegal de arma de fogo, acessório ou munição, tipificado no art. 17, caput e parágrafo único, da Lei de Armas, nunca foi abrangido pela abolitio criminis temporária prevista nos arts. 5º, § 3º, e 30 da Lei de Armas ou MAÍRA MESQUITA MATOS - 056.056.763-42 maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com 3 nos diplomas legais que prorrogaram os prazos previstos nos referidos dispositivos. 7) Compete à Justiça Federal o julgamento do crime de tráfico internacional de arma de fogo, acessório ou muni- ção, em razão do que dispõe o art. 109, inciso V, da Consti- tuição Federal, haja vista que este crime está inserido em tratado internacional de que o Brasil é signatário. 8) O crime de tráfico internacional de arma de fogo, acessório ou munição, tipificado no art. 18 da Lei n. 10.826/03, é de peri- go abstrato ou de mera conduta e visa a proteger a segurança pública e a paz social. 9) Para a configuração do tráfico internacional de arma de fogo, acessório ou munição não basta apenas a procedência es- trangeira do artefato, sendo necessário que se comprove a internacionalidade da ação. 10) É típica a conduta de importar arma de fogo, acessório ou munição sem autorização da autoridade competente, nos termos do art. 18 da Lei n. 10.826/2003, mesmo que o réu detenha o porte legal da arma, em razão do alto grau de reprovabilidade da conduta. LEI 8072/90 - CRIMES HEDIONDOS Art. 1o São considerados hediondos os seguintes crimes, todos tipificados no Código Penal, consumados ou tentados [ROL TA- XATIVO]: I - homicídio (art. 121), quando praticado em atividade típica de grupo de extermínio, ainda que cometido por um só agente, e homicídio qualificado (art. 121, § 2º, incisos I, II, III, IV, V, VI, VII e VIII); (LEI 13964/19) I-A – lesão corporal dolosa de natureza gravíssima (art. 129, § 2o) e lesão corporal seguida de morte (art. 129, § 3o), quando praticadas contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição Federal, integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até 3° grau, em razão dessa condição; II - roubo: (LEI 13964/19) a) circunstanciado pela restrição de liberdade da vítima (art. 157, § 2º, inciso V); (LEI 13964/19) b) circunstanciado pelo emprego de arma de fogo (art. 157, § 2º-A, inciso I) ou pelo emprego de arma de fogo de uso proibido ou restrito (art. 157, § 2º-B); (LEI 13964/19) c) qualificado pelo resultado lesão corporal grave ou morte (art. 157, § 3º); (LEI 13964/19) III - extorsão qualificada pela restrição da liberdade da vítima, ocorrência de lesão corporal ou morte (art. 158, § 3º); (LEI 13964/19) IV - extorsão mediante seqüestro e na forma qualificada (art. 159, caput, e §§ lo, 2o e 3o); V - estupro (art. 213, caput e §§ 1o e 2o); VI - estupro de vulnerável (art. 217-A, caput e §§ 1o, 2o, 3o e 4o); VII - epidemia com resultado morte (art. 267, § 1o). VII-B - falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais (art. 273, caput e § 1o, § 1o-A e § 1o-B, com a redação dada pela Lei no 9.677, de 2 de julho de 1998). VIII - favorecimento da prostituição ou de outra forma de ex- ploração sexual de criança ou adolescente ou de vulnerável (art. 218-B, caput, e §§ 1º e 2º).IX - furto qualificado pelo empre- go de explosivo ou de artefato análogo que cause perigo co- mum (art. 155, § 4º-A). (LEI 13964/19) Parágrafo único. Consideram-se também hediondos, tentados ou consumados: (LEI 13964/19) I - o crime de genocídio, previsto nos arts. 1º, 2º e 3º da Lei nº 2.889, de 1º de outubro de 1956; (LEI 13964/19) II - o crime de posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso proibido, previsto no art. 16 da Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003; (LEI 13964/19) III - o crime de comércio ilegal de armas de fogo, previsto no art. 17 da Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003; (LEI 13964/19) IV - o crime de tráfico internacional de arma de fogo, acessório ou munição, previsto no art. 18 da Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003; (LEI 13964/19) V - o crime de organização criminosa, quando direcionadoà prática de crime hediondo ou equiparado. (LEI 13964/19) CRIMES HEDIONDOS ANTES DA LEI 13964/19 DEPOIS DA LEI 13964/19 Homicídio (art. 121), quando praticado em atividade típica de grupo de extermínio, ainda que cometido por um só agente, e homicídio qualifica- do (art. 121, § 2o, incisos I, II, III, IV, V, VI e VII); Homicídio (art. 121), quando praticado em atividade típica de grupo de extermínio, ainda que cometido por um só agente, e homicídio qualificado (art. 121, § 2º, incisos I, II, III, IV, V, VI, VII e VIII); Latrocínio (art. 157, § 3o, in fine) Roubo: a) circunstanciado pela restrição de liberdade da vítima (art. 157, § 2º, inciso V); b) circunstanciado pelo emprego de arma de fogo (art. 157, § 2º-A, inciso I) ou pelo emprego de arma de fogo de uso proibido ou restrito (art. 157, § 2º-B); c) qualificado pelo resultado lesão corporal grave ou morte (Latrocínio)(art. 157, § 3º); Extorsão qualificada pela mor- te (art. 158, § 2o); Extorsão qualificada pela restrição da liberdade da vítima, ocorrência de lesão corporal ou morte (art. 158, § 3º); ---------------------------------- ------------------------ Furto qualificado pelo emprego de explosivo ou de artefato análogo que cause perigo comum (art. 155, § 4º-A). Consideram-se também he- diondos: - Genocídio - Posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito Consideram-se também hedi- ondos: - Genocídio, previsto nos arts. 1º, 2º e 3º da Lei nº 2.889, de 1º de outubro de 1956; - Posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso proibido, previsto no art. 16 da MAÍRA MESQUITA MATOS - 056.056.763-42 maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com 4 Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003; - Comércio ilegal de armas de fogo, previsto no art. 17 da Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003; - Tráfico internacional de arma de fogo, acessório ou munição, previsto no art. 18 da Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003; - Organização criminosa, quando direcionado à prática de crime hediondo ou equiparado. Art. 2º Os crimes hediondos, a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins e o terrorismo são insuscetíveis de: I - anistia, graça e indulto; II - fiança. § 1o A pena por crime previsto neste artigo será cumprida inici- almente em regime fechado. (Inconstitucional – viola indivi- dualização da pena) PROGRESSÃO DE REGIME CRIME COMUM Primário 1/6Reincidente CRIME HEDIONDO Primário 2/5 Reincidente 3/5 Praticado antes de Lei 11.464/07 1/6 § 4o A prisão temporária, sobre a qual dispõe a Lei no 7.960, de 21 de dezembro de 1989, nos crimes previstos neste artigo, terá o prazo de 30 dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada necessidade. PRISÃO TEMPORÁRIA CRIME COMUM CRIME HEDIONDO 5+5 30+30 LEI 9455/97 – TORTURA CONVENÇÃO CONTRA A TORTURA E OUTROS TRATAMENTOS OU PENAS CRUÉIS, DESUMANOS OU DEGRADANTES: 1. Para os fins da presente Convenção, o termo "tortura" designa qual- quer ato pelo qual dores ou sofrimentos agudos, físicos ou mentais, são infligidos intencionalmente a uma pessoa a fim de obter, dela ou de uma terceira pessoa, informações ou con- fissões; de castigá-la por ato que ela ou uma terceira pessoa tenha cometido ou seja suspeita de ter cometido; de intimidar ou coagir esta pessoa ou outras pessoas; ou por qualquer moti- vo baseado em discriminação de qualquer natureza; quando tais dores ou sofrimentos são infligidos por um funcionário pú- blico ou outra pessoa no exercício de funções públicas, ou por sua instigação, ou com o seu consentimento ou aquiescência. Não se considerará como tortura as dores ou sofrimentos que sejam conseqüência unicamente de sanções legítimas, ou que sejam inerentes a tais sanções ou delas decorram. Tanto a