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CAS - 01 LIDERANCA MILITAR

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Prévia do material em texto

CURSO DE APERFEIÇOAMENTO DE SARGENTOS
 LIDERANÇA MILITAR
VOLUME ÚNICO
COMUM
CAS
IMPRESSO NA GRÁFICA DA EEAR
MINISTÉRIO DA DEFESA
COMANDO DA AERONÁUTICA
ESCOLA DE ESPECIALISTAS DE AERONÁUTICA
CURSO DE APERFEIÇOAMENTO DE SARGENTOS
VOLUME ÚNICO
Apostila da Disciplina Liderança Militar do Curso de
Aperfeiçoamento de Graduados – CAS.
Edições(es):
1a Edição: SO BMA ED WILLY – 2019
2a Edição: SO BMA ED WILLY – 2020
Revisor(es) Pedagógico(s):
TEN PED FREDERICO – 2020
Revisor(es) de Diagramação:
SO BFT DINIZ – 2020
SO BET MENDES JR – 2020
GUARATINGUETÁ - SP
2020
SO BMA ED WILLY
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO........................................................................................................................1
 CAPÍTULO1 - LIDERANÇA......................................................................................................3
 TÓPICO1.1 - LIDERANÇA, INFLUÊNCIA, PODER E AUTORIDADE.............................3
 TÓPICO1.2 - INFLUÊNCIA , PODER E AUTORIDADE......................................................6
 CAPÍTULO2 - LIDERANÇA MILITAR...................................................................................9
 TÓPICO2.1 - LIDERANÇA MILITAR E SEUS NÍVEIS NA FAB........................................9
 TÓPICO2.2 - NÍVEIS DE LIDERANÇA NA FORÇA AÉREA BRASILEIRA..................10
 TÓPICO2.3 - DEFINIÇÕES DE COMPETÊNCIA...............................................................14
 TÓPICO2.4 - COMPETÊNCIAS PARA LIDERANÇA........................................................15
 CAPÍTULO3 - VALORES.........................................................................................................18
CONSIDERAÇÕES FINAIS......................................................................................................21
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.......................................................................................23
EEAR EEAR CAS - CAS - LIDERANÇA MILITARLIDERANÇA MILITAR 11 / / 3434
APRESENTAÇÃO
Prezado “Cassiano”, parabéns por sua matrícula neste Curso de Aperfeiçoamento. Trata-
se de um grande momento em sua carreira.
Possivelmente, você já teve contato com parte dos assuntos que serão tratados nesta
apostila, entretanto, o que se pretende é sistematizar este conhecimento de forma a capacitá-lo
para exercer as atribuições de um graduado em sua posição hierárquica, em que serão exigidos
conhecimentos e habilidades para assessorar superiores e orientar equipes compostas por
militares mais modernos.
Neste módulo iniciaremos o estudo da liderança e como estes conceitos são é aplicado na
Força Aérea. O conteúdo desta apostila foi extraído da Manual de Liderança da Força Aérea
Brasileira MCA 2-1 Publicado no BCA nº 164, de 26 de setembro de 2016.
Recomenda-se que você estude atentamente todo o conteúdo, mesmo daquele que você já
detenha algum conhecimento, pois isso contribuirá para que você se aproprie do conteúdo. É
importante destacar que você será o “ator” nesta construção da própria aprendizagem, desse
modo, é necessário que você utilize métodos de estudo que possibilitem a recuperação do
conteúdo de forma mais aprofundada que o habitual.
Segue uma sugestão de roteiro para seus estudos.
1) Quais suas observações iniciais acerca do texto? Identifique 3 a 5 palavras-chave e faça
breves anotações sobre cada uma delas.
2) Quais as características do texto? Faça uma breve descrição. Identifique os principais
temas do texto.
3) Quais correlações e associações você pode fazer em relação ao texto? Compare-o a
outras leituras que você já tenha realizado sobre assunto similar. Faça breves anotações,
infográficos ou desenhos.
4) Experimente decompor o texto em tópicos. Anote cada tópico acrescido de um breve
comentário. Após ter feito essa decomposição, faça um resumo, reconstruindo o texto
com suas próprias palavras a partir dos tópicos.
5) Avalie todas as suas anotações de forma crítica. Há algo que você possa melhorar?
DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO -DEPFDIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO -DEPF
 22 / / 3434 CAS - CAS - LIDERANÇA MILITARLIDERANÇA MILITAR EEAREEAR
6) Estabeleça um diálogo sobre o texto. Isso pode ser feito explicando seu resumo ou por
meio de uma conversa sobre o assunto com um colega. Outras opções podem ser você
preparar uma aula com 3 a 5 slides, ou ainda, fazer um “mapa mental” sobre o assunto
estudado.
7) Faça uma “busca” na Internet por algum texto, infográfico ou vídeo que esteja
relacionado com o assunto e que possa ser acrescentado ao seu material de estudo.
Votos de sucesso em seus estudos!
DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO -DEPFDIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO -DEPF
EEAR EEAR CAS - CAS - LIDERANÇA MILITARLIDERANÇA MILITAR 33 / / 3434
 CAPÍTULO1 - LIDERANÇA
Neste tópico encontram-se algumas definições sobre liderança, bem como os principais
conceitos concernentes ao assunto. Como recurso auxiliar na compreensão do texto, segue o link
de um documentário que versa sobre a atuação do 1º Grupo de Aviação de Caça da Força Aérea
Brasileira na Segunda Guerra Mundial (Documentário senta a pua).
https://www.youtube.com/watch?v=5DTROkLVpM4
 TÓPICO1.1 - LIDERANÇA, INFLUÊNCIA, PODER E AUTORIDADE
O conceito de liderança tem sido alvo de muitos estudos, particularmente no contexto
organizacional. Este temo traz em si ideias relacionadas ao exercício de poder, influência e
autoridade entre indivíduos e organizações, estando associado a pessoas dinâmicas e poderosas,
que comandam grandes exércitos ou impérios corporativos (SANTOS, 2012). Segundo
Northouse (2007), a “liderança” é definida de acordo com os seguintes componentes:
a) A liderança é um processo;
b) A liderança envolve influência;
c) A liderança ocorre em um contexto de grupo; e
d) A liderança busca atingir um ou mais objetivos.
Com base nestas quatro características consideradas pelo autor como componentes
do conceito de liderança, esta é definida como um processo, no qual um indivíduo influencia um
grupo de indivíduos para alcançar um objetivo comum (NORTHOUSE, 2007). Está será a
definição de liderança adotada neste manual. Ao indivíduo que exerce a influência atribui-se a
designação de líder e, aos influenciados, a de liderados (ou seguidores).
Uma outra definição de liderança, semelhante àquela concebida por Northouse (2007), foi
idealizada por Aguilera e Lazarini (2009, p. 127) e diz que “liderança é o conjunto dos
DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO - DEPFDIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO - DEPF
 44 / / 3434 CAS - CAS - LIDERANÇA MILITARLIDERANÇA MILITAR EEAREEAR
comportamentos de um indivíduo que influenciam e coordenam as atividades de um grupo para
se chegar a um objetivo comum”. 
O componente do conceito de liderança que a define como um processo mostra que esta é
um fenômeno que não ocorre como um evento isolado, surgindo, de fato, da interação humana,
em outras palavras, no relacionamento entre o líder e seus liderados. De acordo com Santos
(2012), ao se assumir que liderança é um processo, passa-se a identificar uma relação biunívoca
entre o líder e os liderados. Essa relação é evidenciada pela fato de que o líder e os seus liderados
afetam-se mutuamente, ou seja, há uma relação de interdependência entre ambos os lados. Ainda
segundo Santos (2012), isto ressalta que a liderança não é um evento linear, unidirecional, mas
sim, um evento interativo e bidirecional, ou seja, o fenômeno da liderança passa a ser um
processo social, construído por um grupo de pessoas.
A seguir encontra-se o link de uma resenha sobre o livro “O Monge e o Executivo”, o
qual trata da essência do conceito de liderança. 
https://www.youtube.com/watch?v=8KsuWERkk7Y
Os conceitos referentes ao fenômeno da liderança colocam, em destaque, o fato desta
envolver intimamente a influência, a qual é exercida intencionalmentepelo líder sobre seus
subordinados, em determinadas situações (FACHADA, 1998). Para Yukl (1998), o processo de
influência consiste na essência da liderança. A influência deve ser exercida para se alcançar os
objetivos do grupo, podendo, para tal finalidade, se dar, não apenas por parte do líder, mas
também por parte dos liderados em relação ao líder ao até mesmo entre estes. Portanto, a
influência consiste em um processo multidirecional, como se pode observar na Figura 1.
DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO - DEPFDIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO - DEPF
https://www.youtube.com/watch?v=8KsuWERkk7Y
EEAR EEAR CAS - CAS - LIDERANÇA MILITARLIDERANÇA MILITAR 55 / / 3434
 
FIGURA 1: INFLUÊNCIA MULTIDIRECIONAL FONTE: SANTOS (2015)
Portanto, tanto os líderes quanto os liderados estão envolvidos na construção de processos
de liderança (NORTHOUSE, 2007). Essa abordagem sobre liderança traz em si o fato de que
qualquer membro de um sistema social pode exercer liderança, deixando, portando, esta de estar
vinculada a uma determinada posição dentro do grupo. Na realidade, todas as pessoas podem
exercer influência para alcançar um objetivo, independente da função que exerça ou da posição
formal na estrutura da Organização (YUKL, 2006). Apesar de a influência não estar
determinantemente associada a uma função ou posição de um indivíduo dentro de um grupo para
que se exerça liderança, vale destacar que os processos de influência são centrais para a
existência da liderança (YUKL, 2006). Em outras palavras, sem influência, a liderança não pode
existir.
Essa condição exigirá a revisão de alguns conceitos por parte daqueles que estão numa
posição de liderança, pois sugere um olhar diferenciado para as lideranças emergentes dentro do
grupo, vistas como agentes parceiros e não como concorrentes numa disputa de poder, desde que
as atitudes desses líderes estejam alinhadas com os objetivos, os valores e a missão da instituição
(MCA 2-1/2016 ).
