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clinica de animais exoticos

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Introdução
Como usar este livro
Durante seu treinamento, os veterinários são ensinados a aplicar o mesmo conjunto de habilidades
clínicas e raciocínios aos problemas de saúde e manejo das diferentes espécies domésticas. É
frequente que, por falta de tempo e percepções obsoletas, os animais exóticos não sejam
considerados. O clínico, portanto, se sente em desvantagem quando atende espécies mais
incomuns, embora as mesmas habilidades, embasadas por informações relevantes, possam ser
utilizadas em um réptil ou em um cão.
Clínica de Animais Exóticos: Referência Rápida é projetado para auxiliar o clínico veterinário a
lidar, de maneira profissional e rápida, com diversos animais exóticos e seus problemas. Isto
permite que o veterinário crie um plano diagnóstico e terapêutico em curto espaço de tempo,
mesmo para espécies animais com as quais não está familiarizado.
Espera-se que a abordagem seja prática, combinando tanto manifestações clínicas quanto uma
análise dos sistemas corporais. Assim, um papagaio pode apresentar perda da capacidade de voar
(manifestação clínica) ou uma doença hepática diagnosticada por um exame de sangue (sistema
corporal). Quando relevante, há referências cruzadas entre as diferentes seções.
Listas de diagnósticos diferenciais
Estas listas fornecem ao clínico uma revisão rápida das condições provavelmente encontradas em
um dado grupo de animais. Onde não há exemplos listados, mas o título ainda é incluído, este
diagnóstico deve ser considerado embora não existam relatos na literatura. Neoplasias, por
exemplo, são encontradas na maioria das listas de diagnóstico diferencial.
Achados ao exame clínico
Correspondem aos sinais mais comumente observados em um dado grupo de doenças. Nem toda
manifestação clínica será observada em todo caso e, por isso, podem surgir algumas contradições.
Estes achados são dados para auxiliar o diagnóstico. Algumas doenças podem se apresentar como
síndromes com sinais típicos e, onde isto ocorre, uma indicação da enfermidade é fornecida, entre
parênteses, ao fim da descrição. Tentei fazer listas de ‘achados ao exame clínico’ completas e
precisas sempre que possível, mas a enorme diferença entre respostas individuais e específicas a
diversas doenças e desafios pode gerar variações.
Exames complementares
Uma lista dos tipos básicos de procedimentos investigativos é oferecida para estimular as idéias
sobre como abordar determinado caso. Em alguns casos, dicas gerais úteis são fornecidas; em
outros, valores normais (ou anomalias esperadas) que podem ser difíceis de encontrar na
literatura são citados, quando podem auxiliar o diagnóstico. Às vezes, exames específicos para
determinadas doenças, p. ex., PCR, são listados, com o objetivo de auxiliar o clínico com técnicas
que podem estar disponíveis (embora isto possa variar entre os países). A lista básica de exames
complementares é colocada a seguir e, quando adequado, é incluída em cada seção, como um
lembrete:
• Radiografia
11
• Hematologia e bioquímica de rotina
• Cultura e antibiograma
• Endoscopia
• Biopsia/necropsia
• Ultrassonografia
Acredito que, pela consideração e realização dos exames adequados, os diagnósticos possam ser
estabelecidos, mesmo que não se enquadrem nos possíveis diagnósticos diferenciais. Outras
técnicas investigativas mais avançadas, como a ressonância magnética e a tomografia
computadorizada, não devem ser descartadas ou não consideradas – onde possível, seu uso pode
contribuir, de maneira significativa, no processo diagnóstico, embora tenha assumido que a
maioria dos clínicos não tem acesso fácil a estes equipamentos.
Manejo
Na maioria dos casos, o clínico é encaminhado ao item Cuidados Básicos, no início de cada
capítulo. Em algumas situações, recomendações específicas são fornecidas.
Tratamento/terapia específicos
Para cada doença, são sugeridas opções terapêuticas. Nem todas as variações medicamentosas
são listadas, já que existem excelentes fontes, como The Veterinary Formulary (Pharmaceutical
Press), que trazem tais informações às quais o clínico já pode ter acesso. A maioria dos
medicamentos mencionados não é liberada para as espécies descritas e, onde aplicável, o
proprietário deve dar seu consentimento antes de sua utilização. Os procedimentos obrigatórios
para seleção de fármacos devem ser cuidadosamente considerados onde tais sistemas são
existentes como, por exemplo, no Reino Unido, que possui um sistema de cascata.
12
CAPÍTULO 1. Furões
Os furões ( Mustela putorius furo) são considerados uma forma domesticada do furão europeu (
M. putorius), e, não surpreendentemente, têm uma história paralela à do coelho doméstico.
Originalmente mantidos como animais de trabalho, a reprodução seletiva para variedades de
pelagem e de temperamento resultou em um significante aumento na permanência como animais de
estimação e de exposição.
Tabela 1.1. O furão: Parâmetros importantes 
Longevidade média (anos) 5–8 +
Peso (kg)
Macho 1,0–2,0 kg
Fêmea 0,5–1,0 kg
Temperatura corpórea (°C) 37,8–40
Frequência respiratória (por minuto) 33–36
Frequência cardíaca (batimentos por minuto) 180–250
Gestação (dias) 41–42
Idade de desmame (semanas) 6–8
Maturidade sexual 4–8 meses (na primeira primavera após o nascimento)
Consulta e Manejo
Os furões apresentam temperamento bastante variável; furões de trabalho são levemente mais
imprevisíveis, enquanto os de estimação aceitam geralmente bastante manipulação, sendo menos
propensos a morder, a menos que provocados. Ao manipular um furão, é fácil realizar a contenção
pela região cervical dorsal (pele do pescoço); uma toalha pode ser utilizada – cobrindo-se o
corpo antes de segurar o pescoço para proteger de arranhões. Para os furões determinados a
morder, a contenção pela pele do pescoço, retirando-se os quatro membros da mesa irá produzir
um relaxamento que permitirá um razoável exame físico.
Muitos furões apreciam bastante certos suplementos alimentares comercialmente disponíveis, p.
ex. Ferretone® (8 em 1) a ponto de permitir sua tolerância a alguns procedimentos, p. ex. ECG,
contanto que seja fornecido continuamente o produto ao animal.
Sempre realize a pesagem do furão ao examinar, para monitorar as médias de peso. Um furão
sadio sobre o chão caminha com uma flexão dorsal da coluna. Paresia de membros posteriores
pode ser uma manifestação inespecífica de saúde no furão devido à fraqueza nos grupos
musculares necessários para manter essa posição.
O odor é uma característica do furão e parece ser utilizado para transmissão e recepção de
informações sobre os indivíduos, tais como identificação, idade, sexo e prontidão à atividade
sexual. A maior parte do odor vem de glândulas sebáceas da pele, que regridem após castração
ovário-histerectomia de rotina. As glândulas anais podem produzir secreção de forte odor, mas
isso tende a ocorrer apenas concomitante a um evento estressante. Entretanto, a remoção cirúrgica
rotineira da glândula anal dos furões é bastante dispensável, podendo constituir uma cirurgia
desnecessária.
Coleta de sangue
Venopuntura pode ser realizada nas veias jugular, cefálica e safena. Como alternativa, podem ser
utilizadas a artéria e as veias ventrais da cauda.
13
Coleta de sangue da cauda no furão 
1. O furão é contido em decúbito dorsal com região ventral da cauda tricotomizada.
2. Utilize uma agulha calibre 21 ou 23.
3. Há uma área plana na porção ventral em 4-5 cm proximais sobrepondo a
concavidade ventral das vértebras caudais.
4. Nessa região, a artéria é margeada por duas veias.
5. A agulha é inserida em direção ao corpo em um ângulo estreito cerca de 3 a 4 cm da
base da cauda.
Observe que a coleta de sangue realizada com o animal sob anestesia com isofluorano, e tem sido
associada a uma redução do hematócrito, hemoglobina e contagem de eritrócitos. Além disso, é
necessário realizar centrifugação por período 20% mais longo que em outras espécies e a coleta
de três vezes o volume de plasma necessário do que de outras espécies. Isto pode ser devido a um
aumento da eritropoiese pelo baço.
A contagem leucocitáriaé frequentemente neutrofílica, com diminuição de 30% dos linfócitos.
Aumento absoluto e relativo na contagem de linfócitos pode indicar linfossarcoma.
Não é raro que os furões apresentem duas ou mais condições patológicas simultaneamente.
Doenças concomitantes incluem variações de insulinomas, hiperadrenocorticismo, linfoma e
cardiomiopatia. O clínico sempre deve estar ciente de que a situação pode ser mais complicada
que inicialmente possa parecer e estar preparado para investigar inúmeras alterações clínicas
simultaneamente.
A utilização de gentamicina deve ser evitada, pois tem sido associada à nefrotoxicidade e
ototoxicidade (surdez) em furões.
Cuidados básicos
Termorregulação
Para princípios gerais, veja Termorregulação em “Cuidados de Enfermagem”, no Cap. 2,
Coelhos.
Fluidoterapia
A ingestão hídrica diária de manutenção para furões é de 75 – 100 mL/kg. A escolha do fluido
utilizado é indicada como em outros mamíferos, assim como os cálculos de reposição hídrica.
Todos os fluidos devem ser aquecidos a 38° C.
Taxas de reposição hídrica recomendadas para furões 
1. Subcutâneo: 30 – 60 mL.
2. Intraperitoneal: 30 – 60 mL.
3. Furões em choque ou sofrendo perdas intensas por vômito e diarreia podem
necessitar até 180 – 240 mL/kg em um período de 24 horas.
4. Cristaloides: para furões, a taxa de manutenção é de 75 a 100 mL/kg. A taxa para
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situação de choque é de 100 ml/kg em 1 hora.
5. Coloides: a administração em bôlus de 10 – 15 mL/kg por 30 minutos pode ser
administrado 4 vezes ao dia.
Transfusão sanguínea
O volume de sangue é de 40–60 mL por furão. Grupos sanguíneos não foram identificados
(Manning & Bell 1990), portanto não parece haver necessidade de teste de compatibilidade
sanguínea.
Estimativa das necessidades de volume sanguíneo 
Com base na proposição de 70 mL/kg por hora como requerimento de manutenção hídrica
(Orcutt, 1998):
Suporte nutricional
• Furões apresentam tendência à hipoglicemia; portanto, o suporte nutricional é imprescindível.
Quando anoréxico, mesmo por tempo relativamente curto, o furão pode tornar-se hipoglicêmico.
Deve-se realizar teste com glicosímetro comercial com uma pequena amostra de sangue.
Glicose via intravenosa ou intraperitoneal pode ser administrada, se necessário (ver Doenças
pancreáticas para valores normais de glicemia).
• Alimentos altamente energéticos para cães e gatos convalescentes, p. ex., Ração a/d para cães
e gatos sob prescrição são indicados.
• Alimentação forçada é possível com esses suplementos na dosagem de 2 – 5 mL, 3 – 4 vezes
ao dia.
Analgesia
As doses de analgésicos para furões encontram-se na Tabela 1.2.
