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2 – Água e solo IT-157 - IRRIGAÇÃO Prof. Marinaldo Ferreira Pinto marinaldo@ufrrj.br 2.1 – Umidade do solo Umidade com base em massa (U) Ms MsMt Ms Ma U Umidade com base em volume (θ) IT-157 - IRRIGAÇÃO em que: U: gágua /gsolo seco; Ma: Massa de água; Mt: Massa total; Ms: Massa de solo; Da: massa específica da água; Ds: Massa específica do solo; θ: cm3água /cm 3 solo dsU Da Ds U DsMs DaMa Vt Va / / Método direto - Gravimétrico (estufa) - Método das pesagens 2.2 – Medida de umidade no solo Métodos indiretos - Blocos de resistência elétrica (Bouyoucos) - Moderação de neutrons (sonda) - Tensiometria - Capacitivos IT-157 - IRRIGAÇÃO Métodos indiretos - Blocos de resistência elétrica (Bouyoucos) IT-157 - IRRIGAÇÃO Métodos indiretos - Moderação de Neutrons IT-157 - IRRIGAÇÃO Métodos indiretos - Sensores capacitivos IT-157 - IRRIGAÇÃO Fonte: Enalta Métodos indiretos (Capacitivos) - Sonda Diviver IT-157 - IRRIGAÇÃO Fonte: Sondaterra Métodos indiretos (Capacitivos) -TDR IT-157 - IRRIGAÇÃO Fonte: Souza, et al. (2006) Métodos indiretos - Tensiômetro . h A h Pv A IT-157 - IRRIGAÇÃO Leitura com vacuômetro Métodos indiretos - Tensiômetro 12A hhh6,12 IT-157 - IRRIGAÇÃO Leitura com manômetro de mercúrio Métodos indiretos - Tensiômetro (Leitura com vacuômetro digital) IT-157 - IRRIGAÇÃO IT-157 - IRRIGAÇÃO Tubo cap removível vacuômetro cápsula porosa - Tensiômetro IT-157 - IRRIGAÇÃO Métodos indiretos - Tensiômetro Curva de retenção IT-157 - IRRIGAÇÃO Métodos indiretos - Tensiômetro Equação de Van Genutchen (1980) mnm rs r )(1 Em que: θ: umidade volumétrica θr: umidade volumétrica residual θs: umidade volumétrica na saturação Ψm: tensão de água no solo α, n, m: parâmetros da equação 2.3 – Armazenamento de água no solo IT-157 - IRRIGAÇÃO solo água ΔZ h 𝑉𝑡 = 𝑆 × ∆𝑍 𝑉𝑎 = 𝑆 × ℎ 𝜃 = 𝑉𝑎 𝑉𝑡 = 𝑆 × ℎ 𝑆 × ∆𝑍 = ℎ ∆𝑍 ℎ = 𝜃 × ∆𝑍 IT-157 - IRRIGAÇÃO Z L i iL zA 1 2.3 – Armazenamento de água no solo Perfil de umidade do solo z...zzA n21L ZAL IT-157 - IRRIGAÇÃO 2.3 – Armazenamento de água no solo Para a situação com camada s de mesma espessura, tem-se 2.3.1 – Disponibilidade de água no solo A água no solo teoricamente disponível às plantas - θcc 0,1 a 0,3 atm (10 – 30 kPa) - θpm 15 atm (1500 kPa) θcc umidade na capacidade de campo - equilíbrio entre a força de retenção e a força da gravidade θpm umidade no ponto murcha permanente- equilíbrio entre as forças de adesão e a sucção exercida pelas raízes IT-157 - IRRIGAÇÃO ds UU DTA pmcc . 10 2.3.1 – Disponibilidade total de água no solo (DTA) IT-157 - IRRIGAÇÃO 10 pmcc DTA DTA: mm/cm Unidade: % ou É a lâmina de água “útil” armazenada por unidade de espessura do solo, normalmente em mm cm-1. 