Para saber mais sobre o que é influência e sobre a influência do líder em um grupo acesse o
material na forma de vídeo e de artigo respectivamente por meio dos links a seguir:
DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO - DEPFDIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO - DEPF
 66 / / 3434 CAS - CAS - LIDERANÇA MILITARLIDERANÇA MILITAR EEAREEAR
1. https://www.youtube.com/watch?v=8KsuWERkk7Y
2. https://administradores.com.br/artigos/como-o-comportamento-do-lider-pode-influenciar-
seus-liderados
 TÓPICO1.2 - INFLUÊNCIA , PODER E AUTORIDADE
Influência, poder e autoridade são termos comumente associados ao conceito de
liderança. Porém, estes são utilizados em contextos diferentes, devendo, portanto, ser
distinguidos, para se evitar confusão entre seus significados e para compreender melhor o
fenômeno da liderança.
De acordo com Yukl (2006), a influência significa o efeito exercido por um agente sobre
um alvo, sendo que, quando exercida sobre pessoas, esta incide sobre as atitudes, percepções e
comportamentos da pessoa-alvo, ou uma combinação destes fatores. Diante disso, essa
influência pode resultar em resistência, obediência ou comprometimento, ou seja, quanto mais o
liderado for influenciado no nível da percepção, mais comprometido ele é, conforme explicitado
pelo Quadro 1.
Poder, de acordo com Northouse (2007), está relacionado à prática da liderança porque é
parte do processo de influência e deve ser entendido como potencial, ou capacidade, de exercer
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https://administradores.com.br/artigos/como-o-comportamento-do-lider-pode-influenciar-seus-liderados
https://administradores.com.br/artigos/como-o-comportamento-do-lider-pode-influenciar-seus-liderados
EEAR EEAR CAS - CAS - LIDERANÇA MILITARLIDERANÇA MILITAR 77 / / 3434
influência., Para o autor, as pessoas têm poder quando conseguem afetar as crenças, atitudes e
linhas de ação de outras pessoas.
French e Raven (1959) apresentaram uma taxonomia de bases de poder. Por esta
taxinomia, os tipos de poder são representados pelo poder de recompensa, poder coercitivo,
poder legítimo, poder de especialista e poder de referência, conforme definição expressa no
Quadro 2.
Por fim, a autoridade, de acordo com Yukl (2006), envolve os direitos, prerrogativas,
obrigações e deveres associados a uma posição particular dentro de uma organização ou sistema
social. Portanto, a autoridade de um líder geralmente inclui o direito de decidir em nome da
organização ou então de fazer solicitações diretas aos seus subordinados que, diante da
autoridade do líder, têm a obrigação de obedecer.
Para saber mais sobre liderança leia o artigo “O Líder militar” disponível na plataforma AVA.
“O líder tem que compreender e considerar a situação em que vai exercer sua chefia – missão,
tipo e perfil dos comandados e da fração ou OM –, compatibilizando sua atuação com estes e
outros aspectos.”
(Gen Bgda Luiz Eduardo Rocha Paiva O LÍDER MILITAR: uma visão pessoal.)
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 88 / / 3434 CAS - CAS - LIDERANÇA MILITARLIDERANÇA MILITAR EEAREEAR
VAMOS ORGANIZAR OS CONHECIMENTOS ADQUIRIDOS ATÉ AQUI!
1- Na realidade, _________________ podem exercer influência para alcançar um
objetivo, independente da função que exerça ou da posição formal na estrutura da
Organização (YUKL, 2006).
2- Portanto, a seguinte definição de liderança será adotada neste manual: liderança é
______________, no qual um indivíduo ______________ um grupo de indivíduos
para alcançar um _______________________.
3- Sendo assim, o fenômeno da liderança passa a ser ______________, construído por
um grupo de pessoas.
4- Efeito exercido por um agente sobre uma pessoa e pode incidir sobre seu
comportamento, atitudes e percepções. Podemos afirmar que este é o conceito
de______________________.
5- A parte do processo de influência que deve ser entendido como potencial, ou
capacidade, de exercer influência e que está relacionado à prática está ligada ao
___________________.
6- De acordo com Yukl (2006), os direitos, prerrogativas, obrigações e deveres
associados a uma posição particular dentro de uma organização ou sistema social
estão relacionada. com a ____________________.
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EEAR EEAR CAS - CAS - LIDERANÇA MILITARLIDERANÇA MILITAR 99 / / 3434
 CAPÍTULO2 - LIDERANÇA MILITAR
 TÓPICO2.1 - LIDERANÇA MILITAR E SEUS NÍVEIS NA FAB
Conforme visto, a liderança é descrita como o processo de influenciar Pessoas para
alcançar objetivos comuns (NORTHOUSE, 2004). Trocando algumas das palavras por termos
mais comuns à caserna, é possível definir a Liderança Militar como sendo o processo de
influenciar, motivar e direcionar os subordinados para a realização da Missão a ser cumprida,
quer seja em tempo de paz, quer seja em tempos de beligerância (MCA 2-1/2016 ).