Tabela 1.2 O furão: Doses de analgésicos 
Analgésico Dose
Buprenorfina 0,01–0,03 mg/kg SC, IM, EV SC, IM, EV a cada 8–12 h
Butorfanol 0,1–0,5 mg/kg SC, IM, EV SC, IM, EV a cada 2–4 h
Carprofeno 1,0–2,0 mg/kg SC, IM SC, IM a cada 12–24 h
Cetoprofeno 1,0 mg/kg SC, SC, IM a cada 12–24 h
Meloxicam 0,1–0,3 mg/kg SC, SC, VO a cada 24 h
Morfina 0,5–5,0 mg/kg SC, IM SC, IM a cada 2–6 h
Petidina 5–10 mg/kg SC, IM, EV SC, IM, EV a cada 2–4 h
Nalbufina 0,5–1,5 mg/g IM, EV, IM, EV a cada 2–3 h
Anestesia
Os furões têm um tempo de trânsito intestinal bastante curto, por volta de 3 horas, portanto, se
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ficarem em jejum durante toda a noite, há um alto risco de hipoglicemia. Devido a este fato, jejum
pré-operatório é desaconselhado.
Há muitos protocolos anestésicos na literatura. O autor considerou úteis os seguintes protocolos:
Protocolo anestésico 
1. Medicação pré-anestésica
a. Acepromazina (ACP) 0,1 – 0,3 mg/kg IM ou SC.
b. Diazepam 2 mg/kg IM ou SC.
2. Os furões são facilmente induzidos com isofluorano a 5%, com máscara de indução.
3. Intubar
Anestesia parenteral 
1. Propofol 2 – 10 mg/kg EV.
ou
2. Quetamina 5 mg/kg; medetomidina 80 μg/kg; butorfanol 100 μg/kg, administrados
simultaneamente via IM.
3. Intubar e manter com isofluorano conforme necessário.
• Cuidados transoperatórios
• Manutenção da temperatura corpórea (ver Termorregulação)
• Fluidos (ver Fluidoterapia)
• Cuidados pós-operatórios
• Reversão da medetomidina (se utilizada) com atipamezol 0,4 – 1,0 mg/kg IM.
• Analgesia – semelhante a outros pequenos mamíferos
• Oferecer alimento logo após retorno da anestesia
• Manter o animal aquecido.
Ressuscitação cardiopulmonar 
1. Intubar e ventilar com 20 – 30 movimentos/min.
2. Reversão da medetomidina (se utilizada) com atipamezol 0,4 – 1,0 mg/kg IM.
3. Em caso de parada cardíaca, realizar massagem cardíaca externa em torno de 100
compressões/min.
4. Adrenalina:
a. 0,2 – 0,4 mg/kg diluída em solução salina estéril via intratraqueal.
b. 0,2 mg/kg via intracardíaca, EV ou VO.
16
5. Fluidoterapia (ver anteriormente).
6. Em caso de bradicardia, atropina 0,05 mg/kg EV/0,05 – 0,1 mg/kg intratraqueal.
Doenças dermatológicas
• Furões passam por um ciclo sazonal de afinamento dos pelos durante os meses de verão. Há
múltiplas glândulas sebáceas na pele que conferem uma textura oleosa à pelagem e o típico
odor almiscarado dos furões. Essas glândulas são mais numerosas em machos, e, em alguns
machos albinos, podem ocasionar uma aparência amarelada da pelagem. A castração rotineira
causa atrofia parcial de tais glândulas, reduzindo o odor.
Prurido
• Ectoparasitas
• Observe que Sarcoptes scabiei ocasiona dois tipos de manifestação clínica: generalizada e
localizada nas patas
• Hiperadrenocorticismo (ver Doenças Endócrinas)
• Piodermite
• Staphylococcus
• Streptococcus
• Corynebacterium
• Pasteurella
• Actinomyces
• E. coli
• Dermatofitose
Alopecia
• Automutilação
• Hormonal
• Hiperadrenocorticismo (ver Doenças Endócrinas, Fig. 1.1)
17
Fig. 1.1 Alopecia bilateral simétrica em um furão fêmea com hiperadrenocortismo.
• Neoplasia de pedículo ovariano (Patterson et al., 2003)
• Alopecia da base da cauda (hiperestrogenismo – ver Doenças do Sistema Reprodutivo)
• Alopecia sazonal
• Toxemia da prenhez/cetose (ver Doenças do Sistema Reprodutivo)
• Dermatofitose
• Mucormicose ( Absidia corymbifera)
• Deficiência de biotina (alimentação com ovo cru)
Escarificações e crostas
• Vírus da cinomose canina (CDV) (ver Doenças Sistêmicas)
• Piodermite
• Dermatofitose
Erosões e ulcerações
• Escoriação por autotrauma devido a prurido
• Lesão por mordedura
• Blastomyces dermatitidis
• Cryptococcus bacillisporus
Nódulos e lesões crônicas
• Abscesso
• Hematoma
• Granuloma
• Glândulas mamárias edemaciadas
18
• Dor, descoloração (mastite aguda, neoplasia) (ver Doenças do Sistema Reprodutivo)
• Ausência de dor, coloração normal (mastite crônica, neoplasia) (ver Doenças do Sistema
Reprodutivo)
• Regiões edemaciadas e com secreção ao redor do pescoço (Actinomicose)
Alterações de pigmentação
• Pelagem opaca, ressecada (dieta deficiente)
• Vírus da cinomose canina (CDV) (ver Doenças Sistêmicas)
• Glândulas mamárias edemaciadas, doloridas, podem tornar-se enegrecidas (gangrenosas)
(mastite aguda) (ver Doenças do Sistema Reprodutivo)
• Ectoparasitas
• Moscas ( Ctenocephalides spp.)
• Sarna de ouvido ( Otodectes cynotis)
• Carrapatos
• Sarcoptes scabiei
• Miíase
• Cuterebra spp.
• Hypoderma bovis
Neoplasia
• Mastocitoma
• Adenoma de glândulas sebáceas
• Hemangioma
• Carcinoma de células escamosas
• Adenoma cístico benigno
• Adenocarcinoma prepucial
• Dermatofibroma
• Carcinoma
• Fibroma
• Fibrossarcoma
• Histiocitoma
• Sarcoma
• Linfoma (raramente se apresenta como lesão de pele)
Achados ao exame clínico
• Exsudato amarronzado ceruminoso nos condutos auditivos (ácaros de ouvidos)
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• Prurido e inflamação limitadas às patas ( Sarcoptes scabiei)
• Hiperqueratose dos coxins plantares e erupções cutâneas eritematosas na região inguinal e em
região mentoniana. Secreção ocular e nasal (CDV)
• Edema e fístulas com secreção na região cervical (feridas por mordedura e actinomicose)
Exames complementares
1. Microscopia: examine pelos extraídos, fitas adesivas de acetato ou raspados de pele das
áreas afetadas para pesquisar ectoparasitas
2. Examinar material dos condutos auditivos para pesquisar Otodectes cynotis
3.Bacteriologia e micologia: pelos extraídos ou swab de lesões para testes de cultura e de
sensibilidade
4. Aspirado com agulha fina seguido de coloração com corantes tipo Romanowski rápido
5. Biopsiar lesões evidentes
6. Lâmpada ultravioleta (de madeira) – positivo para Microsporum canis apenas (nem todas as
amostras positivas fluorescem)
7. Radiografia
8. Exames hematológicos e bioquímicos de rotina
9. Cultura e antibiograma
10. Endoscopia
11. Biopsia
12. Ultrassonografia
Tratamento/terapia específicos
• Pulgas
• Tratamentos comercialmente disponíveis em doses para gatos
• Lufenuron 10 mg/kg SC ou 30 mg/kg VO no alimento
• Produtos tópicos contendo 10% (w/v) de imidacloprid 10 mg/kg e 10% (w/v)
imidacloprid/ 50% (w/v) permetrina 10 mg/kg mostraram eficácia no controle de pulgas no
vison (Larsen et al. 2005) e devem ser seguros para uso no furão. Controle ambiental de
pulgas é necessário
• Sarna sacóptica
• Ivermectina 0,2 a 0,4 mg/kg SC a cada 7 – 14 dias até remissão
• Selamectina na dose utilizada para ácaros de ouvido (ver Ácaros de ouvido a seguir)
• Moxidectina na dose utilizada para ácaros de ouvido (ver Ácaros de ouvido a seguir)
• Ácaros de ouvido
• Produtos tópicos parasiticidas para ouvidos, embora a pequena dimensão do canal auditivo
possa dificultar um tratamento efetivo
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• Selamectina spot-on 6 mg/kg uso tópico mostrou ser seguro a 45 mg/kg /furão adulto
(Miller et al. 2006)
• Imidacloprida 10% /moxidectina 1% 1 gota para 100 g de peso vivo (Beck, 2007)
• Pode ocorrer infecção cruzada com cães e gatos no mesmo ambiente
• Miíase
• Remoção das larvas
• Limpeza e debridamento das lesões
• Parasiticida sistêmico; p. ex., ivermectina, selamectina, imidacloprida
• Antibioticoterapia
• Terapia de suporte, se necessário
• Piodermite, dermatite bacteriana e celulite
• Tricotomizar as áreas afetadas
• Antibioticoterapia tópica e sistêmica
• Limpeza com solução de clorexidina pode ser benéfica
• Remoção cirúrgica de abscessos
• Lesões por mordedura e lacerações
• Limpeza e debridação eficientes
• Antibioticoterapia de amplo espectro
• Actinomicose
• Debridamento e limpeza da lesão
• Antimicrobiano apropriado
• Dermatofitose, blastomicose e mucormicose
• Shampoo com Miconazol/clorexidine – banhos uma vez ao dia
• Griseofulvina 25 mg/kg, VO, SID por 21-30 dias
• Itraconazol 25– 33 mg/kg, VO, SID, por 30 dias
• Cetoconazol 10–30 mg/kg, VO, SID, por 60 dias
• Criptococcus
• Anfotericina B 150 mg/kg, EV, 3 vezes por semana, por 2 a 4 meses
• Alopecia sazonal
• No período reprodutivo, a pelagem irá crescer novamente
• Perda de pelos no inverno e no início da primavera pode ser um indício precoce de
hiperadrenocorticismo (ver Doenças Endócrinas)
• Automutilação
21
• Ausência de locais para se esconderem ou outros fatores estressantes
• Arrancamento de pêlos em fêmeas para formação do ninho
• Deficiência de biotina
• Associado a dietas com mais de 10% de ovo cru
• Reduzir consumo de ovo e suplementar com fórmula de vitamina apropriada
• Neoplasia
• Ressecção cirúrgica agressiva
• Pode-se tentar realizar quimioterapia. Tumores cutâneos acessíveis podem ser tratados com
administração de cisplatina diretamente na massa tecidual semanalmente fundamentada como
um exercício diminuição do volume
Doenças do trato respiratório
Furões estão constantemente investigando e monitorando seu ambiente farejando todas as
superfícies disponíveis, portanto, espirros não são incomuns.