2.3.1 – Disponibilidade total de água no solo IT-157 - IRRIGAÇÃO Solo θcc (%) θpm (%) DTA(mm/cm) Argiloso 45 21 2,4 Argilo-siltoso 40 18 2,2 Siltoso 38 16 2,2 Franco-argiloso 37 16 2,1 Franco-siltoso 35 15 2,0 Argilo-arenoso 34 15 1,9 Arenoso 19 5 1,4 Zds UU ZDTAAD pmcc . 10 . 2.3.2 – Disponibilidade de água no solo (AD) Em que: Z: profundidade do solo, cm; AD: mm. É a lâmina de água “útil” armazenada na zona radicular da cultura. IT-157 - IRRIGAÇÃO IT-157 - IRRIGAÇÃO 2.4.3 – Água facilmente disponível (AFD) Profundidade efetiva de algumas culturas fZds UU fADAFD pmcc .. 10 . 2.3.3 – Água facilmente disponível (AFD) IT-157 - IRRIGAÇÃO Em que: f: fator de disponibilidade de água no solo, admencional; AFD: mm. É a lâmina de água que a cultura pode extrair do solo sem sofrer déficit hídrico. É uma variável extremante importante para projetos de irrigação. Fator de disponibilidade de água no solo (f) IT-157 - IRRIGAÇÃO GRUPO CULTURAS 1 cebola, pimenta, batata 2 banana repolho, uva, ervilha, tomate 3 alfafa, feijão, cítricas, amendoim, abacaxi, girassol, melancia, trigo 4 algodão, milho, azeitona, açafrão, sorgo, soja, beterraba, cana-de- açúcar, fumo GRUPO ETm (mm d -1) 2 3 4 5 6 7 8 9 10 1 0,50 0,425 0,35 0,30 0,25 0,225 0,20 0,20 0,175 2 0,675 0,575 0,475 0,40 0,35 0,325 0,275 0,25 0,225 3 0,80 0,70 0,60 0,50 0,45 0,425 0,375 0,35 0,30 4 0,875 0,80 0,70 0,60 0,55 0,50 0,45 0,425 0,40 ETo 2.3.3 – Água facilmente disponível (AFD) Fator de disponibilidade de água no solo (f) IT-157 - IRRIGAÇÃO Grupo Equação 1 2 3 4 Fator de disponibilidade de água no solo (f) 𝑓 = 0,0061𝐸𝑇𝑜2 − 0,1275𝐸𝑇𝑜+0,8988 𝑓 = 0,0061𝐸𝑇𝑜2 − 0,1326𝐸𝑇𝑜+1,0361 𝑓 = 0,0058𝐸𝑇𝑜2 − 0,1302𝐸𝑇𝑜+1,1220 2.3.3 – Água facilmente disponível (AFD) IT-157 - IRRIGAÇÃO 2.4.3 – Água facilmente disponível (AFD) Tensão crítica de água no solo de algumas culturas 1. Sabendo que Ucc = 29,0%, θpm =18,0% e que Ds = 1,35 g.cm-3, determine: a) a disponibilidade total de água neste solo; b) a quantidade de água disponível, sabendo que a profundidade efetiva do sistema radicular é de 40,0 cm. C) calcule a AFD, sabendo que a ETO é de 5,0 mm d-1 e que a cultura é o feijão. EXERCÍCIOS IT-157 - IRRIGAÇÃO a) θcc = Ucc .1,35 = 0,3915 cm 3.m-3 (39,15%). 1.12,2 10 0,182,39 10 cmmmDTA pmcc b) AD = DTA.Z = 2,12.40 = 84,8 mm. SOLUÇÃO IT-157 - IRRIGAÇÃO c) AFD = AD.f = 84,8.0,5 = 42,4 mm. 21 AAA 2.3.4 – Variação do armazenamento de água no solo (ΔA) IT-157 - IRRIGAÇÃO Em que: A1: armazenamento de água no momento inicial; A2: armazenamento de água em um instante qualquer. 