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Eixo HHG, hormônios da reprodução e ciclo reprodutivo Sistema Porta-hipofisário • Hipófise o Adeno-hipófise : 7 hormônios diferentes ▪ FSH e LH: células gonadotróficas • FSH: estimula crescimento e maturação do folículo ovariano; estimula produção de E2 no ovário/testículo em presença de LH; estimula espermatogênese até fase de espermatócito 2ário • LH: em onda pré-ovulatória estimula ruptura do folículo; estimula produção de E2 no folículo maduro em presença de FSH; estimula célula de Leydig a produzir andrógenos ▪ Prolactina: células mamotróficas o Neuro-hipófise: estocagem de hormônios hipotalâmicos ▪ Ocitocina e vasopressina • Circulação útero-ovárica: envolvimento da veia uterina com a artéria ovariana -> PGF2α (muito sensível à oxidação nos pulmões) • Ciclo estral: intervalo entre 2 estros ou 2 ovulações o Proestro: início do desenvolvimento folicular \ E2 o Estro: receptividade da fêmea / o Metaestro: formação do CL funcional \ o Diestro: fase luteínica / P4 o Anestro: quiescência reprodutiva Gametogênese em fêmeas - Fecundação Ovários • Função endócrina: esteroidogênese = produção de E2 e P4 • Função exócrina: produção cíclica de óvulos fertilizáveis • Medula + córtex o Medula: Tecido conjuntivo frouxo; rica em vasos sanguíneos; células intersticiais (de Leydig) o Córtex: epitélio germinativo; túnica albugínea; rica em folículos ovarianos; corpos lúteos; células intersticiais o Desenvolvimento fetal inicial: células germinativas primordiais (2n) -> oogônias (2n) -profase II-> oócitos (1n) o Oócitos ficam revestidos por camadas de células -> folículos o 5 tipos de folículos ▪ Primordiais de reserva: 1 camada de células foliculares planas; lamina basal; sem receptor para hormônios gonadotróficos; degeneração por apoptose ▪ Primário: 1 camada de células da granulosa cuboides; células do estroma = diferenciação das células da teca; lamina basal separa granulosa da teca ▪ Secundário ou pré-antrais: múltiplas camadas da granulosa; teca interna e externa; zona pelúcida; fluido folicular (antro); com receptor para hormônios gonadotróficos; secreção de esteroides = teca ▪ Terceários ou antrais: secreção de esteroides = teca e granulosa; vascularização; corona radiata; Cumulus Oophorus; alterações morfológicas de superfície ▪ Pré-ovulatório o Zona Pelúcida: reconhecimento do espermatozóide em estágios iniciais da fertilização; antigenicidade o Células da granulosa: mitose em resposta ao estrógeno e fatores intra-ovarianos; secreção do fluido folicular (regula células granulosas, início do crescimento folicular e esteroidogênese; maturação, ovulação e transporte do oócito; preparo do folículo para formar CL; metabolismo e capitação de SPTZ) o Células da teca: produz andrógenos em resposta ao LH ▪ Interna: muito vascularizada ▪ Externa: natureza fibrosa o Corpo lúteo ▪ Órgão endócrino temporário ▪ Células da granulosa sofrem luteinização (ação do LH) ▪ Hipertrofia das células luteínicas ▪ CL > folículo pré-ovulatório; exceção da égua ▪ Luteólise: regressão do CL -> PGF2α • Diminuição do aporte sanguíneo • Diminuição da granulação citoplasmática • Vacuolização celular ▪ Corpo albicans: tecido cicatricial Fecundação • Fusão do material genético de 2 gametas: combinação de genes derivados dos pais; formação de novos indivíduos • 5 etapas o Contato e reconhecimento do SPTZ e óvulo: espécie específico; ligação do SPTZ à zona pelúcida do óvulo (moléculas presentes na ZP de uma determinada espécie somente são reconhecidas por SPTZ da mesma espécie); adesão (aproximação aleatória e associação não específica entre os gametas) o Reação acrossomal do SPTZ e penetração na zona pelúcida: SPTZ sofre exocitose celular chamada reação acrossomal; após a reação acrossomal o SPTZ permanece ligado à ZP, aderido à proteína ZP2; penetração da ZP o Ligação e fusão com a membrana vitelínica (oolema): bloqueio à polispermia (após a penetração, a oolema perde a habilidade de se fundir com outros SPTZs; despolarização elétrica da membrana do oócito de 70 mV negativos para 20 mV positivos; influxo de Ca2+; bloqueios do receptor para SPTZ na oolema) o Fusão do