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HISTÓRICO E PREVENÇÃO Terceiro tipo de câncer mais comum Quarta causa de óbito na população feminina – NORTE 1ª causa de óbito por câncer em mulheres. FATORES DE RISCOS Baixo nível socioeconômico; Multiplicidade de parceiros sexuais; Início precoce de atividade sexual; Infecção pelo HPV; Tabagismo; Uso de contraceptivo oral; Uso de TRH Baixa ingestão de vitaminas: A e C e Idade entre 40 a 60 anos. ANATOMIA DO APARELHO GENITAL FEMININO ZONA DE TRANSFORMAÇÃO HISTOLOGIA DO APARELHO GENITAL FEMININO COLETA - Introduzir o espéculo não lubrificado. - Ectocérvice – espátula de madeira (Ayres) 360 °. - Endocérvice – escova cervical 360 °. - Deve ser realizada rapidamente. - O fixador deve ser aplicado imediatamente após a confecção do esfregaço. fixador Carbovax 4000 : Polietilenoglicol e álcool - Preencher a requisição do exame, - Enviar lâminas e requisição ao laboratório, COLORAÇÕES - Captam elementos basofílicos ( ) Núcleos cor azul plasma – Captam elementos acidofílicos ( cor rosa-eosinofílico ou ) Cito cor azul- cianofílico COLORAÇÃO DE PAPANICOLAOU Utiliza hematoxilina (corante nuclear), Orange e EA (eosina, verde luz ou verde brilhante e pardo de Bismarck) - corantes citoplasmáticos. Hematoxilina - Cora-se núcleo Verde brilhante (corante ácido): Cora células parabasais, intermediárias, colunares e histiócitos. Eosina (corante ácido): Cora citoplasma das células superficiais, nucléolos, mucina endocervical e cílios. Verde brilhante ou eosina - Células metaplásicas Orange G – Hemácias Polimorfonucleares (neutrófilos) e células endometriais – Cora-se apenas os núcleos com hematoxilina COLORAÇÃO DE SHORR Muito utilizada na citologia hormonal. Coloração diferencial das células EPITELIAIS escamosas profundas das SUPERFICIAIS. Perda dos detalhes nucleares e citoplasmáticos, portanto desaconselhável para a avaliação oncótica. Influenciam a coloração: Tipos de fixador Formulação da hematoxilina Formulação dos corantes citoplasmáticos Data de validade, tempo de duração, temperatura de conservação, ausência de filtragem dos corantes pH, temperatura e conteúdo químico da água corrente utilizada Qualidade da amostra (espessura, dessecamento, presença ou ausência de alterações inflamatórias) Método de coloração Esfregaços hidratados A) Hematoxilina B) Eosina C) Hematoxilina-Eosina Utilizada normalmente para a Histologia Citoplasma – cora-se rosa Núcleo - cora-se azul MONTAGEM DAS LÂMINAS Xilol ➡ Verniz ➡ Lamínula ➡ Etiquetagem Proteção do esfregaço celular Agir como selador prevenindo o desbotamento do corante Ligação entre lâmina – lamínula Aumentar o índice de refração CITOLOGIA CÉRVICO-VAGINAL Determinar a presença de células pré-malignas e malignas. CITOLOGIA NORMAL Rastreamento primário com objetiva de 10 x, podendo ser vertical ou horizontal. Quando houver presença de anomalias deve-se observar em objetiva de 40 x. Células escamosas superficiais Células escamosas intermediárias Células escamosas parabasais Células escamosas metaplásicas Células endocervicais Células endometriais Células escamosas superficiais observadas na fase estrogênica do ciclo menstrual Células escamosas intermediárias Pérolas córneas células intermediárias agrupadas em circunferência, com presença de núcleos normais Citólise Fase pré-menstrual e na gravidez Células escamosas parabasais Citoplasma bem delimitado predominantemente na menopausa CÉLULAS PRESENTES NOS ESFREGAÇOS CÉRVICO -VAGINAL Pré – menarca (puberdade) Esfregaço atrófico Predomínio de células escamosas parabasais Escassas células escamosas intermediárias e superficiais Ciclo Menstrual - Fase Pré – ovulatória Células intermediárias com citoplasma aumentado e bem cianofílico, outras vezes eosinofilícos; Núcleos picnóticos. Fase Ovulatória 50% Predominância de células superficiais com máximo de maturação;ausencia de leucócitos. Fase luteínica ou progesterônica Células superficiais diminuem e as células intermediárias voltam a surgir. Fase Pré- menstrual Células intermediárias; leucócitos:Aumento considerável; Fase Menstrual Predomínio de células escamosas intermediárias,células