Virais
• Vírus da cinomose canina (CDV) (ver Doenças Sistêmicas)
• Vírus da influenza ( Orthomyxovirus)
Bacterianas
• Pneumonias bacterianas
• Streptococcus zooepidemicus, S. pneumoniae, Streptococci grupos C e G
• E. coli
• Klebsiella pneumoniae
• Pseudomonas aeruginosa
• Bordetella bronchiseptica
• Listeria monocytogenes
• Micobacterioses: M. bovis, M. abscessus
Fúngicas
• Cryptococcus
• Blastomyces dermatitidis
• Coccidioides immitis
• Outras micoses fúngicas, p. ex., Aspergillus (raro)
Protozoóticas
• Pneumocystis carinii
Neoplásicas
• Linfoma/linfossarcoma (ver Doenças Sistêmicas)
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• Metástases pulmonares
Outras doenças não infecciosas
• Doenças cardíacas
• Hiperestrogenismo (ver Doenças Reprodutivas)
• Distensão gástrica por aerofagia (ver Doenças do Trato Digestório)
Achados ao exame clínico
• Espirro
• Tosse
• Dispneia e taquipneia
• “Aerofagia”
• Cianose
• Manifestações respiratórias variando desde rinite catarral à pneumonia, além de secreção
ocular e nasal, hiperqueratose e manifestações gastrointestinais (CDV)
• Mucosas pálidas (anemia – ver Doenças Cardiovasculares e Hematológicas)
• Secreções ocular e/ou nasal (CDV, influenza)
• Letargia, apatia e hipertermia em conjunto com manifestações de trato respiratório superior
(influenza)
Exames complementares
1. Lavado traqueal/broncoalveolar
2. Cultura e antibiograma
3. Citologia
4. Drenagem de líquido pleural e citologia
5. Radiografia
a. Linfoma mediastínico com efusão pleural ocorrem mais frequentemente em furões jovens
6. Hematologia e bioquímica de rotina
7. Sorologia para CDV, Mycobacterium bovis, influenza (testes de inibição de hemaglutinação
e ELISA podem ser eficientes em diagnosticar influenza A)
8. Endoscopia
9. Biopsia
10. Ultrassonografia
Manejo
1. Tratamento de suporte, p. ex., fluidos e antibioticoterapia
2. Reduzir níveis de estresse. Hospitalização longe de cães e de gatos barulhentos; manter em
23
local escuro
3. Prover oxigênio, preferencialmente em “tenda de oxigênio”
4. Mucolíticos podem ser úteis, p. ex., bromexina e N-acetilcisteína
5. Efusão pleural – considerar sonda de toracostomia
Tratamento/terapia específicos
• Vírus da cinomose canina (CDV) (ver Doenças Sistêmicas)
• Influenza
• Furões são muito suscetíveis ao vírus da influenza humana, assim como à cepa H5N1
(Govorkova et al. 2005), apresentando hipertermia, anorexia, perda de peso, letargia,
diarreia e óbito
• Pode ser transmitida entre furões, e, mais importante, de humanos a furões
• Pode ser uma potencial zoonose
• Geralmente transitória e autolimitante – a maioria dos furões se recupera sem tratamento,
embora a cepa H5N1 seja potencialmente fatal
• Terapia de suporte incluindo fluidos e suporte nutricional pode ser realizada se necessário
• Difenidramina 1 mg/kg, VO, BID
• Amantadina 6,0 mg/kg, VO, BID ou por nebulização
• Antibioticoterapia para prevenir infecções secundárias (descargas oculares e nasais
mucopurulentas)
• Pneumonia bacteriana
• Antibióticos adequados
• Outros cuidados como descrito no item Manejo
• Micobacteriose
• Potencial zoonose, considerar eutanásia
• M. abscessus tem sido tratada com sucesso com claritromicina (Lunn et al. 2005)
• Micoses fúngicas
• Cetoconazol 10–30 mg/kg, VO, SID, por 60 dias
• Anfotericina B
• 0,25 – 1,0 mg/kg, EV, SID ou em dias alternados até alcançar a dose total de 7-25 mg
• Para Cryptococcus, 150 mg/kg, EV, 3 vezes por semana por 2-4 meses
• Itraconazol 25–33 mg/kg, VO, SID, terapia prolongada
• Pneumocystis carinii
• Isetionato de Pentamidina 3–4 mg/kg em dias alternados, por um máximo de 10 administrações
24
• Sulfametoxazol com trimetoprim 30 mg/kg VO, SC, BID
Doenças do trato digestório
Os incisivos permanentes erupcionam por volta de 6 a 8 semanas, enquanto os outros dentes
permanentes, por volta de 10 semanas.
Doenças da cavidade oral
• Doença dental
• Doença periodontal, gengivite e tártaro não são raros
• Pode estar associada à alimentação úmida ou semiúmida
• Caninos fraturados são facilmente encontrados, mas raramente doloridos, exceto se houver
exposição da polpa
• Se a polpa /dentina estiver vermelha ou rósea (recentemente exposta) ou de coloração
acastanhada e a cor do dente for mantida, este pode, potencialmente, ser salvo com
preenchimento por amálgama (John Delaney & Nelson 1992)
• Dentes cinza-pálidos podem estar desvitalizados, dentes pretos podem representar necrose
• Tratamento semelhante ao ministrado para cão e gato
• Mucocele salivar
• Edemas faciais
• Aspirar amostra para análise incluindo citologia (diferenciar entre abscesso,neoplasia e
hematoma)
• Ressecção cirúrgica da glândula afetada é a melhor opção para prevenir recidiva.
Glândulas orais e zigomáticas são comumente afetadas – e podem requerer remoção do arco
zigomátco para auxiliar na ressecção cirúrgica (Mullen, 1997)
• Neoplasia
• Adenocarcinoma de glândula salivar
• Investigar como para mucocele salivar
25
• Fibrossarcoma oral
• Massa sólida na mucosa oral com crescimento gradual sobre os dentes, eventualmente
interferindo na alimentação
• Ressecção cirúrgica reincidente, pois a remoção cirúrgica completa é difícil
Diagnósticos diferenciais para doenças gastrointestinais
Virais
• Vírus da cinomose canina (CDV) (ver Doenças Sistêmicas)
• Rotavírus
• Vírus da influenza (diarreia transiente)
• Enterite catarral epizoótica (coronavírus)
Bacterianos
• Lawsonia intracellularis (doença intestinal proliferativa, PBD)
• Helicobacter mustelae
• Salmonelose, especialmente S. typhimurium, S. newport e S. cholerasuis
• Campylobacter jejuni
• Clostridium perfringens (possível causa de distensão gástrica)
• Micobacteriose, especialmente M. bovis e M. avium
• Abscesso de glândula anal
Fúngicos
• Cryptococcus neoformans var grubii (Malik et al., 2002)
Protozoóticas
• Isospora
• Giárdia
• Cryptosporidium
Parasitários
• Toxascaris (raro)
• Toxocara (raro)
• Ancylostoma (raro)
• Cestódeos (raro)
Nutricionais
Neoplásicas
• Linfoma /linfossarcoma (ver Doenças Sistêmicas)
• Pólipos
• Adenocarcinoma
26
• Neoplasia em glândula anal
Outras doenças não infecciosas
• Gastroenterites não eosinofílicas (EGE)
• Megaesôfago
• Corpo estranho
• Tricobezoar (bola de pelos)
• Ulceração gástrica (pode ser iatrogênica, p. ex., superdosagem de anti-inflamatórios não
esteroides)
• Distensão gástrica
• Prolapso retal
• Impactação das glândulas anais
Achados ao exame clínico
• Diarreia (com ou sem presença de sangue /melena). Em caso de melena, ver também Doenças
do Trato Urinário)
• Diarreia esverdeada (Enterite catarral epizoótica, Doenças Hepáticas)
• Vômito /ânsia
• Desidratação
• Anorexia
• Disfagia
• Hipersalivação
• Ranger de dentes e dor abdominal
• Perda de peso
• Distensão gástrica, dispneia, cianose
• Diarreia hemorrágica em furões jovens. Prolapso retal ocasional (Isospora)
• Tenesmo fecal (especialmente em furões com menos de 1 ano de idade) (PBD)
• Alças intestinais espessadas palpáveis (PBD, EGE)
• Manifestações típicas de colite – aumento de quantidade de muco e sangramento pronunciado
nas fezes (PBD, EGE)
• Êmese (sangue proveniente de erosões ou úlceras), diarreia enegrecida (intestino delgado),
diarreia aquosa com sangramento pronunciado (intestino grosso) e perda de peso (EGE)
• Linfonodos mesentéricos aumentados podem estar palpáveis (EGE)
• Corpo estranho palpável
• Manifestações gastroentéricas são raras com CDV, mas cinomose deve ser considerada se
acompanhada de descarga ocular e nasal, hiperqueratose e manifestações respiratórias
Exames complementares
27
1. Exame coproparasitológico
a. Oocistos de Isospora
b. Coloração de Ziehl Nielsen modificada para Cryptosporidium
c. Ovos de nematódeos
2. Radiografia
a. Megaesôfago (estudo contrastado com bário a 10 mL/kg VO)
b. Corpo estranho
3. Exames hematológicos e bioquímicos de rotina
a. Eosinofilia – 10% a 35% (normal 3% – 5%) (EGE – eosinofilia nem sempre presente)
(parasitismo)
b. Anemia (ulceração gástrica severa – ver também Doenças Cardiovasculares e
Hematológicas)
c. Hipoalbuminemia (doença intestinal severa incluindo PBD, EGE e Helicobacter)
4. Sorologia para CDV e Helicobacter mustelae
5. PCR para Lawsonia
6. Cultura e antibiograma
7. Endoscopia
a. Ulceração gástrica (incluindo Biopsia)
8. Biopsia
a. Linfoma
b. Helicobacter
9. Ultrassonografia
a. Linfonodos mesentéricos aumentados (EGE)
Manejo
1. Fluidoterapia (ver Cuidados de Enfermagem)
2. Se houver êmese:
a. Jejum de 6 a 12 horas e antieméticos, p. ex. metoclopramida a 0,2–1,0 mg/kg, SC, TID
b. Monitorar glicemia – considerar fluidos com dextrose e solução salina
Tratamento /terapia específicos
1. Rotavírus
a. Apenas terapia de suporte
b. Comum em furões entre 2 e 6 semanas de idade
28
2. Vírus da Influenza (ver Doenças do Trato Respiratório)
3. Enterite catarral epizoótica
a. Tratamento de suporte e antibioticoterapia
4. Doenças bacterianas incluindo Salmonelose
a. ver Manejo
b. Antibioticoterapia apropriada
5. Doença intestinal proliferativa
a. Cloranfenicol 50 mg/kg IM, SC, VO, BID.