material genético dos pronúcleos masculino e feminino: ocorre no interior do óvulo; envelope do núcleo do SPTZ sofre uma vesiculação e expõe a cromatina condensada; descondensação da cromatina do SPTZ; protaminas do SPTZ substituídas por histonas do oócito; formação do pronúcleo masculino; núcleo do oócito completa a segunda divisão da meiose; replicação do DNA; migração dos pronúcleos; condensação da cromatina em cromossomos o Ativação de metabolismos do óvulo, que iniciam o desenvolvimento: mudança no citoplasma do oócito • Desenvolvimento embrionário Ciclo estral vaca e búfala Vaca • Poliéstrica não estacional: vários ciclos ovulatórios na estação sexual • Puberdade: variável o Zebuína: mais tardio-> 18 a 24 meses o Taurina leiteira-> 10 a 12 meses o Taurina de corte-> 11 a 15 meses • Ciclo estral o 21 dias (14 a 29 dias) o Ovulação espontânea o Pode ter 2 ou 3 ondas foliculares -> diminuição da fertilidade -> oócitos envelhecidos • Proestro o Até 24 horas • Estro o 18 horas (12 a 30 horas) • Metaestro o 3 a 5 dias o Formação do CL funcional o Ovulação após 30 horas após o início do estro • Diestro o 15 dias • Anestro pós-parto o Involução uterina: média 45 dias o Intervalo - primeira ovulação: 30 dias (10 a 110 dias) • Intervalos entre partos ideal: 12 meses o Cobertura: 50 dias após o parto o Concepção: 80 dias após o parto • Comportamento de cio o Ação do E2 é potencializada pela pré-exposição à progesterona o Ovulações sem sintomas de cio no início da vida reprodutiva o Mugidos https://anhembi.blackboard.com/bbcswebdav/pid-12472687-dt-content-rid-85234881_1/xid-85234881_1 o Tampão mucoso o Comportamento homossexual • Métodos de detecção de cio o Buçal marcador o Rufião o Fêmea androgenizada o Radiotelemetria • Erros na detecção do cio • Ideal o Detecção de cio de 90% o 70% prenhez Búfala • Poliéstricas estacionais de dias curtos o Anestro de primavera o Ciclam quando números de horas de luz por dia diminui • Puberdade: variável o 21 meses (15 a 36 meses) o 60% do peso do animal adulto • Estacionalidade reprodutiva o Quanto menos luz mais melatonina, que estimula a secreção de GnRH pelo hipotálamo -> estação reprodutiva • Ciclo estral o 21 dias (18 a 22 dias) • Proestro o 12 a 24 horas o Fêmea não receptiva o Cauda erguida, mugidos intensos, edema vulvar • Estro o 12 horas • Metaestro o Ovulação o 3 a 5 dias • Diestro o CL funcionante o 16 dias • Período de gestação o Variável com subespécies ▪ "de água" (2n:50) -> 305 a 320 dias ▪ "do pântano" (2n:48) -> 320 a 340 dias • Anestro pós-parto o Involução uterina: 28 a 45 dias o Intervalo - primeira ovulação: 59 a 96 dias (35 a 180 dias) o Primeiro cio detectado: 75 a 90 dias • Intervalo entre partos ideal o 18 meses o Concepção: 125 a 180 dias Manipulação hormonal do ciclo estral e ovulação Taxa de concepção • Taxa de fêmeas em estro; taxa de fecundação Indução X sincronização • Indução: provocar o estro e a ovulação, por meio do uso de hormônios e/ou práticas de manejo • Sincronização: manipulação do ciclo estral por meio do uso de hormônios ou associações hormonais que induzam a luteólise ou alonguem a atividade do CL Ação do estradiol é potencializada pela pré-exposição à progesterona Vaca • Sincronização e indução hormonal com progestágenos o Boa sincronização com baixa fertilidade o Aplicação por 7 a 8 dias • Sincronização e indução hormonal com estrógenos o Em dose fisiológica e baixa P4: estimula pico de LH o Em alta dose e alta P4: inibe FSH e LH o Usado na sincronização de ondas e como indutor de luteólise • Sincronização e indução hormonalcom prostaglandinas o Indutores de luteólise: só funcionam no diestro ▪ 5° a 16° dia do ciclo estral: CL funcional • Sincronização e indução hormonal com gonadotrofinas o eCG (gonadotrofina coriônica equina): função de FSH e LH o Análogos GnRH(gonadorelina): estimula a liberação de FSH e LH • Inseminação artificial o Aplicações e vantagens ▪ Controle da transmissão de doenças infecto-contagiosas (tuberculose, diarréia viral bovina...) ▪ Incremento do melhoramento genético e da produção animal -> maior número de descendentes por reprodutor ▪ Aprimoramento do controle zootécnico: encurtamento