As palavras grifadas realçam dois elementos fundamentais na liderança: 
(1) A MISSÃO, tarefa ou objetivo a ser cumprido;
(2) AS PESSOAS, que devem cumprir a missão. 
Todos os estilos de liderança devem se apoiar nesses dois pilares básicos. Uma liderança
eficiente é capaz de transformar potencial humano em eficiente performance no presente,
enquanto forma líderes capazes de lidar com os desafios futuros.
Qualquer pessoa, independente de posição hierárquica ou função, pode ser um líder capaz
de influenciar positivamente as pessoas para o cumprimento da missão. Liderança não equivale a
comando, mas todos os comandantes deveriam ser líderes. O exercício da liderança deve ser
cultivado desde as praças mais modernos até os mais experientes Oficiais Generais, pois os
líderes influenciampositivamente toda a organização, não sendo necessário que estejam
investidos de um cargo de comando.
A Força Aérea Brasileira espera que as pessoas desenvolvam as suas capacidades de
liderança. Entretanto, a natureza e a extensão dessas capacidades dependerão do círculo
hierárquico que se encontram: Oficiais ou Praças.
É esperado que o oficial desenvolva sua capacidade de liderança, rapidamente, do nível
tático (a ação) ao operacional (o planejamento da ação). Alguns chegarão até ao nível
estratégico, em que serão definidos os objetivos da FAB.
As praças operarão no nível tático, combinando suas habilidades técnicas com a
capacidade de influenciar seus subordinados para cumprir com êxito a missão atribuída.
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 1010 / / 3434 CAS - CAS - LIDERANÇA MILITARLIDERANÇA MILITAR EEAREEAR
As competências do líder podem ser desenvolvidas por meio do hábito de praticar e agir
segundo os valores da FAB, do treinamento (quer seja formal, por intermédio de cursos, quer
seja informal, pela prática diária da liderança) e da experiência. Todos os membros da FAB
podem atingir a excelência desde que incorporem os valores da Força, busquem constantemente
o aprimoramento técnico e profissional e coloquem as suas habilidades em prol do cumprimento
da missão da sua Unidade, enquanto cuidam das pessoas que os ajudam a executar as tarefas.
O exercício da liderança é uma busca constante pelo aprimoramento, o líder é
responsável pela proficiência de sua equipe, interagindo com ela, verificando suas necessidades e
provendo o treinamento necessário para que o conjunto de habilidades do grupo alcance o seu
objetivo que é o cumprimento da missão.
 TÓPICO2.2 - NÍVEIS DE LIDERANÇA NA FORÇA AÉREA BRASILEIRA
A Força Aérea possui características marcantes que a tornam o mais versátil componente
do Poder Militar. Essas características propiciam à Força Aérea reações rápidas contra qualquer
tipo de objetivo, em qualquer local no raio de ação dos seus vetores. Permite dispersar-se, no
solo ou em voo, e concentrar-se sobre o objetivo, vindo de diferentes direções. Permite atacar
alvos distantes, apoiar forças de superfície e controlar o espaço aéreo, empregando os mesmos
elementos básicos de modo simples e coordenado (BRASIL, 2012).
Esse ambiente dinâmico requer o desenvolvimento das habilidades de liderança para atender ao
cumprimento da missão em níveis tático, operacional e estratégico, em ordem crescente de
hierarquia.
O nível de atuação da liderança tem relação direta com a posição hierárquica ocupada
pelo líder. Quanto mais moderno for o líder, mais o desenvolvimento da liderança estará
relacionado com os indivíduos e equipes. Conforme o líder vai ficando mais antigo, o foco vai se
direcionando para as decisões estratégicas da Força.
O nível de liderança em que o membro da FAB se encontra determinará o conjunto de
competências necessárias para liderar as pessoas para o cumprimento da missão. De acordo com
Figura 2, à medida que o líder cresce hierarquicamente do nível tático para o estratégico, a
ênfase do uso das competências relacionadas à esfera pessoal transita para as necessidades de
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EEAR EEAR CAS - CAS - LIDERANÇA MILITARLIDERANÇA MILITAR 1111 / / 3434
competências mais específicas à liderança organizacional. As competências do líder serão
abordadas no capítulo e, por isso, não serão objeto de estudo neste momento.
FIGURA 2: NÍVEIS DE LIDERANÇA E ÁREAS DE INFLUÊNCIA DO
LÍDER (FONTE: ADAPTADO DE USAF, 2011)
• NÍVEL TÁTICO
No nível tático, o foco primário do líder deve ser o desenvolvimento das competências pessoais.
O militar nesse nível está começando a ter noção de liderança de equipes e observando as ações
dos líderes mais antigos para aprender sobre a liderança voltada para a organização. Nesse
estágio, o componente da FAB deve desenvolver as suas habilidades técnicas e acumular
experiência funcional para poder liderar as pessoas no seu nível de atuação.
O líder ainda deve buscar o autoconhecimento e começar a perceber como o seu estilo de
liderança influencia os demais. Incorporar os valores da FAB nas suas atitudes, comunicar-se
com eficiência e ser ético são características fundamentais para conquistar a confiança do grupo.