b. Metronidazol 20 mg/kg VO, BID por 3 semanas
6. Helicobacter mustelae
a. Isolado comumente em úlceras gástricas, com significado é incerto
b. Terapia combinada de:
i. Amoxicilina 10 – 20 mg/kg VO, SC, BID
ii. Metronidazol 20 mg/kg VO, BID
iii. Subsalicilato de bismuto 0,25–1,0 mL/kg VO, QID
7. Micobacteriose
a. Potencial zoonose
b. Considerar eutanásia
8. Cryptococcus
a. Anfotericina B 150 mg/kg EV, 3 vezes por semana por 2 a 4 meses
9. Isospora
a. Sulfadimetoxina 30 mg/kg BID
b. Amprolium 100 mg/kg VO no alimento ou água, diariamente, por 7 a 10 dias
10. Giárdia
a. Metronidazol 10–20 mg/kg, BID, por 10 dias
11. Cryptosporidium
a. Frequentemente manifestações subclínicas
b. Não há tratamento efetivo reconhecido
c. Sulfonamidas potencializadas podem ser utilizadas, como nitazoxanida 5 mg/kg, SID
d. Potencial zoonose, considerar eutanásia
12. Nematódeos
a. Fenbendazol 20 mg/kg VO SID por 5 dias ou 100 mg/kg em dose única
b. Mebendazol 50 mg/kg VO BID por 2 dias
29
c. Ivermectina 0,4–1,0 mg/kg SC. Repetir após 1 semana
13. Cestódeos
a. Praziquantel 5–10 mg/kg SC. Repetir após 2 semanas
14. Gastroenterite eosinofílica
a. Pode ser alérgica ou por resposta imunomediada
b. Prednisolona a 1,25–2,5 mg/kg VO, SID. Continuar por 3 a 4 semanas após a remissão
clínica
c. Ivermectina 0,4 mg/kg em dose única. Repetir após 2 semanas
15. Megaesôfago
a. Alimentação em plataforma alta
b. Medicamentos pró-cinéticos da motilidade gastrointestinal, p. ex. metoclopramida 0,2 a
1,0 mg/kg VO, SC a cada 6-8 horas; cisaprida 0,5 mg/kg VO a cada 8 – 24 horas
c. Se houver esofagite, cimetidina 5–10 mg/kg VO, EV, TID
16. Úlcera gástrica
a. Investigar possíveis etiologias subjacentes
b. Cimetidina na dose anteriormente citada
c. Subsalicilato de bismuto a 0,25–1,0 mL/kg VO, QID
d. Sucralfato a 25–30 mg VO, QID
e. Para Helicobacter, ver anteriormente
17. Corpo estranho
a. Remoção cirúrgica
18. Tricobezoar
a. Provável necessidade de remoção cirúrgica
b. Tentar prevenção com uso regular de laxativos para gatos
c. Pode estar relacionado com motilidade intestinal anormal proveniente de doença
gastrointestinal subjacente, p. ex. linfoma (ver Doenças Sistêmicas)
19. Distensão gástrica
a. Pode estar relacionada com corpo estranho ou proliferação de Clostridium perfringens
b. Realizar descompressão com introdução de sonda esofágica ou trocarter
c. Fluidoterapia
d. Tratar como para úlcera gástrica
20. Neoplasias sólidas e pólipos
a. Ressecção cirúrgica
30
21. Prolapso retal
a. Promover limpeza e lubrificação da mucosa prolapsada; se necessário, aplicar solução
osmótica, p. ex., solução concentrada de água com açúcar para reduzir o prolapso antes da
reinserção
b. Reinserir o prolapso e realizar a sutura retal em bolsa de fumo
c. Considerar possíveis causas subjacentes
22. Impactação do saco anal
a. Comprimir e tratar como em outros pequenos animais
Doenças nutricionais
Furões apresentam tempo de trânsito intestinal curto, de cerca de 3 horas. Devem ser alimentados
com dieta rica em proteínas e gordura, pobre em fibras.
Nutrição do furão 
1. Necessidades proteicas de cerca de 30% a 40%, com proteína de alta qualidade,
digestibilidade ao redor de 85% a 90%. Dietas ricas em proteína vegetal predispõem a
cálculos urinários (ver Doenças do Trato Urinário).
2. Níveis de gordura devem ser entre 15% e 30%.
3. Níveis de carboidrato devem ser abaixo de 40%. O rápido trânsito intestinal e o
baixo nível de enzimas presentes na mucosa intestinal dos furões resultam em baixa
capacidade de utilizar carboidratos, levando a uma deficiência emseu desenvolvimento
se a concentração exceder 40%. Observe que a única fonte de carboidratos aos quais os
furões poderiam naturalmente ter acesso estariam no conteúdo intestinal da sua presa.
Pode ser normal para os furões um ganho de peso sazonal, pela influência do fotoperíodo. Isso não
deve ser causa de preocupação
• Hipoglicemia por inanição (ver Doenças Pancreáticas para Manejo)
• Osteodistrofia nutricional
• Filhotes jovens alimentados com dieta pobre em cálcio (pintinhos de 1 dia)
• Deformidade em ossos longos e mandíbula de borracha
• Suplementação com dieta rica em cálcio e suplemento com vitamina D3
• Lipidose hepática
• Relação com anorexia prolongada
• Fluidoterapia intensa
• Nutrição parenteral com glicose e vitaminas
• Alimentação forçada com seringa (ver Cuidados de Enfermagem)
• Gluconato de cálcio ou propileno glicol via oral podem ser benéficos
31
• Dexametasona 0,2 mg/kg EV, SC ou VO
Doenças hepáticas
Nutricionais
• Lipidose hepática
• Intoxicação por cobre
• Cetose (ver Doenças Reprodutivas)
Neoplásicas
• Linfoma/Linfossarcoma (ver Doenças Sistêmicas)
• Metástase, p. ex., insulinoma
• Hemangiossarcoma
• Adenocarcinoma
• Adenoma hepatocelular
• Adenoma de ducto biliar
• Carcinoma biliar
• Outras doenças não infecciosas
• Hepatite linfocítica
• Colângio-hepatite
Achados ao exame clínico
• Redução ou perda de apetite
• Sinais inespecíficos de saúde deficiente
• Fezes alteradas
• Hepatomegalia
• Icterícia (raro)
• Ascite
• Diarreia esverdeada
• Letargia, hipotermia, hipertermia, icterícia (intoxicação por cobre)
• Convulsões
Exames complementares
1. Radiografias
2. Exames hematológicos e bioquímicos de rotina
a. Níveis maiores de enzimas hepáticas; geralmente ALT > 275 UI/L (normal 78 a 289 UI/L).
Fosfatase alcalina pode estar maior; níveis de bilirrubina total geralmente normais
3. Cultura e antibiograma
32
4. Endoscopia
5. Biopsia
6. Ultrassonografia
Manejo
1. Fluidoterapia (ver Cuidados de Enfermagem)
2. Lactulose 150–750 mg/kg, VO, BID ou TID
3. Cardus marianus ( Sylibum marianum) é hepatoprotetor. Dose de 4–15 mg/kg BID ou TID
Tratamento/terapia específicos
• Lipidose hepática (ver Doenças Nutricionais)
• Intoxicação por cobre
• Penicilamina 10 mg/kg VO SID – se houver êmese, oferecer doses fracionadas
• Trientina 10 mg/kg VO BID
• Terapia de suporte
• Possível suscetibilidade genética
• Prognóstico reservado
Doenças esplênicas
• Esplenomegalia pode ser um achado normal em furões; entretanto, pode, também, ocorrer em
uma variedade de doenças. As mais significantes são:
• Hemangiossarcoma e hemangioma
• Doença cardíaca (ver Doenças Cardiovasculares e Hematológicas)
• Linfoma/Linfossarcma (ver Doenças Sistêmicas)
• Insulinoma (ver Doenças Pancreáticas)
• Vírus da doença Aleutiana (ver Doenças Sistêmicas)
• Esplenomegalia idiopática
Tratamento
• Localizar causas subjacentes
• Esplenectomia
• Esplenomegalia
• Ruptura esplênica
• Torção esplênica
• Neoplasia
33
• Esplenite
Doenças pancreáticas
Neoplásicas
• Insulinoma (tumor de células betapancreáticas)
• Adenocarcinoma pancreático exócrino
Outras doenças não infecciosas
• Diabetes mellitus
Achados ao exame clínico
• Sinais de insulinoma incluem episódios transientes de inatividade nos quais o furão não é
responsável a estímulos externos, fraqueza de membros posteriores, eventualmente convulsões,
coma e óbito
• Ataxia e paresia de membros posteriores
• Letargia
• Hipersalivação
• Olhar “vidrado”
• Distensão abdominal
• Dor
• Massa abdominal palpável
Exames complementares
1. Radiografia
2. Exames hematológicos e bioquímicos de rotina (Tabela 1.3)
Tabela 1.3 O furão: Hematologia e bioquímica de rotina 
Valores normais Insulinoma Diabetes mellitus
Glicemia (mmol/L) Normal em descanso 5,22–11,49 < 3,89 (frequentemente 1,12–2,24 > 16,65
Normal em jejum 5,0–6,94
Insulina normal (pmol/L) 35–250 772,7–12470
Média de insulina em jejum (pmol/L) 58
Taxa insulina/glicose normal (pmol/mmol) 4,6–44,2
a. O diagnóstico de insulinoma baseia-se na glicemia em jejum (4 horas serão suficientes).
Insulinomas frequentemente levam à neutrofilia, leucocitose e monocitose além de níveis
aumentados de ALT e AST
3. Cultura e antibiograma
4. Urinálise
a. Glicosúria e cetonúria
5. Endoscopia
6. Cirurgia exploratória e biopsia
34
7. Ultrassonografia
Manejo
1. Tratamento para hipoglicemia
Hipoglicemia 
1. Administrar mel ou solução de água com açúcar na mucosa gengival, tomando
cuidado com eventuais mordidas.
2. Administração em bôlus de 0,5–2,0 mL EV de solução de dextrose 50% lentamente
(para não estimular um possível insulinoma).
3. Fluidoterapia (ver Cuidados de Enfermagem) com infusão de dextrose 5%.
4. Se o furão não reagir, pode-se administrar uma dose de choque de dexametasona 4–8
mg/kg EV ou IM como dose única.
