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ESTUDO DE GERENCIAMENTO E DESTINAÇÃO DE RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL E DOS RESÍDUOS GERADOS NA ÁREA DO MEIO AMBIENTE E SANEAMENTO.

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ESTUDO DE GERENCIAMENTO E DESTINAÇÃO DE RESÍDUOS DA 
CONSTRUÇÃO CIVIL E DOS RESÍDUOS GERADOS NA ÁREA DO 
MEIO AMBIENTE E SANEAMENTO. 
 
Alânio Araújo Nunes1 
RESUMO 
Este trabalho tem por objetivo explanar informações referentes ao gerenciamento de 
resíduos da construção civil. Serão apresentados e embasados estudos quanto ao 
gerenciamento adequado e de disposições sugeridas e praticadas de resíduos gerados pela 
área da Construção Civil e seus impactos causados ao meio ambiente. Também serão 
expostas, no tocante a área ambiental, informações referentes ao aproveitamento de resíduos 
de Estações de Tratamento, sejam de água ou esgoto, para a área da construção civil, com 
intuito de aproveitar o resíduo gerado em uma área e diminuir a produção de outra. 
 
Palavras chave: Resíduos, Construção Civil, Lodo de ETA. Gerenciamento, Água. 
 
ABSTRACT 
 
This paper aims at explaining information regarding the waste management of construction. 
Will be presented and grounded studies for proper management and suggested provisions 
and practiced waste generated by the building trade and its impacts on the environment. 
Will also be exposed, in respect of environmental, information regarding the use of 
treatment plants waste, whether water or sewage, to the area of construction, aiming to take 
advantage of the waste generated in one area and decrease the production of other. 
 
Key-words: Draff, Construction Building, Sludge of WTP, Management, Water. 
 
 
1 
Pós-graduando em Engenharia Ambiental e Sanitária pelo Centro Universitário Estácio do Ceará.
2 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
A cadeia produtiva da construção civil é responsável por uma quantidade 
considerável de Resíduos de Construção e Demolição (RCD), depositados em encostas de 
rios, vias e logradouros públicos, criando locais de deposições irregulares nos municípios. 
Esses resíduos comprometem a paisagem urbana, invadem pistas, dificultam o tráfego e a 
drenagem urbana, além de propiciar a atração de resíduos não inertes, com multiplicação de 
vetores de doenças e degradação de áreas urbanas, o que afeta a qualidade de vida da 
sociedade como um todo. Nos últimos anos, o interesse por políticas públicas para os 
resíduos gerados pelo setor da construção civil tem se acirrado com a discussão de questões 
ambientais. Desperdiçar materiais, seja na forma de resíduo, seja sob outra natureza, 
significa desperdiçar recursos naturais, o que coloca a indústria da construção civil no 
centro das discussões na busca pelo desenvolvimento sustentável nas suas diversas 
dimensões (Souza et al., 2004). 
Ao longo da história da humanidade, a visão de progresso vem se confundindo com 
um crescente domínio e transformação da natureza. Nesse paradigma, os recursos naturais 
são vistos como ilimitados. Resíduos gerados durante a produção e ao final da vida útil dos 
produtos são depositados em aterros, caracterizando um modelo linear de produção. 
(CARNEIRO et al., 2001). 
A geração de grandes volumes de resíduos de construção oriundos dos canteiros de 
obras, além dos materiais de demolição, é responsável por cerca de 20 a 30% do total dos 
resíduos gerados pelos países membros da União Europeia (Murakami et al., 2002). 
Conforme Ribeiro et al. (2008) estima-se que a construção civil consome algo entre 20 e 
50% do total de recursos naturais consumidos pela sociedade. Apesar da diversidade de 
opiniões, estes valores preocupantes indicam um problema tão iminente e grave. 
No saneamento, o tratamento da água para o abastecimento público (ETA), de acordo 
com Libânio (2008), consta da remoção de partículas suspensas e coloidais, matéria 
orgânica, micro-organismos e outras substâncias possivelmente deletérias à saúde humana, 
presentes ou não nas águas naturais. Nas águas superficiais, as tecnologias de tratamento de 
água para abastecimento público podem ser divididas a partir da existência ou não de 
coagulação química. 
Em geral, os resíduos formados da ETA estão sendo lançados em curso d’água 
próximo ou uma Wetland, onde esse descarte é uma prática enquadrada na categoria de 
crime ambiental (DIAS et al., 2008), pois os lodos das ETA’s no Brasil são classificados 
3 
 