CF/88 (art. 5, XLIII) quanto a Lei de crimes hediondos (art. 2°, caput), equiparam o delito de tortura a crimes hedion- dos. O crime de tortura, salvo as exceções legais, é crime comum, po- dendo ser praticado por qualquer pessoa, não se exigindo con- dição especial de funcionário público. Art. 1º Constitui crime de tortura: I - CONSTRANGER alguém com emprego de violência ou gra- ve ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou mental: a) com o fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa (TORTURA CONFISSÃO OU TOR- TURA PROVA); b) para provocar ação ou omissão de natureza criminosa (TORTURA CRIME); Caracteriza coação moral irresistível, que funciona como autoria mediata e causa de inexigibilidade de conduta diversa (exclui a culpabilidade). Não abrange a prática de contravenções penais. c) em razão de discriminação RACIAL ou RELIGIOSA (TORTURA DISCRIMINATÓRIA); Não abrange discriminação SEXUAL ou POLÍTICA. II - SUBMETER alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com emprego de violência ou grave ameaça , a intenso sofri- mento físico ou mental, como forma de aplicar castigo pessoal ou medida de caráter preventivo. (TORTURA CASTIGO) Pena - reclusão, de dois a oito anos. § 2º Aquele que se omite em face dessas condutas, quando ti- nha o dever de evitá-las ou apurá-las, incorre na pena de de- tenção de um a quatro anos. (TORTURA-OMISSÃO) § 4º Aumenta-se a pena de 1/6 até 1/3 (causa de aumento de pena): I - se o crime é cometido por agente público; II – se o crime é cometido contra criança, gestante, portador de deficiência, adolescente ou maior de 60 anos; III - se o crime é cometido mediante sequestro. § 5º A condenação acarretará a PERDA do cargo, função ou emprego público E A INTERDIÇÃO para seu exercício pelo do- bro do prazo da pena aplicada. § 6º O crime de tortura é inafiançável e insuscetível de graça ou anistia. Art. 2º O disposto nesta Lei aplica-se ainda quando o crime não tenha sido cometido em território nacional, sendo a VÍTIMA BRASILEIRA ou encontrando-se o AGENTE em LOCAL SOB JU- RISDIÇÃO BRASILEIRA EXTRATERRITORIALIDADE VÍTIMA BRASILEIRA ENCONTRANDO-SE O AGEN- TE EM LOCAL SOB JURISDI- ÇÃO BRASILEIRA Extraterritorialidade Incondicio- nada OBS: Competência da Justiça Divergência: 1C: trata-se de extraterritoriali- dade incondicionada. Nucci e Habib. MAÍRA MESQUITA MATOS - 056.056.763-42 maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com 5 Estadual: o fato de o crime de tortura, praticado contra brasi- leiros, ter ocorrido no exterior não torna, por si só, a Justiça Federal competente para pro- cessar e julgar os agentes es- trangeiros. 2C: consiste em extraterritoria- lidade condicionada. Marcelo Azeredo LEI 9503/97 – CRIMES DE TRÂNSITO Seção I Disposições Gerais Art. 291. Aos crimes cometidos na direção de veículos automoto- res, previstos neste Código, aplicam-se as normas gerais do Código Penal e do Código de Processo Penal, se este Capítulo não dispuser de modo diverso, bem como a Lei nº 9.099, de 26 de setembro de 1995, no que couber. § 1o Aplica-se aos crimes de trânsito de LESÃO CORPORAL CUL- POSA o disposto nos arts. 74 (composição civil), 76 (transação) e 88 (ação pública condicionada de representação) da Lei no 9.099, de 26 de setembro de 1995, exceto se o agente estiver: I - sob a influência de álcool ou qualquer outra substância psi- coativa que determine dependência; II - participando, em via pública, de corrida, disputa ou com- petição automobilística,de exibição ou demonstração de perícia em manobra de veículo automotor, não autorizada pela autori- dade competente; III - transitando em velocidade superior à máxima permitida para a via em 50 km/h § 4º O juiz fixará a pena-base segundo as diretrizes previstas no art. 59 do Código Penal, dando especial atenção à CULPABILI- DADE do agente e às CIRCUNSTÂNCIAS e CONSEQUÊNCIAS do crime. Art. 293. A penalidade de suspensão ou de proibição de se ob- ter a permissão ou a habilitação, para dirigir veículo automotor, tem a duração de 2 meses a 5 anos. Art. 297. A penalidade de MULTA REPARATÓRIA consiste no pa- gamento, mediante depósito judicial em favor da vítima, ou seus sucessores, de quantia calculada com base no disposto no § 1º do art. 49 do Código Penal, sempre que houver prejuízo ma- terial resultante do crime. § 1º A multa reparatória NÃO PODERÁ SER SUPERIOR ao va- lor do prejuízo demonstrado no processo. § 3º Na indenização civil do dano, o valor da multa reparató- ria será descontado. Art. 298. São circunstâncias que SEMPRE AGRAVAM as penalida- des dos crimes de trânsito ter o condutor do veículo cometido a infração: I - com dano potencial para 2 ou mais pessoas ou com grande risco de grave dano patrimonial a terceiros; II - utilizando o veículo sem placas, com placas falsas ou adul- teradas; III - sem possuir Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilita- ção; IV - com Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação de categoria diferente da do vículo; V - quando a sua profissão ou atividade exigir cuidados espe- ciais com o transporte de passageiros ou de carga; VI - utilizando veículo em que tenham sido adulterados equi- pamentos ou características que afetem a sua segurança ou o seu funcionamento de acordo com os limites de velocidade prescritos nas especificações do fabricante; VII - sobre faixa de trânsito temporária ou permanentemente destinada a pedestres. Seção II Dos Crimes em Espécie Dos Crimes em Espécie Art. 302. Praticar homicídio culposo na direção de veículo automotor: Penas - detenção, de dois a quatro anos, e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor. § 1o No homicídio culposo cometido na direção de veículo automotor, a pena é aumentada de 1/3 à 1/2, se o agente: I - não possuir Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação; II - praticá-lo em faixa de pedestres ou na calçada; III - deixar de prestar socorro, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à vítima do acidente; IV - no exercício de sua profissão ou atividade, estiver conduzindo veículo de transporte de passageiros. Art. 309. Dirigir veículo automotor, em via pública, sem a devida Permissão para Dirigir ou Habilitação ou, ainda, se cassado o di- reito de dirigir, gerando perigo de dano – CRIME DE PERIGO CONCRETO Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa. Art. 310. Permitir, confiar ou entregar a direção de veículo au- tomotor a pessoa não habilitada, com habilitação cassada ou com o direito de dirigir suspenso, ou, ainda, a quem, por seu esta- do de saúde, física ou mental, ou por embriaguez, não esteja em condições de conduzi-lo com segurança – CRIME DE PERIGO ABSTRATO Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa. Art. 309 Art. 310 Súmula 720, STF: O art. 309 do Código de Trânsito Brasilei- ro, que reclama decorra do fato perigo de dano, derro- gou o art. 32 da Lei das Con- travenções Penais no tocante à direção sem habilitação em vias terrestres. Súmula 575, STJ: Constitui crime a conduta de permitir, confiar ou entregar a direção de veículo automotor a pessoa que não seja habilitada, ou que se encontre em qualquer das situações previstas no art. 310 do CTB, INDEPENDENTEMEN- TE da ocorrência de lesão ou de perigo de dano concreto na condução do veículo. Art. 312-A. Para os crimes relacionados nos arts. 302 a 312 deste Código, nas situações em que o juiz aplicar a substituição de PPL por PRD, esta deverá ser de prestação de serviço à comunida- de ou a entidades públicas, em uma das seguintes atividades: I - trabalho, aos fins de semana, em equipes de resgate dos cor- pos de bombeiros e em outras unidades móveis especializadas no atendimento a vítimas de trânsito; II - trabalho em unidades de pronto-socorro de hospitais da rede MAÍRA MESQUITA MATOS - 056.056.763-42 maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com 