5. Diazepam a 1–2 mg/kg EV, conforme necessário, se as convulsões persistirem.
Tratamento/terapia específicos
• Diabetes mellitus
• Insulina NPH na dose inicial de 0,1 UI/furão BID SC até a estabilização. Monitorar níveis
de glicemia
• Manutenção com insulina ultralenta SID
• Insulinoma
• Ressecção cirúrgica
• Fluidoterapia com solução de dextrose a 5% em salina
• Ressecção parcial ou nodulectomia
• Metástases são muito comuns
• Manejo médico
• Prednisolona 0,5–2,0 mg/kg VO BID, aumentando a dose até os sinais clínicos cessarem
• Diazoxida 5–10 mg/kg VO BID (pode induzir êmese e anorexia)
• O Manejo médico pode promover um controle de sinais clínicos por 6–18 meses;
entretanto, não irá prevenir futuro desenvolvimento do insulinoma nem metástases
• Hiperglicemia após cirurgia pancreática irá, normalmente, regularizar em duas semanas e
não requer providências
• Adenocarcinoma pancreático exócrino
• Metátase iminente. A cirurgia é uma opção possível; entretanto, é altamente provável que a
metástase ocorra antes da confirmação diagnóstica
35
Doenças cardiovasculares e hematológicas
Virais
• Doença Aleutiana (ver Doenças Sistêmicas)
Bacterianas
• Bacteremia /septicemia
• Endocardite
Protozoóticas
• Toxoplasma gondii (miocardite) (ver Doenças Neurológicas)
Parasitárias
• Dirofilaria immitis (verme do coração)
Neoplásicas
• Linfoma (ver Doenças Sistêmicas)
Outras doenças não infecciosas
• Cardiomiopatia
• Dilatada
• Hipertrófica
• Doença cardíaca valvular
• Hiperestrogenismo (ver Doenças do Sistema Reprodutivo)
• Ulceração gástrica (ver Doenças do Trato Digestório)
• Doenças congênitas
Achados ao exame clínico
• Cianose ou palidez de membranas mucosas
• Anemia (hiperestrogenismo, ulceração gástrica)
• Tempo de perfusão capilar aumentado
• Dispneia
• Frêmito pré-cordial
• Anormalidades do pulso arterial femoral incluindo fraqueza, irregularidade e diminuição
• Disritmia
• Ausência de percussão na auscultação
• Sons pulmonares anormais
• Sons cardíacos anormais
• Intolerância ao exercício
• Ascite
36
• Hepatomegalia, esplenomegalia
• Perda de peso
• Morte súbita
Exames complementares
1. Auscultação
2. Pressão arterial – sistólica: 140 ± 35 mmHg; diastólica: 110 ± 31 mmHg
3. ECG
a. Utilizar eletrodos adesivos pediátricos, pois os de metal e agulhas são pouco tolerados
pelo furão consciente
b. Entreter o furão oferecendo alimento ou suplemento alimentar, p. ex., Ferretone (8:1)®
c. Derivação II no ECG de furões normais:
1. As ondas P são pequenas
2. As ondas R são largas
3. Intervalo QT curto
4. Segmento ST elevado (Tabela 1.4)
Tabela 1.4 O furão: Valores normais para derivação II no ECG 
aStamoulis et al. 1997. 
bBublot et al. 2006. 
Parâmetro Anestesia com quetamina e xilazinaa Anestesia com quetamina e diazepamb
Decúbito lateral direito Decúbito esternal
Frequência cardíaca (batimentos/min) 233 ± 22 250 – 430
Plano frontal +77,22 ± 12 +75-+100 +65–+90
Eixo cardíaco (°)
Derivação II
 Amplitude de P (mV) 0,122 ± 0,007 ≤ 0,2 ≤ 0,3
 Duração de onda P (s) 0,024 ± 0,004 0,01–0,03
 Intervalo PR (s) 0,047 ± 0,003 0,03–0,06
Duração de QRS (s) 0,043 ± 0,003 0,02–0,05
 Amplitude de onda Q (mV) −0,05-0
 Amplitude de R (mV) 1,46 ± 0,84 1,0–2,8 1,0–3,1
 Intervalo QT (s)0,12 ± 0,04 0,06–0,16
 Amplitude de onda S 0
 Amplitude de T (mV) −0,4–+0,4 mais frequente > 0 > 0 ou < 0
Derivação I
 Amplitude de onda Q (s) (mV) −0,4-0,0 0
 Amplitude de R (mV) ≤ +0,9 ≤ +1,25
Derivação a VF (mV)
Amplitude de R (mV) 1,0–3,1
4. Radiografia
a. Efusões pleurais e cardiomegalia são achados comuns em cardiomiopatia e dirofilariose
b. Um coração globoso é frequentemente indicativo de doença cardíaca, geralmente com
aumento do contato cardioesternal
37
c. Massas no mediastino anterior (linfoma)
5. Ultrassonografia/ecocardiografia
a. Valores ecocardiográficos normais para furões estão na Tabela 1.5 (Stamoulis et al. 1997)
Tabela 1.5 O furão: Valores ecocardiográficos normais 
Parâmetro Valor médio
Ventrículo esquerdo, diástole final (mm) 11,0
Ventrículo esquerdo, sístole final (mm) 6,4
Ventrículo esquerdo posterior ou parede livre (mm) 3,3
Fração de encurtamento da fibra miocárdica (%) 42
Distância do ponto E ao septo
b. Diagnóstico de dirofilariose (Sasai et al. 2000)
6. Exames hematológicos e bioquímicos de rotina
a. Microfilária em sangue periférico (raro) ( Dirofilaria)
b. Anemia (hiperestrogenismo, infestação intensa por ectoparasitas, Doença Aleutiana,
hemorragia gastrointestinal, p. ex. úlcera gástrica, gastroenterite)
7. Testes sorológicos para Dirofilaria e Toxoplasma
8. Cultura e antibiograma
9. Endoscopia
10. Biopsia
Manejo
• Redução do estresse, p. ex., locais pouco iluminados ou escuros, distante de potenciais fatores
estressantes como cães
• Promover um ambiente rico em oxigênio
• Para efusão pleural considerar sonda de toracostomia
Tratamento/terapia específicos
• Dirofilaria immitis
• Devido ao reduzido tamanho do furão, poucos vermes são suficientes para causar sérias
alterações com sinais clínicos desde falência cardíaca até edema pulmonar
• O tratamento também é difícil porque as filárias podem causar tromboembolismo,
resultando em morte súbita
• Protocolo de tratamento
• Tiacetarsamida a 2,2 mg/kg EV, BID por 2 dias
• Heparina 100 unidades/furão SC SID por 21 dias
• Após 3 semanas interromper a heparina e iniciar ácido acetilsalicílico 22 mg/kg VO SID
por 3 meses
• Tratamento simultâneo para doença cardíaca, se necessário
38
• Como alternativa, tentar tratamento tópico com imidacloprid 10% /moxidectina 1% 0,4
mL por furão
• Prevenção com ivermectina 0,4–1 mg/kg SC mensalmente em áreas em que a dirofilária é
endêmica
• Cardiomiopatias
• Cardiomiopatia dilatada (congestiva)
• Furosemida 1–4 mg/kg BID
• Enalapril 0,5 mg/kg a cada 48 horas. Furões parecem ser bastante sensíveis aos efeitos
hipotensivos dos inibidores da ECA
• Digoxina 0,01 mg/kg VO SID
• Nitroglicerina – 3 mm de unguento a 2% aplicados sobre a pele SID ou BID
• Pimobendan 0,2 mg/kg SID
• Cardiomiopatia hipertrófica
• Atenolol 0,5 a 2,0 mg/kg VO, SID
• Diltiazem 0,5 a 1,0 mg/kg VO BID
• Doença cardíaca valvular
• Tratar como para cardiomiopatia dilatada
• Hiperestrogenismo (ver Doenças do Sistema Reprodutivo)
Doenças sistêmicas
Virais
• Coronavírus
• Vírus da cinomose canina (CDV) (ver também Doenças Neurológicas)
• Doença Aleutiana (Parvovírus) (AD)
• Raiva
Bacterianas
• Bacteremia/septicemia
Nutricionais
• Intoxicação por cobre (ver Doenças Hepáticas)
• Cetose (ver Doenças do Sistema Reprodutivo)
Neoplásicas
• Insulinoma (ver Doenças Pancreáticas)
• Hiperadrenocorticismo (ver Doenças Endócrinas)
• Linfoma/linfossarcoma (ver também Doenças do Trato Respiratório e Doenças do Trato
Cardiovascular e Hematológicas)
• Mesotelioma
39
Outras doenças não infecciosas
• Hiperestrogenismo (ver Doenças do Sistema Reprodutivo)
Achados ao exame clínico
• Perda de peso, dispneia, fraqueza de membros posteriores, ascite (coronavírus, Doença
Aleutiana, linfoma)
• Descarga mucopurulenta ocular e/ou nasal bilateral – a descarga ocular seca forma uma crosta
sobre as pálpebras dificultando a abertura dos olhos (CDV)
• Hiperqueratose de coxins plantares e pústulas eritematosas na região inguinal e sob o queixo
(CDV)
• Infecções respiratórias superiores crônicas, dispneia, letargia, caquexia e linfoadenopatia
(linfoma). Linfoadenopatia periférica é mais comum em animais mais velhos
• Massas abdominais palpáveis (esplenomegalia, linfonodos mesentéricos e/ou gástricos
(linfoma)
• Distensão abdominal (mesotelioma)
Exames complementares
1. Radiografia
a. Rinomegalia, esplenomegalia, linfoadenopatia (coronavírus)
b. Massas em mediastino, efusões pleurais, massas abdominais (linfoma) (Tabela 1.6)
Tabela 1.6 O furão: Estagiamento do linfoma 
Estágio 1 Foco único
Estágio 2 Dois focos no mesmo lado do diafragma
Estágio 3 Envolvimento de baço e linfonodos
Estágio 4 Múltiplos focos
2. Exames hematológicos e bioquímicos de rotina
a. Leucocitose persistente (10 × 10 9/L ou mais) com linfocitose (linfoma). Considerar
linfoma quando a linfocitose for ≥ 3,5 × 10 9/L ou mais de 60% de linfócitos. Furões jovens
(com menos de 6 semanas de idade) podem apresentar linfocitose fisiológica. Em animais
mais velhos com linfoma crônico pode haver linfopenia
b. Infecções bacterianas tendem a causar uma leucocitose menor com neutrofilia relativa >
85% e presença de bastonetes
c. Hiperglobulinemia (coronavírus, doença Aleutiana). Notar que nem todos os ferrets com
Doença Aleutiana apresentam hipergamaglobulinemia (Une et al. 2000)
d. Doença Aleutiana produz imunocomplexos que desencadeiam doença renal incluindo
glomerulonefrite; portanto, os parâmetros renais provavelmente estarão aumentados
3. Citologia de aspirado de medula óssea e de linfonodos (linfoma)
Técnica para coleta de aspirado de medula óssea (sob anestesia geral) 
40
1. Preparar pelo menos quatro lâminas.
2. Aspirar EDTA (pode-se misturar EDTA de tubos para coleta de sangue com solução
salina estéril).
3. Utilize seringa de 5 ou 10 mL com cerca de 1 mL da solução de EDTA.
4. Utilize uma agulha 18 G ou 21 G 25 mm.
5. Identificar a fossa trocantérica.
6. Inserir a agullha no osso de modo que fique paralela ao eixo longo do fêmur.
7. Realizar repetidas aspirações – a medula se assemelha a sangue espesso.
8. Aplicar a amostra de medula sob cada uma das lâminas.
9. Deixar por 30 segundos para que as espículas ósseas se fixem sobre as lâminas.
10. Inclinar as lâminas para drenar o excesso de material.
11. Posicionar uma lâmina limpa sobre cada uma daquelas que contêm material e
deslizar para criar um “esfregaço” (cuidado para não pressionar o material).