como resíduos sólidos pela NBR 10004 (BRASIL, 2004). Sendo assim, existem restrições 
para a disposição final do lodo de ETA, conforme Resolução CONAMA 430/2011, Lei nº 
9.605 (1998), Lei nº 9.433 (1997), dentre outras legislações vigentes em todo o território 
brasileiro, que os obriga a procurar métodos para a disposição final deste tipo de resíduo, 
conforme decreto 3179/1999. 
As características qualitativas e quantitativas do lodo de ETA podem variar de acordo 
com o processo de tratamento, o coagulante químico utilizado, os métodos de operação da 
ETA (períodos de limpeza dos decantadores, filtros e da dosagem de produtos químicos 
conforme a sazonalidade), entre outros fatores, que estão relacionados às condições físico-
químicas do manancial, às condições físico-climáticas do local da ETA, as características 
topográficas e geológicas onde o corpo d’água está inserido e ao uso e ocupação do solo da 
área da bacia hidrográfica em termos de atividades impactantes no seu entorno. (TARTARI, 
2008) 
Há várias alternativas para o aproveitamento do lodo. Pode-se destacar a área da 
construção civil, em que a incorporação do lodo em blocos cerâmicos pode contribuir com a 
redução do impacto ambiental e prolongar a vida útil de jazidas de argila, sobretudo porque, 
segundo Sjötröm (1996), a indústria da construção civil consome cerca de 14 a 50% dos 
recursos naturais que são extraídos do planeta. 
Tallini Junior et al. (2006) afirmam que as empresas de saneamento possuem um 
grande desafio de encontrar alternativas viáveis economicamente, tecnicamente e 
ambientalmente correta para dispor o lodo de ETA. Os pesquisadores Teixeira et al. (2002) 
concluíram que dependendo das características do lodo e da temperatura de queima, os 
lodos podem ser misturados com a massa argilosa para produzir tijolos maciços sem 
comprometer suas propriedades físicas. 
De acordo com Oliveira e Holanda (2008), o resíduo de ETA pode ser incorporado 
como matéria-prima alternativa na formulação de massa argilosa para a fabricação de 
cerâmica vermelha. Os autores afirmam também que o resíduo da ETA do Sistema Rio 
Manso/COPASA pesquisado quando adicionado em quantidades de até 15% em peso de 
massa argilosa industrial para fabricar cerâmica vermelha, não apresentou efeitos 
significativos sobre a microestrutura e as propriedades físico-mecânicas avaliadas (retração 
linear, absorção de água, massa específica aparente e tensão de ruptura à flexão). 
Diante do que foi exposto acima, face à relevância do tema e avaliação de estudos 
preliminares, é possível observar que os resíduos gerados na construção civil podem ser 
reduzidos quando situações alternativas de uso de recursos naturais pode ser substituídos 
4 
 
por resíduos provindas de outras fintes geradores, como por exemplo, a área de meio 
ambiente/saneamento. Ressalta-se que o lodo a ser utilizado deve ser avaliado afim de que a 
incorporação em matriz cerâmica, por exemplo, não interfira tanto nas propriedades físicas e 
mecânicas dos tijolos. 
Portanto, este trabalho tem como objetivo estudar sobre o gerenciamento de resíduos 
sólidos da construção civil, mesclando aos resíduos gerados em Estações de Tratamento de 
Água (ETA), visando obter embasamento sobre resíduos gerados em ETA possam ser 
incorporados em matriz cerâmica, com intuito de reduzir resíduos da construção civil e 
concomitantemente aos gerados na Área de Meio Ambiente e Saneamento, buscando 
destinação ambientalmente correta. 
 
2 REVISÃO DA LITERATURA 
 
Este capítulo irá tratar de uma revisão bibliográfica dos principais assuntos enfocados 
neste trabalho de pesquisa no intuito de auxiliar no desenvolvimento do mesmo, 
contemplando desde a área de gestão dos Resíduos Sólidosda Construção Civil até a 
possibilidade de incorporação de resíduos de ETA em matriz cerâmica. 
 
2.1 RESÍDUO DE CONSTRUÇÃO CIVIL, GERENCIAMENTO, RECICLAGEM E 
INVESTIMENTOS 
 
A resolução nº. 307/02 do Conama (Brasil, 2002), define diretrizes para que os 
municípios e o Distrito Federal tenham instrumentos para desenvolver e programar políticas 
de gestão local sob a forma de Planos Integrados de Gerenciamento. Estes planos têm como 
objetivo identificar as responsabilidades dos grandes geradores e assumir soluções para 
pequenos geradores, de forma a disciplinar as ações dos agentes envolvidos desde a geração 
até a disposição final. 
Para melhor gerenciar os resíduos da construção civil, a resolução nº. 307/02 do 
Conama (Brasil, 2002) dividiu o processo de gerenciamento em cinco etapas: 
caracterização, triagem, acondicionamento, transporte e destinação. 
Segundo Colombo (1999), a indústria da construção civil, tanto no Brasil como no 
exterior, apresenta particularidades que a diferenciam dos demais setores industriais. Dentre 
elas, a mais marcante e preocupante é a baixa produtividade do setor, que continua muito 
abaixo do desejado, principalmente fora dos grandes centros urbanos. De acordo com a 
5 
 