2.3.4 – Variação do armazenamento de água no solo (ΔA) IT-157 - IRRIGAÇÃO A variação de armazenamento de água no solo pode ser usado na irrigação para determinar o consumo hídrico de uma cultura, podendo ser usado para determinar a lâmina de irrigação para elevar o solo à capacidade de campo: AAccaLâ min Exercício Considere a seguinte curva de retenção de água do solo, onde são cultivadas duas culturas A e B, cuja profundidade radicular é de 40 cm: Em que: m em kPa (valor +) e em cm 3 cm-3. Sendo as leituras nos tensímetros de T1 = -15 kPa e T2 = -20 kPa. O solo apresenta Ucc = 30%, Upm = 18,0% e Ds = 1,4 g.cm -3. Pede-se: Verifique se as culturas A e B estão em déficit hídrico, sabendo que fator de disponibilidade é de 0,6 e 0,7, respectivamente. 𝜃 = 0,45 1 + 72,24𝜓𝑚 1,85 0,028 Exercício 20 cm 20 cm 10 cm 10 cm Solução 1) Água armazenadade água armazenada no solo nos primeiros 30 cm; e 𝜓1 = 𝑃𝑣 𝛾 + ℎ → 𝜓1 = − 15 9,81 + 0,3 = −1,23 𝑚 𝜓2 = − 20 9,81 + 0,5 = −1,54 𝑚 = −15,1 𝑘𝑃𝑎 𝐴𝑙 = 0,317 × 200 + 0,313 × 200 = 126 𝑚𝑚 𝜓1 = 12,1 𝑘𝑃𝑎 𝜃1 = 0,45 1 + 72,24 × 12,1 1,85 0,028 = 0,317 𝑐𝑚3𝑐𝑚−3 𝜃2 = 0,45 1 + 72,24 × 15,1 1,85 0,028 = 0,313 𝑐𝑚3𝑐𝑚−3 Solução 2) Lâmina consumida água armazenada no solo nos primeiros 30 cm; e 𝜃𝑐𝑐 = 0,30 × 1,4 = 0,42 𝑐𝑚3𝑐𝑚−3 𝐴𝜃𝑐𝑐 = 0,42 × 400 = 168 𝑚𝑚 ∆𝐴 = 168 − 116 = 42 𝑚𝑚 Solução 3) Resultadode água armazenada no solo nos primeiros 30 cm; e 𝐴𝐹𝐷 = 𝑈𝑐𝑐 − 𝑈𝑝𝑚 10 × 𝑑𝑠 × 𝑍 × 𝑓 𝐴𝐹𝐷 = 30 − 18 10 × 1,4 × 40 × 0,6 = 40,3 𝑚𝑚 Como a lâmina de água consumida (42 mm) é maior que a AFD da cultura A (40,3 mm), a cultura já deveria ter sido irrigada, pois já está sob estresse hídrico. A cultura B ainda tem 5,0 mm da AFD. Cultura A 𝐴𝐹𝐷 = 30 − 18 10 × 1,4 × 40 × 0,7 = 47,0 𝑚𝑚 Cultura B 2.4 – Infiltração de água no solo IT-157 - IRRIGAÇÃO 2.4.1 – Análise físico-matemática do processo IT-157 - IRRIGAÇÃO Equações representativas aT . kI 1 . . aTak dT dI TI T . TIE T. kI a Kostiakov Kostiakov-Liews TIETak dT dI TI a 1 . . Em que: I – infiltração acumulada; T – tempo de infiltração; TI – taxa de infiltração; TIE – taxa de infiltração estável; k, a – parâmetros de ajuste. 2.4.2 – Métodos de determinação IT-157 - IRRIGAÇÃO - Infiltrômetro de anéis duplo anel - Simulador de chuvas infiltrômetro de aspersão - Entrada e saída de água em sulcos 2.4.2 – Métodos de determinação IT-157 - IRRIGAÇÃO 50 cm 25 cm Superfície do Solo Infiltrômetro de anéis 2.4.2 – Métodos de determinação IT-157 - IRRIGAÇÃO Simulador de chuvas IT-157 - IRRIGAÇÃO 2.4.2 – Métodos de determinação entrada saída WSC A distância entre as calhas varia de 20 a 40 m Entrada e saída de água em sulcos IT-157 - IRRIGAÇÃO 2.4.2 – Métodos de determinação