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Castração - Orquiectomia Equinos Indicações · Considerar valor genético · Defeitos congénitos · Comportamento · Gestão de espaços hípicos · Aptidão · Indicações médicas · Neoplasias · Hérnia Inguinal · Outras (orquite, hidrocelo) Idade Variável consoante a raça, devido a aspetos de desenvolvimento e conformação Castração pode ser resalizada: · Em estação · Decúbito a campo · Em bloco cirúrgico Descida dos testículos Durante os primeiros tempos fetais os testículos estão situados na parede dorsal da cavidade abdominal · Os testículos entram no canal inguinal entre os 270-300 dias de gestação · Ao nascimento ,os testículos podem estar inguinais mas descem por nessa altura (10 dias) Considerações anestésicas · Em Estação · Detomidina + Butorfanol · Em anestesia de campo · Em anestesia geral, em bloco · Butorfanol (sedação inicial) + xilazina + ketamina + diazepam · Uso de anestésico local - SEMPRE O uso pré-operatório de anti-inflamatórios não esteróides (fenilbutazona; flunixina meglumina ) é recomendado por alguns clínicos. A profundidade anestésica é monitorizada com base na frequência cardíaca, frequência respiratória, movimento, reflexo palpebral e presença de nistagmo. Pré operatório Todos os cavalos a serem castrados devem ser submetidos a um exame físico completo antes da cirurgia, incluindo a palpação dos testículos. Todos os animais devem ser examinados quanto à presença de hérnia escrotal ou criptorquidismo concomitante. A área escrotal deve ser rotineiramente preparada para cirurgia com iodo-povidona diluído ou clorexidina seguida de injeção intratesticular de cloridrato de lidocaína a 2%, cuja dose pode variar de acordo com o tamanho do cavalo (tipicamente 10-20 ml/testis). Outra técnica para anestesia local envolve a injeção direta do agente anestésico no cordão espermático. Esta técnica proporciona uma boa anestesia do cordão, mas ocasionalmente pode levar à formação de hematoma dentro do cordão espermático, interferindo assim com a emasculação adequada. · Exame físico normal · Verificar estado vacinal - tétano · Jejum Técnincas · Aberta · Incisão do escroto, paralela ao rafe médio · Incisão idêntica na túnica vaginal · Separar porção fibrosa da porção vascular por perfuração do mesórquio (prega da túnica vaginal entre o testículo e o epidímio) · Emascular separadamente · Uso de sutura (?) · Vantagens e Desvantagens · Facilidade e rapidez de execução · Menor disseção · (Castração em estação) · Possibilidade de evisceração (dada abertura da túnica vaginal) · Melhor qualidade de emasculação Para a técnica aberta, a túnica parietal do testículo é incisada. O ligamento da cauda da epidídimo (ligamento caudal da epidídimo), que liga a túnica parietal à epidídimo, é cortado ou rompido. O testículo, epidídimo e porção distal do cordão espermático são completamente libertos da túnica parietal, através da transecção da prega de mesorquio e mesofuniculum e removidos com um emasculador. · Fechada · Só fazer incisão no escroto · Não fazer incisão na túnica vaginal · Usar disseção digital ,para separar esta da fascia escrotal · Emascular · Uso de sutura (?) A incisão é feita através da pele escrotal, túnica dartos e fáscia escrotal até que a túnica parietal seja localizada. O testículo, ainda encapsulado pela túnica parietal, é preso e a fáscia escrotal é " retirada " (separada com uma gaze esterilizada) da túnica parietal até que o músculo cremaster e a túnica fiquem totalmente expostos · Semi-Fechada · Idêntica à anterior · Contudo, antes de emascular, fazer uma pequena incisão vertical na túnica , alongo do cordão , de forma a pode inspecionar o cordão A abordagem para a castração com a técnica semi-fechada é semelhante; contudo, após a túnica parietal e o músculo cremaster serem expostos, uma incisão de 2-3 cm é feita