12. Secar em temperatura ambiente e enviar ao laboratório.
4. Abdominocentese e citologia
5. Sorologia para CDV, doença Aleutiana e raiva
6. Cultura e antibiograma
7. Endoscopia
8. Biopsia/necropsia
a. Enterite piogranulomatosa (coronavírus)
b. Linfoma (especialmente linfonodos mesentéricos e periféricos, baço, fígado e quaisquer
órgãos com alterações)
c. CDV
9. Ultrassonografia
Manejo
• Ver Cuidados de Enfermagem
Tratamento/terapia específicos
• Coronavírus
• Apenas tratamento sintomático
• Vírus da cinomose canina
• O período de incubação descrito para a cinomose em furões é de 7 a 10 dias. O curso
comum da doença, da exposição ao vírus ao óbito, é de 12 a 25 dias
41
• Não há tratamento – considerar terapia de suporte incluindo antibioticoterapia. A taxa de
mortalidade é de cerca de 100%. Aqueles que sobrevivem apresentam alta probabilidade de
vir a óbito por distúrbios do sistema neurológico (ver Doenças Neurológicas)
• Prevenção com vacinas. Consulte previamente os fabricantes sobre algumas vacinas contra
cinomose derivadas de culturas de tecidos de furões que podem aumentar o risco de doença
induzida por vacina. Não utilizar vacinas polivalentes quando possível. Onde a cinomose for
endêmica, um programa de vacinação com 3 doses é recomendado entre 6 a 8, 10 a 12 e 13 a
14 semanas de idade, com reforços anuais
• Reações adversas das vacinas são êmese e diarreia (Moore et al. 2005)
• O vírus da cinomose é facilmente destruído por limpeza e desinfecção rotineiras
• Raiva
• Zoonoose importante. Eutanasiar
• Prevenir com vacinação em 12 semanas de idade e reforços anuais
• DoençaAleutiana
• Muitos furões podem ser sorologicamente positivos para esta doença sem apresentar sinais
clínicos
• Terapia de suporte
• Esteroides podem ser eficazes na redução da formação e dos efeitos dos imunocomplexos
• Bacteremia/septicemia
• Antibioticoterapia apropriada
• Terapia de suporte conforme necessário (ver Cuidados de Enfermagem)
• Linfoma/linfossarcoma
• Protocolos de quimioterapia para pequenos animais são frequentemente alterados e
atualizados, portanto, se houver dúvidas, consultar um veterinário oncologista. Os seguintes
protocolos (de Brown, 1997) foram considerados adequados
• O protocolo 1 está apresentado na Tabela 1.7
Tabela 1.7 O furão: Protocolo 1 de quimioterapia 
Semana Dia Fármaco Dose
1 1 Prednisolona 1 mg/kg VO BID. Contínuo durante o tratamento
1 Vincristina 0,12 mg/kg EV
3 Ciclofosfamida 10 mg/kg VO
2 8 Vincristina 0,12 mg/kg EV
3 15 Vincristina 0,12 mg/kg EV
4 22 Vincristina 0,12 mg/kg EV
24 Ciclofosfamida 10 mg/kg VO
7 46 Ciclofosfamida 10 mg/kg VO
9 Prednisolona Iniciar redução na dose de modo a cessar em
4 semanas
• O autor indica fornecer ao proprietário uma cópia modificada do protocolo ajustada para
os dias específicos e para as diferentes medicações
42
• Semanalmente, deve-se checar o hematócrito antes da administração da próxima dose de
vincristina para avaliação do grau de anemia. Considerar interrupção do tratamento em casos
de hematócrito abaixo de 20%
• O protocolo 2 está apresentado na Tabela 1.8
Tabela 1.8 O furão: Protocolo 2 de quimioterapia 
Semana Fármaco Dose
1 Vincristina 0,07 mg/kg EV
Asparaginase 400 UI/kg IP
Prednisolona 1 mg/kg VO SID. Continuar durante o tratamento
2 Ciclofosfamida 10 mg/kg VO
3 Doxorrubicina 1 mg/kg EV
4–6 Asparaginase Interromper tratamento
De outro modo, repita como para semanas 1-3
8 Vincristina 0,07 mg/kg EV
10 Ciclofosfamida 10 mg/kg VO
12 Vincristina 0,07 mg/kg EV
14 Metotrexato 0,5 mg/kg EV
• Tratamento paliativo para linfoma
• Prednisolona 0,5 mg/kg BID, podendo ser aumentada para controlar os sinais clínicos.
Observar que o tratamento apenas com prednisolona pode tornar o linfoma refratário à
quimioterapia
• Vitamina C (ácido ascórbico) 50–100 mg/kg VO BID
• Hemograma completo anual para Manejo
• Grande quantidade de surtos têm ocorrido, podendo, em alguns casos, ser resultantes de
agentes do tipo retrovírus (Erdman et al. 1995), embora testes sorológicos, PCR e ELISA
para vírus da Leucemia Felina tenham se mostrado negativos (Erdman et al. 1996)
• Mesotelioma
• Ressecção cirúrgica e quimioterapia podem ser de grande valia, entretanto, o prognóstico é
ruim
Doenças musculoesqueléticas
Virais
• Doença Aleutiana (ver Doenças Sistêmicas)
Neoplásicas
• Mieloma múltiplo
• Condroma
• Condrossarcoma
• Fibrossarcoma
• Osteoma
• Cordoma
Outras doenças não infecciosas
43
• Fraturas traumáticas
• Quaisquer causas de fraqueza
• Ver Doenças Neurológicas
• Ver Doenças Cardiovasculares e Hematológicas
• Ver Doenças Sistêmicas
• Ver Doenças Pancreáticas
Achados ao exame clínico
• Dor
• Claudicação
• Edema
• Paresia/paralisia de membros posteriores
• Massa circular pequena na extremidade da cauda (cordoma)
Exames complementares
1. Radiografia
2. Osteólise, fraturas patológicas (mieloma múltiplo)
3. Fraturas traumáticas
4. Exames hematológicos e bioquímicos de rotina
5. Cultura e antibiograma
6. Endoscopia
7. Biopsia
8. Ultrassonografia
Tratamento/terapia específicos
• Mieloma múltiplo
• Não há tratamento preconizado
• Fraturas traumáticas
• Utilizar técnicas de reparo padrão para pequenos animais
• Neoplasia
• Ressecção cirúrgica, amputação, quimioterapia ou radioterapia como realizado para
pequenos animais
• Observar que cordomas podem gerar metástase (Munday et al. 2004)
Doenças neurológicas
Virais
44
• Vírus da cinomose canina (CDV) (ver Doenças Sistêmicas)
• Raiva
Bacterianas
• Meningite bacteriana ou outras infecções do SNC
• Otite média/interna
Fúngicas
• Cryptococcus meningitis
• Blastomicose
Protozoóticas
• Toxoplasmose
Nutricionais
• Hipoglicemia
• Cetose (ver Doenças do Sistema Reprodutivo)
Neoplásicas
• Schwannoma
• Insulinoma (hipoglicemia) (ver Doenças Pancreáticas)
• Linfoma (ver Doenças Sistêmicas)
• Linfoma de células T (Hanley et al. 2004)
Outras doenças não infecciosas
• Toxinas
• Lesões espinhais, p. ex., prolapso de disco intervertebral (Lu et al. 2004), fraturas
• Infiltrados eosinofílicos granulomatosos (como parte de gastroenterite eosinofílica – ver
Doenças do Trato Digestório)
Achados ao exame clínico
• Fraqueza aparente
• Paresia/paralisia de membros posteriores
• Ansiedade, letargia, constipação, atonia vesical, paresia de membros posteriores, agressão
(raiva)
• Convulsões (incomuns exceto na forma neurotrófica crônica do vírus da cinomose)
• Salivação, tremores musculares, convulsões e coma (CDV)
• Otite externa (ver também “sarna de ouvido” em Doenças Dermatológicas)
Exames complementares
1. Exame neurológico completo
45
2. Radiografia
a. Mielografia – acesso como para punção de líquido cerebroespinhal (ver a seguir)
b. 0,25 – 0,5 mL/kg de iohexol
3. Exames hematológicos e bioquímicos de rotina
4. Sorologia para toxoplasmose
5. Cultura e antibiograma
Punção de líquido cerebroespinhal em furões 
1. Coleta como em cães e gatos.
2. Localizações para coleta: articulação atlanto-occipital e região lombar (L-5 – L6).
3. Utilizar agulha calibre 21 ou 22.
6. Endoscopia
7. Biopsia
8. Ultrassonografia
Manejo
• Importante realizar o diagnóstico diferencial com outras causas de fraqueza (insulinoma,
linfoma, etc.)
Tratamento/terapia específicos
• Raiva (ver Doenças Sistêmicas)
• Infecção bacteriana do SNC
• Antibioticoterapia apropriada
• Terapia de suporte
• Infecções fúngicas
• Cetoconazol 10 a 30 mg/kg VO SID por 60 dias
• Anfotericina B
• 0,25 – 1,0 mg/kg EV SID ou dias alternados até uma dose total de 7 – 25 mg
• Para Cryptococcus, 150 mg/kg EV, 3 vezes por semana por 2 a 4 meses
• Itraconazol a 25 – 33 mg/kg VO SID, terapia prolongada
• Toxoplasmose
• Clindamicina 12,5 mg/kg VO BID, por pelos menos 2 semanas
• Terapia combinada consistindo de:
• Cotrimoxazol 30 mg/kg BID VO
46
• Pirimetamina 0,5 mg/kg BID VO
• Ácido fólico 3,0 a 5,0 SID
• Hipoglicemia
• Para Manejo de episódios hipoglicêmicos, ver Doenças Pancreáticas
• Condições ortopédicas
• Tratamento-padrão para pequenos animais
Doenças oftálmicas
O olho do furão é similar ao do cão, exceto pela pupila horizontal em vez de vertical
Virais
• Vírus da cinomose canina (CDV) (ver Doenças Sistêmicas)
• Influenza A (ver Doenças do Trato Respiratório)
Protozoóticas
• Toxoplasmose (ver Doenças Neurológicas)
Nutricionais
• Hipovitaminose A
Neoplásicas
• Carcinoma de globo ocular
• Outras doenças não infecciosas
• Mucocele salivar (ver Doenças do Trato Digestório)
• Catarata hereditária
• Catarata idiopática
• Degeneração de retina (pode ser hereditária)
Achados ao exame clínico
• Ulceração de córnea
• Conjuntivite (influenza, CDV, hipovitaminose A)
• Secreção nasal
• Uveíte
• Edema de córnea, hipópio e sinéquia
• Catarata
• Exoftalmia
• Glaucoma
• Cegueira noturna (hipovitaminose A, degeneração de retina)
• Edema periocular (mucocele salivar)
47
• Catarata (hereditária, hipovitaminose A, idiopática)
• Secreção purulenta nasal e/ou ocular bilateral – a secreção ocular acumula-se nas margens
palpebrais dificultando a abertura dos olhos. Hiperqueratose de coxins plantares e exantema
(CDV)
Exames complementares
1. Exame oftálmico
a. Teste da lágrima de Schirmer 5,31 ± 1,32 mm/min (Montiani Ferreira et al. 2006)
b. Espessura corneana central 0,337 ± 0,020 mm
2. Fluoresceína tópica para avaliar a extensão da ulceração
3. Tonometria
a. Pressão intraocular 14,5 ± 3,27 mmHg
4. Radiografia de crânio
5. Exames hematológicos e bioquímicos de rotina
6. Sorologia para CDV, toxoplasmose
7. Cultura e antibiograma
8. Biopsia
9. Ultrassonografia
Tratamento/terapia específicos
• Úlcera de córnea
• Antibiótico tópico e sistêmico
• Uma vez a infecção controlada, tratar como em pequenosanimais, p. ex., escarificação para
estimular a re-epitelização, enxerto conjuntival, etc.