Esses atributos, aliados à excelência na execução das suas atividades profissionais facilitarão a
aceitação do líder pelos liderados e ajudará a construir um ambiente de trabalho propício ao
sucesso do grupo. Vale lembrar que nesse nível, tão importante quanto desenvolver as
competências de liderança, é buscar o aprimoramento como liderado.
Ao mencionar a busca pela excelência nas atividades profissionais, o que se pretende pontuar é
que, independente se a sua função for pilotar uma aeronave, realizar guarda e segurança de uma
Base Aérea, realizar um carregamento em uma aeronave, no nível tático, a proficiência técnica é
condição indissociável da liderança.
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 1212 / / 3434 CAS - CAS - LIDERANÇA MILITARLIDERANÇA MILITAR EEAREEAR
• NÍVEL OPERACIONAL
No nível operacional as pessoas já devem ser capazes de compreender o funcionamento da Força
Aérea em um espectro mais amplo. Nesse estágio é esperada uma transição entre o especialista
tático, com uma visão voltada para aplicação das suas habilidades técnicas, e o líder que deve
pensar em como empregar os meios da FAB para a realização dos objetivos traçados. O líder
mais maduro será capaz de continuar a desenvolver as suas competências pessoais enquanto
cuida do desenvolvimento pessoal e do grupo dos seus liderados.
Outrossim, é esperado de um líder que está hierarquicamente no nível operacional que tenha
consciência dos atributos que os seus liderados devem desenvolver no nível tático e propiciem
adequado equilíbrio entre a execução das tarefas diárias e o fomento ao desenvolvimento dos
seus liderados para que estejam capacitados a liderar no nível operacional quando o momento
chegar.
• NÍVEL ESTRATÉGICO
Nesse nível, os líderes de maior grau hierárquico combinam alto desenvolvimento das
competências individuais e de desenvolvimento de equipes para aplicar em um espectro mais
amplo da FAB. Eles conhecem profundamente a Força, suas capacidades e têm as habilidades
necessárias para traçar o curso de ação necessário ao alcance dos objetivos estratégicos. É
esperado dos líderes nesse nível o conhecimento da interoperabilidade não apenas entre as
Forças, mas a integração e sinergia de todas as expressões do Poder Nacional.
No mais alto nível de liderança, o pensamento estratégico e uma visão mais ampla do cenário são
fundamentais. Nesse estágio, gerenciar grandes organizações e recursos fará mais parte da rotina
do que gerenciar pessoas.
Seguramente o militar que buscou o aprimoramento constante desde o início da sua carreira
profissional terá maiores chances de sucesso nesse nível, pois normalmente as decisões de
caráter estratégico têm efeitos potencializados na Força, sejam elas boas ou más decisões.
É altamente recomendável que se diversifique o conhecimento e adquira educação formal em
níveis mais altos, uma vez que as competências gerenciais serão o maior desafio para os líderes
nesse estágio de maturidade profissional.
Nos três níveis citados, nenhum individuo é completo por si só. Ele estará sempre inserido em
um contexto de coletividade, que vai variar conforme a situação.
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EEAR EEAR CAS - CAS - LIDERANÇA MILITARLIDERANÇA MILITAR 1313 / / 3434
Vamos organizar os conhecimentos adquiridos até aqui!1- Podemos definir a Liderança Militar como sendo o processo de __________________,
__________________,____________________ os subordinados para a realização da
Missão a ser cumprida, quer seja em tempo de paz, quer seja em tempos de beligerância.
2- Os elementos fundamentais da Liderança são: _________________,
__________________.
3- A Força Aérea Brasileira estabeleceu três níveis de liderança a saber:
___________________, _________________, ______________________.
4- Podemos afirmar que no Nível _____________ o militar está começando a ter noção de
liderança de equipes e observando as ações dos líderes mais antigos para aprender sobre a
liderança voltada para a organização.
5- Ao atingigir o estágio de ________________é esperado por uma transição entre o
especialista tático, com uma visão voltada para aplicação das suas habilidades técnicas, e o
líder que deve pensar em como empregar os meios da FAB para a realização dos
__________________.
6- No mais alto nível de liderança, o pensamento estratégico é uma visão mais ampla do
cenário são fundamentais. No estágio_______________, gerenciar grandes organizações e
recursos fará mais parte da rotina do que gerenciar pessoas.
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 1414 / / 3434 CAS - CAS - LIDERANÇA MILITARLIDERANÇA MILITAR EEAREEAR
 TÓPICO2.3 - DEFINIÇÕES DE COMPETÊNCIA
Existem diversas definições do conceito de competência, mas pode-se dizer que
subdividem-se, principalmente, em duas correntes: Escola Americana e Escola Francesa. Autores
americanos como McClelland (1973) definem competência como um estoque de qualificações –
conhecimentos, habilidades e atitudes – que credencia a pessoa a exercer determinado trabalho.
Já na Escola Francesa, competência está associada não a um conjunto de qualificações do
indivíduo, mas sim às realizações da pessoa em determinado contexto, relaciona-se com aquilo
que ela produz ou realiza no trabalho (CARBONE et al 2008).