6 pública que recebem vítimas de acidente de trânsito e politrau- matizados; III - trabalho em clínicas ou instituições especializadas na recupe- ração de acidentados de trânsito; IV - outras atividades relacionadas ao resgate, atendimento e re- cuperação de vítimas de acidentes de trânsito. LEI 7716/89 – PRECONCEITO DE RAÇA/COR Art. 1º Serão punidos, na forma desta Lei, os crimes resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional. Não abrange discriminação filosófica, POLÍTICA, preferência esportiva ou por idade. Se o dolo do agente for causar sofrimento físico ou mental na vítima, por meio de violência ou grave ameaça, por motivo de discriminação RACIAL ou RELIGIOSA, aplica-se o art. 1°, I, c da lei 9455/97 Art. 3º Impedir ou obstar o acesso de alguém, devidamente habilitado, a qualquer cargo da Administração Direta ou Indire- ta, bem como das concessionárias de serviços públicos. Art. 16. Constitui efeito da condenação a perda do cargo ou função pública, para o servidor público, e a suspensão do fun- cionamento do estabelecimento particular por prazo não su- perior a 3 meses. A perda do cargo independe do quantum de pena aplicada na sentença, diferentemente do previsto no art. 92, I, CP. A perda do cargo tem natureza de efeito SECUNDÁRIO da condenação, diferentemente do previsto no art. 43, V do CP, que tem natureza de pena criminal Art. 18. Os EFEITOS de que tratam os arts. 16 e 17 desta Lei NÃO SÃO AUTOMÁTICOS, devendo ser motivadamente declarados na sentença. LEI 7960/89 – PRISÃO TEMPORÁRIA Art. 1° Caberá prisão temporária (I+III ou II+III): I - quando imprescindível para as investigações do inquérito policial; II - quando o indicado não tiver residência fixa ou não forne- cer elementos necessários ao esclarecimento de sua identida- de; III - quando houver fundadas razões, de acordo com qualquer prova admitida na legislação penal, de autoria ou participação do indiciado nos seguintes crimes: a) homicídio DOLOSO (art. 121, caput, e seu § 2°); b) sequestro ou cárcere privado (art. 148, caput, e seus §§ 1° e 2°); c) roubo (art. 157, caput, e seus §§ 1°, 2° e 3°); d) extorsão (art. 158, caput, e seus §§ 1° e 2°); e) extorsão mediante sequestro (art. 159, caput, e seus §§ 1°, 2° e 3°); f) estupro (art. 213, caput, e sua combinação com o art. 223, ca- put, e parágrafo único); g) atentado violento ao pudor (art. 214, caput, e sua combinação com o art. 223, caput, e parágrafo único); h) rapto violento (art. 219, e sua combinação com o art. 223 ca- put, e parágrafo único); i) epidemia com resultado de morte (art. 267, § 1°); j) envenenamento de água potável ou substância alimentícia ou medicinal qualificado pela morte (art. 270, caput, combina- do com art. 285); l) quadrilha ou bando (art. 288), todos do Código Penal; m) genocídio (arts. 1°, 2° e 3° da Lei n° 2.889, de 1° de outubro de 1956), em qualquer de sua formas típicas; n) tráfico de drogas (art. 12 da Lei n° 6.368, de 21 de outubro de 1976); o) crimes contra o sistema financeiro (Lei n° 7.492, de 16 de junho de 1986). p) crimes previstos na Lei de Terrorismo. Art. 2° A prisão temporária será decretada pelo Juiz, em face da representaçãoda autoridade policial ou de requerimento do Ministério Público (juiz não pode decretar de ofício), e terá o prazo de 5 dias, prorrogável por igual período em caso de extre- ma e comprovada necessidade. CRIMES HEDIONDOS DEMAIS CRIMES 30 + 30 5 + 5 § 4º-A O mandado de prisão conterá necessariamente o perí- odo de duração da prisão temporária estabelecido no ca- put deste artigo, bem como o dia em que o preso deverá ser li- bertado. (LEI 13869/19) § 5° A prisão somente poderá ser executada depois da expedi- ção de mandado judicial. § 7º Decorrido o prazo contido no mandado de prisão, a autori- dade responsável pela custódia deverá, independentemente de nova ordem da autoridade judicial, pôr imediatamente o pre- so em liberdade, salvo se já tiver sido comunicada da prorroga- ção da prisão temporária ou da decretação da prisão preventiva. (LEI 13869/19) Art. 3° Os presos temporários deverão permanecer, obrigato- riamente, separados dos demais detentos. LEI 9605/98 - CRIMES CONTRA O MEIO AMBIENTE CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 3º As pessoas jurídicas serão responsabilizadas administra- tiva, civil e penalmente conforme o disposto nesta Lei, nos casos em que a infração seja cometida por decisão de seu represen- tante legal ou contratual, ou de seu órgão colegiado, no inte- resse ou benefício da sua entidade. Parágrafo único. A responsabilidade das pessoas jurídicas não exclui a das pessoas físicas, autoras, coautoras ou partícipes do mesmo fato. É possível a responsabilização penal da pessoa jurídica por delitos ambientais independentemente da responsabilização concomitante da pessoa física que agia em seu nome. A jurisprudência não mais adota a chamada teoria da "dupla imputação". STJ. 6ª Turma. RMS 39173-BA, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, julgado em 6/8/2015 (Info 566). STF. 1ª Turma. RE 548181/PR, Rel. Min. Rosa Weber, julgado em 6/8/2013 (Info 714). MAÍRA MESQUITA MATOS - 056.056.763-42 maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com 7 Art. 4º Poderá ser desconsiderada a pessoa jurídica sempre que sua personalidade for obstáculo ao ressarcimento de pre- juízos causados à qualidade do meio ambiente. CAPÍTULO II DA APLICAÇÃO DA PENA Art. 7º As PRD são autônomas e substituem as PPL quando: I - tratar-se de crime culposo ou for aplicada a PPL inferior a 4 anos; II - a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a per- sonalidade do condenado, bem como os motivos e as circuns- tâncias do crime indicarem que a substituição seja suficiente para efeitos de reprovação e prevenção do crime. Parágrafo único. As PRD a que se refere este artigo terão a mes- ma duração da PPL substituída. REQUISITOS PARA SUBSTITUIÇÃO DA PPL POR PRD Código Penal Lei 9605/98 Crime doloso: PPL não superi- or a 4 anos + crime cometido sem violência ou grave ameaça Crime doloso: PPL inferior a 4 anos Crime culposo: qualquer que seja a PPL aplicada Crime culposo: qualquer que seja a PPL aplicada Não reincidente em crime doloso OBS: Mesmo reincidente, o juiz pode substituir se a medida for socialmente recomendada e não seja reincidente específico Circunstâncias judiciais favo- ráveis Circunstâncias judiciais favo- ráveis Art. 8º As PRD são: I - prestação de serviços à comunidade; II - interdição temporária de direitos; III - suspensão parcial ou total de atividades; IV - prestação pecuniária; V - recolhimento domiciliar. Art. 10. As penas de interdição temporária de direito são a proibição de o condenado contratar com o Poder Público, de receber incentivos fiscais ou quaisquer outros benefícios, bem como de participar de licitações, pelo prazo de 5 anos, no caso de crimes dolosos, e de 3 anos, no de crimes culposos. INTERDIÇÃO TEMPORÁRIA DE DIREITO CRIME DOLOSO CRIME CULPOSO 5 anos 3 anos Art. 14. São circunstâncias que ATENUAM a pena: I - baixo grau de instrução ou escolaridade do agente; II - arrependimento do infrator, manifestado pela espontânea reparação do dano, ou limitação significativa da degradação am- biental causada; III - comunicação prévia pelo agente do perigo iminente de degradação ambiental; IV - colaboração com os agentes encarregados da vigilância e do controle ambiental. Art. 15. São circunstâncias que AGRAVAM a pena, quando não constituem ou qualificam o crime: I - reincidência nos crimes de natureza ambiental; II - ter o agente cometido a infração: a) para obter vantagem pecuniária; b) coagindo outrem para a execução material da infração; c) afetando ou expondo a perigo, de maneira grave, a saúde pública ou o meio ambiente; d) concorrendo para danos à propriedade alheia; e) atingindo áreas de unidades de conservação