• Uveíte
• Esteroides oftálmicos tópicos ou soluções contendo anti-inflamatórios não esteroides
• Antibióticos oftálmicos tópicos em conjunto com sistêmicos se adequado
• Enucleação em casos graves
• Catarata
• Tratar como para uveíte
• Remoção cirúrgica ou por facoemulsificação
• Neoplasia
• Enucleação
• Toxoplasmose (ver Doenças Neurológicas)
48
Doenças endócrinas
Neoplásicas
• Neoplasia de adrenal
• Hiperplasia de adrenal
• Adenoma/carcinoma de adrenal
• Adenoma gonadotrófico pituitário (Schoemaker et al. 2004)
• Insulinoma (ver Doenças Pancreáticas)
Outras doenças não infecciosas
• Hiperestrogenismo (ver Doenças Reprodutivas)
Achados ao exame clínico
• Hiperadrenocorticismo
• Alopecia simétrica
• Prurido em mais de 30% dos casos
• Edema de vulva (mesmo em fêmeas castradas)
• Comportamento masculinizado em machos castrados
• Disúria em machos (obstrução uretral secundária à hiperplasia prostática)
• Esplenomegalia
• Glândulas adrenais aumentadas, podendo ser palpáveis (não consistentes)
Exames complementares
1. Radiografia
2. Exames hematológicos e bioquímicos de rotina
a. Hiperadrenocorticismo
i. A elevação em níveis hormonais sanguíneos (Tabela 1.9) varia individualmente; o
cortisol é o menos provável de estar aumentado e o diagnóstico é mais provável caso
androstenediona, estradiol e hidroxiprogesterona sejam dosados
Tabela 1.9 O furão: Níveis hormonais sanguíneos 
Parâmetro Valores normais Hiperadrenocorticismo (valores médios)
Androstenediona (nmol/L) 0–15 67
Sulfato de deidroepiandrosterona (μmol/L) (média) 0,01 0,03
Estradiol (pmol/L) 30–180 167
17–hidroxiprogesterona (nmol/L) 0–0,8 3,2
Cortisol (nmol/L) 0–140
ACTH (ng/L) 13–98
α-MSH (ng/L) 16–74
Sódio (mmol/L) 137–62
Potássio (mmol/L) 4,3–7,7
49
ii. As amostras de sangue para diagnóstico de hiperadrenocorticismo devem,
preferencialmente, ser coletadas sob anestesia, pois a contenção manual pode elevar o
cortisol e ACTH plasmáticos e pode levar à diminuição na produção do hormônio alfa-
melanócito-estimulante (α-MSH) (Schoemaker et al. 2003). Entretanto, deve ser
observado que a anestesia por isofluorano (mas não a medetomidina) leva a aumento do α-
MSH da glândula pituitária, podendo, subsequentemente, afetar concentrações de
hormônios adrenais
iii. Pancitopenia (casos graves)
iv. Elevado nível sérico de AST
v. Para fêmeas com suspeita, fazer o diagnóstico diferencial com ovário remanescente (ou
estro se for íntegra) aplicando duas injeções de 100 UI de hCG por 7 dias. Deve ocorrer a
regressão do edema de vulva a menos que o furão tenha hiperadrenocorticismo
b. Níveis séricos de hormônios tireoidianos (Tabela 1.10)
Tabela 1.10 O furão: Níveis sanguíneos de hormônio tireoidiano 
Macho Fêmea
Tiroxina (T4) (nmol/L) 13,0–106,9 9,14–32,69
Triiodotironina (T3) (nmol/L) 0,007–0,012 0,004–0,011
Teste de estimulação da tireoide (Keeble, 2001) 
1. TSH 1,0 UI EV.
2. Dosagem sérica de após 120 minutos.
3. Cultura e antibiograma
4. Endoscopia
5. Biopsia
6. Ultrassonografia
a. Aumento de glândula adrenal
b. Valores normais: glândula adrenal esquerda: 6–8 mm; direita: 8–11 mm. Nódulos
acessórios de tecido adrenal podem ocorrer em alguns indivíduos.
Tratamento/terapia específicos
• Hiperadrenocorticismo
• Tratamento cirúrgico (adrenalectomia)
• A cirurgia é o tratamento de escolha, mas, em casos de doença adrenal bilateral, deve-se
remover completamente uma das glândulas (a esquerda é de mais fácil remoção) e realizar
adrenalectomia subtotal da adrenal (direita) com subsequente Manejo médico, ou considerar
apenas Manejo médico
• Na adrenalectomia bilateral, considerar o uso de glicocorticoide suplementar –
prednisolona 0,1 mg/kg VO SID (Martorell et al. 2005) por muitos dias após a cirurgia para
50
prevenir hipoadrenocorticismo. Monitorar níveis séricos de eletrólitos e controlar de acordo
com o efeito; adrenalectomia parcial ou presença de nódulos acessórios pode resultar em
níveis séricos de eletrólitos continuamente normais, sem necessidade de tratamento
• Sonda de cistotomia pode ser benéfica nos casos de obstrução urinária por hiperplasia ou
cisto prostático (Nolte et al. 2002). Remoção após 5–10 dias
• Manejo médico
• Mitotano 50 mg VO SID por 7 dias, e dose de manutenção de 50 mg a cada 3 dias
• Trilostano 2 mg/kg VO SID
• Acetato de leuprolida 100 μg/kg SC a cada 21–30 dias
• Cetoconazol 15 mg/kg BID é ineficaz (citado em Keeble, 2001)
• Desaparecimento temporário dos sinais clínicos devido aos reduzidos níveis hormonais
pode ocorrer com deslorelina, em forma de implante de liberação lenta, com 3 mg, com
média de 13,7 ± 3,5 meses para a remissão dos sinais clínicos (Wagner et al. 2005)
• Acredita-se ser uma doença ligada aos efeitos do hormônio luteinizante (LH) nas células
produtoras de esteroides sexuais do córtex adrenal (Schoemaker et al. 2002), o que pode
explicar a castração precoce atuando como fator predisponente
• Adenomas gonadotróficos
• Importância desconhecida
Doenças do trato urinário
Virais
• Doença Aleutiana (ver Doenças Sistêmicas)
Bacterianas
• Cistite
Nutricionais
• Urolitíase (machos > fêmeas) (ver também Doenças do Sistema Reprodutivo)
Neoplásicas
• Linfoma (ver Doenças Sistêmicas)
• Carcinoma de células transicionais
• Carcinoma renal
Outras doenças não infecciosas
• Nefrite intersticial crônica
• Hidronefrose
• Cistos renais
• Hiperplasia prostática (ver Hiperadrenocorticismo, em Doenças Endócrinas)
• Toxicidade por uso de gentamicina
51
Achados ao exame clínico
• Apatia
• Anorexia
• Perda de peso
• Polidipsia/poliúria
• Úlceras orais
• Hematúria (urolitíase, cistite, neoplasia)
• Fraqueza de membros posteriores
• Melena
• Disúria/poliúria
• Gotejamento de urina, umidade perianal, lambedura constante da genitália (urolitíase)
• Micção dolorosa, estrangúria (urolitíase, cistite)
• Óbito
• Anormalidades palpáveis
• Distensão vesical (obstrução uretral)
• Cálculos/sedimento urinário
Exames complementares
1. Urinálise (ver parâmetros normais de urina, Tabela 1.11)
Tabela 1.11 O furão: Parâmetros normais para urina 
Volume (mL/kg por h) 8–140
pH 6,0–7,5
Proteína (mg/dL) 7–33
Cetonas Traços
Glicose Negativo
Cristais Negativo
a. Cristais de fosfato amoníaco magnesiano (estruvita) (urolitíase)
b. Cetonúria (cetose, ver Doenças do Sistema Reprodutivo)
2. Radiografia
a. Útil na diferenciação entre cistite e urolitíase
b. Estudos contrastados (pielografia, duplo contraste vesical, pneumocistografia)
3. Exames hematológicos e bioquímicos de rotina
a. Na doença renal, a ureia pode estar acima de 42,5 mmol/L (normal de 10 – 15 mmol/L),
mas a creatinina raramente estará maior, exceto em doença renal severa e prolongada
b. Fósforo frequentemente maior em doença renal
c. Anemia não regenerativa (doença renal avançada)
52
d. Avaliação da Taxa de Filtração Glomerular (TFG) (Hiller, 1997, Tabela 1.12)
Tabela 1.12 O furão: Avaliação da taxa de filtração glomerular 
Parâmetro Normal (média ± DP)
Clearance de creatinina exógena 3,32 ± 2,16
Clearance de inulina (mL/min por kg) 3,02 ± 1,78
Clearance de creatinina endógena (mL/min por kg) 2,5 ± 0,93
4. Citologia
a. Cilindros renais, células neoplásicas
5. Cultura e antibiograma
6. Endoscopia
7. Biopsia
8. Ultrassonografia
Manejo
1. Fluidoterapia (ver Cuidados de Enfermagem)
2. Antibioticoterapia adequada
Tratamento/terapia específicos
• Cistos renais
• Não há tratamento
• Em casos de cistos grandes, dolorosos e unilaterais, considerar nefrectomia
• Hidronefrose
• Nefrectomia
• Alguns casos podem estar relacionados com oclusão acidental de ureter durante a ovário-
histerectomia de rotina
• Urolitíase
• Se houver obstrução ureteral:
• Tentativa de cateterização (pode ser dificultosa em machos devido à anatomia do osso
peniano em forma de “J”)
• Cistocentese
• Cistotomia
• Em casos de impossibilidade de desobstruir a uretra, realizar uretrostomia perineal
• Cálculo vesical
• Cistotomia
• Encaminhar cálculos/sedimento paraanálise
• Antibioticoterapia (normalmente acompanha a cistite) e outros cuidados de suporte
53
• Observar que dietas ricas em proteína vegetal (especialmente rações para cães ou rações
de baixa qualidade para gatos) podem predispor os furões à formação de cálculos assim
como às infecções urinárias bacterianas
• Alterar a dieta para rações comerciais para furões ou rações para gatos de alta qualidade
• Neoplasia
• Carcinoma das células transicionais da vesícula urinária: cirurgia difícil por ser uma
neoplasia normalmente difusa
• Quimioterapia pode ser benéfica
• Carcinoma renal
• Nefrectomia
Doenças reprodutivas
Nos furões, a ovulação é induzida, ocorrendo 30 a 40 horas após a cópula. No caso de não haver a
cópula, pode ocorrer estro prolongado (até 6 meses) e anemia aplásica pode ser uma
consequência (ver Hiperestrogenismo a seguir). O estro é indicado pelo edema pronunciado da
vulva (Fig. 1.2); qualquer fêmea ciclando por mais de 1 mês é considerada suspeita para
hiperestrogenismo.
Fig. 1.2 Edema de vulva em furão em estro.
Machos possuem um osso peniano em forma de “J”.