da estação reprodutiva; concentração de partos ▪ Racionalização do manejo reprodutivo o Etapas ▪ Colheita do sêmen ▪ Avaliação do sêmen ▪ Processamento (congelação/refrigeração) ▪ Manipulação (sexagem) ▪ Técnica de IA • Preparação do material da IA: descongelação do sêmen- >35/37°C, 30 segundos • Inseminação intrauterina com auxílio da palpação retal • Limpeza do reto e região perivulvar • Introdução do aplicador via vaginal, transpassando os anéis cervicais • Deposição do sêmen no corpo do útero • Massagem do clitóris o Momento ideal da IA ▪ Ovulação: 12 a 14h após termino dos sinais de cio ▪ Cio pela manhã: inseminar à tarde ▪ Cio pela tarde: inseminar na manhã seguinte Transferência de embriões e super ovulação em bovinos Produção in vivo - vantagens • Melhor aproveitamento do potencial genético das fêmeas • Redução do intervalo entre gerações • Controle da transmissão de doenças • Facilidade de comércio • Uso estratégico de TE nas fases de menor eficiência da IA Dificuldades • Processo trabalhoso • Alto custo financeiro • Necessidade de preparação técnica • Discrepância nas respostas aos tratamentos hormonais Seleção de receptoras • Atividade cíclica regular • Condição corporal • Habilidade materna e rusticidade Seleção de doadoras • Potencial genético: testes de avaliação genotípica; índices zootécnicos (performances produtiva e reprodutiva); progênie... Superovulação • Protocolo: com observação do cio o 8 aplicações de FSH a cada 12h o Grande quantidade de resultados o Grande variação do desenvolvimento dos embriões coletados • Protocolo SOVTF/TEFT o Com implante vaginal (CIDR) ou auricular (Crestar) o Eliminam a detecção do cio (!) o Melhor sincronização da ovulação e estágio de desenvolvimento dos embriões o Melhor aproveitamento do sêmen o Melhor taxa de ovulação Colheita de embriões • Ambiente limpo • sonda, mangueira e filtros siliconados estéreis • Higienização da doadora • Lavagem uterina: 6-8 dias após 1a IA • Preparo da sonda -> mandril • Introdução e fixação do corno • Proceder a lavagem colocando e retirando o PBS do filtro • Embriões ficam retidos no filtro Manipulação e avaliação • Lavar o filtro e colocar o líquido em placas de petri • Localizar os embriões • Transferi-los para PBS + 10% SFB • Avaliação quanto a estágio e qualidade embrionária o Estágio: sincronia com a receptora ▪ o Qualidade: capacidade de resistir à congelação/transferência ▪ • Grau 1 e 2 -> doadora e receptora devem entrar em cio juntas ▪ • Grau 3 -> receptoras apresentaram estro em 24 horas antes ou após a doadora Envase embrião a fresco • Identificação: touro, doadora, data, estágio e qualidade Criopreservação • Técnicas o Método rápido ou convencional o Vitrificação Inovulação • Transferência não-cirúrgica • Avaliação das receptoras • Material: inovulador francês ou alemão; camisa sanitária • Preparo do inovulador o Limpeza do reto e higiene da receptora o Anestesia epidural o Deposição do embrião no corno ipsilateral ao CL, próximo à junção útero-tubárica • Embrião congelado: 10 segundos no ar (evita fratura na ZP), 20 segundos em água à 25°C Diagnóstico de gestação • Precoce: US com 25 dias • Palpação retal ou US: 45 a 60 dias • Sexagem: 50 a 70 dias Fatores para o sucesso: qualidade do embrião; qualidade da receptora... Afecções do sistema reprodutivo em ruminantes Afecção-Vacas Características Hermafrodita verdadeiro Gônadas dos 2 tipos Pseudo-hermafrodita Gônada X e característica sexual Y Freemartismo Troca de estruturas orgânicas Síndrome da feminilização testicular Testículos ocupam a posição dos ovários; Anestro permanente Prolapso parcial da vagina Exteriorização de uma porção da vagina; Mucosa avermelhada, lesionada, inflamada Prolapso total da vagina Permanente, vagina e cérvix; Mucosa edematosa, inflamada, infectada, necrótica; Retenção urinária por constricção uretral Prolapso total da vagina e cérvix X Infecções Vaginais Descarga purulenta vulvar; Pústulas/erosões; Nódulos marrons ou avermelhados; Nódulos brancos (HPV) Cervicopatias Descarga mucopurulenta; Repetição de cio; Dificuldade de passagem da pipeta de IA Endometrite Exsudato mucopurulento Piometra Exsudato purulento