ou áreas sujei- tas, por ato do Poder Público, a regime especial de uso; f) atingindo áreas urbanas ou quaisquer assentamentos huma- nos; g) em período de defeso à fauna; h) em domingos ou feriados; i) à noite; j) em épocas de seca ou inundações; l) no interior do espaço territorial especialmente protegido; m) com o emprego de métodos cruéis para abate ou captura de animais; n) mediante fraude ou abuso de confiança; o) mediante abuso do direito de licença, permissão ou autori- zação ambiental; p) no interesse de pessoa jurídica mantida, total ou parcial- mente, por verbas públicas ou beneficiada por incentivos fiscais; q) atingindo espécies ameaçadas, listadas em relatórios oficiais das autoridades competentes; r) facilitada por funcionário público no exercício de suas fun- ções. Art. 16. Nos crimes previstos nesta Lei, a SUSPENSÃO CONDICI- ONAL DA PENA pode ser aplicada nos casos de condenação a PPL não superior a 3 anos. SUSPENSÃO CONDICIONAL DA PENA Código Penal Lei 9605/98 PPL não superior a 2 anos (sursis simples) ou 4 anos (sur- sis etário/humanitário) PPL não superior a 3 anos Art. 21. As PENAS APLICÁVEIS isolada, cumulativa ou alternativa- mente ÀS PESSOAS JURÍDICAS, de acordo com o disposto no art. 3º, são: I - multa; II - restritivas de direitos; III - prestação de serviços à comunidade. Art. 22. As PRD da pessoa jurídica são: I - suspensão parcial ou total de atividades; II - interdição temporária de estabelecimento, obra ou ativida- de; III - proibição de contratar com o Poder Público, bem como dele obter subsídios, subvenções ou doações. § 3º A proibição de contratar com o Poder Público e dele obter subsídios, subvenções ou doações não poderá exceder o prazo de 10 anos. Art. 23. A prestação de serviços à comunidade pela pessoa ju- rídica consistirá em: I - custeio de programas e de projetos ambientais; II - execução de obras de recuperação de áreas degradadas; MAÍRA MESQUITA MATOS - 056.056.763-42 maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com 8 III - manutenção de espaços públicos; IV - contribuições a entidades ambientais ou culturais públi- cas. Art. 24. A pessoa jurídica constituída ou utilizada, preponde- rantemente, com o fim de permitir, facilitar ou ocultar a prática de crime definido nesta Lei terá decretada sua LIQUIDA- ÇÃO FORÇADA, seu patrimônio será considerado instrumento do crime e como tal perdido em favor do Fundo Penitenciário Nacional. CAPÍTULO IV DA AÇÃO E DO PROCESSO PENAL Art. 26. Nas infrações penais previstas nesta Lei, a ação penal é pública incondicionada. Art. 27. Nos crimes ambientais de menor potencial ofensivo, a proposta de aplicação imediata de pena restritiva de direitos ou multa (transação penal), prevista no art. 76 da Lei nº 9.099, de 26de setembro de 1995, somente poderá ser formulada desde que tenha havido a prévia composição do dano ambi- ental, de que trata o art. 74 da mesma lei, salvo em caso de comprovada impossibilidade. Art. 28. As disposições do art. 89 da Lei nº 9.099, de 26 de setem- bro de 1995, aplicam-se aos crimes de menor potencial ofensivo definidos nesta Lei, com as seguintes modificações: I - a declaração de extinção de punibilidade, de que trata o § 5° do artigo referido no caput, dependerá de laudo de constatação de reparação do dano ambiental, ressalvada a impossibilidade prevista no inciso I do § 1° do mesmo artigo; II - na hipótese de o laudo de constatação comprovar não ter sido completa a reparação, o prazo de suspensão do processo será prorrogado, até o período máximo previsto no artigo referido no caput, acrescido de mais 1 ano, com suspensão do prazo da prescrição; III - no período de prorrogação, não se aplicarão as condições dos incisos II, III e IV do § 1° do artigo mencionado no caput; II - proibição de frequentar determinados lugares; III - proibição de ausentar-se da comarca onde reside, sem auto- rização do Juiz; IV - comparecimento pessoal e obrigatório a juízo, mensalmen- te, para informar e justificar suas atividades. IV - findo o prazo de prorrogação, proceder-se-á à lavratura de novo laudo de constatação de reparação do dano ambiental, podendo, conforme seu resultado, ser novamente prorrogado o período de suspensão, até o máximo previsto no inciso II deste artigo, observado o disposto no inciso III; V - esgotado o prazo máximo de prorrogação, a declaração de extinção de punibilidade dependerá de laudo de constata- ção que comprove ter o acusado tomado as providências ne- cessárias à reparação integral do dano. CAPÍTULO V DOS CRIMES CONTRA O MEIO AMBIENTE Seção I Dos Crimes contra a Fauna Art. 29. Matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da fauna silvestre, nativos ou em rota migratória, sem a devida per- missão, licença ou autorização da autoridade competente, ou em desacordo com a obtida: Pena - detenção de seis meses a um ano, e multa. § 4º A pena é aumentada de 1/2, se o crime é praticado: I - contra espécie rara ou considerada ameaçada de extinção , ainda que somente no local da infração; II - em período proibido à caça; III - durante a noite; IV - com abuso de licença; V - em unidade de conservação; VI - com emprego de métodos ou instrumentos capazes de provocar destruição em massa. § 5º A pena é aumentada até o triplo, se o crime decorre do exercício de caça profissional. § 6º As disposições deste artigo não se aplicam aos atos de pes- ca. Art. 37. NÃO É CRIME O ABATE DE ANIMAL, quando realizado: I - em estado de necessidade, para saciar a fome do agente ou de sua família; II - para proteger lavouras, pomares e rebanhos da ação pre- datória ou destruidora de animais, desde que legal e expres- samente autorizado pela autoridade competente; IV - por ser nocivo o animal, desde que assim caracterizado pelo órgão competente. Seção II Dos Crimes contra a Flora Art. 40-A. § 1o Entende-se por UNIDADES DE CONSERVAÇÃO DE USO SUSTENTÁVEL as Áreas de Proteção Ambiental, as Áreas de Relevante Interesse Ecológico, as Florestas Nacionais, as Re- servas Extrativistas, as Reservas de Fauna, as Reservas de De- senvolvimento Sustentável e as Reservas Particulares do Pa- trimônio Natural. § 2o A ocorrência de dano afetando espécies ameaçadas de ex- tinção no interior das Unidades de Conservação de Uso Sustentá- vel será considerada circunstância agravante para a fixação da pena. § 3o Se o crime for culposo, a pena será reduzida em 1/2. Art. 48. Impedir ou dificultar a regeneração natural de florestas e demais formas de vegetação: Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa. A tipificação da conduta descrita no art. 48 da Lei 9.605/98 prescinde de a área ser de preservação permanente. Isso porque o referido tipo penal descreve como conduta criminosa o simples fato de "impedir ou dificultar a regeneração natural de florestas e demais formas de vegetação". STJ. 5ª Turma. AgRg no REsp 1498059-RS, Rel. Min. Leopoldo de Arruda Raposo (Desembargador Convocado do TJ/PE), julgado em 17/9/2015 (Info 570). Art. 53. Nos crimes previstos nesta Seção, a pena é aumentada de 1/6 a 1/3 se: I - do fato resulta a diminuição de águas naturais, a erosão do solo ou a modificação do regime climático; II - o crime é cometido: a) no período de queda das sementes; b) no período de formação de vegetações; c) contra espécies raras ou ameaçadas de extinção, ainda que a ameaça ocorra somente no local da infração; MAÍRA MESQUITA MATOS - 056.056.763-42 maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com 9 d) em época de seca ou inundação; e) durante a noite, em domingo ou feriado. Seção IV Dos Crimes contra o Ordenamento Urbano e o Patrimônio Cultural Art. 64. Promover construção em solo não edificável, ou no seu entorno, assim considerado em razão de seu valor paisagístico, ecológico, artístico, turístico, histórico, cultural, religioso, arqueo- lógico, etnográfico ou monumental, sem