Entrada e saída de água em sulcos IT-157 - IRRIGAÇÃO 2.4.2 – Métodos de determinação y = 100,68x-1,261 R² = 0,9764 0 0,5 1 1,5 2 2,5 0 10 20 30 40 50 60 T I (m m /m in ) Tempo (min) Entrada e saída de água em sulcos IT-157 - IRRIGAÇÃO 1 – Foram feitas medidas de umidade (% em massa) e densidade do solo (kg m-3) e foram obtidos os seguintes dados:: Camada (m) Ds U 0 – 0,10 1350 22,3 0,10 – 0,20 1430 24,6 0,20 – 0,30 1440 26,1 0,30 – 0,40 1470 27,0 0,40 – 0,50 1500 27,7 Determinar o armazenamento de água nas camadas 0-0,50; 0,10-0,30 e 0,40-0,50m Exercícios adicionais IT-157 - IRRIGAÇÃO 2 – Logo após uma irrigação a umidade média do solo, até 30 cm de profundidade, era 0,25 g/g (umidade na capacidade de campo). Cinco dias depois a umidade média reduziu para 0,25 cm3/cm3. Qual a variação de armazenamento ocorrida nesse período, sendo ds = 1,3? Se você tivesse que propor uma irrigação, qual seria a lâmina liquida a ser aplicada. 3 – Baseado nos dados do exercício anterior, calcular a lâmina armazenada no solo, que compõe a água facilmente disponível para a cultura do Amendoim (f de 0,45). Umidade no ponto de murcha permanente a base de massa é de 12%, profundidade efetiva do sistema radicular de 30 cm. 4- Caso a Etc seja de 3,8 mm d-1, quantos dia poderia ficar sem irrigação? Usar os dados dos exercício 2 e 3. Exercícios adicionais IT-157 - IRRIGAÇÃO 5- O perfil de solo de 100 cm de profundidade possui as características hídricas apresentadas na Tabela abaixo. Calcular: (a) A disponibilidade total de água do solo. (b) A capacidade total de água disponível até 100 cm de profundidade. (c) A água facilmente disponível para a cultura do milho, cuja profundidade efetiva do sistema radicular é de 50 cm e a ETc 4 mm d-1. Profundidade (cm) Ucc (%) Upm (%) Ds (g cm-3) 0 – 30 31,4 20,1 1,12 30 – 80 28,35 21,2 1,21 80 – 100 26,5 17,3 1,35 Exercícios adicionais IT-157 - IRRIGAÇÃO 6- Calcular a lâmina de liquida necessária para elevar o solo a capacidade de campo (lâmina de irrigação), baseado nas leituras médias de 3 tenciômetros instalados a 10; 30; 50 cm de profundidade, sabendo que a cultura tem sistema radicular efetivo de 60 cm. As leituras médias dos tensiômetros são: -3; -3,2 e -3,4 mca para as profundidades 10; 30; 50 cm de profundidade, respectivamente. O comprimento dos tensiômetros é de 60 cm. A umidade na capacidade de campo e no ponto de murcha permanente é de 0,22 e 0,08 cm3 cm-3. A curva de retensão de água no solo é a seguinte: Exercícios adicionais 𝜃 = 0,07 + 0,45 1 + 5,79𝜓𝑚 5,08 0,12 em que: 𝜃 em cm3 cm-3 e 𝜓𝑚 em mca (em módulo).
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