empresa de consultoria McKinsey, a produtividade brasileira é ainda menor, equivalendo a 
32% da norte-americana, esse baixo desempenho se deve à deficiência de planejamento e de 
gerenciamento de projetos, à instabilidade macroeconômica, à falta de mecanismos de 
financiamento de longo prazo, à ausência de prestadores de serviços organizados, ao 
desenvolvimento insuficiente de materiais pré-fabricados e ao baixo grau de automação 
(MAWAKDINE, 1999). Como consequência, tais fatores sempre acabaram influindo no 
custo da construção. 
O gerenciamento dos resíduos oriundos da construção civil não deve ter ação 
corretiva, e sim uma ação educativa, criando condições para que as empresas envolvidas 
possam exercer suas responsabilidades sem produzir impactos socialmente negativos 
(SCHNEIDER, 2000 apud KARPINSKI et. al., 2008). 
De acordo com Carneiro et al. (2001), a construção civil é o setor da economia que 
mais recursos naturais consome. O macro complexo da construção civil hoje representa 
cerca de 14% do PIB nacional. Ainda, estima-se que a construção civil seja responsável pelo 
consumo de algo entre 20 a 50% dos recursos naturais utilizados pela sociedade. 
(SJÖSTRÖM, 1992). 
De acordo com Picchi (1993), no mundo todo, a construção civil absorveu mais 
tardiamente os conceitos e metodologias da qualidade, que surgiram, via de regra em 
indústrias seriadas, tais como mecânica e eletrônica, que possuem décadas de evolução 
nestes setores. 
Para Picchi (1993), a cultura que predomina entre profissionais e entre empresas de 
construção de edifícios, é um fator importante que reflete a dificuldade do tratamento da 
questão da qualidade e contribui para que sua evolução seja mais lenta. Faz parte da cultura 
dos profissionais da construção de edifícios a grande tolerância com os problemas crônicos 
do setor, tais como o elevado índice de desperdício, considerados pela maioria como 
“normais” ou como “parte do processo”. 
Nos Estados Unidos, mineradoras estão apostando na reciclagem do entulho e passam 
a adicionar aos agregados extraídos de suas jazidas, porcentagens de reciclados. Uma 
empresa da Califórnia, gera cerca de US$ 500.000,00 anuais em material processado, 
segundo seu proprietário, usando um britador de impacto horizontal, peneiras, separadores 
magnéticos e uma empilhadeira radial. O equipamento custou algo em torno de US$ 
600.000,00 (BIOCYCLE, 1994). 
A prefeitura de Santo André, na Grande São Paulo, iniciou em 1993 um projeto para 
reciclagem diária de 30 m³ de resíduos e a produção de aproximadamente quatro mil blocos 
6 
 
por dia, com material reciclado. Neste estudo obteve-se, por exemplo, para as condições 
específicas do município, uma relação de 1 para 10 entre o custo de reciclagem e os gastos 
abolidos para introdução dessa prática. Além de poder gerar agregados com custo 83% 
inferior ao preço médio dos materiais convencionais, a análise apresentou também, a 
viabilidade de se fazer blocos com custos 45% inferiores ao preço de componentes 
convencionais. (PINTO, 1999) 
Para uma geração estimada de 115 m³ de resíduos/dia, seriam necessários 
aproximadamente 144 mil dólares na montagem dos equipamentos e outros 74 mil dólares 
na fábrica de componentes de construção (blocos). Isto representaria um custo de 
reciclagem da ordem de 2,5 dólares por metro cúbico. (COUTO, 2007). 
Os gastos em 1993 para o gerenciamento dos resíduos, mais o valor da compra de 
agregados correspondentes ao que se produziria, representavam um total de 24,7 dólares/m³ 
ao município. Ou seja, com o projeto, haveria uma economia de 22,2 dólares/m³. Mesmo 
com todos esses números favoráveis, a usina não foi montada devido a problemas 
econômicos vividos pelo país naquele período. Anos depois, a prefeitura de Santo André 
retomou os estudos. (COUTO, 2007). 
A reciclagem de resíduos em usinas com equipamentos britadores é viável, quando a 
geração em quantidades regulares, estiver entre 30 e 500 t/hora. (TÉCHNE, 1995) 
Segundo Pinto (1999), o mais importante é adequar o porte do conjunto de 
equipamentos à necessidade do município ou do canteiro de obras, que podem ter menor 
escala de produção e configuração mais simples, por exemplo de 20 t/hora. O fundamental é 
salientar que não basta a simples transposição dos equipamentos de britagem para o 
ambiente urbano, é necessário que sejam tomadas uma série de cuidados, incluindo adequar 
o maquinário à sua finalidade, visando principalmente à contenção da geração de resíduos e 
material particulado. 
O grande obstáculo na reciclagem de materiais é a contínua educação de todos os 
envolvidos no processo, a começar pelos próprios funcionários, pois isto influi diretamente 
na qualidade dos produtos e nas negociações. É necessário promover constantemente 
interação com agências governamentais, além de oferecer visitas e “workshops” para 
introduzir um produto no mercado, bem como mostrar como eles são processados. “Quando 
outras pessoas passam a conhecer o que é feito e suas vantagens, elas se tornam parceiros 
indiretos no negócio”, os esforços se pagam por si mesmo. (CONNEL, 1990). 
Também no Brasil a reciclagem está começando a receber o apoio das leis. Em Belo 
Horizonte, a prefeitura está propondo a isenção da taxa de habite-se para as obras cujos 
7 
 
resíduos tenham sido encaminhados à usina de reciclagem de entulho da cidade. Existe 
ainda a ideia de se exigir a utilização de materiais reciclados na execução de obras públicas; 
este seria um item firmado no próprio edital de licitação. (SLU-BH, 2005). 
Na Figura 01 abaixo, é apresentado um modelo de gestão para resíduos de construção 
e demolição. (KARPINSKI ET.AL, 2008). 
 
 
Figura 01 – Gestão de Resíduos Sólidos de Construção e Demolição utilizado em estudo realizado 
em Passo Fundo, RS. Fonte: KARPINSKI ET.AL, 2008 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2.2 TRATAMENTO DE ÁGUA E PRODUÇÃO DE LODO DE ETA 
 
A água bruta captada pelas concessionárias responsáveis pelo serviço de tratamento e 
abastecimento de água e esgoto deve ser de boa qualidade e capazes de fornecer água com 
regularidade e de forma acessível para as populações, além de respeitar os interesses dos 
outros usuários dos mananciais utilizados, pensando no presente e nas futuras gerações 
(HELLER, 2006). Além disso, a água deve a estar dentro nos padrões de potabilidade 
estabelecidos pela Portaria 2914/2011 do Ministério da Saúde (BRASIL, 2004). 
A poluição dos recursos hídricos contribui negativamente na qualidade da água de 
abastecimento público, o que leva a utilizar tecnologias avançadas para o tratamento de 
8 
 