na túnica parietal apenas proximal ao testículo. O conteúdo da túnica parietal pode então ser inspecionado para garantir que não há evidência de hérnia intestinal, e os emasculadores são então aplicados em todo o cordão espermático (incluindo a túnica parietal) proximal ao testículo. Nota: técnica semi-fechada e fechada têm menor risco de evisceração e menor controle de emasculação Instrumental · Kit de cirurgia geral · Emasculadores Os emasculadores mais utilizados: Reimer, Serra e emasculadores melhorados de White. O emasculador Reimer esmaga o cordão espermático e possui uma lâmina ocopolada com um cabo separado e corta o cordão distalmente. Os emasculadores White's e Serra melhorados esmagam e cortam simultaneamente o tecido espermático. Emasculação Aplicar emasculador , sempre em ângulo reto, proximal no cordão, de forma a que o instrumento cortante , quer incorporado no emasculador, ou manual seja posicionado distal à emasculação. Aplicar emasculador tempo suficiente, para efeitos de hemostase Torção Testicular · Rotação do testículo em relação ao seu eixo vertical · Rotações de menos de 180º , são achados incidentais, não causam sintomas clínicos · Rotações de mais de 360º, causam dor, inchaço. Indicação de castração Complicações · Hemorragia · A origem mais comum de hemorragia grave pós-operatória é a artéria testicular. A terapia inicial deve ter como objectivo identificar e eliminar a origem da hemorragia. · Evisceração · ocorre quando uma porção do intestino prolapsa através do canal inguinal e fora da incisão escrotal. Ocorre tipicamente entre 4-6 h após a castração, mas tem sido relatado que ocorre até 12 dias após a cirurgia. Fatores de risco incluem raça, cavalos de trabalho, hernais inguinais pré-existentes e grandes anéis inguinais. · Seroma e Edema · O inchaço excessivo pode ser atribuído a drenagem inadequada, exercício físico inadequado após a cirurgia, trauma excessivo dos tecidos no momento da cirurgia, ou infecção. · Infeção · A infecção pode não ser evidente até dias após a realização da cirurgia. Os sinais clínicos podem incluir febre, inchaço, coxeio ou desconforto durante o exercício e drenagem das incisões. A infecção também pode seguir-se à formação de um seroma, permitindo o desenvolvimento de um "seroma séptico". O uso de ligaduras tem sido uma causa de infecção pós-operatória. O tratamento envolve a abertura das incisões escrotais para facilitar a drenagem, semelhante à realizada para um seroma. · Outras · Peritonite · Hidrocelo · Lesões Penianas · Comportamento de Garanhão Criptorquidismo · Defeito congénito · Ausência de um testículo, ou ambos, ao nível escrotal · Testículo(s) · Canal Inguinal · Abdominal Diagnóstico · Anamnese · Exame físico · Palpação inguinal e rectal · Ecografia · Doseamento hormonal Técnica · Acesso Inguinal · Expor anel superficial · Identificar túnica vaginal · Se a túnica estiver invertida localizar ligamento (Extensão inguinal do gubernáculo) · Tracionar epidímio · Emascular · Suturar anel superficial, fascia inguinal e pele · Acesso Para-inguinal · Incisão na pele, aponevrose do externo oblíquo, interno oblíquo e peritoneu · Lapatoscopia Pós-operatório · Confinamento na box 24h · Exercício, andar a passo, de forma a evitar edema e promover drenagem · Duche · Exercício progressivo e gradual · As incisões devem estar fechadas cerca das 3 semanas · Analgésicos , (Antibióticos) Bibliografia: Kilcoyne, I. (2013). Equine castration: A review of techniques, complications and their management. Equine Veterinary Education, 25(9), 476-482. doi:10.1111/eve.12063 Incisões Cicatrização por 2ª intenção Acessos Escrotal Cicatrização por 1ª intenção Inguinal 1 Anatomia Anatomia do Animais Domesticos, Editora Artemed 2011 AnatomiaAnatomia do Animais Domesticos, Editora Artemed2011
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