em quantidades variáveis; No interior da cavidade uterina; Na persistência de CL e suspensão do ciclo estral Cistos foliculares Estruturas foliculares anovulatórias, que persistem por vários ciclos estrais; Anestro Cisto do CL Cavidade cística no interior do CL, irregular, de tamanho variável Intersexo • Definição: Alteração no desenvolvimento orgânico, que se contrapõe às características determinadas pelo sexo genético -> características marcantes de ambos os sexos • Tipos o Hermafrodita verdadeiro ou abiglandular o Pseudo-hermafrodita • Etiologia o Fatores genéticos o Fatores cromossômicos o Insuficiência endócrina dos testículos o Aplicação de andrógenos exógenos na gestante • Freemartinismo o Gestação gemelar com fetos de ambos os sexos -> trocas recíprocas de sangue e estruturas orgânicas o Condições de ocorrência ▪ Anastomose dos vasos córioalantoideanos e fusão da circulação das membranas fetais ▪ Modificação na organogênese do aparelho genital da fêmea o Sinais clínicos ▪ Masculinização da fêmea ▪ Alterações de vulva ▪ Maior massa muscular e acúmulo de gordura ▪ Palpação retal: gônada indiferenciada e hipoplásica; agenesia ou hipoplasia de corpo e cornos uterinos; percepção de segmentos tubulares e glândulas rudimentares ▪ Avaliação genética: quimerismo XX/XY em 93% o Diagnóstico: ambivalência gonadal e quimerismo o Prognóstico: ▪ Vida: bom ▪ Estéreis, sem tratamento • Síndrome da feminilização testicular o Órgãos genitais e gl mamária bem desenvolvidos o Testículos ocupam a posição dos ovários o Vagina em fundo cego o Sinais clínicos: anestro permanente Prolapso vaginal • Relaxamento vaginal + aumento do lúmen + força • Etiologia o Agentes mecânicos (estábulos inclinados e transporte) o Baixo escore corporal o Cervicites e vaginites • Sinais clínicos o Prolapso parcial da vagina ▪ Exteriorização de uma porção da vagina ▪ Mucosa avermelhada, lesionada, inflamada o Prolapso total da vagina ▪ Permanente, vagina e cérvix ▪ Mucosa edematosa, inflamada, infectada, necrótica ▪ Retenção urinária por constricção uretral o Prolapso total da vagina e cérvix • Diagnóstico o Diferencial com tumores vaginais e hiperplasia o US: viabilidade fetal e posicionamento vesicular • Tratamento o Limpeza e desinfecção o Causa base o Redução do prolapso o Sondagem vesical o Técnicas de manutenção por suturas vulvares Infecções Vaginais • Definição: infecções vulvo-vaginais com hiperemia, presença de exsudato purulento e infiltrado inflamatório leucocitário • Sinais clínicos o Descarga purulenta vulvar o Infertilidade o Pústulas/erosões o Nódulos marrons ou avermelhados o Nódulos brancos (HPV) Cervicopatias • Congênitas: aplasia segmentar, dupla curta, retorcida e outras • Adquiridas: cervicite o Causas: prolapso dos anéis cervicais externos, vaginite, endometrite, uso incorreto de pipetas de IA o Agente: actinomyces pyogenes o Sinais: descarga mucopurulenta, repetição de cio, infertilidade, dificuldade de passagem da pipeta de IAo Exame ginecológico: cérvix externa edematosa, vermelha escura, inchada, descarga purulenta; abcessos o Tratamento: antibioticoterapia, swab com antisséptico nos anéis afetados Afecções uterinas (uteropatias) • Endometrite: infecção envolvendo apenas o endométrio o Ocorrência: após o parto, cópula, IA, infusão de substâncias irritantes o Sinais clínicos: exsudato purulento; diminui taxa de fertilidade • Piometra: exsudato purulento em quantidades variáveis, no interior da cavidade uterina, na persistência de CL e suspensão do ciclo estral o Ocorrência: 1ª ovulação pós-parto ocorre ANTES da completa eliminação bacteriana uterina; P4 elevada suprime defesas uterinas; infecções por Tritrichomonas fetus durante a estação de monta o Tratamento: lavagem uterina; antibiótico local (penicilinas, oxitetraciclina); Antibioticoterapia e suporte sistêmicos (penicilinas, oxitetraciclina, ceftiofur); terapia hormonal (ocitocina, PGF2α) • Afecções ovarianas (cistos ovarianos) o Cisto folicular ▪ Definição: estruturas foliculares anovulatórias, que persistem por vários ciclos estrais ▪ Persistem pro tempo indeterminado na ausência de CL ▪ Etiologia: insuficiência da secreção pulsátil de