água, e consequentemente, o uso de novos produtos químicos com elevadas concentrações,tendendo a gerar aumentos nos custos operacionais e maiores quantidades de lodos residuais 
com concentrações elevadas de metais pesados (PENALVA REALI, 1999). 
As estações de tratamento de água (ETA) geram todos os dias um grande volume de 
lodo, originados das descargas dos decantadores e da lavagem dos filtros. Esses resíduos são 
lançados, muitas vezes sem tratamento prévio, em corpos d’água provocando a sua 
deterioração e comprometendo, assim, o equilíbrio da vida aquática desse meio. Portanto, a 
intervenção nesse processo é importante sobre o ponto de vista de um modelo de 
gerenciamento integrado destes resíduos. 
No processo convencional de tratamento de água, os lodos de ETA são gerados nos 
decantadores e nos filtros. De acordo com Castro et al (1997), a vazão média de resíduos 
gerados em ETAs é de 1 a 3% da vazão tratada. Em termos volumétricos, segundo Ferreira 
Filho (1997), as maiores quantidades de resíduos gerados são provenientes da água de 
lavagem de filtros. 
Os lodos das ETAs no Brasil são classificados como resíduos sólidos pela NBR 
10004 (ABNT, 2004) da Associação Brasileira de Normas Técnicas e o descarte deve 
atender à Legislação Ambiental. De acordo com Richter (2009), diversas tecnologias de 
manejo de lodos de ETA têm sido testadas, incluindo processos não mecânicos como lagoas 
e leitos de secagem, e dispositivos mecânicos como filtração a vácuo, filtros prensa, 
centrifugação e filtros presa de correia. 
No Brasil, os resíduos decorrentes do tratamento são dispostos, com grande 
frequência, em cursos d’água próximos às estações de tratamento de água. Os efeitos desse 
lançamento devem ser estudados com profundidade, fornecendo subsídios para que se possa 
conscientizar os gestores sobre a necessidade de disposição dos resíduos de forma 
adequada. 
O problema da destinação dos resíduos de lodo de ETA pode ser minimizado com a 
alternativa de resgate destes rejeitos visando à reintegração ao ciclo produtivo, por meio do 
processo de reciclagem, incorporando-o, por exemplo, como componente agregado nos 
produtos da indústria de cerâmica vermelha, utilizados na construção civil. 
Sendo assim, a escolha do manancial de captação de água para tratamento e 
abastecimento deve ser analisada rigorosamente, avaliando uma série histórica, periódica 
que indique através de suas condições físico-químicas e microbiológicas qual o processo e 
procedimentos específicos a se utilizar, destacando que deverá contemplar somente os 
processos imprescindíveis para purificação da água (RICHTER & AZEVEDO, 2003). 
9 
 
2.2.1 Características dos lodos de ETAs 
 
Os resíduos produzidos em ETAs basicamente são compostos de partículas do solo, 
material orgânico que foi carreado pela água bruta, subprodutos gerados da adição de 
produtos químicos e água. As partículas presentes na água a ser tratada são coloides que 
conferem cor e turbidez. Os coloides têm tamanho que varia de 1 nm a 1 mm. Essa 
característica dificulta a remoção da água livre dos lodos (REALI, 1999). 
O lançamento indiscriminado de resíduos de ETA acarreta no aumento da 
concentração de metais tóxicos, limita o teor de carbono disponível para alimentação de 
macro invertebrados, diminui significativamente a luminosidade do meio devido à alta 
concentração de sólidos suspensos e podem causar riscos à saúde humana devido à presença 
de agentes patogênicos (BARROSO & CORDEIRO, 2001). 
Os lodos de ETAs gerados no processo convencional de tratamento de água, ou seja, 
nos decantadores, possuem características muito variadas. Geralmente, os lodos são diluídos 
em água, necessitando serem submetidos a operações unitárias para adensamento das 
partículas, eliminando bastante água e deixando com uma pequena parcela desta. O tipo de 
coagulante influencia diretamente na capacidade de adensamento do lodo, sendo necessário 
o uso de testes preliminares com diversos coagulantes químicos, que indicará à seleção de 
acordo com os melhores resultados (TEIXEIRA et al, 1999). 
O tamanho das partículas depende de alguns fatores, como: natureza da matéria 
contida nas águas brutas, tipo de coagulante e eficiência no processamento, floculação, 
eficiência de sedimentação, formas de remoção de lodo dos decantadores, tratamento prévio 
de desidratação e natureza do polímero utilizado na desidratação (CORDEIRO, 1993). 
Os processos de tratamento que utilizam lodo originado do tratamento com 
coagulante orgânico, possuem concentrações mais baixas de metais, causando um menor 
impacto ao corpo receptor, porém muitos ainda não se enquadram aos padrões de emissão 
de efluentes em águas superficiais, conforme estabelece a Resolução CONAMA 430/2011, 
que complementa e altera a Resolução CONAMA 357/2005. (Altmann, 2002). 
Ressaltando as diferenças nas características dos resíduos de ETA, Cordeiro (2001) 
analisou o lodo produzido em três ETAs do estado de São Paulo que utilizam o processo de 
tratamento convencional em ciclo completo, que são: ETA Araraquara, ETA Rio Claro e 
ETA São Carlos. Foi possível, segundo CORDEIRO (2001), notar que os valores obtidos 
representam dados pontuais e existe uma variabilidade quanto à remoção e limpeza dos 
decantadores, pois na ETA Araraquara o lodo é removido com descargas diárias de 3 vezes 
10 
 
ao dia, uma vez que os decantadores são de alta taxa. Na ETA São Carlos e Rio Claro, as 
limpezas são realizadas em intervalos de 1 a 4 meses. Os parâmetros analisados nestas 
ETAs e sua variabilidade podem ser observados na Tabela 01 a seguir. 
 