As competências humanas revelam-se quando o indivíduo é capaz de mobilizar seus
recursos (atributos individuais) em prol da resolução de uma situação profissional complexa. Tal
complexidade torna-se cada vez mais visível uma vez que o militar inserido no contexto de uma
organização complexa como a Força Aérea Brasileira depara-se diariamente com situações que
vão para além de um simples conjunto de tarefas associadas descritivamente ao seu cargo. O
imprevisto, o real do trabalho, coloca o militar frente ao desafio de saber como mobilizar,
integrar e transferir os conhecimentos, recursos e habilidades, num contexto profissional
determinado (ZARIFIAM, 2001). A competência manifesta-se por um saber agir responsável
dentro deste contexto permeado por imprevistos, e tal “saber agir” é reconhecido assim pelos
outros. A noção de competência aparece associada a termos como: saber agir, mobilizar
recursos, integrar saberes múltiplos e complexos, saber aprender, saber engajar-se, assumir
responsabilidades, ter visão estratégica (FLEURY E FLEURY, 2001).
Para Durand (apud BRANDÃO e GUIMARÃES, 1999), o conceito de competência
baseia-se numa tríade que envolve conhecimentos, habilidades e atitudes, englobando não apenas
questões técnicas, como também aspectos sócias e afetivos relacionados ao trabalho. A sigla para
estas três dimensões, o “CHA”, é bastante conhecida no mundo organizacional, sendo por
DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO - DEPFDIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO - DEPF
EEAR EEAR CAS - CAS - LIDERANÇA MILITARLIDERANÇA MILITAR 1515 / / 3434
alguns, traduzidas nos verbos “Saber, Poder e Querer”. Porém, Mussak (2009) propõe uma
ampliação do conceito de competência, acrescentando duas dimensões expressas nas letras “V” e
“E”, transformando o “CHA” em “CHAVE”, explicitado conforme o Quadro 3:
 
A dimensão dos “Valores” aponta para o aspecto ético-moral das competências. Desta
feita, pode-se afirmar que o militar, para demonstrar competência, precisa agir em consonância
com os valores da Força Aérea, tais como a hierarquia, disciplina e o espírito de corpo. Já a
dimensão da letra “E” aponta tanto para a paixão por aquilo que se faz, representada pelo
entusiasmo e energia, bem como fala sobre a capacidade de perceber o contexto, o entorno de
um problema complexo a ser solucionado.
Assim, considerando-se todas essas dimensões apontadas, neste manual optou-se por uma
definição integrada, holística, do termo “Competências”, entendendo-o como “Combinação
sinérgica de conhecimentos, habilidades, atitudes, valores e entorno/entusiasmo, expressas pelo
desempenho profissional dentro de determinado contexto organizacional, que agregam valor a
pessoas e organizações” (CARBONE et al, 2008; MUSSAK, 2009).
 TÓPICO2.4 - COMPETÊNCIAS PARA LIDERANÇA
Tendo em vista a definição do termo competência, passa-se agora a discutir sobre seu
desenvolvimento ao longo da carreira do militar, sob a perspectiva construtivista de Le Boterf
(1995) que aponta para a competência não como um estado, mas antes um processo dinâmico de
permanente construção.
Em todo processo de admissão e seleção para ingresso na FAB, independente de círculo
hierárquico, os candidatos passam por diversas fases, sendo uma delas o “Exame de Aptidão
Psicológica (EAP)”, coordenado pelo Instituto de Psicologia da Aeronáutica (BRASIL, 2014).
Nesta fase, os candidatos avaliados pelos psicólogos precisam apresentar competências mínimas
necessárias para o cargo que pretendem ocupar. Este padrão seletivo é chamado de perfil
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profissiográfico, que consiste de uma lista de competências denominadas como desejáveis para o
bom desempenho na função de militar, que servirão de base para o desenvolvimento da
liderança, como, por exemplo, “comunicação”, “equilíbrio emocional”, “bom relacionamento
interpessoal”, “adaptabilidade”, etc. O intuito é selecionar, para adentrar nas fileiras da FAB,
indivíduos que já apresentem o maior número possível de competências listadas em cada perfil.
Contudo, considerando o desenvolvimento de competências como um processo dinâmico e
contínuo, tais indivíduos terão suas competências aprimoradas e outras serão acrescidas, forjadas
nos cursos e escolas de formação. Para tornar-se um militar, o indivíduo precisa imbuir-se de
valores como hierarquia e disciplina, bem como adquirir proficiência técnica.
Além de competências individuais, os cursos de formação também começam a trabalhar as
competências necessárias para LIDERAR, pois os oficiais necessitam liderar todos aqueles que
lhe são hierarquicamente subordinados, os suboficiais e sargentos precisam saber comandar e
liderar tropa e até mesmo os cabos e soldados exercem liderança entre si. 
Partindo da definição de liderança como um processo de influenciar pessoas para atingir
um objetivo comum, as competências para liderar baseiam-se em saber como operar tal
influência e como construí-la. Portanto, pode-se afirmar que a primeira competência que um
líder deve ter é a capacidade de perceber sua equipe, compreender seu contexto, para, a partir
disso, julgar quais recursos poderão ser utilizados para efetivar um processo de influência eficaz
para o cumprimento da missão.
