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APOSTILA - Sondagem Gástrica e Enteral - Curso_Assinado

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1 http://www.rioenf.com.br/ead 
 
 SONDAGEM GÁSTRICA - ENTERAL 
 
Introdução 
Em português utiliza-se preferencialmente o termo “sonda” quando o cateter é 
introduzido por um orifício corpóreo natural, por exemplo: Sonda nasogástrica, Sonda 
vesical ou sonda de Foley e Sonda retal. 
Sondagem Oro/nasogástrica é a inserção de uma sonda, geralmente flexível, com 
um ou mais lumens, na cavidade oral/nasal com destino ao estômago com a finalidade 
de alimentar, medicar, lavar, drenar líquidos ou ar, coletar material gástrico e realizar 
exames para fins diagnósticos, como a manometria e pHmetria. 
Sondagem Nasoenteral refere-se à passagem de uma sonda flexível através da 
cavidade nasal, esôfago, estômago e intestino delgado. Este procedimento fornece via 
segura e menos traumática para administração de dietas, hidratação e medicação. 
Lavagem Gástrica é um procedimento terapêutico, ao longo do qual se introduz uma 
sonda no interior do estômago, para se irrigar e aspirar o seu conteúdo. Apesar deste 
procedimento ser utilizado como preparação para a cirurgia gástrica e para alguns 
exames auxiliares de diagnóstico, é utilizado essencialmente no tratamento de 
intoxicações por via digestiva. 
Manometria e pHmetria esofágica, são exames envolvem a inserção de um pequeno 
tubo flexível através da cavidade nasal em direção ao esôfago e estômago, com o 
objetivo de medir as pressões e a função do esôfago. Com o exame, o grau do refluxo 
de ácido pode ser medido. É indicado em alguns casos, como por exemplo, no 
diagnóstico e manifestações atípicas da Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE) e na 
avaliação pré-operatória. 
A passagem de sonda nasogástrica é a inserção de uma sonda plástica ou de 
borracha, flexível, podendo ser curta ou longa, pela boca ou nariz, para: descomprimir 
o estômago e remover gás e líquidos; diagnosticar a motilidade intestinal; administrar 
http://www.rioenf.com.br/ead
Edmar Feijo
REVISADO
 
 
2 http://www.rioenf.com.br/ead 
medicamentos e alimentos; tratar uma obstrução ou um local com sangramento; obter 
conteúdo gástrico para análise. 
 
A sonda nasogástrica é um equipamento de muita importância. Ela pode servir 
tanto para alimentar pacientes que não conseguem realizar a deglutição como para 
drenagem dos líquidos do estômago (em casos de intoxicação ou cirurgias, por 
exemplo). O uso de cateteres como alternativa de nutrição para aqueles pacientes que 
não conseguem se alimentar sozinhos já é muito antigo. Diz-se que os egípcios já 
utilizavam sondas retais para tal finalidade. Porém, com o passar dos anos, essa técnica 
foi evoluindo e atualmente as sondas nasogástricas ou nasoenterais (do nariz até o 
duodeno) são os tipos mais comuns. 
A sonda é um equipamento que consiste basicamente em um tubo com duas 
aberturas para comunicação entre o interior e o exterior do corpo do paciente. Os 
materiais utilizados no procedimento de colocação de uma sonda nasogástrica são 
bastante simples. Além da sonda, utilizam-se luvas, esparadrapo, seringa, gaze, 
estetoscópio e um gel anestésico. É fundamental, assim como em qualquer 
procedimento médico ou cirúrgico, o cuidado com a assepsia e a higiene. 
Estima-se que aproximadamente 1 milhão de sondas nasogástricas são 
instaladas anualmente em adultos e crianças nos Estados Unidos. 
No Brasil não se dispõe de tais dados, mas acredita-se que este procedimento 
seja comum na maior parte das instituições prestadoras de serviços de assistência à 
saúde. 
Condições ou necessidades que requerem utilização de sonda: 
- Preparação pré-operatória com dieta elementar; 
- Problemas gastrintestinais com dieta elementar; 
- Terapia para o câncer; 
- Cuidado na convalescença; 
- Coma; 
- Condições hipermetabólicas; e 
- Cirurgia maxilofacial ou cervical. 
 
 
3 http://www.rioenf.com.br/ead 
 
 
Objetivo da Sonda Nasogástrica 
A maneira como ela estará instalada determinará seu objetivo. Pode ser aberta ou 
fechada. 
Sonda Nasogátrica Aberta: 
Quando o objetivo é drenar líquidos intra-gástrico, a saber: 
• Esverdeado: Bile 
• Borra de café: bile + sangue 
• Sanguinolenta vivo 
• Sanguinolento escuro 
• Amarelado 
 
Podemos exemplificar cirurgias onde no pós-operatório se deseja o repouso do 
sistema digestivo e também em casos de intoxicação exógena, onde o conteúdo ingerido 
precisa ser removido rapidamente. 
 