naviculares Gravidez Menopausa: Predomínio de células escamosas intermediárias, porém presença de células escamosas superficiais. Células escamosas intermediárias agrupadas e células escamosas parabasais em maior número. Células escamosas metaplásicas Células endocervicais Grupos de células que descamam em lençóis, chamados “favo de mel” Células endometriais Origem glandular Macrófagos chamada célula gigante multinucleada ou célula gigante de corpo estranho. Leucócitos polimorfo nucleares Eosinófilos- somente infecção parasitária Eritrócitos Glóbulos vermelhos ou hemácias ALTERAÇÕES QUE CARACTERIZAM INFLAMAÇÕES Em relação ao citoplasma: - Condensação do citoplasma Ocorre normalmente em agrupamentos celulares Ceratinização do citoplasma intensa – Coloração alaranjado escuro ou avermelhado - Vacuolização do citoplasma Indica acentuada degeneração São encontrados normalmente na periferia do citoplasma redondos ou ovalados com contornos irregulares e coloração pálida - Vacúolo ou halo perinuclear Halo citoplasmático ao redor do núcleo, corado mais palidamente ou ainda não se cora - Ceratinização Célula apresentando citoplasma enrugado corada com alaranjado ou vermelho intenso Em relação ao núcleo: - Cariopicnose Sinal de envelhecimento ou morte celular núcleo bem escuro - Espessamento da membrana nuclear Indícios de degeneração nuclear, observados na periferia nuclear enquanto que a cromatina se encontra rarefeita na parte central; Normalmente observadas em células pré- ovulatórias - Cariorrexe São partículas escuras que aparecem separadas ou unidas - Cariomegalia Aumento do núcleo em proporções gigantescas consequentemente aumento do conteúdo de cromatina - Multinucleação Presença de dois ou mais núcleos em forma oval ou redonda hiperativos na área central do citoplasma. LESÕES INFLAMATÓRIAS Inflamação Aguda: Formação de novos capilares e migração de leucócitos polimorfonucleares para o local afetado. Inflamação crônica: Presença de linfócitos, macrófagos e proliferação de fibroblastos.Este processo pode acarretar em modificações nas estruturas epiteliais. Ex: Metaplasia, reparo e hiperplasia INFECÇÕES BACTERIANAS VAGINOSE BACTERIANA (VB) ocorre uma substituição dos lactobacilos por bactérias anaeróbias corrimento fino branco-acinzetado, frequentemente com odor fétido ( de “peixe”). EXAME DE PAPANICOLAOU PARA VB Achado de clue cells(células chaves ou células indicadoras) as quais são células escamosas com uma camada cocobacilar em sua superfície citoplasmática, conferindo uma coloração violeta Outros achados no esfregaço: acentuada diminuição de Lactobacilos e fundo de lâmina com uma “nuvem” cocobacila. CANDIDÍASE Presença e hifas e esporos de fungos Esfregaço citológico: numerosos PMN, alterações celulares inflamatórias*, * aumento do volume e hipercromasia nuclear, binucleações, hiperceratinização,halos perinucleares, eosinofilia INFECÇÃO POR PROTOZOÁRIOS TRICOMONÍASE Vulva: Hiperemia, Edema, irritação. Cervical: aspecto de morango. Presença de organismos -verde , oval ou em forma de pêra, núcleo pequeno excentricamente localizado acizentados Esfregaço citológico: Aumento de PMN, alterações celulares inflamatórias*, halos perinucleares freqüentes, aumento de células parabasais VÍRUS DO PAPILOMA HUMANO: HPV HPV alto risco associado a mais de 95% do câncer de colo de útero. DIAGNÓSTICO DE HPV: apresentam tambémfreqüentes binucleações, núcleos aumentados de volume e hipercromáticos ENDOCERVICAL EPITÉLIO GLANDULAR - ENDOCERVICAL E ENDOMETRIAL JUNÇÃO ESCAMOSO COLUNAR (JEC) - CELULAS METAPLÁSICAS ECTOCERVICAL EPITÉLIO ESCAMOSO - SUPERFICIAIS - INTERMEDIÁRIAS - PARABASAIS - BASAIS exemplo de laudo: LÂMINA: 0001 Iniciais da Paciente: MCS Idade: 25 anos DUM: 20/01 Data colheita: 01/02 Tempo desde exame anterior: 1 ano Finalidade: rotina, corrimento vaginal Idade de início da atividade sexual: 18 anos Local da colheita: canal cervical, ectocérvice. CONCLUSÃO: -SATISFATÓRIO -LEUCÓCITOS -LACTOBACILOS -EPITÉLIO ESCAMOSO -PRESENÇA DE CÉLULAS SUPERFICIAIS E INTERMEDIARIAS -DENTRO DOS LIMITES DA NORMALIDADE NA AMOSTRA REPRESENTADA.
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