Essas competências demonstram maneiras de se obter resultados superiores em equipe
por meio do estabelecimento de um canal de comunicação aberto, que constrói confiança e
encoraja os subordinados a acreditar e internalizar os valores da organização, praticando-os em
seu dia a dia, numa mesma visão de futuro. Somado a isso, a partilha do poder e um elevado
envolvimento noprocesso de tomada decisão motivam os integrantes da equipe a participarem,
implicarem-se no processo do cumprimento da missão, produzindo neles influência não só no
nível do comportamento, mas sobretudo no nível de atitudes e percepção.
O militar que exerce função de liderança em sua equipe, independente de seu nível hierárquico,
deve buscar desenvolver tais competências a fim de produzir um processo de influência eficaz,
obtendo resultados não só de obediência, mas sim de comprometimento em seus pares e
subordinados.
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“Há muito não se pensa mais na liderança isolada de um chefe sem a participação de líderes
intermediários. O líder deve ser um formador e condutor de líderes.”
(Gen Bgda Luiz Eduardo Rocha Paiva O LÍDER MILITAR: uma visão pessoal.)
Vamos organizar os conhecimentos adquiridos até aqui!
1- Existem diversas definições do conceito de competência, mas pode-se dizer que subdividem-
se, principalmente, nas correntes: ___________________ e ___________________.
2- Podemos afirmar que o militar para demonstrar competência , precisa agir em consonância
com os valores da Força Aérea. Quais são esses valores?
3- Descreva com suas palavras o conceito de competência de acordo com a perspectiva
construtivista de Le Boterf(1995).
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
________________
4- O Exame de Aptidão Psicológica (EAP) seleciona o perfil profissiográfico para ingresso nas
diversas carreiras da Força Aérea, buscando as competências necessárias para aqueles que
irão trabalhar nas diversas especialidades da FAB. Dentre tantas analisadas podemos citar:
___________________,___________________,___________________ e
___________________.
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 CAPÍTULO3 - VALORES
Neste capítulo encontram-se conceitos relativos ao termo valores. Como recurso auxiliar
na compreensão do texto, segue o link de um vídeo sobre os valores e habilidades de um líder. 
https://www.youtube.com/watch?v=YZyhgclmeYQ
Os valores são os princípios, ou crenças, que servem de guia para os comportamentos,
atitudes e decisões de todos os elos de uma organização, quer seja no exercício das suas
responsabilidades profissionais, quer seja na busca dos seus objetivos individuais. A criação de
uma rede de valores compartilhados pelos membros de uma organização auxilia na construção da
identidade institucional, uma vez que todas as pessoas terão a percepção influenciada pelos
valores cultuados no grupo. Portanto, todos os integrantes e, principalmente, os líderes devem
atuar como catalisadores para a disseminação e para a prática dos valores idealizados e
formalizados pela cultura organizacional.
Cabe esclarecer que nem sempre os valores organizacionais coincidem com os valores
individuais. Normalmente, a ocorrência de divergências entre os princípios valorizados pela
organização e as crenças cultuadas pelos indivíduos acarreta falta de motivação profissional. 
Por outro lado, sempre que os valores organizacionais coincidem com os valores
individuais, o resultado será a motivação das pessoas. Por essa razão, um dos papéis centrais a
serem exercidos pelos líderes é a construção e a manutenção de uma rede de valores, claros e
indiscutíveis, compartilhados por todos. Portanto, diante do exposto, fica claro que um bom
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https://www.youtube.com/watch?v=YZyhgclmeYQ
EEAR EEAR CAS - CAS - LIDERANÇA MILITARLIDERANÇA MILITAR 1919 / / 3434
caminho para gerar inspiração e motivação é a aproximação de todas as pessoas que compõem
uma organização por meio do culto e da prática dos mesmos valores. 
Migueles e Zanini (2009) sinalizam que os valores representam a raiz da cultura
organizacional. Dentro dessa perspectiva, pode-se dizer que o conceito de ética se relaciona com
os tipos de valores e o posicionamento moral que um indivíduo ou sociedade acredita ser
desejável ou apropriado.
Neste sentido, a ética tem relação com o alinhamento compartilhamento de valores entre
o líder, seus liderados e os demais segmentos da sociedade.
Segundo Lannes (2012), os valores não podem ser pensados separadamente da missão de
uma organização.
A missão é uma declaração concisa do propósito e das responsabilidades de um grupo ou
organização. A palavra-chave para se determinar uma missão é sentido.
As pessoas precisam perceber que existe um sentido nas suas próprias vidas. O ser
humano, especialmente o adulto, só se dispõe a fazer algo caso identifique um sentido. Caso
contrário, não o fará ou, se obrigado a fazer, por necessidade ou coerção, tomará lugar o
processo de alienação, em que a pessoa distancia-se mentalmente do objeto de seu trabalho, para
concentrar-se em algo que tenha significado para ela.