Sonda Nasogástrica Fechada 
Utilizada com finalidade de alimentação, quando por alguma razão o paciente 
não pode utilizar a boca no processo de digestão. Ex: câncer de língua, anorexia, repouso 
pós-cirúrgico. 
 
Tipos de sonda 
Enfatizaremos as mais utilizadas que são as sondas nasogástricas, sendo as mais 
utilizadas para descompressão, aspiração e irrigação (lavagem): Levin, gástrica simples 
e outras; para administração de alimentos e medicamentos: Levin, nutriflex, Dobhoff e 
para controle de sangramento de varizes esofageanas: Sengstaken-Blakemore. 
 
 
 
 
 
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Sonda de Levin 
Possui uma luz única, manufaturada com plástico 
ou borracha, com aberturas localizadas próxima à 
ponta; as marcas circulares contidas em pontos 
específicos da sonda servem como guia para sua 
inserção. 
 
 
 
 
Sonda gástrica simples 
É uma sonda nasogástrica radiopaca de plástico 
claro, dotada de duas luzes, usada para 
descomprimir o estômago e mantê-lo vazio. 
 
 
 
 
Sonda de Dobhoff 
Sonda utilizada com frequência para 
alimentação enteral, sendo que como 
característica possui uma ponta pesada e 
flexível. 
 
 
 
 
 
 
5 http://www.rioenf.com.br/ead 
 
Sonda Nutriflex 
Possui 76 cm de comprimento e uma 
ponta pesada de mercúrio para facilitar a 
inserção. 
 
 
 
Sonda de Sengstaken-Blakemore 
É uma sonda utilizada especificamente para o 
tratamento de sangramentos de varizes 
esofageanas, possuindo três luzes com dois 
balões, sendo uma luz para insuflar o balão 
gástrico e outra para o balão esofageano. 
 
SONDA DE MOSS 
Esta sonda possui uma extremidade radiopaca e três lumens. A sonda de Moss é uma 
sonda de descompressão gástrica de 90 cm de comprimento, três luzes e somente um 
balão que serve para fixar a sonda ao estômago quando inflado. A primeira, posicionada 
e inflada na zona cardíaca, funciona como uma saída inflável do tipo balão. A terceira 
luz é uma via para alimentação duodenal. Este tubo é usado para aspirar o conteúdo 
gástrico após a cirurgia (é colocado durante a operação), para facilitar a alimentação 
pelo duodeno no prazo de 24 horas após uma operação. 
 
SONDA KUSSMAUL 
É um tubo apropriado para lavagem e aspiração gástrica. Ele é constituído por um funil 
que se continua como tubo interno recoberto por um outro tubo que as dimensões: 170 
cm de comprimento e 10 a 11 mm de diâmetro. 
 
 
 
 
6 http://www.rioenf.com.br/ead 
• Qual a finalidade das sondagens nasogástrica (SNG) e nasoenteral (SNE)? 
 
SNG: drenar conteúdo gástrico para descompressão, realizar lavagem gástrica e 
administração de medicação/alimento. 
SNE: permitir a administração de dietas e medicamentos de maneira mais confortável e 
segura, principalmente nos pacientes idosos, acamados e com reflexos diminuídos. 
 
 
• Quais as indicações e contraindicações da SNG e SNE? 
 
A SNG está indicada para alimentação, hidratação, administração de medicamentos em 
pacientes com dificuldade ou impossibilidade de se alimentar, descompressão gástrica, 
remoção parcial ou total do conteúdo gástrico e proteção contra brocoaspiração. E 
é contraindicada em casos de malformação e obstrução do septo nasal, desconforto 
respiratório importante, malformação e/ou obstrução mecânica/cirúrgica do trato 
gastrointestinal, neoplasia de esôfago ou estômago. 
A SNE é indicada a pacientes inconscientes e/ou com dificuldade de deglutição. E 
é contraindicada pacientes com desvio de septo e TCE. 
 
 
• Quais os riscos e/ou pontos críticos associados a SNGe SNE? 
 
- Traumas nasais; 
- Inflamação do intestino; 
- Diarreia; 
- Obstrução da sonda; 
- A sonda pode deslocar-se para o aparelho respiratório; 
- Pneumotórax. 
- Localização da sonda (sempre realizar o teste antes da infusão, no caso da SNG); 
- Atentar para fixação adequada da sonda, prevenindo o deslocamento da mesma. 
 