LH; falha no feedback + do estrógeno sobre o hipotálamo ▪ Sinais clínicos: anestro ou virilismo ▪ Diagnóstico • Características comportamentais e físicas • Palpação retal: acompanhamento do cisto • US ▪ Tratamento • Indução hormonal da ovulação ou luteinização das células foliculares: GnRH, LH, eCG • P4: estimula secreção pulsátil de LH • Prostaglandinas • Protocolos de sincronização: Ovysinch ▪ Prevenção: GnRH 10a 12 dias pós parto o Cisto luteínico/luteinizado o Cisto do CL ▪ Definição: cavidade cística no interior do CL, irregular, de tamanho variável ▪ Etiologia: falta de irrigação na porção central do CL Inseminação artificial em éguas Poliéstricas estacionais de dias longos Manejo geral • Nutrição • Treinamento • Vacinação o Tríplice= encefalomielite, tétano, influenza; o No Brasil = Raiva; o Éguas gestantes: Herpes Virus (5°, 7°, 9° mês de gestação) e Leptospirose • Vermifugação o De 2 em 2 meses ou de 3 em 3 meses o Potros: em todos os meses até desmamar • Bem estar (piquetes, funcionários, relação com outras éguas e animais) • Qualidade de descarte • Proprietário $ Importância • Comércio • Segurança • Otimização • Doenças venéreas • Éguas problema • Sêmen de baixa qualidade Anatomia • Diferença vaca x égua Vaca Égua Cérvix com anéis Cérvix sem anéis Carúnculas Difusa Cornos uterinos ventrais Cornos uterinos dorsais Cortical/medular Cortical/medular mas é invertida Ovulam por todo o ovário Fossa ovulatória Sazonalidade • Ano hípico (Agosto-Março) • Raças • Diferença no treinamento • Performance futura Indução da ciclicidade reprodutiva • Programas de luz o Aumenta a duração do dia o Início: solstício de inverno (21 de junho) até 1a ovulação o Duração: 5h diárias - 35 a 45 dias éguas começam a ciclar • Antidopaminérgicos o Dopamina: maior concentração no anestro; inversamente proporcional à prolactina o Prolactina: relacionada ao crescimento folicular; quanto maior quantidade, mais receptores de LH e FSH nos folículos o Sulpride: Em éguas em anestro profundo adiantou a estação de monta para 36 - 37 dias++ o Dispositivos intravaginais de P4 ▪ Simular um diestro – fase lútea ▪ Armazenamento de LH na hipófise • Liberação acentuada de LH após retirada do dipositivo; vantagem em relação a P4 via parenteral Estro • Rufiação • Receptividade da égua • Palpação • Ultrassonografia • Sincronização PGF2 Indução da ovulação • hCG: 3 ciclos estrais consecutivos sem diferença no tempo de ovulação e LH • GnRH - deslorelina (injetável e implante subcutâneo) o Não indicado para éguas em transição o Estimula liberação FSH e LH o Efeito de sazonalidade • Problema - éguas velhas o Deficiência de LH o Associação GnRH (4h antes) e hCG o Ovulação 24 - 48h após o tratamento • reLH: fase de teste Diestro IA • Ovulação: 36 - 48h • Higiene • Controle folicular (fresco, resfriado, congelado) -> checar pós inseminação • Garanhões o Avaliação do sêmen (câmara de Neubauer): volume, motilidade, vigor, concentração, diluição • Inseminação o Sêmen fresco (dura até 48h): induzir; inseminar (assim que induzir); 500 milhões sptz o Sêmen resfriado (dura até 24h): induzir; inseminar (24h depois que induzir); 1 bilhão sptz o Sêmen congelado (dura até 6h): induzir; inseminar (36h depois fazer palpação e só inseminar depois que ovular); 800 milhões sptz ▪ Descongelar: 37°C por 30s; 46°C por 20s ▪ Mais próximo da junção úterotubárica Exame ginecológico Indicações • Verificar estágio do ciclo estral • Estabelecer causa da infertilidade • Diagnóstico de gestação • Início da estação de monta e venda Metodologia • Identificação o Nome; raça; sexo; idade; peso; identificação do proprietário; identificação da propriedade • Anamnese: geral e específica o Nutrição: quantidade e qualidade o Sanitário: densidade populacional, separação dos lotes, doenças infecto contagiosas e seus testes e sua periodicidade, manejo pré e pós parto o Índices reprodutivos: Controle zootécnico o Comportamento e duração do ciclo estral o Acasalamento prévio ou IA o Tratamento prévio • Exame clínico geral o Exame geral: score corporal; presença de ecto parasitas; aprumos; estado dos cascos; comportamento diante macho o Exame físico: mucosas; temperatura; auscultação