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CORONAVÍRUS Desde 1980, o Brasil esteve em recessão por nove vezes. Passados 20 trimestres desde o início do período recessivo, a economia tinha conseguido superar o patamar pré-crise em todas as ocasiões, exceto nas recessões de 1987 (quando permanecia 3,1% aquém do pré- crise) e na de 2014 (-5,3%). Hoje, o Brasil vive um momento de incertezas econômicas, onde o trabalhador assalariado e os empresários e investidores, se preocupam igualmente, a ponto de adiar seus novos investimentos e empreendimentos devido a atual situação econômica do Brasil, o que gera mais desemprego e mais atraso de investimento econômico, piorando cada vez mais a situação econômica do país. Com a atividade econômica ainda em marcha lenta, o Brasil só recuperou 30% dos cerca de R$ 486 bilhões perdidos durante a última recessão econômica, que se estendeu de 2014 a 2016. Passados mais de dois anos, faltam cerca de R$ 338 bilhões para que o Produto Interno Bruto (PIB) volte ao patamar pré-crise. Apesar de ter iniciado o processo de recuperação pós-recessão no primeiro trimestre de 2017, esse tem sido o período de expansão mais fraco dos últimos 40 anos. Durante a recessão, o PIB acumulou uma retração de 8,2%. Desde que começou a crescer, no primeiro trimestre de 2017 até o primeiro trimestre de 2019, a economia só cresceu 3,2%. A preços de 2018, foram recuperados cerca de R$ 148 bilhões somente. O País está num momento em que acumula problemas tanto de oferta quanto de demanda, segundo o Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi). O Banco Central do Brasil (BC) anunciou novas medidas que liberam R$ 1,2 trilhão em liquidez no mercado para mitigar os efeitos econômicos do Coronavírus. Angel Gurría, secretário-geral da OCDE, afirmou em entrevista à BBC que o choque econômico já é maior do que a crise financeira de 2008 ou a de 2001, após os ataques de 11 de Setembro daquele ano. Um crescimento global previsto para este ano de 1,5%, disse, já soa otimista demais. Para ele, é quase uma confusão de desejo com realidade acreditar que os países vão E SEUS IMPACTOS PARA AS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS https://voliconsultoria.com.br/ https://voliconsultoria.com.br/ https://voliconsultoria.com.br/ CORONAVÍRUS vão se recuperar rapidamente, mesmo que não se saiba estimar precisamente qual será o tamanho do desemprego e das falências empresariais. A entidade tem pregado aos países- membros que, como estratégia contra a pandemia, priorizem e ampliem maciçamente os gastos em diagnóstico e tratamento de pessoas infectadas. Governos ao redor do mundo têm tomado medidas sem precedentes para apoiar trabalhadores e empresários durante a pandemia, que infectou mais de 300 mil pessoas. Desde janeiro, as análises sobre o impacto do surto na economia do Brasil apontam um cenário cada vez mais negativo. Mas isso tem mudado com rapidez. Inicialmente, em fevereiro, o governo Jair Bolsonaro falava em impacto de menos de 1 ponto percentual no crescimento previsto em torno de 2% do PIB. Na sexta-feira (20), o governo cortou sua projeção oficial de 2,1% para 0,02%. Segundo estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV), o PIB brasileiro pode recuar 4,4% em 2020. Para o banco Itaú, se a economia brasileira sofrer uma paralisação tal qual ocorreu na China durante as quarentenas impostas, o PIB pode cair 0,7% neste ano. As expectativas econômicas têm desabado ao redor do mundo. No início deste mês, a Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD) previu que a pandemia poderia custar à economia global até US$ 2 trilhões neste ano (cerca de R$ 10 trilhões). Países que dependem da venda de matérias-primas, como o Brasil, estão em uma situação delicada, alertou a UNCTAD. As medidas de estímulos financeiros contra os impactos da Covid-19, doença causada pelo Coronavírus, na