 
MATERIAL - Bandeja contendo: 
• Sonda Nasogástrica (também chamada de Levine) de numeração 10, 12, 14, 16, 
18 (adulto) 
• Esparadrapo 
• Xilocaína gel ou água destilada (RN) 
• Gaze 
• Par de luvas de procedimento 
 
 
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• Seringa de 20cc ou 3 cc (RN) 
• Estetoscópio 
• Toalha de rosto de uso pessoal 
 
Caso a Sonda Nasogástrica, seja aberta adicione: 
• Extensão 
• Saco coletor. 
 
 
TÉCNICA 
• Explicar a procedimento ao paciente; 
• Colocá-lo em posição de Fowler ou Semi-fowler (Adulto); 
• Colocar a toalha sob o pescoço; 
• Calçar as luvas de procedimento; 
• Abrir a sonda; 
• Medir o comprimento da sonda: lóbulo da orelha a asa do nariz, e para baixo até 
a ponta do apêndice xifoide. 
• Marcar o local com o esparadrapo; 
 
 
8 http://www.rioenf.com.br/ead 
• Passar xilocaína gel aproximadamente uns 10 cm ou umidificar com água 
destilada; 
• Introduzir a sonda por uma das narinas; 
• Flexionar o pescoço aproximando ao tórax, pedindo ao paciente para realizar 
movimentos de deglutição; 
• Introduzir a sonda até o ponto de marcação com esparadrapo. 
 
 
 
Observações 
Se a sonda for permanecer aberta, conectá-la ao frasco/saco coletor e posicionar 
este em nível inferior ao paciente para drenagem por gravidade. 
É importante que, diariamente, seja realizada a limpeza das narinas e a troca da 
fixação para evitar a formação de lesões na região 
Antes de iniciar a dieta, realizar o teste da ausculta e o da aspiração de suco 
gástrico para confirmar o correto posicionamento da sonda 
 
Antes e após o término da administração da dieta ou de medicamentos, lavar a 
sonda com 20 ml de água potável em adultos, em RN é indicado a introdução de 1 ml de 
ar. 
 
 
 
9 http://www.rioenf.com.br/ead 
 
 
 
Comprovação do correto posicionamento 
Teste da audição: colocar o diafragma do estetoscópio na altura do estômago do 
paciente e injetar rapidamente cerca de 10 ml de ar pela sonda, sendo que o correto é 
a audição do ruído característico. 
Aspiração do conteúdo: aspirar com uma seringa o conteúdo gástrico e 
determinar do seu pH. O pH do conteúdo gástrico é ácido (aproximadamente 3), do 
aspirado intestinal é pouco menos ácido (aproximadamente 6,5) e do aspirado 
respiratório é alcalino (7 ou mais); também está confirmado o correto posicionamento, 
se com a aspiração verificarmos restos alimentares. 
Teste do borbulhamento: colocar a extremidade da sonda em um copo com 
água, sendo que se ocorrer borbulha, é sinal que está na traqueia. 
Verificação de sinais: Importância para sinais como tosse, cianose e dispneia. 
 
Observação: Algumas literaturas questionam o "teste do copo" tendo em vista a 
existências de falsos positivos sem contar a efetividade dos dois testes anteriores. 
 
Como diminuir o desconforto na instalação? 
Vários são os procedimentos para instalação de sondas NG. No entanto em um 
destes passos, ou seja, a introdução da sonda, percebe-se um desconforto por parte dos 
pacientes, que resulta as vezes em vômitos e até recusa do procedimento. Este fato é 
confirmado por estudos onde constataram que a inserção de sonda nasogástrica foi o 
 