Vaca Égua Temperatura 37,5 - 39,5°C 37,5 - 38,5°C FC 60 - 90 bpm 28 - 42 bpm FR 26 - 30 mm 8 - 15 mm • Exame ginecológico o Exame externo ▪ Cavidade abdominal • Inspeção: assimetria, aumento de volume • Palpação: tensão parede, temperatura, dor ▪ Região perineal • Aspecto da vulva: corrimento e edema (estro); sem alterações (diestro) • Inspeção da vulva: primeira barreira anatômica; posição e angulação (idade, score, subfertilidade); assimetria dos lábios vulvares(neoplasia, hematoma, abcesso, ferimento); fechamento dos lábios (laceração, prolapso de vagina); presença de cicatrizes, aderências, inflamações; fêmeas jovens ou com hipoplasia ovariana (lábios pequenos); fêmeas com cistos ovarianos, após parição ou vulvite (lábios vulvares grandes); vulvovaginite em vacas (processo infeccioso e redução fertilidade do rebanho) • Inspeção da vagina e cérvix • Aspecto da vagina e cérvix: muito úmida, avermelhada e aberta (estro); pouco úmida, rósea e fechada (diestro) • Inspeção da vagina: vagina curta (fêmea freemartin); conteúdos anormais (fezes=ruptura retrovaginal, urina ar, muco ou pus) o Exame interno: palpação ▪ Palpação retal • Cérvix • Vacas: estrutura firme com 7 a 10 cm, novilhas menor e mais macia • Égua: estrutura não diferenciada, não possui anéis cartilaginosos • Útero • Bovinos cornos uterinos muito maior quer o corpo Equinos cornos uterinos parecidos em tamanho com o corpo • Estro: tenso em bovinos; flácido em equinos • Diestro: flácido em bovinos; tenso em equinos • Gestação • Oviduto: somente em condições patológicas • Ovários: presença de folículo (consistência flutuante); presença de corpo lúteo em vacas (consistência firme); localização, tamanho, superfície, consistência e formações funcionais o Exames complementares ▪ Vaginoscopia • Observar fundo da vagina e porção vaginal da cérvix • Formato, abertura, coloração e umidade ▪ Ultrassonografia • Problemas uterinos e ovarianos • Fase do ciclo estral • Diagnóstico de gestação precoce • Perfil hormonal ▪ Citologia/Swab • Citologia: escova - lâmina corada • Swab: cultura de microorganismos ▪ Biópsia • Uterina • Ovariana ▪ Endoscopia ▪ Dosagens hormonais Endocrinologia do ciclo estral e cito vaginal de CADELAS e GATAS Cadelas Puberdade (6 a 24 meses) • Raças grandes = Mais tardias; Raças pequenas = Mais precoce Monoéstrica: entre 2 anestros há somente1 estro Não estacional: independe do clima para entrar em ciclo estral Ciclo estral: 6 meses-7 meses • Proestro o Duração 3 - 21 dias (média de 9 dias) o Secreção serosanguínea o Edema vulvar o Atração do macho porém não aceita cópula o Células da granulosa e teca interna produzem estrógeno E2 o Alta concentração de E2 ▪ Diapedese das hemácias dos capilares sg do endométrio (hemácias saem do vasos sanguíneos do endométrio do útero e vão para a luz do útero). Começam a acumular hemácias e secreção do endométrio que vão sendo drenados pela vulva o Ao final do proestro ocorre a luteinização (formação do CL) precoce do folículo 3ario (promovendo o decaimento do nível de E2) https://anhembi.blackboard.com/bbcswebdav/pid-12472687-dt-content-rid-86775462_1/xid-86775462_1 https://anhembi.blackboard.com/bbcswebdav/pid-12472687-dt-content-rid-86775462_1/xid-86775462_1 • Estro o Duração de 4 a 24 dias (média de 9 dias) o Manifestações clínicas: Reflexo perineal positivo; Receptividade; Acasalamento o Exames subsidiários: Citologia vaginal; Vaginoscopia o Dia 0 = Pico de LH o Após ovulação: maturação oocitária ocorre na tuba uterina o Prófase I -> quebra da vesícula germinativa -> Metáfase II o Dosagem hormonal ▪ Hormônio luteinizante (cuidado ao dosar, pois pode ser dosado antes ou depois do pico de LH) ▪ Progesterona sérica (não é sinalizador de gestação) • Diestro o Duração de 63 dias (gestantes) e 75 dias (não gestantes) o Comportamento não receptivo o Manifestações clínicas: Regressão do edema vulvar; Corrimento vaginal mucoso; Hiperplasia mamária o Corpo Lúteo o Alta concentração de P4 o Fase progestional ▪ Semelhante na gestante e não gestante ▪ Progesterona • Inibe atividade do miométrio • Induza aumento e secreção das glândulas endometriais: "leite uterino" • Hiperplasia