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CASO CONCRETO 15 DIREITO PENAL

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Ágatha Cristina B Fidelis – 201912008191
Caso concreto 15
Leia o caso concreto abaixo e responda às questões formuladas com base nos estudos realizados sobre as teorias do delito e da sanção penal. 
Em outubro de 2007, HAROLDO conduzindo sua caminhonete Mitsubishi L200 se envolveu em uma colisão com o veículo VW Gol, onde estavam quatro pessoas, das quais três vieram a óbito no local do acidente e uma sobreviveu com graves sequelas. De acordo com a denúncia do Ministério Público Estadual (MPE), o suspeito, na época com 20 anos, havia passado a tarde em uma lanchonete ingerindo bebida alcóolica com colegas de faculdade. Ao sair da lanchonete dirigindo em alta velocidade invadiu a pista contrária na qual conduzia seu veículo vindo a atingir o veículo VW Gol. HAROLDO foi denunciado por três homicídios e uma tentativa de homicídio, todavia sua conduta foi desclassificada para três homicídios culposos e uma lesão corporal culposa. Supondo que decorreram mais de seis anos do recebimento da denúncia até a data da sentença de pronúncia, responda:
a) A tipificação da conduta de HAROLDO será incursa no Código Penal ou no Código de Trânsito (Lei n.9503/1997)? Responda de forma objetiva e fundamentada.
R: A tipificação da conduta de Harolso poderá ser variada de acordo com a analise do caso concreto, mas em regra essa conduta será incursa no CTB, conforme expresso no art 302 “Praticar Homícidio culposo na direção do veículo automotor”, pois o agente poderia prever a possibilidade de entrar em algum acidente devido ao seu estado de embriaguez, podemos analisar com base nos elementos do delito culposo, o motorista teve uma conduta voluntária, que deixou de observar um dever objetivo de cuidado, manifestado por meio de uma imprudência, que acabou gerando um resultado leviso . Mas em alguns casos excepcionais, o motorista poderá responder por homícidio doloso, na modalidade de dolo eventuall, conforme expresso no art 18 do CP, caracterizado no processo o fato dele haver assumido os riscos de causar a morte. 
b) A partir da premissa que a conduta de HAROLDO produziu quatro resultados lesivos distintos, indique a espécie de concurso de crimes aplicável e respectivo critério de dosimetria de pena. Responda de forma objetiva e fundamentada.
R: O magistrado deverá seguir de modo muito criterioso a métrica para a adequada individualização conforme prevista no Art. 5º, XLVI, CRFB/88 e respectiva fixação da pena ao acusado, esforçando-se em evitar o risco de se imputar uma reprimenda em manifesto desalinho com as particularidades do caso concreto.  O art 68 do CP determina que a pena-base será determinada de acordo com as regras do art. 59; depois serão consideradas as circunstâncias atenuantes e agravantes, e após serão analisadas as causas de diminuição e de aumento, que porventura incidam ao caso. Portanto, o magistrado deverá levar em conta a culpabilidade do agente, de mesmo modo seus antecedentes, sua conduta social, os aspectos de sua personalidade, a motivação para o ato, as circunstâncias e consequências do crime, sem desmerecer, ainda, eventual comportamento do ofendido. O concurso de crimes é o instituto que se volta à conduta do sujeito ativo, no sentido de verificar quando o agente, mediante uma ou várias condutas, pratica duas ou mais infrações penais, mediante aos fatos expressos no caso acima, a espécie de concursos de crime que se adequa a situação é o concurs material heterogêneo, onde o agente, com uma única conduta, pratica dois ou mais crimes diferentes conforme previstos no art 302 do CTB.
c) Qual a tese defensiva a ser apresentada por HAROLDO? O fato de HAROLDO ser menor de 21 anos à época da conduta possui alguma relevância jurídico-penal? 
R: A tese defensiva a ser apresentada por Haroldo é a Teoria da Menoridade relativa, uma atenuante genérica aplicável aos réus menores de 21 anos ao tempo do fato, pouco importando a data da sentença, observado o artigo 4º do CP. E a razão da atenuante reside na imaturidade do agente, que não completou ainda o seu desenvolvimento mental e moral, sendo mais facilmente influenciável pelo grupo social ou por outros companheiros. Também expresso pelo Art. 65 do CP “São circunstâncias que sempre atenuam a pena: I - Ser o agente menor de 21 (vinte e um), na data do fato (atenuante conhecida como menoridade relativa), ou maior de 70 (setenta) anos, na data da sentença; ” Nota-se, que de acordo com o desenvolvimento mental do agente, aquele que não possui a mínima capacidade de entender o caráter ilícito do fato praticado, tampouco de comportar-se com este entendimento, não irá responder pelas sanções privativas de liberdade previstas no Código Penal.
d) Caso no curso da instrução criminal fosse constatado que HAROLDO era, ao tempo da prática da conduta, inimputável em decorrência de doença mental, poderia ser imposta alguma sanção penal à sua conduta?
R: A imputabilidade se refere caso o agente seja capaz de compreender o caráter ilícito do fato, bem como a capacidade de controlar e comandar a própria vontade. Sendo, neste caso, isento de pena pela ausência de culpabilidade conforme previsto no art 26 do CP, “ É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. Redução de pena Parágrafo único - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, em virtude de perturbação de saúde mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou retardado não era inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. ” Dessa forma, é necessário que o agente, seja portador desta condição, no momento da prática do crime, e tal condição será comprovada através de laudo realizado por perito.
 Ainda, com base no roteiro de estudos desta aula e dos estudos realizados, solucione a questão abaixo: (XXVII EXAME DE ORDEM UNIFICADO)
 Leonardo, nascido em 20/03/1976, estava em dificuldades financeiras em razão de gastos contínuos com entorpecente para consumo. Assim, em 05/07/2018, subtraiu, em comunhão de ações e desígnios com João, nascido em 01/01/1970, o aparelho de telefonia celular de seu pai, Gustavo, nascido em 05/11/1957, tendo João conhecimento de que Gustavo era genitor do comparsa.Após a descoberta dos fatos, Gustavo compareceu em sede policial, narrou o ocorrido e indicou os autores do fato, que vieram a ser denunciados pelo crime de furto qualificado pelo concurso de agentes. No momento da sentença, confirmados os fatos, o juiz reconheceu a causa de isenção de pena em relação aos denunciados, considerando a condição de a vítima ser pai de um dos autores do fato. Inconformado com o teor da sentença, Gustavo, na condição de assistente de acusação habilitado, demonstrou seu interesse em recorrer.
 Com base apenas nas informações expostas, o(a) advogado(a) de Gustavo deverá esclarecer que:
 A) os dois denunciados fazem jus a causa de isenção de pena da escusa absolutária, conforme reconhecido pelo magistrado, já que a circunstância de a vítima ser pai de Leonardo deve ser estendida para João.
 B) nenhum dos dois denunciados faz jus à causa de isenção de pena da escusa absolutória, devendo, confirmada a autoria, ambos ser condenados e aplicada pena.
 C) somente Leonardo faz jus a causa de isenção de pena da escusa absolutória, não podendo esta ser estendida ao coautor. 
D) somente João faz jus a causa de isenção de pena da escusa absolutória, não podendo esta ser estendida ao coautor.

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