autorização da autorida- de competente ou em desacordo com a concedida: Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa. O crime de edificação proibida (art. 64 da Lei 9.605/98) absorve o crime de destruição de vegetação (art. 48 da mesma lei) quando a conduta do agente se realiza com o único intento de construir em local não edificável. STJ. 6ª Turma. REsp 1639723- PR, Rel. Min. Nefi Cordeiro, julgado em 7/2/2017 (Info 597). Art. 65. Pichar ou por outro meio conspurcar edificação ou mo- numento urbano: Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa. § 1o Se o ato for realizado em monumento ou coisa tombada em virtude do seu valor artístico, arqueológico ou histórico, a pena é de 6 (seis) meses a 1 (um) ano de detenção e multa. § 2o NÃO CONSTITUI CRIME a prática de grafite realizada com o objetivo de valorizar o patrimônio público ou privado mediante manifestação artística, desde que consentida pelo proprietário e, quando couber, pelo locatário ou arrendatário do bem privado e, no caso de bem público, com a autorização do órgão competente e a observância das posturas municipais e das normas editadas pelos órgãos governamentais responsáveis pela preservação e conservação do patrimônio histórico e artístico nacional. CAPÍTULO VI DA INFRAÇÃO ADMINISTRATIVA Art. 72. As infrações administrativas são punidas com as se- guintes sanções, observado o disposto no art. 6º: I - advertência; II - multa simples; III - multa diária; IV - apreensão dos animais, produtos e subprodutos da fauna e flora, instrumentos, petrechos, equipamentos ou veículos de qual- quer natureza utilizados na infração; V - destruição ou inutilização do produto; VI - suspensão de venda e fabricação do produto; VII - embargo de obra ou atividade; VIII - demolição de obra; IX - suspensão parcial ou total de atividades; XI - restritiva de direitos. § 1º Se o infrator cometer, simultaneamente, duas ou mais in- frações, ser-lhe-ão aplicadas, cumulativamente, as sanções a elas cominadas. § 2º A advertência será aplicada pela inobservância das disposi- ções desta Lei e da legislação em vigor, ou de preceitos regula- mentares, sem prejuízo das demais sanções previstas neste artigo. § 3º A multa simples será aplicada sempre que o agente, por ne- gligência ou dolo: I - advertido por irregularidades que tenham sido praticadas, deixar de saná-las, no prazo assinalado por órgão competente do SISNAMA ou pela Capitania dos Portos, do Ministério da Mari- nha; II - opuser embaraço à fiscalização dos órgãos do SISNAMA ou da Capitania dos Portos, do Ministério da Marinha.§ 4° A multa simples pode ser convertida em serviços de pre- servação, melhoria e recuperação da qualidade do meio am- biente. § 5º A multa diária será aplicada sempre que o cometimento da infração se prolongar no tempo. § 6º A apreensão e destruição referidas nos incisos IV e V do ca- put obedecerão ao disposto no art. 25 desta Lei. § 7º As sanções indicadas nos incisos VI a IX do caput serão apli- cadas quando o produto, a obra, a atividade ou o estabelecimen- to não estiverem obedecendo às prescrições legais ou regula- mentares. § 8º As sanções restritivas de direito são: I - suspensão de registro, licença ou autorização; II - cancelamento de registro, licença ou autorização; III - perda ou restrição de incentivos e benefícios fiscais; IV - perda ou suspensão da participação em linhas de financia- mento em estabelecimentos oficiais de crédito; V - proibição de contratar com a Administração Pública, pelo período de até 3 anos. CONTRAVENÇÕES PENAIS - DECRETO-LEI 3688/41 Lei de Introdução CP. Art. 1º Considera-se CRIME a infração penal que a lei comina pena de reclusão ou de detenção, quer isoladamente, quer alternativa ou cumulativamente com a pena de multa; CONTRAVENÇÃO, a infração penal a que a lei comina, isoladamente, pena de prisão simples ou de multa, ou ambas. Alternativa ou cumulativamente. Art. 2º A lei brasileira só é aplicável à contravenção prati- cada no território nacional. Não é possível extradição de estrangeiro por contravenção. Art. 82, Lei 1344517. Não se concederá a extradição quando: II - o fato que motivar o pedido não for considerado crime no Brasil ou no Estado requerente. Art. 4º NÃO É PUNÍVEL a tentativa de contravenção. Art. 5º As penas principais são: I – prisão simples. II – multa. Art. 10. A duração da pena de prisão simples não pode, em caso algum, ser superior a 5 anos, nem a importância das mul- tas ultrapassar cinquenta contos. Art. 11 (SURSIS PENAL). Desde que reunidas as condições legais, o juiz pode suspender por tempo não inferior a 1 ano nem superior a 3, a execução da pena de prisão simples, bem como conceder livramento condicional. CRIME CONTRAVENÇÃO Pena: reclusão/detenção Pena: prisão simples/multa Ação penal pública incondicio- Ação penal pública incondici- MAÍRA MESQUITA MATOS - 056.056.763-42 maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com 10 nada, ação penal pública condi- cionada (representação/requisi- ção), ação penal privada. onada. Tentativa, em regra, punível. Tentativa não é punível. Admite extraterritorialidade da lei penal Não admite extraterritoriali- dade. Pode ser julgado pela Justiça Es- tadual ou Federal. Só é julgado pela Justiça Esta- dual. Duração da pena não pode ser superior a 30 anos. Duração da pena não pode ser superior a 5 anos. SÚMULAS SOBRE CONTRAVENÇÃO STF Súmula 720-STF: O art. 309 do Código de Trânsito Brasileiro, que reclama decorra do fato perigo de dano, derrogou o art. 32 da Lei das Contravenções Penais no tocante à direção sem habilitação em vias terrestres. STJ Súmula 38, STJ: Compete à Justiça Estadual Comum, na vigência da Constituição de 1988, o processo por contravenção penal, ainda que praticada em detrimento de bens, serviços ou interesse da União ou de suas entidades. Exceção: contravenções praticadas pelos detentores de foro na Justiça Federal e as contravenções praticadas com ofensa a direitos e interesses indígenas. Súmula 51-STJ: A punição do intermediador, no jogo do bicho, independe da identificação do "apostador" ou do "banqueiro". CÓDIGO FLORESTAL Art. 1o-A. Parágrafo único. Tendo como OBJETIVO o desenvolvimento sustentável, esta Lei atenderá aos seguintes PRINCÍPIOS: I - afirmação do compromisso soberano do Brasil com a preservação das suas florestas e demais formas de vegetação nativa, bem como da biodiversidade, do solo, dos recursos hídricos e da integridade do sistema climático, para o bem estar das gerações presentes e futuras; II - reafirmação da importância da função estratégica da atividade agropecuária e do papel das florestas e demais formas de vegetação nativa na sustentabilidade, no crescimento econômico, na melhoria da qualidade de vida da população brasileira e na presença do País nos mercados nacional e internacional de alimentos e bioenergia; III - ação governamental de proteção e uso sustentável de florestas, consagrando o compromisso do País com a compatibilização e harmonização entre o uso produtivo da terra e a preservação da água, do solo e da vegetação; IV - responsabilidade comum da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, em colaboração com a sociedade civil, na criação de políticas para a preservação e restauração da vegetação nativa e de suas funções ecológicas e sociais nas áreas urbanas e rurais; V - fomento à pesquisa científica e tecnológica na busca da inovação para o uso sustentável do solo e da água, a recuperação e a preservação das florestas e demais formas de vegetação nativa; VI - criação e mobilização de incentivos econômicos para fomentar a preservação e a recuperação da vegetação nativa e para promover o desenvolvimento de atividades produtivas sustentáveis. Art. 2o § 2o As OBRIGAÇÕES previstas nesta Lei TÊM NATUREZA REAL e são transmitidas ao sucessor, de qualquer natureza, no caso de