mamária o Exames subsidiários: Citologia vaginal; Vaginoscopia • Anestro o Quiescência reprodutiva o Duração: 4 a 5 meses o Ausência de alterações sintomáticas o "Descanso reprodutivo" o Concentração P4 basal o Concentração E2 flutuante (desenvolvimento folicular) o Níveis elevados de FSH – recrutamento folicular o Pequenos pulsos de LH durante anestro e um pequeno pico ao final desta fase Gatas • Puberdade o Média: 4 a 8 meses o Viável conforme ▪ Peso: 2,3 a 2,5 kg ▪ Pelagem • Curto: Precoce • Longo: Tardia o Sazonalidade o Poliéstrica estacionais de dias longos ▪ Entre 2 anestros há mais de 1 cio ▪ Luminosidade; Região geográfica; Estação do ano • Proestro (1 a 2 dias) o Difícil diagnóstico o Fase crescimento folicular ▪ Ondas contínuas: siamês o Comportamento: Rolamento, fricção; Ruídos; Reação de rejeição • Estro o Aceitação da cópula o Discreto edema de vulvar e sangramento o Comportamento característico ▪ Lordose e elevação pelve; Desvio de cauda; Rolamento e vocalizações o Cópula: Contenção do macho (região do macho); Movimentos copulatórios; Rápida ejaculação (1 a 4 seg) o Ovulação ▪ Induzida pela cópula ▪ Mecanismo neuro-endócrino • Diestro/Pseudociese o Atividade luteínica (alto nível de progesterona) ▪ Ovulação eficiente, fecundação eficiente -> diestro (gestação) 62- 63 dias ▪ Ovulação eficiente, falha na fecundação -> pseudociese 40-45 dias • Interestro o Intervalo inter-folicular (entre cios) o Durante a estação reprodutiva o Duração: 2 a 19 dias o Condições: Não ovula (não tem corpo lúteo = não tem P4), não é coberta • Anestro o Período de baixa luminosidade (outono-inverno) o Quiescência reprodutiva o Intervalo entre as estações reprodutivas o Raças de pelo longo: 90% o Raças de pelo curto: 40% Afecções reprodutivas em cadelas e gatas Afecções-Cadelas/Gatas Características Retrações cicatriciais Abertura vaginal; pneumovagina Vaginite Corrimento sero-sanguíneo ou purulento; edema da mucosa; alopecia perianal Hiperplasia e prolapso (Grau 1) Moderada aversão do assoalho sem protrusão Hiperplasia e prolapso (Grau 2) Prolapso do assoalho cranial e paredes laterais Hiperplasia e prolapso (Grau 3) Prolapso de toda circunferência vaginal, com um lúmen Afecções neoplásicas Corrimento vaginal sero-sanguíneo; aumento de volume localizado; disúria e tenesmo Hidrometra/mucometra Aumento dos cornos uterinos Hemometra acúmulo de material sanguíneo estéril (coágulos); associada à cistos ovarianos e distúrbios de coagulação Piometra Inflamação de todas as camadas do útero, com acúmulo de pus no lúmen uterino Cistos foliculares Corrimento vaginal prolongado; alterações dermatológicas; ninfomania; irregularidade do ciclo estral Tumores epiteliais Ascite, distenção abdominal; obstrução linfática; Tumores de células germinativas Distenção abdominal; Manutenção da ciclicidade Tumores estromais Cios persistentes e irregulares; ascite, distenção abdominal; alterações dermatológicas; anestro persistente e virilismo Hiperplasia mamária felina Nódulos mamários bem delimitados, não encapsulados (2 a 5 cm de diâmetro); edema, ulceração, áreas de necrose e infecção bacteriana secundária Pseudociese manifesta Comportamentos pré, peri e pós-parto; confecção de ninho, adoção de objetos; agressividade; distensão mamária, secreção láctea; ganho de peso; anorexia, êmese, distensão e contração abdominais, diarreia, poliúria, polidipsia, polifagia • Vulva o Alterações possíveis ▪ Alterações dermatológicas (dermatites peri-vulvares) ▪ Fisiológicas (predispõe às infecções vaginais) o Alterações anatômicas ▪ Vulva infantil (castrações fêmeas pré-púberes) ▪ Cicatrizes vulvares • Etiologia: distocias, feridas e traumas anteriores, cicatrização exuberante • Problema: abertura vaginal, pneumovagina, vaginite recorrentes • Tratamento: vulvoplastias, tratar afecções secundárias o Primeira barreira de proteção do aparelho reprodutivo • Vagina o Vaginites ▪ Etiologia: juvenil (pré-púbere-> fisiológica = inflamação vaginal que acontece semanas antes do 1o cio, auto-resolução imediatamente ao entrar no cio/patológica) X adulta (púbere-> sempre vai ser patológica), agentes primários (desequilíbrio entre os microrganismos