O desejo de cumprir a missão deve permear as ações de todos os colaboradores de uma
instituição, desde o mais novo até o mais antigo. É extremamente importante que todos tenham
em mente que trabalham para cumpri-la. Entretanto, a execução de uma missão não deve ser a
qualquer custo. Ela deve ser baseada em valores, pois os valores são o suporte moral e ético da
organização e, portanto, são inegociáveis.
Em se tratando de valores, está explícito no Estatuto dos Militares a necessidade da
conduta moral e profissional irrepreensíveis. Longe de significar um comportamento utópico,
podemos estabelecer que o que se espera do militar (e, em consequência, do líder) é o respeito às
normas, princípios e preceitos que regulam seu convívio social, sejam esses explícitos (previstos
em lei) ou implícitos (bons costumes) (BRASIL, 2011).
O respeito a esses preceitos visa atingir objetivos que vão além do simples jargão de
“fazer o previsto”, e sim inspirar e motivar aqueles sob sua liderança a fazer o certo pelo
exemplo e, ao mesmo tempo, aceitar as críticas de alguém que, antes de tudo, cobra o correto de
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si mesmo. Entretanto, em um país de dimensões continentais, faz-se necessário aglutinar em um
documento oficial tudo aquilo que se espera do militar (líder e liderado) servindo nas fileiras da
Aeronáutica.
A disseminação dos valores da Organização é de suma importância para que a influência
idealizada possa se concretizar. Destaca-se que esses valores devem estar em consonância com
as definições estabelecidas no Programa de Formação e Fortalecimento de Valores (PFV), MCA
909-1, editado pelo EMAER.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Quando se trata de liderança, pode-se dizer que não há fórmulas mágicas. A liderança
depende de um estilo pessoal, pois cada líder desenvolve um estilo único. O melhor conselho é:
“seja você mesmo”. Entretanto, aspirantes a líder ainda podem se beneficiar das boas práticas
desenvolvidas por outras pessoas no passado. A partir da leitura de cartas, livros e memorandos
de líderes militares de outrora, esses conselhos servem para nortear o desenvolvimento do estilo
pessoal daqueles que buscam aperfeiçoamento das competênciasde liderança.
O desenvolvimento da liderança é um desafio constante no âmbito das organizações. O
conteúdo apresentado neste manual possui um compromisso sério com referenciais científicos
confiáveis e atualizados, que possibilitam o entendimento mais claro de diversas situações que
envolvam as relações de influência nas interações humanas.
Dentro da realidade organizacional, existem níveis de atuação possíveis no exercício da
liderança, ou seja, à medida que ascendem na hierarquia organizacional, os líderes deslocam-se
progressivamente pelos níveis tático, operacional e estratégico. Nesse processo, via de regra, a
quantidade de subordinados e a experiência daqueles com os quais o líder tem contato direto
tornam-se gradativamente maiores.
Entretanto, cabe destacar que, independentemente do nível de atuação do líder, o
conteúdo apresentado proporciona ferramentas para intervir em sistemas humanos.
O primeiro foco de análise, que tem o líder como figura central, a despeito de ser uma
abordagem ultrapassada, fez referência às características e habilidades que são até importantes
para o exercício da liderança, mas não são determinantes para que alguém consiga atuar como
um líder efetivo.
A partir do segundo foco, que tem o contexto como variável principal, temos um
conjunto de conceitos que pode ser utilizado ainda hoje por aqueles que desejam exercer a
influência em suas organizações. Entretanto, cabe aqui um destaque especial aos Modelos
Transacional e Transformacional, que representam uma faixa de possibilidades de atuação, como
uma referência baseada em estudos científicos e que, por tudo que foi dito, fornece instrumentos
conceituais que configuram de forma clara como o líder pode estabelecer um processo de
influência exponencial, promovendo um ambiente permeado pela motivação intrínseca,
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crescimento pessoal e profissional constantes, alinhamento de valores e resultados duradouros
expressivos baseados na eficiência e eficácia.
Quanto mais líderes alcançarem o nível da influência idealizada, tornando-se exemplos
de conduta e referências positivas para a tropa, haverá condições mais propícias para a
consolidação e enraizamento dos valores institucionais. Dessa forma, é possível garantir o
fortalecimento dos pilares principais da Força Aérea Brasileira: hierarquia e disciplina.
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ZARIFIAN, Philippe. Objetivo competência: por uma nova lógica. São Paulo; Atlas, 2001.
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	APRESENTAÇÃO
	CAPÍTULO1 - LIDERANÇA
	TÓPICO1.1 - LIDERANÇA, INFLUÊNCIA, PODER E AUTORIDADE
	TÓPICO1.2 - INFLUÊNCIA , PODER E AUTORIDADE
	CAPÍTULO2 - LIDERANÇA MILITAR
	TÓPICO2.1 - LIDERANÇA MILITAR E SEUS NÍVEIS NA FAB
	TÓPICO2.2 - NÍVEIS DE LIDERANÇA NA FORÇA AÉREA BRASILEIRA
	TÓPICO2.3 - DEFINIÇÕES DE COMPETÊNCIA
	TÓPICO2.4 - COMPETÊNCIAS PARA LIDERANÇA
	CAPÍTULO3 - VALORES
	CONSIDERAÇÕES FINAIS
	REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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