Tabela 01- Características físico-químicas de ETAs do estado de São Paulo. 
Parâmetros ETA - Araraquara ETA - Rio Claro 
ETA - São 
Carlos 
Cor (uC) 10.650 250.000 4.300.000 
Turbidez (uT) 924 36.000 800.000 
pH 8,93 7,35 7,2 
Conc. De Sólidos (%) 0,14 5,49 4,68 
Sólidos Totais (mg/l) 1.620 57.400 58.630 
Sólidos Dissolvidos (mg/l) 845 42.070 32.110 
Sólidos Suspensos (mg/l) 775 15.330 23.520 
DQO (mg/l) 140 5.450 4.800 
Alumínio (mg/l) 2,16 30 11.100 
Chumbo (mg/l) 0,00 1,06 1,6 
Cádmio (mg/l) 0,00 0,27 0,02 
Níquel (mg/l) 0,00 1,16 1,8 
Zinco (mg/l) 0,1 48,53 4,25 
Manganês (mg/l) 3,33 30 60 
Cromo (mg/l) 0,19 0,86 1,58 
Cobre (mg/l) 1,7 0,091 2,06 
Fonte: CORDEIRO, 2001 
 
Os resíduos gerados são caracterizados por possuírem alto teor de umidade, 
geralmente acima de 95%, concluindo ser uma massa fluída. Um dos objetivos de trabalhar 
com esse resíduo seria a redução de seu volume, para que possa ser disposto de forma 
adequada, diminuindo custos de transporte, disposição final e riscos de poluição do meio 
ambiente (REALI, 1999). 
Dentre as características físicas do lodo determinadas, estas auxiliam na escolha 
método de desidratação ideal do resíduo. Além da sedimentalidade, concentração de sólidos, 
turbidez, cor, e densidade, destaca-se a resistência específica, que avalia a filtrabilidade dos 
lodos, constituindo-se uma medida da maior ou menor facilidade de desidratação, pois 
quanto menor a resistência específica mais fácil torna-se a desidratação do lodo (LIBÂNIO, 
2008). 
 
 
 
11 
 
2.2.2 Métodos de Secagem dos Lodos de ETAs 
 
O principal objetivo da secagem do lodo das ETAs é retirar a água presente no intuito 
de reduzir seu volume e concentrar seus sólidos e no final obter uma massa sólida ou 
semissólida, com teor de sólidos adequados ao seu transporte e disposição final. Além disso, 
há redução de custos, melhoria no manejo de lodos, redução do volume para disposição, 
diminuição da produção de lixiviados e redução de impactos ambientais. 
Na Figura 02 a seguir, são mostrados os processos de secagem dos lodos. Vale 
ressaltar que em ETAs de pequeno e médio porte, é comum a utilização de lagoas de lodo e 
leitos de secagem. 
 
Figura 02 – Gestão de Resíduos Sólidos de Construção e Demolição utilizado em estudo realizado 
em Passo Fundo, RS. Fonte: KARPINSKI ET.AL, 2008 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Arquivo pessoal.O tratamento do lodo pode abranger uma série de etapas e envolver uma série de 
processos até que se possa atingir as condições desejadas para disposição. O adensamento 
consiste na concentração de sólidos é um tratamento prévio de desidratação e deve ser 
realizado após remoção dos lodos dos decantadores, os quais possuem água distribuída 
livremente nas partículas e que necessitam serem retiradas para redução do volume da torta 
(Richter, 2001). O adensamento dos lodos gerados nas ETAs pode ser feito por gravidade, 
flotação com ar dissolvido ou adensadores mecânicos por tela (ASCE, 1996). 
12 
 
Os principais processos de secagem do lodo, visando sua disposição final sólida, 
conforme Figura 01 acima, são as seguintes: 
 
2.2.2.1 Meios Naturais 
 Leitos de secagem: são unidades de tratamento, geralmente projetadas e 
construídas em forma de tanques retangulares, que têm por objetivo desidratar, 
por meios naturais, os lodos primários e secundários digeridos. A secagem 
natural do lodo resulta em um produto com baixo teor de água, o que facilita sua 
remoção e transporte, além de possível ausência de patogênicos, acarretada pela 
exposição ao sol. Dessa maneira, tais lodos podem ser utilizados, seletivamente, 
na agricultura ou ainda em aterros sanitários. 
 Lagoas de lodo: neste processo de secagem, o lodo é desidratado pelas fases da 
drenagem, evaporação e transpiração. Algumas experiências têm mostrado que a 
drenagem é independente da profundidade da lagoa, ressaltando-se que a 
evaporação é um dos principais fatores para “desidratação” (AWWA, 1991). O 
clima local, permeabilidade e características do solo, profundidade e área 
superficial são fatores que influenciam na secagem do resíduo. 
 
