HERMENÊUTICA E INTERPRETAÇÃO NORMATIVA

Prévia do material em texto

Alunos: Dyeniffer Barbosa Perboire , Esdrios Calislande, Glaucia Pereira Falcão, Rayane Sthel, Fabio Lemos.
Disciplina: Introdução ao Estudo do Direito 
Período: 1º Período 
Professor: Emanuel José Lopes Pepino
HERMENÊUTICA E INTERPRETAÇÃO NORMATIVA
ORIGEM DA HERMENÊUTICA
A palavra Hermenêutica tem raiz grega: hermeneuein. É tida como Filosofia da interpretação, estando associada ao Deus grego Hermes, que traduzia tudo o que a mente humana não compreendesse, sendo chamado de “deus-intérprete”.
 Na busca da compreensão e as atribuições da Hermenêutica, Platão tinha como única ciência verdadeira, Santo Agostinho há definia como: "esta citada na palavra interior, no falar da alma com sigo mesmo, gestão de ideias que se da no íntimo da mente humana”. Mas foi Martin Lutero que retomou e revitalizou, complementa que o primeiro registro da palavra hermenêutica como título de um livro dado data do ano de 1654, Hermenêuticas Sacra Sive Methodus Expnendarum Sacrum. Até o século passado era considerada uma disciplina auxiliar no contexto das ciências, em decorrência disso formou-se desde a Renascença, uma hermenêutica teologia (sacra), uma hermenêutica filosófica (profana e uma jurídica). Entretanto a ideia da arte da interpretação remonta até o período Patrístico, para Marilena Grandesso a hermenêutica adquire três desdobramentos: a romântica, objetivista ou moderno, filosófico ou contemporâneo. Há tarefa da hermenêutica e esclarecer o milagre da compreensão, que não é uma comunicação misteriosa entre almas, mas a participação num sentido comum”. Hans-Georg Gadamer.
 Possuiu alguns significados diferentes de acordo com o tempo, mas teve sua principal adaptação na teoria científica da arte de interpretar. No mundo jurídico, é usada para a interpretação e aplicação normativa, a fim de que a norma seja interpretada conforme o fato ocorrido e, assim, proporcione uma responsável aplicação do Direito.
1- Quanto as fontes
Doutrinárias = estamos falando de quem estuda a lei, é o jurista. ele é um estudioso, ele pode até não elaborar, mas ele tem o conhecimento técnico, ciêntífico 
e jurídico.. para saber qual é o real sentido, qual é o alcance daquela lei.
 
Judiciais = não é a que cria a lei e também não é aquela que estuda. Ele é o aplicador da lei, é o responsável por fazer a transição entre lei e caso concreto.. juiz,
ministros, desembargadores. Ela tem um efeito mais pratico, nós dizemos que ela é obrigatória porque quando você aciona o judiciário, o judiciário deve decidir.
 
Autenticas = A gente parte de uma ideia que ninguém conhece a lei melhor do que a pessoa que a criou. São nossos senadores, deputados, vereadores.. Eles são
responsáveis pela elaboração das leis do nossos ordenamento jurídico. Mas será que eles têm conhecimento técnico jurídico para elaborar uma lei, será que eles já 
aplicaram as leis no caso concreto pra saber se aquilo serve ou não serve??
2- Quanto aos meios 
* Gramatical
* Racional = se divide em: 
- Mens legis = está dentro da interpretação racional, exige um raciocínio lógico para aplicação e utilização. Significa espírito da lei (analisar aquilo que realmente
foi dito pelo legislador desconsiderando suas intenções). 
- Mens legislatoris = é a intenção do legislador. 
- Occasio legis
- A contrario sensu
- A fortiori (são todas expressões latin)
- Sistematimática
- Histórica 
- Teleológica (sociológica)
3- Quanto ao resultado:
* Declarativa
* Restritiva
* Extensiva
A HERMENÊUTICA COMO TEORIA JURÍDICA DA INTERPRETAÇÃO
A Hermenêutica jurídica tem, para Vasconcelos, um significado exemplar na recuperação dos problemas. A Hermenêutica jurídica pode recordar, por si só, o real procedimento das ciências do espírito, com percepção e efeitos postos quando o jurista, no exercício de sua função jurisdicional, sabendo que está vinculado ao texto original (a lei), complementa o Direito.
A interpretação da norma jurídica é de suma importância para o Direito e a própria norma. É plausível estabelecer que, sem interpretação, não há a norma; sem norma, não há interpretação; sem norma e sem interpretação, não surge o Direito. Segundo Freud, “interpretar significa encontrar um sentido oculto em algo”.
Alguns autores colocam que não há necessidade de interpretação quando a norma é considerada clara - "In claris cessat interpretatio" (dispensa se a interpretação quanto o texto é claro). Na verdade, não é certo dizer que o trabalho do intérprete só é necessário quando as leis são obscuras. A interpretação sempre é necessária, sejam escuras ou claras as palavras da lei ou de qualquer outra norma jurídica, isso por que o conceito de clareza é muito relativo e subjetivo, pois, o que parece claro a alguém pode ser obscuro para outro; uma palavra pode ser clara segundo a linguagem comum e ter um significado próprio e técnico, a depender da interpretação E, tendo em vista que toda aplicação das normas deverá encaixar-se aos seus "fins sociais e às exigências do bem comum", o intérprete não poderá deixar de considerar esses dois pontos, assim, todas as normas precisa de interpretação.
Por interpretação jurídica, Vasconcelos (1998) é a teoria que, entende-se o ato de extrair o significado e a extensão da norma, o que configura tal ato como necessária para todas as matérias do Direito, ou seja, subordina-se às regras impostas às demais leis.
A Hermenêutica tem o papel de dar completude jurídica às normas jurídicas, uma busca mediada pelo conhecimento de fatos históricos, culturais, morais, sociais e principiológicos, a fim de chegar à equidade na aplicação da norma e entregar o direito à sociedade, o direito interpretado de forma clara (VASCONCELOS, 1998).
Exemplo: 
 
Passeando pelo parque da cidade, você avista uma grama bem verde, com uma placa "não pise na grama"
essa mensagem terá que ser interpretada pelo receptor (no caso você). tem uma bicicleta ao seu lado, você teria coragem de pegar essa bicicleta e passar pela grama?
qual a diferença entre andar na grama e passar de bicicleta? e a mensagem diz para não PISAR na grama.. se você está passando de bicicleta sobre a grama, essa mensagem
estaria sendo interpretada de forma correta? não, não está correta.. deve ser entendida como "não danifique a grama" "não danifique o meio ambiente
sendo assim, entende-se que a mensagem tem que ser interpretada, o real sentido dela será alcançado através do estudo da hermenêutica, dando a interpretação do seu
real sentido. outro exemplo e o uso do sal em restaurantes no ES.
Você pode interpretar do modo que você quiser, mas você tem que buscar a finalidade social da lei.