Bacterianas
• Prostatite
• Metrite/piometra
• Mastite ( Staphylococcus spp., coliformes)
• Staphylococcus intermedius (mastite crônica)
54
Nutricionais
• Cetose/toxemia da prenhez
Neoplásicas
• Hiperadrenocorticosmo (ver Doenças Endócrinas)
• Hiperplasia prostática e cistos prostáticos
• Neoplasia testicular
• Tumor das células de Sertoli
• Tumor de células intersticiais
• Carcinoma prostático
• Neoplasia de coto ovariano
• Carcinoma indiferenciado
• Leiomioma
• Fibrossarcoma
• Teratoma ovariano
• Carcinoma cístico de glândula mamária
• Adenoma uterino
Outras doenças não infecciosas
• Hiperestrogenismo
• Incapacidade de realizar a cópula
• Neoplasia de glândula adrenal (ver Doenças Endócrinas)
• Ovário remanescente após ovário-histerectomia
• Urolitíase (em fêmeas prenhes)
• Distocia
• Ninhadas pequenas (filhotes não nascidos irão a óbito após 43 dias de gestação)
• Alterações anatômicas
• Filhotes grandes
• Filhotes deformados ou com anasarca
• Anormalidades pélvicas maternas
Achados ao exame clínico
• Hiperplasia de vulva (hiperestrogenismo, hiperadrenocorticismo, estro, ovário
remanescente/neoplasia)
• Outros sinais de hiperestrogenismo incluem taquipneia, anemia (mucosas pálidas),
hemorragias equimóticas e petequiais, melena, fraqueza, paresia de membros posteriores,
infecções secundárias, alopecia na base da cauda
55
• Prolapso vaginal (pode acompanhar prolapso retal) (urolitíase)
• Útero aumentado, palpável; secreção vaginal pode ou não estar presente (piometra, metrite)
• Disúria, estrangúria (hiperplasia prostática)
• Alopecia e prurido em machos intactos (tumor de células de Sertoli)
• Glândulas mamárias edemaciadas, doloridas, pálidas (mastite aguda, neoplasia)
• Glândulas mamárias edemaciadas, entretanto normais (mastite crônica)
• Letargia e desidratação na fêmea prenhe. Melena pode estar presente. Perda de pelos (toxemia
da prenhez)
Exames complementares
1. Radiografia
a. Hiperplasia prostática (auxilia também no diagnóstico diferencial de urolitíase)
2. Exames hematológicos e bioquímicos de rotina
a. Hematócrito (valor normal entre 46% e 61%). Para hiperestrogenismo, o hematócrito pode
ser utilizado como indicador de prognóstico (Keeble, 2001, ver Tabela 1.13)
Tabela 1.13 O furão: Hematócrito 
Hematócrito% Prognóstico Opções de tratamento
> 25 Bom Ovário-histerectomia
HCG ou GnRH injetável
15–25 Reservado HCG ou GnRH injetável
Terapia de suporte antes da cirurgia
< 15 Ruim HCG ou GnRH injetável
Fluidoterapia intravenosa
Vitamina B
Ferro
Antibioticoterapia profilática
Transfusão sanguínea, considerar cirurgia
b. Outros valores hematológicos compatíveis com hiperestrogenismo refletem a pancitopenia
e incluem anemia normocítica normocrômica ou macrocítica hipocrômica além de
trombocitopenia, neutropenia e eosinopenia
c. Toxemia da prenhez, cetose
d. Em conjunto com a baixa glicemia (< 2,8 mmol/L) e alta concentração de ureia sanguínea,
Batchelder et al. (1999) descrevem anemia, hipoproteinemia, hipocalcemia,
hiperbilirrubinemia e enzimas hepáticas aumentadas
3. Urinálise
a. Cetonúria (cetose)
4. Cultura e antibiograma
5. Endoscopia
6. Biopsia
7. Ultrassonografia
56
a. Hiperplasia/cisto prostático
Manejo
1. Fluidoterapia, incluindo transfusão sanguínea (ver Cuidados de Enfermagem)
2. Vitaminas do complexo a 1–2 mg/kg de tiamina, conforme necessário, IM
3. Ferro dextrano 10 mg/kg a cada 7 dias
4. Antibioticoterapia profilática
Tratamento/terapia específicos
• Hiperestrogenismo
• Ovário-histerectomia
• hCG a 100 UI /furão. Repetir após 7 dias, se necessário
• GnRH a 20 μg/furão IM, SC Repetir após 7 a 14 dias, se necessário
• Prevenção
• Ovário-histerectomia de rotina
• Proligestona injetável 50 mg/kg IM, dose única, antes do início do ciclo
• Cobertura com macho vasectomizado
• Alteração e manutenção do fotoperíodo para 14 horas de luz e 10 horas de escuridão
podem prevenir o estro
• Hiperplasia prostática
• Frequentemente solucionada após tratamento de hiperadrenocorticismo
• Ressecção cirúrgica ou marsupialização
• Antibioticoterapia, se houver suspeita de prostatite
• Neoplasia testicular
• Castração
• Metrite
• Indução de contração uterina com 0,5 mg de prostaglandina F 2a
• Antibioticoterapia
• Piometra
• Ovário-histerectomia
• Antibioticoterapia
• Piometra de coto (após ovário-histerectomia) pode ocorrer em alguns furões com
hiperadrenocorticismo. É necessário remoção cirúrgica do coto, assim como tratamento para a
doença adrenal
• Mastite
57
• Mastite aguda
• Antibioticoterapia e fluidoterapia
• Anti-inflamatórios não esteroides podem ter efeitos antiendotoxinas (ver “Analgesia” em
Cuidados de Enfermagem)
• Debridar ou realizar a ressecção cirúrgica do tecido mamário afetado
• Amamentação dos filhotes por outras fêmeas pode levar a uma disseminação dos
patógenos
• Mastite crônica
• Frequentemente não responsiva à terapia
• Filhotes podem requerer suplementação alimentar (ver Doenças do Neonato)
• Urolitíase em fêmeas prenhes
• Se possível, realizar a cesariana dentro de 24 horas da data prevista para o parto
• Realizar conjuntamente a cistotomia
• Para Manejo da urolitíase, ver Doenças Urinárias
• Cetose
• Geralmente associada a período de anorexia/inanição durante a prenhez. Pode ter curta
duração, como 12 a 24 horas
• Em alguns casos, associada a ninhadas grandes (15 ou +)
• Terapia de suporte incluindo fluidoterapia, aquecimento e glicose EV/alimentação forçada
(ver Cuidados de Enfermagem)
• Realizar cesariana prontamente
• Providenciar fêmea lactante ou eutanasiar filhotes (< 40 dias), pois estes são de difícil
manipulação e a fêmea convalescente raramente irá lactar
• Distocia
• Ninhadas pequenas
• Indução do parto 41º dia com 0,5 mg de prostaglandina F 2a seguido de 0,2 – 3,0 unidades
de ocitocina 1 – 4 horas mais tarde. O parto deve ocorrer 2 a 12 horas após. Caso não
ocorra, repetir o tratamento ou realizar cesariana
• Filhotes grandes ou com deformidades, anormalidades pélvicas e outras
• Cesariana
Doenças do neonato
Alguns parâmetros normais dos Furões Neonatos (Bell, 1997, ver Tabela 1.14).
Tabela 1.14 O furão: Parâmetros normais do furão neonato 
Peso aproximado ao nascimento (g) 8–10
Peso aproximado aos 7 dias (g) 30
58
Peso aproximado aos 14 dias (g) 60–70
Peso aproximado aos 21 dias (g) 100
Idade de abertura dos olhos (dias) 30–35
Idade ao desmame (semanas) 6–8
Virais
• Rotavírus
Bacterianas
• Infecções oftálmicas antes dos 35 dias
Outras doenças não infecciosas
• Hipotermia (especialmente nas 2 primeiras semanas quando os filhotes são incapazes de
controlar a termorregulação)
• Falta de leite materno
• Mastite (ver Doenças do Sistema Reprodutivo)
• Metrite materna (ver Doenças do Sistema Reprodutivo)
• Doença sistêmica materna
• Cordões umbilicais entrelaçados
Achados ao exame clínico
• Letargia
• Dificuldade na alimentação
• Falta de cuidados maternos
• Falha no desenvolvimento
• Diarreia (pode não ser detectadauma vez que a mãe lambe constantemente a ninhada e seus
dejetos)
• Edema de olhos ainda não abertos em filhotes com menos de 3 semanas
Exames complementares
1. Pesar os filhotes
2. Radiografia
3. Exames hematológicos e bioquímicos de rotina
4. Cultura e antibiograma
5. Endoscopia
6. Biopsia
7. Ultrassonografia
Manejo
• Cuidados de enfermagem, especialmente prover ambiente aquecido e fluidos é extremamente
59
importante aos neonatos
Tratamento/terapia específicos
• Rotavírus
• Filhotes acima de 7 dias podem não necessitar de tratamento
• Fluidoterapia 0,5–1,0 mL de solução salina SC – repetir várias vezes ao dia
• Antibioticoterapia
• Cordões umbilicais entrelaçados
• Cuidadosamente, separar um do outro, realizando ressecção dos cordões umbilicais
• Ausência de produção de leite materno
• Suplementar com leite comercial para filhotes de cães ou gatos adicionando creme de leite
para prover conteúdo lipídico de cerca de 20%, 4 vezes ao dia
• Prover fêmea lactante para amamentação apenas se apropriado (pode levar à transferência
de patógenos entre as fêmeas)
• Pesquisar fatores subjacentes na progenitora
• Infecções oftálmicas
• Realizar incisão ao longo das linhas das pálpebras
• Drenar debris ou pus
• Aplicar antibiótico oftálmico tópico BID
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62
CAPÍTULO 2. Coelhos
Tabela 2.1. O coelho: Aspectos principais The rabbit 
Expectativa média de vida (anos) 5–10
Peso (kg) 1,0 (raça Netherland) a 10 (raças gigantes)
Temperatura corpórea (ºC) 38–39,6
Frequência respiratória (respirações/min) 30–60
Frequência cardíaca (batimentos/min) 120–325
Gestação (dias) 28–35
Idade ao desmame (semanas) 4–6
Maturidade sexual (meses) 4,5–9
Consulta e manejo
Os coelhos, na cadeia alimentar, são animais presas e, portanto, podem exibir extremo
comportamento antipredador, como pular da mesa de atendimento. Durante o exame clínico, os
movimentos devem ser moderados e conversas em voz alta devem ser evitadas, já que podem
assustar o coelho. O odor de possíveis predadores, como cães, gatos e furões, pode ser
estressante para alguns coelhos e, assim, deve ser removido pela limpeza das mãos, da mesa de
atendimento e de equipamentos antes da realização do exame.
Sempre pese o coelho a cada consulta: a perda de peso pode ser o primeiro sinal oculto de
doenças crônicas, como as dentárias. A maioria dos coelhos pode ser examinada sobre a mesa,
com contenção mínima. Quando levantados, uma mão é colocada sob o tórax, enquanto a outra
apoia a porção final do corpo e as pernas. Em muitos coelhos, é possível examinar o períneo e a
superfície ventral virando-os, gentilmente, de costas e mantendo-os em decúbito dorsal entre o
tórax e o braço do examinador. A cavidade oral pode ser examinada com o uso de um otoscópio,
embora esse procedimento nunca possa ser considerado completo em coelhos conscientes.
Cuidados básicos
Termorregulação
Este é um dos mecanismos homeostáticos mais importantes em coelhos (e outros pequenos

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