 
10 http://www.rioenf.com.br/ead 
procedimento mais doloroso identificado por pacientes e médicos. A dor referida, na 
população estudada, foi pior do que a sentida em drenagem de abscesso, redução de 
fratura e sondagem uretral. 
Comumente utiliza-se anestésico em forma de gel para facilitar a introdução de 
sondas, no entanto quando se trata de sonda o único objetivo é facilitar o deslizamento 
da sonda pela narina, uma vez que o anestésico é passado ao redor da sonda no 
momento da introdução e não previamente na narina, sendo assim, insuficiente o 
tempo de contato para que haja anestesia local. Desta forma fica evidente que o 
desconforto ocorrerá. 
Para diminuir o desconforto e trauma na inserção de sondas NG outras 
alternativas são propostas e implementadas. A inalação de lidocaína por meio de 
nebulização, spray e respiração intermitente com pressão positiva através de 
nebulização pela boca, tem demonstrado redução significativa da dor associada a 
instalação de sonda nasogástrica. 
Em 2004 randomizou-se 50 pacientes adultos em dois grupos iguais que 
necessitavam de sondas NG em duas unidades de emergência. O grupo experimental 
(N=29) recebeu 4 ml de lidocaína 10% (400mg de lidocaína) introduzido pelo nariz e 
faringe por meio de uma máscara de nebulização com fluxo de oxigênio de 6L/min. Os 
pacientes foram orientados a respirarem pela boca e nariz durante a nebulização. O 
grupo placebo (N=21) recebeu nebulização de solução salina. Vasoconstritores não 
foram usados. As enfermeiras da unidade instalaram sondas nasogástricas número 18F 
(5,94mm) usando gel lubrificante a base de água. O desconforto dos pacientes foi 
mensurado através de uma escala visual analógica de 100mm onde em uma 
extremidade havia a marca de nenhum desconforto e na outra extremidade desconforto 
máximo que os mesmos sentiram durante o procedimento, sendo a dificuldade de 
inserção da sonda avaliada pelas enfermeiras usando escala tipo Likert de 5 pontos, 
caracterizando a dificuldade em mínima, leve (menos difícil do que o usual), moderada 
(dificuldade habitual), substancial (maior dificuldade do que o habitual) e extrema. 
Houve uma diferença clínica e estatisticamente significante no desconforto dos 
pacientes associado com a passagem da sonda nasogástrica entre o grupo experimental 
 
 
11 http://www.rioenf.com.br/ead 
e placebo (média do escore da escala 37.7 x 59.3 mm, respectivamente; 95% de 
intervalo de confiança). Não houve diferença na dificuldade da instalação da sonda entre 
os dois grupos. No entanto, epistaxe ocorreu mais frequentemente no grupo 
experimental (17% versus 0%, 95 CI). 
Este estudo mostrou, dentre outros citados pelos autores, que a lidocaína 
nebulizada para o nariz e faringe por meio de nebulização diminuí o desconforto 
decorrente da inserção de sonda nasogástrica e deve ser considerado antes de 
implementar o procedimento. 
Se a incidência de epistaxe no grupo experimental é causada pela lesão na 
mucosa anestesiada, e nesse caso, se isso pode ser reduzido com vasoconstrictores, 
permanece sem resposta e requer pesquisas afim de obtê-las. 
 
• Quais as recomendações acerca das SNG e SNE? 
 
- Em pacientes com suspeita de TCE, é recomendado a sondagem oral gástrica, sob 
suspeita de fratura de ossos da base do crânio. 
- Em pacientes com suspeita de TRM, não elevar o decúbito. 
- No sistema de sondagem nasoenteral, deve ser obrigatoriamente realizado um RX após 
a passagem da sonda, antes de administrar qualquer tipo de medicação ou dieta. 
- Deixar toalhas próximas é importante, pois durante a passagem da sonda, o paciente 
pode sentir náuseas por estimulação do nervo vago. Caso isso ocorra, interromper o 
procedimento temporariamente. Ocorrendo vômito, retirar a sonda e atender o 
paciente, retomando o procedimento mediante avaliação. 
- Guardar o fio guia da SNE em uma embalagem limpa e mantê-la junto aos pertences 
do paciente, caso a sonda atual precise ser repassada. 
- Sinais de asfixia como cianose, acesso de tosse e dispneia são indicativos de que a 
sonda está sendo direcionada para o trato respiratório, neste caso, retirar a sonda 
imediatamente. 
 
COMPETÊNCIAS DA EQUIPE DE ENFERMAGEM NA SONDAGEM ORO/NASOGÁSTRICA 
E NASOENTÉRICA 
 
A sondagem oro/nasoenteral, compreendendo tanto a sondagem 
oro/nasogástrica como a nasoentérica é um procedimento invasivo e que envolve riscos 
ao paciente. Sua instalação exige técnica uniformizada,para diminuir ou abolir 
consequências decorrentes do procedimento. A sondagem oro/nasoenteral está sujeita 
a graves complicações, determinando sequelas ou mesmo óbito especialmente em UTI. 
Nos pacientes com distúrbios neurológicos, inconscientes, idosos ou 
traqueostomizados, o risco de mau posicionamento da sonda é maior. As complicações 
 