2.2.2.2 Meios Mecânicos 
 Prensa desaguadora: Apropriada para secagem de lodos provenientes da 
coagulação da água. A eficiência da prensa depende das características do lodo 
em seu adequado acondicionamento, do tempo de prensagem e da pressão 
aplicada pelas telas e de seu tipo de abertura da malha. Obtém cerca de 40-50% 
de sólidos secos. Sua eficiência é muito sensível e tem baixo custo. 
 Decantação centrífuga: funciona paralelamente com o uso de polímeros no 
condicionamento, tem expandido seu emprego no tratamento de lodos de 
coagulantes metálicos. Seu princípio de funcionamento é o de uma centrífuga 
que força os sólidos a se concentrar junto as paredes do cilindro, enquanto o 
líquido clarificado é drenado por passagens próximas ao eixo. Capaz de 
desidratar proporções de 15-35% de sólidos. Não tem efetiva desidratação e 
possui médio custo. 
13 
 
 Filtro prensa: este sistema funciona de forma intermitente. O lodo é 
introduzido em câmeras, onde “telas” filtrantes estão alojadas. Através de 
aplicação de pressões diferenciais, inicia-se a compreensão do material sobre o 
meio filtrante, fazendo com que o filtrado seja removido, formando-se na 
câmara uma mistura com teor elevado de sólidos, comumente chamado de “torta 
de lodo”. É usado pra desidratar sedimentos finos e desidratar em porções de 40-
50% de sólidos. Necessita elevar o pH e possui alto custo operacional e 
energético. 
 Filtro a vácuo: Este tipo de processo não funciona bem com lodos leves como o 
de sulfato de alumínio, mesmo com o condicionamento por polímeros. O lodo 
não é retido pelo tecido do filtro e os poros da tela são obstruídos muito 
rapidamente. Fazendo-se um pré revestimento da tela com terra diatomácea, 
porém com custo operacional elevado. É o mais indicado para desidratar 
sedimentos finos com proporções ótimas de 88 a 95%, porém é o método menos 
eficaz de filtração e possui elevado consumo de energia e custo relativo muito 
alto. 
 
O desempenho da desidratação, tamanho e densidade do floco e a adsorção de 
polímeros mostram fortes similaridades nas características das suspensões de lodo e do 
coagulante, fatores que influenciam o condicionamento e desidratação de lodos obtidos pela 
coagulação de águas coloridas com baixas turbidez, de aproximadamente 2 uT (BACHE & 
PAPAVASILOPOULOS, 2003). 
 
2.2.3 Disposição Final do Lodo de ETA 
 
Após o lodo de ETA passar pelo processo de secagem ou desidratação, em cada ETA 
é definido o método de tratamento dos despejos e a forma empregada para a sua disposição, 
levando-se em consideração o aspecto da quantidade e características físico-químicas dos 
resíduos, a disponibilidade do entorno da área, os mananciais próximos à estação e os custos 
envolvidos para tal disposição. 
O tratamento e a disposição benéfica de lodos de ETA vem sendo tratado como 
oportunidade de aumento de receita, redução de custos e de impactos ambientais em 
empresas de saneamento básico de todo o mundo (TSUTIYA & HIRATA, 2001). 
 
14 
 
Há várias alternativas para dispor o lodo de ETA. A seguir, são apresentadas algumas 
alternativas para a disposição adequada do lodo de ETA. 
2.2.3.1 Disposição em corpos d’água superficiais 
Este tipo de disposição é o mais comum utilizado pelas ETAs no Brasil. Geralmente, 
os lançamentos dos despejos gerados são em corpos d’águas próximos. É o método mais 
econômico, porém causa grandes problemas de poluição devido as características dos lodos 
de ETA. (DI BERNARDO, 2005). 
Em alguns casos o lançamento é viável, pois a carga poluidora tem condições de ser 
absorvida pelo corpo d’água ou o corpo receptor não se destina ao abastecimento público ou 
qualquer tipo de uso nobre. 
2.2.3.2 Disposição em Lagoas 
Neste processo são utilizadas as lagoas que podem ser artificiais ou naturais. Apesar 
de não ser um processo eficiente de disposição, é bastante utilizado principalmente em casos 
que se tem área necessária para sua implantação, pois é um processo de baixo custo e são 
próximas ás ETAs, com condições topográficas e geofísicas adequadas (CORDEIRO, 
1993). 
O lodo é adensado na lagoa pela gravidade. A desidratação ocorre pela infiltração de 
água no solo e por fatores climáticos, como a evaporação e transpiração. O material 
sobrenadante deve ser removido constantemente para que a luz solar penetre no meio 
aquoso e auxilie na evaporação. 
Este processo torna-se desvantajoso devido ao risco de contaminação do lençol 
freático, pois dependendo do tratamento e do coagulante utilizado o lodo de ETA pode 
conter metais pesados. Além disso, contribui para a proliferação de insetos e, 
consequentemente, para dispersão de doenças às populações próximas. 
2.2.3.3 Disposição em Solos 
Os lodos por serem gerados em processos de tratamento físico-químico, sem 
interações biológicas, deve ser avaliado suas eficiências para aplicação agrícola no solo. 
Devido a presença de matéria orgânica, os lodos de ETA não atraem o interesse em usá-lo 
nos solos. 
 