transferência de domínio ou posse do imóvel rural. Art. 3o Para os efeitos desta Lei, entende-se por: II - Área de Preservação Permanente - APP: área protegida, coberta ou não por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica e a biodiversidade, facilitar o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas; III - Reserva Legal: área localizada no interior de uma propriedade ou posse rural, delimitada nos termos do art. 12, com a função de assegurar o uso econômico de modo sustentável dos recursos naturais do imóvel rural, auxiliar a conservação e a reabilitação dos processos ecológicos e promover a conservação da biodiversidade, bem como o abrigo e a proteção de fauna silvestre e da flora nativa; V - Pequena propriedade ou posse rural familiar: aquela explorada mediante o trabalho pessoal do agricultor familiar e empreendedor familiar rural, incluindo os assentamentos e projetos de reforma agrária, e que atenda ao disposto no art. 3o da Lei no 11.326, de 24 de julho de 2006; CAPÍTULO II DAS ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE Seção I Da Delimitação das Áreas de Preservação Permanente Art. 4o § 1o Não será exigida Área de Preservação Permanente no entorno de reservatórios artificiais de água que não decorram de barramento ou represamento de cursos d’água naturais. CAPÍTULO IV DA ÁREA DE RESERVA LEGAL Seção I Da Delimitação da Área de Reserva Legal Art. 12. Todo imóvel rural deve manter área com cobertura de vegetação nativa, a título de Reserva Legal, sem prejuízo da aplicação das normas sobre as Áreas de Preservação Permanente, observados os seguintes percentuais mínimos em relação à área do imóvel, excetuados os casos previstos no art. 68 desta Lei: I - localizado na Amazônia Legal: a) 80%, no imóvel situado em área de florestas; b) 35%, no imóvel situado em área de cerrado; c) 20%,no imóvel situado em área de campos gerais; II - localizado nas demais regiões do País: 20% § 1o Em caso de fracionamento do imóvel rural, a qualquer título, inclusive para assentamentos pelo Programa de Reforma Agrária, será considerada, para fins do disposto do caput, a área do imóvel antes do fracionamento. § 6o Os empreendimentos de abastecimento público de água MAÍRA MESQUITA MATOS - 056.056.763-42 maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com 11 e tratamento de esgoto não estão sujeitos à constituição de Reserva Legal. § 7o Não será exigido Reserva Legal relativa às áreas adquiridas ou desapropriadas por detentor de concessão, permissão ou autorização para exploração de potencial de energia hidráulica, nas quais funcionem empreendimentos de geração de energia elétrica, subestações ou sejam instaladas linhas de transmissão e de distribuição de energia elétrica. § 8o Não será exigido Reserva Legal relativa às áreas adquiridas ou desapropriadas com o objetivo de implantação e ampliação de capacidade de rodovias e ferrovias. Art. 15. Será admitido o cômputo das Áreas de Preservação Permanente no cálculo do percentual da Reserva Legal do imóvel, desde que: I - o benefício previsto neste artigo não implique a conversão de novas áreas para o uso alternativo do solo; II - a área a ser computada esteja conservada ou em processo de recuperação, conforme comprovação do proprietário ao órgão estadual integrante do Sisnama; e III - o proprietário ou possuidor tenha requerido inclusão do imóvel no Cadastro Ambiental Rural - CAR, nos termos desta Lei. § 1o O regime de proteção da Área de Preservação Permanente não se altera na hipótese prevista neste artigo. § 3o O cômputo de que trata o caput aplica-se a todas as modalidades de cumprimento da Reserva Legal, abrangendo a regeneração, a recomposição e a compensação. Seção II Do Regime de Proteção da Reserva Legal Art. 18. A área de Reserva Legal deverá ser registrada no órgão ambiental competente por meio de inscrição no CAR de que trata o art. 29, sendo vedada a alteração de sua destinação, nos casos de transmissão, a qualquer título, ou de desmembramento, com as exceções previstas nesta Lei. § 4o O registro da Reserva Legal no CAR desobriga a averbação no Cartório de Registro de Imóveis, sendo que, no período entre a data da publicação desta Lei e o registro no CAR, o proprietário ou possuidor rural que desejar fazer a averbação terá direito à gratuidade deste ato. Art. 19. A inserção do imóvel rural em perímetro urbano definido mediante lei municipal não desobriga o proprietário ou posseiro da manutenção da área de Reserva Legal, que só será extinta concomitantemente ao registro do parcelamento do solo para fins urbanos aprovado segundo a legislação específica e consoante as diretrizes do plano diretor de que trata o § 1o do art. 182 da Constituição Federal. CAPÍTULO VI DO CADASTRO AMBIENTAL RURAL Art. 29. É criado o Cadastro Ambiental Rural - CAR, no âmbito do Sistema Nacional de Informação sobre Meio Ambiente - SINIMA, registro público eletrônico de âmbito nacional, OBRIGATÓRIO PARA TODOS OS IMÓVEIS RURAIS, com a finalidade de integrar as informações ambientais das propriedades e posses rurais, compondo base de dados para controle, monitoramento, planejamento ambiental e econômico e combate ao desmatamento. § 2o O cadastramento não será considerado título para fins de reconhecimento do direito de propriedade ou posse, tampouco elimina a necessidade de cumprimento do disposto no art. 2o da Lei no 10.267, de 28 de agosto de 2001. § 3o A inscrição no CAR será obrigatória para todas as propriedades e posses rurais, devendo ser requerida até 31 de dezembro de 2017, prorrogável por mais 1 ano por ato do Chefe do Poder Executivo. Art. 30. Nos casos em que a Reserva Legal já tenha sido averbada na matrícula do imóvel e em que essa averbação identifique o perímetro e a localização da reserva , o proprietário não será obrigado a fornecer ao órgão ambiental as informações relativas à Reserva Legal previstas no inciso III do § 1o do art. 29. Parágrafo único. Para que o proprietário se desobrigue nos termos do caput, deverá apresentar ao órgão ambiental competente a certidão de registro de imóveis onde conste a averbação da Reserva Legal ou termo de compromisso já firmado nos casos de posse. LEI 9985/00 - SISTEMA NACIONAL DE UNIDADE DE PROTEÇÃO CAPÍTULO II DO SISTEMA NACIONAL DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO DA NATUREZA – SNUC Art. 4o O SNUC tem os seguintes objetivos: I - contribuir para a manutenção da diversidade biológica e dos recursos genéticos no território nacional e nas águas jurisdi- cionais; II - proteger as espécies ameaçadas de extinção no âmbito re- gional e nacional; III - contribuir para a preservação e a restauração da diversida- de de ecossistemas naturais; IV - promover o desenvolvimento sustentável a partir dos re- cursos naturais; V - promover a utilização dos princípios e práticas de conser- vação da natureza no processo de desenvolvimento; VI - proteger paisagens naturais e pouco alteradas de notável beleza cênica; IX - recuperar ou restaurar ecossistemas degradados; XI - valorizar econômica e socialmente a diversidade biológi- ca; Art. 6o O SNUC será gerido pelos seguintes órgãos, com as res- pectivas atribuições: I – Órgão consultivo e deliberativo: o Conselho Nacional do Meio Ambiente - Conama, com as atribuições de acompanhar a implementação do Sistema; II - Órgão central: o Ministério do Meio Ambiente, com a finali- dade de coordenar o Sistema; e III - órgãos executores: o Instituto Chico Mendes e o Ibama, em caráter supletivo, os órgãos estaduais e municipais, com a função de implementar o SNUC, subsidiar as propostas de criação e administrar as unidades de conservação federais, estaduais e municipais, nas respectivas esferas de atuação. Parágrafo único. Podem integrar o SNUC, excepcionalmente e a critério do Conama, unidades de conservação estaduais e municipais