economia terão efeito de R$ 1,2 trilhão, segundo o Banco Central. O valor é muito superior ao arsenal usado durante a crise de 2008, de R$ 117 bilhões. Os dados foram apresentados pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, nesta 2ª feira (23). Ele disse que o Brasil vai atravessar a crise do Coronavírus “com facilidade” e que a autoridade monetária tem as ferramentas necessárias para combater “qualquer crise”. De acordo com Campos Neto, o sistema financeiro é sólido e está bem capitalizado. A autoridade monetária não vai hesitar ao usar todo o arsenal disponível para assegurar a estabilidade financeira e o bom funcionamento dos mercados, segundo ele. Dando continuidade às medidas de estímulos, o Banco Central anunciou também a injeção de R$ 68 bilhões no sistema financeiro, com a diminuição da alíquota de depósitos compulsórios dos E SEUS IMPACTOS PARA AS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS https://voliconsultoria.com.br/ https://voliconsultoria.com.br/ https://voliconsultoria.com.br/ CORONAVÍRUS dos bancos. Também vai ofertar empréstimos às instituições financeiras com garantia de debêntures. Ele ainda afirmou que, no âmbito do BC, as medidas anunciadas em 2020 têm impacto de 16,7% do PIB. “Comparado com 2008, foi 3,5% do PIB. Estamos querendo passar que temos ampla capacidade de atuação. O que já foi feito e o que está sendo apresentado hoje representa o maior plano de injeção de liquidez e de capital da história do país”, disse. O fechamento de lojas, academias e shoppings em razão da pandemia de Coronavírus deve agravar a situação de micro, pequenos e médios empresários no país. De acordo com um mapeamento divulgado pelo Sebrae, cerca de 2,5 milhões de empresas do setor de varejo tradicional, entre companhias de pequeno porte, microempresas e microempresas individuais, devem ser afetadas pela pandemia. Além do varejo tradicional, os setores de moda (1,7 milhão), alimentação fora do lar (1,5 milhão) e construção civil (1,3 milhão) vêm logo atrás como os mais afetados. Os quatro setores juntos movimentaram, em 2018, uma massa salarial de R$ 215 bilhões. Somando-se os 14 setores mais afetados, há 12,3 milhões de pequenos negócios no país, que empregam 21,5 milhões de pessoas, 46,2% da força laboral que trabalha nesse tipo de companhia. O consultor de negócios Haroldo Matsumoto recomenda não tomar decisões precipitadas, que podem elevar o custo e impedir a recuperação do faturamento quando a crise acabar. E SEUS IMPACTOS PARA AS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS Fonte: Banco Central https://voliconsultoria.com.br/ https://voliconsultoria.com.br/ https://voliconsultoria.com.br/ CORONAVÍRUS Veja, a seguir, as orientações para enfrentar essa crise: ➢ Adapte seu serviço para o mundo virtual. ➢ Tente projetar as receitas e despesas dos próximos meses. ➢ Os impostos federais já foram adiados. ➢ Pense bem antes de dispensar colaboradores. O custo da rescisão é alto e você vai gastar depois para treinar outra pessoa. ➢ Cuidado com demanda ilusória. Produtos em falta no mercado não são necessariamente uma oportunidade para investir. ➢ Não compre mais do que o necessário para um período de crise. ➢ Fique atento a linhas de crédito que o governo pode liberar para apoiar micro e pequenos negócios, mas antes avalie antes de pegar dinheiro emprestado agora. ➢ Corte custos para diminuir o impacto no fluxo de caixa. ➢ Considere fechar as portas mesmo se não for obrigado. ➢ Divulgue medidas de prevenção aos clientes. ➢ Promova campanhas de estímulo ao comércio local. ➢ Não ofereça descontos sem fazer contas. ➢ Tome precauções e não entre em pânico. E SEUS IMPACTOS PARA AS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS https://voliconsultoria.com.br/ https://voliconsultoria.com.br/ https://voliconsultoria.com.br/
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