15 
 
A disposição dos despejos de ETAs no solo não apresenta inconvenientes tanto no 
crescimento das plantas quanto na questão de lixiviação de alumínio, podendo esta prática 
tornar-se viável e de baixo custo. (GRABAREK e KRUG, 1987). 
Este tipo de tratamento é pouco divulgado e em alguns casos não deve ser utilizado, 
devido seus constituintes ser prejudiciais ao invés de benéficos, tornando necessário fazer 
estudos dos possíveis contaminantes que possam estar presentes e assim definir a aplicação 
do lodo de ETA nos solos. 
2.2.3.4 Disposição em Rede Coletora de Esgotos 
O princípio deste processo é dispor o lodo de ETA em uma rede de coleta de esgoto 
eficiente e que a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) esteja próxima à ETA, no intuito 
de reduzir custos e aumentar as condições para o tratamento final. (DI BERNARDO, 2005). 
Esta alternativa é utilizada quando não há área suficiente para implantar algum outro 
processo de desidratação e secagem do lodo. Vale ressaltar que a disposição de lodo de ETA 
em ETE não é uma solução a custo zero, pois a ETE deverá estar preparada para, além de 
tratar e dispor o lodo de ETE produzido, deverá ser eficiente e estar preparada parece 
receberaltos volumes de lodos. (DI BERNARDO, 2005). 
Em alguns casos, pode haver um aumento de 20 a 30% de massa de lodo gerado nas 
ETEs, além de aumentar em quase 100% o tempo de filtração. Porém, torna-se necessário 
realizar ajustes em escala real para que este tipo de disposição seja executado corretamente. 
2.2.3.5 Incineração 
É um método de custo alto, chegando a custar R$ 2.000,00 por tonelada de lodo 
desidratado (SABESP, 2002). Algumas análises efetuadas demonstraram que o lodo de 
ETA tem baixo poder calorífico, gerando aproximadamente 10 a 15% de cinzas a 600 °C 
(SABESP, 2002). O método é uma alternativa muito dispendiosa, por não eliminar a fase de 
desidratação dos lodos e, por não resolver por completo a disposição do lodo, pois há 
formação de cinzas a serem dispostas em aterros, apesar de que diminui significativamente 
seus volumes finais. 
2.2.3.6 Disposição em Aterros Sanitários 
Conforme classificação da NBR 10004 (ABNT, 2004) da Associação Brasileira de 
Normas Técnicas, os lodos de ETAs são classificados como resíduos sólidos. Portanto, 
necessitam de disposição adequada e ambientalmente correta. 
16 
 
As caracterizações realizadas em alguns estudos (SABESP, 2002) enquadraram os 
lodos das ETAs como sendo de Classe II, não inerte. A disposição do lodo em aterros é uma 
alternativa ambientalmente correta e segura para a saúde pública e ambiental, quando 
corretamente projetado e operado, podendo essa prática ser viabilizada a partir de aterros 
existentes ou da implantação de aterros exclusivos. 
No caso de aterros particulares ou municipais, os lodos de ETA precisam ser 
desidratados, o que implicam custos de tecnologias de secagem, transporte e disposição e, 
no caso de aterros exclusivos, custos de implantação, operação e transporte até o local. 
2.2.3.7 Disposição Final Como Subproduto na Construção Civil 
Dentre as alternativas utilizadas para o aproveitamento do lodo, pode-se destacar o 
emprego deste material à construção civil, mais especificamente na incorporação da matriz 
de materiais de construção, a fim de reduzir o impacto ambiental e trazer vantagens como a 
diminuição do consumo de agregados naturais e do cimento (FERREIRA, REGO 
CALIARI; 2009). 
O problema da destinação dos resíduos de lodo de ETA pode ser minimizado com a 
alternativa de resgate destes rejeitos visando à reintegração ao ciclo produtivo, por meio do 
processo de reciclagem, incorporando-o como componente agregado nos produtos da 
indústria de cerâmica vermelha, utilizados na construção civil. 
Teixeira et al. (2002), afirma que dependendo das características do lodo e da 
temperatura de queima, os lodos podem ser misturados com a massa cerâmica para produzir 
tijolos maciços sem comprometer suas propriedades físicas. 
Oliveira e Holanda (2008), concluíram que o resíduo de ETA pode ser incorporado 
como matéria-prima alternativa na formulação de massa argilosa para a fabricação de 
cerâmica vermelha. Ainda, segundo os autores, o resíduo de ETA estudado, quando 
adicionado em quantidades de até 15% em peso a uma massa argilosa industrial para 
fabricação de cerâmica vermelha não apresentou efeitos significativos sobre a 
microestrutura e as propriedades físico-mecânicas avaliadas (retração linear, absorção de 
água, massa específica aparente e tensão de ruptura à flexão). 
De forma geral, existe compatibilidade entre o lodo de estação de tratamento de água 
com materiais argilosos, pois, segundo Margem, et al. (2006), o lodo de ETA apresenta 
composição mineralógica similar às argilas de várzea utilizada em cerâmica vermelha, 
sendo constituído predominantemente por caulinita. 
 