 
12 http://www.rioenf.com.br/ead 
que podem estar associadas a erros na sua introdução são: as lesões nasais e 
orofaríngeas, estenose e perfuração do esôfago, pneumotórax, inserção em brônquios 
possibilitando pneumonia aspirativa e infecção broncopulmonar. Por todo o exposto, o 
procedimento de sondagem oro/nasoenteral, seja qual for sua finalidade, requer 
cuidados de Enfermagem de maior complexidade técnica, conhecimentos de base 
científica e capacidade de tomar decisões imediatas e, por essas razões, no âmbito da 
equipe de Enfermagem, a inserção de sonda Oro/nasogástrica (SOG e SNG) e sonda 
nasoentérica (SNE) é privativa do Enfermeiro, que deve imprimir rigor técnico-científico 
ao procedimento. Ao Técnico de Enfermagem, observadas as disposições legais da 
profissão, compete o auxílio na execução do procedimento, além das atividades 
prescritas pelo Enfermeiro no planejamento da assistência, a exemplo de monitoração 
e registro das queixas do paciente, das condições do sistema de alimentação/drenagem, 
do débito, manutenção de técnica limpa durante o manuseio do sistema, sob supervisão 
e orientação do Enfermeiro. 
 
1 – Compete ao Enfermeiro na sondagem oro/nasoenteral: 
a) Definir o calibre da sonda que será utilizada, de acordo com o procedimento prescrito; 
b) Estabelecer o acesso enteral por via oro/nasogástrica ou transpilórica para a 
finalidade estabelecida (alimentar, medicar, lavar, drenar líquidos ou ar, coletar material 
gástrico e realizar exames para fins diagnósticos); 
c) Proceder os testes para confirmação do trajeto da sonda; 
d) Solicitar e encaminhar o paciente para exame radiológico visando a confirmação da 
localização da sonda, no caso da sondagem nasoentérica; 
e) Garantir que a via de acesso seja mantida; 
f) Garantir que a troca das sondas e equipo seja realizada em consonância com o pré-
estabelecido pela CCIH da instituição; 
g) Prescrever os cuidados de enfermagem; 
h) Registrar em prontuário todas as ocorrências e dados referentes ao procedimento; 
i) Participar do processo de seleção do material para aquisição pela instituição; e 
j) Manter-se atualizado e promover treinamento para os técnicos de enfermagem, 
observada a sua competência legal. 
 
2 – Compete ao técnico de enfermagem na sondagem oro/nasoenteral 
a) Auxiliar ao enfermeiro na execução do procedimento da sondagem oro/nasoenteral; 
b) Promover cuidados gerais ao paciente de acordo com a prescrição de enfermagem 
ou protocolo pré-estabelecido; 
c) Comunicar ao Enfermeiro qualquer intercorrência advinda do procedimento; 
d) Proceder o registro das ações efetuadas, no prontuário do paciente, de forma clara, 
precisa e pontual; 
e) Participar das atualizações. O procedimento de Sondagem Oro/Nasoenteral deve ser 
executado no contexto do Processo de Enfermagem, atendendo-se às determinações 
da Resolução COFEN nº 358, de 15 de outubro de 2009, da Resolução COFEN nº 429, de 
30 de maio de 2012 e aos princípios da Política Nacional de Segurança do Paciente, do 
Sistema Único de Saúde. 
 
 
 
13 http://www.rioenf.com.br/ead 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
1. POHL, Frederico Filgueiras; PETROIANU, Andy. Tubos, Sondas e Drenos. Rio de 
Janeiro: Guanabara Koogan, 2000. 547 p. 
2. SCHULL, Patrícia Dwyer. Enfermagem Básica: Teoria e Prática. 2. ed. São Paulo: 
Rideel, 2003. 501 p. 
3. BETANCOURT, Lissette; BRANCO, Javier; BRAVO, Dariela. Sondas. Santa Ana de 
Coro, 2008. 35 slides, color. 
4. WILKINS, Lippincott Williams &. Illustrated Manual of Nursing Practice. Houston: 
Springhouse, 2002. 
5. Sonda Nasogástrica/Nasoentérica: Cuidados Na Instalação, Na Administração Da 
Dieta E Prevenção De Complicações. Revista da Faculdade de Medicina de Ribeirão 
Preto e do Hospital das Clínicas da Fmrp: Usp, 2002. 
6. NETTINA, Sandra M. Brunner: Prática de Enfermagem. 4. ed. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 2010. 1859 p. 
7. BRUNNER & SUDDARTH. Tratado de Enfermagem Médico-Cirúrgica. Rio de Janeiro. 
Guanabara Koogan, 2011. 
	Digital Assinatura: 
		2016-10-02T19:18:02-0300
	Rio de Janeiro - Brasil
	Proibido publicar e reproduzir

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