que, concebidas para atender a peculiaridades re- gionais ou locais, possuam objetivos de manejo que não pos- sam ser satisfatoriamente atendidos por nenhuma categoria MAÍRA MESQUITA MATOS - 056.056.763-42 maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com 12 prevista nesta Lei e cujas características permitam, em relação a estas, uma clara distinção. CAPÍTULO III DAS CATEGORIAS DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO Art. 7o As unidades de conservação integrantes do SNUC divi- dem-se em dois grupos, com características específicas: I - Unidades de Proteção Integral - UPI; II - Unidades de Uso Sustentável - UUS . § 1o O objetivo básico das UPI é preservar a natureza, sendo AD- MITIDO APENAS O USO INDIRETO dos seus recursos naturais, com exceção dos casos previstos nesta Lei. § 2o O objetivo básico das UUS é COMPATIBILIZAR A CONSER- VAÇÃO DA NATUREZA COM O USO SUSTENTÁVEL de parcela dos seus recursos naturais. UNIDADES DE PROTEÇÃO INTEGRAL UNIDADES DE USO SUSTENTÁVEL Objetivo básico: ADMITIDO APENAS O USO INDIRETO dos seusrecursos naturais Objetivo básico: COMPATIBI- LIZAR A CONSERVAÇÃO DA NATUREZA COM O USO SUS- TENTÁVEL de parcela dos seus recursos naturais. Estação Ecológica; Reserva Biológica; Parque Nacional; Monumento Natural; Refúgio de Vida Silvestre. Área de Proteção Ambiental; Área de Relevante Interesse Ecológico; Floresta Nacional; Reserva Extrativista; Reserva de Fauna; Reserva de Desenvolvimento Sustentável; Reserva Particular do Patri- mônio Natural. Art. 8o O grupo das Unidades de Proteção Integral é composto pelas seguintes categorias de unidade de conservação: I - Estação Ecológica; II - Reserva Biológica; III - Parque Nacional; IV - Monumento Natural; V - Refúgio de Vida Silvestre. UNIDADES DE PROTEÇÃO INTEGRAL ESTAÇÃO ECOLÓGICA Objetivo: preservação da natureza e a realização de pesquisas científicas. POSSE E DOMÍNIO PÚBLICOS. Áreas particulares serão desapropria- das. RESERVA BIOLÓGICA Objetivo: preservação integral da biota e demais atributos naturais existentes em seus limites, sem interferência hu- mana direta ou modificações ambien- tais, excetuando-se as medidas de recu- peração. POSSE E DOMÍNIO PÚBLICOS. Áreas particulares serão desapropria- das. Objetivo: preservação de ecossistemas naturais de grande relevância ecológica PARQUE NACIONAL e beleza cênica, possibilitando a reali- zação de pesquisas científicas e o de- senvolvimento de atividades de educa- ção e interpretação ambiental, de re- creação. POSSE E DOMÍNIO PÚBLICOS. Áreas particulares serão desapropria- das. MONUMENTO NATURAL Objetivo: preservar sítios naturais raros, singulares ou de grande beleza cênica. Pode ser constituído por áreas particu- lares. Incompatibilidade/falta de aquiescên- cia do proprietário: a área particular pode ser desapropriada REFÚGIO DE VIDA SILVESTRE Objetivo: proteger ambientes naturais onde se asseguram condições para a existência ou reprodução de espécies ou comunidades da flora local e da fau- na residente ou migratória. Pode ser constituído por áreas particu- lares. Incompatibilidade/falta de aquiescên- cia do proprietário: a área particular pode ser desapropriada Art. 14. Constituem o Grupo das Unidades de Uso Sustentável as seguintes categorias de unidade de conservação: I - Área de Proteção Ambiental; II - Área de Relevante Interesse Ecológico; III - Floresta Nacional; IV - Reserva Extrativista; V - Reserva de Fauna; VI – Reserva de Desenvolvimento Sustentável; e VII - Reserva Particular do Patrimônio Natural. UNIDADES DE USO SUSTENTÁVEL ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL Área em geral extensa, com um cer- to grau de ocupação humana, dota- da de atributos abióticos, bióticos, estéticos ou culturais. Objetivos: proteger a diversidade bi- ológica, disciplinar o processo de ocupação e assegurar a sustentabili- dade do uso dos recursos naturais. É constituída por terras públicas ou privadas. ÁREA DE RELEVANTE INTERESSE ECOLÓGICO Área em geral de pequena extensão, com pouca ou nenhuma ocupação humana, com características naturais extraordinárias ou que abriga exem- plares raros da biota regional. Objetivo: manter os ecossistemas naturais de importância regional ou local e regular o uso admissível des- sas áreas, de modo a compatibilizá- lo com os objetivos de conservação da natureza. É constituída por terras públicas ou MAÍRA MESQUITA MATOS - 056.056.763-42 maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com 13 privadas. FLORESTA NACIONAL Área com cobertura florestal de es- pécies predominantemente nativas. Objetivo: uso múltiplo sustentável dos recursos florestais e a pesquisa científica, com ênfase em métodos para exploração sustentável de flo- restas nativas. Posse e domínio públicos. Áreas particulares - desapropriadas. RESERVA EXTRATIVISTA Área utilizada por populações extra- tivistas tradicionais, cuja subsistên- cia baseia-se no extrativismo e, com- plementarmente, na agricultura de subsistência e na criação de animais de pequeno porte. Objetivos: proteger os meios de vida e a cultura dessas populações, e as- segurar o uso sustentável dos recur- sos naturais da unidade. Posse e domínio públicos. Áreas particulares - desapropriadas. RESERVA DE FAUNA Área natural com populações ani- mais de espécies nativas, terrestres ou aquáticas, residentes ou migrató- rias, adequadas para estudos téc- nico-científicos sobre o manejo eco- nômico sustentável de recursos fau- nísticos. Posse e domínio públicos. Áreas particulares - desapropriadas. RESERVA DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL Área natural que abriga populações tradicionais, cuja existência baseia- se em sistemas sustentáveis de ex- ploração dos recursos naturais, de- senvolvidos ao longo de gerações e adaptados às condições ecológicas locais e que desempenham um papel fundamental na proteção da nature- za e na manutenção da diversidade biológica. Objetivo: preservar a natureza e, ao mesmo tempo, assegurar as condi- ções e os meios necessários para a reprodução e a melhoria dos modos e da qualidade de vida e exploração dos recursos naturais das popula- ções tradicionais, bem como valori- zar, conservar e aperfeiçoar o conhe- cimento e as técnicas de manejo do ambiente, desenvolvido por estas populações. Domínio público Áreas particulares - desapropriadas RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NA- TURAL Área privada, gravada com perpetui- dade, com o objetivo de conservar a diversidade biológica. POSSÍVEL TERRAS PARTICULARES UPI UUS MONUMENTO NATURAL REFÚGIO DE VIDA SILVESTRE ÁREA DE PROTEÇÃO AMBI- ENTAL ÁREA DE RELEVANTE INTE- RESSE ECOLÓGICO CAPÍTULO IV DA CRIAÇÃO, IMPLANTAÇÃO E GESTÃO DAS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO Art. 22. As unidades de conservação são criadas por ato do Po- der Público. § 2o A criação de uma unidade de conservação deve ser prece- dida de estudos técnicos e de consulta pública que permitam identificar a localização, a dimensão e os limites mais adequados para a unidade, conforme se dispuser em regulamento. § 7o A desafetação ou redução dos limites de uma unidade de conservação só pode ser feita mediante lei específica. Art. 25. As unidades de conservação, exceto Área de Proteção Ambiental e Reserva Particular do Patrimônio Natural, devem possuir uma zona de amortecimento e, quando conveniente, corredores ecológicos. Art. 27. As unidades de conservação devem dispor de um Pla- no de Manejo. § 1o O Plano de Manejo deve abranger a área da unidade de conservação, sua zona de amortecimento e os corredores eco- lógicos, incluindo medidas com o fim de promover sua inte- gração à vida econômica e social das comunidades vizinhas. LEI 6938/91 - PNMA DA POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE Art. 2º. A Política Nacional do Meio Ambiente tem por OBJETIVO a preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à vida, visando assegurar, no País, condições ao desenvolvimento socioeconômico, aos interesses da segurança nacional e à proteção da dignidade da vida humana, atendidos os seguintes PRINCÍPIOS: I - ação governamental na manutenção do equilíbrio ecológico, considerando o meio ambiente como um patrimônio público a ser necessariamente assegurado e protegido, tendo em vista o uso coletivo; II - racionalização do uso do solo, do subsolo, da água e do ar; III - planejamento e fiscalização do uso dos recursos ambientais; IV - proteção dos ecossistemas, com a preservação de áreas representativas; V - controle e zoneamento das atividades potencial OU efetivamente poluidoras; VI - incentivos ao estudo e à pesquisa de tecnologias orientadas para o uso racional e a proteção dos recursos ambientais; VII - acompanhamento do estadoda qualidade ambiental; VIII - recuperação de áreas degradadas; IX - proteção de áreas ameaçadas de degradação; X - educação ambiental a todos os níveis do ensino, inclusive a educação da comunidade, objetivando capacitá-la para participação ativa na defesa do meio ambiente. MAÍRA MESQUITA MATOS - 056.056.763-42 maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com 14 Art. 3º - Para os fins previstos nesta Lei, entende-se por: I - MEIO AMBIENTE, o conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas; IV - POLUIDOR, a pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, responsável, direta ou indiretamente, por atividade causadora de degradação ambiental; DOS OBJETIVOS DA POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE Art. 4º - A Política Nacional do Meio Ambiente visará: I - à compatibilização do desenvolvimento econômico social com a preservação da qualidade do meio ambiente e do equilíbrio ecológico; II - à definição de áreas prioritárias de ação governamental relativa à qualidade e ao equilíbrio ecológico, atendendo aos interesses da União, dos Estados, do Distrito Federal, do Territórios e dos Municípios; III - ao estabelecimento de critérios e padrões da qualidade ambiental e de normas relativas ao uso e manejo de recursos ambientais; IV - ao desenvolvimento de pesquisas e de tecnologias nacionais orientadas para o uso racional de recursos ambientais; V - à difusão de tecnologias de manejo do meio ambiente, à divulgação de dados e informações ambientais e à formação de uma consciência pública sobre a necessidade de preservação da qualidade ambiental e do equilíbrio ecológico; VI - à preservação e restauração dos recursos ambientais com vistas à sua utilização racional e disponibilidade permanente, concorrendo para a manutenção do equilíbrio ecológico propício à vida; VII - à imposição, ao poluidor e ao predador, da OBRIGAÇÃO DE RECUPERAR e/ou INDENIZAR os danos causados, e ao usuário, de contribuição pela utilização de recursos ambientais com fins econômicos. DO SISTEMA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE Art. 6º Os órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios, bem como as fundações instituídas pelo Poder Público, responsáveis pela proteção e melhoria da qualidade ambiental, constituirão o Sistema Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA, assim estruturado: I - ÓRGÃO SUPERIOR: o Conselho de Governo, com a função de assessorar o Presidente da República na formulação da política nacional e nas diretrizes governamentais para o meio ambiente e os recursos ambientais; II - ÓRGÃO CONSULTIVO E DELIBERATIVO: o Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), com a finalidade de assessorar, estudar e propor ao Conselho de Governo, diretrizes de políticas governamentais para o meio ambiente e os recursos naturais e deliberar, no âmbito de sua competência, sobre normas e padrões compatíveis com o meio ambiente ecologicamente equilibrado e essencial à sadia qualidade de vida; III - ÓRGÃO CENTRAL: a Secretaria do Meio Ambiente da Presidência da República, com a finalidade de planejar, coordenar, supervisionar e controlar, como órgão federal, a política nacional e as diretrizes governamentais fixadas para o meio ambiente; IV - ÓRGÃOS EXECUTORES: o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade - Instituto Chico Mendes, com a finalidade de executar e fazer executar a política e as diretrizes governamentais fixadas para o meio ambiente, de acordo com as respectivas competências; V - ÓRGÃOS SECCIONAIS: os órgãos ou entidades estaduais responsáveis pela execução de programas, projetos e pelo controle e fiscalização de atividades capazes de provocar a degradação ambiental; VI - ÓRGÃOS LOCAIS: os órgãos ou entidades municipais, responsáveis pelo controle e fiscalização dessas atividades, nas suas respectivas jurisdições; DOS INSTRUMENTOS DA POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE Art. 9º - São Instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente: I - o estabelecimento de padrões de qualidade ambiental; II - o zoneamento ambiental; III - a avaliação de impactos ambientais; IV - o licenciamento e a revisão de atividades efetiva ou potencialmente poluidoras; V - os incentivos à produção e instalação de equipamentos e a criação ou absorção de tecnologia, voltados para a melhoria da qualidade ambiental; VI - a criação de espaços territoriais especialmente protegidos pelo Poder Público federal, estadual e municipal, tais como áreas de proteção ambiental, de relevante interesse ecológico e reservas extrativistas; VII - o sistema nacional de informações sobre o meio ambiente; VIII - o Cadastro Técnico Federal de Atividades e Instrumento de Defesa Ambiental; IX - as penalidades disciplinares ou compensatórias ao não cumprimento das medidas necessárias à preservação ou correção da degradação ambiental. X - a instituição do Relatório de Qualidade do Meio Ambiente, a ser divulgado anualmente pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis - IBAMA; XI - a garantia da prestação de informações relativas ao Meio Ambiente, obrigando-se o Poder Público a produzi-las, quando inexistentes; XII - o Cadastro Técnico Federal de atividades potencialmente poluidoras e/ou utilizadoras dos recursos ambientais. XIII - instrumentos econômicos, como concessão florestal, servidão ambiental, seguro ambiental e outros. Art. 9o-A. O proprietário ou possuidor de imóvel, pessoa natural ou jurídica, pode, por instrumento público ou particular ou por termo administrativo firmado perante órgão integrante do Sisnama, limitar o uso de toda a sua propriedade ou de parte dela para preservar, conservar ou recuperar os recursos ambientais existentes, instituindo servidão ambiental. § 2o A servidão ambiental NÃO SE APLICA às APP e à RL mínima exigida § 3o A restrição ao uso ou à exploração da vegetação da área sob servidão ambiental deve ser, no mínimo, a mesma estabelecida para a Reserva Legal § 5o Na hipótese de compensação de Reserva Legal, a servidão ambiental deve ser averbada na matrícula de todos os imóveis envolvidos. § 6o É VEDADA, durante o prazo de vigência da servidão ambiental, a alteração da destinação da área, nos casos de MAÍRA MESQUITA MATOS - 056.056.763-42 maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com maira.mesquita94@gmail.com 15 transmissão do imóvel a qualquer título, de desmembramento ou de retificação dos limites do imóvel. Art. 9o-B. A servidão ambiental poderá ser ONEROSA ou GRATUITA, TEMPORÁRIA ou PERPÉTUA. § 1o O prazo mínimo da servidão ambiental temporária é de 15 anos. § 2o A servidão ambiental perpétua equivale, para fins creditícios, tributários e de acesso aos recursos de fundos públicos, à Reserva Particular do Patrimônio Natural - RPPN, definida no art. 21 da Lei no 9.985, de 18 de julho de 2000 § 3o O detentor da servidão ambiental PODERÁ ALIENÁ-LA, CEDÊ-LA
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