17 
 
3 METODOLOGIA 
 
O presente trabalho foi realizado com o intuito de se elaborar um estudo sobre a 
problemática quanto aos resíduos gerados na área da construção civil e também na área de 
meio ambiente e saneamento, com base na avaliação literária sobre os impactos que os 
resíduos gerados nestas áreas podem causar ao meio ambiente. Para isso, é necessário 
realizar análises no material proveniente do setor da construção civil e também dos resíduos 
gerados em Estações de Tratamento. 
Os resíduos gerados da construção civil devem ser analisados, selecionados e 
separados sob adequada triagem dos materiais agregados. O gesso, por exemplo, é um 
resíduo que pode ser incorporado em telhas de concreto com intuito de redução de cimentos e 
seus agregados, podendo dar bom acabamento. Um plano de Gestão de Resíduos da 
Construção Civil é de grande importância para se obter um resíduo não contaminado. 
Para testes nos blocos cerâmicos com resíduos incorporados, é necessário realizar o 
ensaio de resistência à compressão, conforme as normas da ABNT NBR 6460/83 – Tijolo 
Maciço Cerâmico para alvenaria – Verificação da resistência à compressão e ABNT NBR 
7170 – Tijolo maciço para alvenaria, que prescreve os limites aceitáveis. A proporções de 
incorporação de resíduos devem ser avaliadas conforme as características destes, a fim de 
que a resistência do bloco cerâmico não seja comprometida no início do teste. Além desse 
teste, necessário, também, avaliar o índice de absorção dos blocos, a fim de verificar a 
porosidade, pois os blocos são submetidos a queima com temperatura aproximada de 900 °C. 
Quanto aos resíduos gerados no tratamento de água, são necessários, por base, ensaios 
de limite de liquidez, limite de plasticidade e índice de plasticidade, pois o tipo de manancial 
caracterizará o tipo de lodo produzido. Se ele conter bastante material inerte, como areia e 
argila, será bastante satisfatório na confecção de blocos cerâmicos, além de não afetar 
bastante as características mecânicas dos tijolos quando aumentar a proporção de 
incorporação de lodo. Na Tabela 02 abaixo, temos uma relação de ensaios indicados ao 
resíduo proveniente de ETAs. 
 
Tabela 02 - ensaios para caracterização de resíduo. 
Norma Descrição 
NBR 6457/86 
Amostras de solo – Preparação para ensaios de 
compactação e ensaios de caracterização 
NBR 6459/84 Solo – Determinação do limite de liquidez 
18 
 
NBR 7180/84 Solo - Determinação do limite de plasticidade 
Fonte: Arquivo pessoal. 
 
4 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS CONHECIDOS 
 
A gestão de resíduos sólidos é de grande importância pois define corretos pontos 
de entrega à população da redondeza (geradora potencial de RCD), bem como aos setores 
industriais e comerciais que potencializam a geração destes resíduos. Quando o plano e a 
coleta são bem definidos e orientados, tem-se resíduos sem contaminantes e apto para serem 
reutilizados. Contudo, os resíduos não são corretamente destinados ou mesmo tratados de 
forma adequado para proporcionar sua reutilização sem comprometer as características de 
durabilidade e resistência necessária para um edifício, por exemplo. 
Diversos estudos na área de meio ambiente proporcionam um correto 
direcionamento destes resíduos dentro do próprio eixo da construção civil, tornando um 
setor autossustentável quanto à sua produção e destinação final de resíduos gerados. É de 
suma importância o estudo e o plano e gestão para que se tenha sucesso ao reutilizar os 
resíduos de construção civil. 
As Estações de Tratamento de Água produzem alto volume de lodo. É uma 
problemática que ainda está sendo difundida e requer bastante atenção. Dependendo das 
características da água, tipo de manancial, diferenciais sazonais, região e diversos fatores 
pontuais sob análise, o lodo pode ter diversas características, desde muito argiloso a 
bastante orgânico. Conforme a NBR 10004, os lodos de ETA’s no Brasil são classificados 
como resíduos sólidos. Assim, estes devem ser destinados corretamente. 
Existem diversas finalidades para destinação do lodo. O lodo gerado nas 
Estações de Tratamento do Gavião, em Fortaleza/CE, produz um lodo bastante algal, 
mostrando que 88,05% do lodo de ETA é orgânico e o ensaio de teor de umidade 
apresentou umaproporção bastante elevada de água no lodo, 433.33%. (NUNES, 2013). 
Com estes dados, foi concluído que o lodo da ETA Gavião não é viável para 
incorporação em tijolos, devido à massa de lodo ter características orgânicas e apresentar 
grande quantidade de proporção de água, ao qual colaborou para a redução das 
características tecnológicas dos blocos cerâmicos, como a resistência à compressão, quando 
postos ao forno a temperaturas em torno de 900 °C. Para este lodo, interessante utilizá-lo na 
agricultura ou como compostagem, após tratamento adequado. 
19 
 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
As legislações brasileiras orientam de forma basal sobre a disposição dos resíduos 
sólidos e orienta sobre a importância de se realizar uma adequada disposição, após sua classificação. 
Neste trabalho, foi possível estudar os resíduos gerados na Construção Civil em cidades como Belo 
Horizonte/MG e Passo Fundo/RS, onde foram avaliados os gerenciamentos e o processo de 
sustentabilidade de resíduos gerados na Construção Civil. Além disso, foi visto a questão da 
reciclagem e os investimentos, analisando o retorno financeiro que se gera ao reciclar e ao gerenciar 
os resíduos. 
Paralelo a esse tema, foi apresentado estudo sobre a produção de Lodo de Estação de 
Tratamento de Água, com intuito de mostrar que o mesmo se enquadra como resíduo sólido e 
também gera impactos ambientais. Frente a isso, é possível entender que ao realizar estudos do lodo 
e determinar suas características é possível incorporá-los em Blocos Cerâmicos, o que torna algo 
viável ao setor da Construção Civil, além de reduzir custos e impactos na extração de matéria prima 
e redução de resíduos sólidos gerados, tanto na área de Meio Ambiente e Saneamento quanto da área 
da Construção Civil. 
Portanto, é possível obter um melhor gerenciamento de resíduos da Construção Civil e 
disposições adequadas, de formas economicamente viáveis e com redução de custos e impactos 
ambientais, além da incorporação de lodo da ETA para produção de blocos cerâmicos, que se mostra 
uma alternativa viável, após estudo e caracterização do lodo gerado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
20 
 
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