vaginais), agentes secundários: neoplasias, corpo estranho, infecção urinária ▪ Fatores predisponentes: fêmeas castradas -> ausência contínua do E2 , período pós cio (diestro) -> alta P4: imunossupressão local ▪ Tratamento: lavagem com soluções, vitamina C 500mg BID ou TID 10 a 14 dias ▪ Diagnóstico: idade e histórico clínico, vaginoscopia, citologia vaginal, cultura e antibiograma o Hiperplasia e prolapso ▪ Etiologia • Alteração hormonal (estrógeno): endógeno (cio e final de gestação), exógeno • Alteração anatômica (compressão abdominal): gestação final, patológica ▪ Sinais clínicos: exposição da mucosa vaginal em 3 graus variados • Grau 1: moderada eversão do assoalho, sem protrusão • Grau 2: prolapso do assoalho cranial e paredes laterais • Grau 3: prolapso de toda circunferência vaginal com um lúmen ▪ Tratamento • Depende do estágio do ciclo estral • Medicamentoso: interrupção do cio • Limpeza tópica • Cirúrgico o Afecções neoplásicas ▪ Benignas: leiomioma (mais comum); fibropapiloma (pólipos vaginais); fibroma, fibroleiomioma, fibropapiloma ▪ Malignas: raras • Tumor venéro transmissível (TVT) • Sinais clínicos: corrimento vaginal sero-sanguíneo, aumento de volume localizado, disúria e tenesmo, lambedura • Tratamento: excisão cirúrgica (leiomiomia), quimioterapia (TVT: vincristina), radioterapia • Útero o Hidrometra/mucometra ▪ Etiologia: acúmulo de material estéril (seroso ou mucoso), associada à ação progestacional • Ultrassom: conteúdo anecogênico da luz uterina • Ações da progesterona no útero: relaxamento do tônus uterino, estimula secreções endometriais, estimulando a hiperplasia do endométrio, cérvix fechada, imunossupressão local ▪ Diagnóstico: aumento dos cornos uterinos (palpação abdominal); ausência de quadro sistêmico; acúmuloanormal de líquido no útero quando o endométrio sofre um processo de degeneração com hiperplasia cística <- Resposta à ação prolongada da progesterona ▪ Tratamento: medicamentoso (preventivo) = ATB o Hemometra ▪ Etiologia: acúmulo de material sanguíneo estéril ou coágulos - associada à cistos ovarianos e distúrbios de coagulação; US= aumento volume uterino, com acúmulo de líquido com alta celularidade (econigenicidade elevada) dentro da luz uterina (compatível com hemometra/piometra) ▪ Tratamento: OSH OHE (Ovário hesterectomia), suporte o Complexo hiperplasia endometrial cística - piometra ▪ Etiologia: inflamação de todas as camadas do útero, com acúmulo de pus no lúmen uterino, acarretando doença sistêmica; diestro (P4 elevada); cadelas de meia idade - senis (cadelas acima de 6/7 anos); cadelas com ciclos irregulares (cistos ovarianos); degeneração endometrial:= perde a capacidade de combater as bactérias que entram no útero; hiperplasia cística endometrial -> acúmulo de muco no útero -> contaminação por bactérias vias ascendente ▪ Patogenia • Alterações renais: formação de Ac séricos conta Ag uterinos (resposta antígeno-anticorpo = estruturas relativamente grande) leva à lesão glomerular -> destruídos pelo complexo Ag-Ac>>>>>> perda da função renal, aumento de creat/ureia; infecção ascendente do aparelho urinário; lesão renal pela ação das bactérias = causam insensibilidade dos túbulos ao ADH (bacteremia: bactérias na circulação sanguínea) ▪ Diagnóstico • Anamnese: idade; estro há 1 a 2 meses; letargia, depressão, inapetência; vômito; poliúria/polidipsia; uso de hormônios • Exame clínico: hiper ou hipotermia; descarga vaginal (cérvix aberta); distensão abdominal e uterina; aumento de sensibilidade abdominal; desidratação • Exames complementares: hemograma; FR/FH; imagem (volume, conteúdo e espessamento) • Diagnóstico diferencial: processos que levam à secreção vaginal= vaginite, neoplasia, cistite; aumento de volume abdominal = ascite, neoplasias abdominais, ascite; síndrome PU / PD = Cushing, diabetes, nefrite crônica ▪ Tratamento: cirúrgico; medicamentoso (fêmea com alto risco cirúrgico/fêmea de interesse reprodutivo/ fêmea bom estado geral) = inibidores de P4 (Aglepristone [Alizin])e prostaglandina; antibiótico; suporte • Ovários o Cistos foliculares ▪ Únicos ou múltiplos ▪ Uni ou bilateral ▪ Proestro ou estro, antes da ovulação: estruturas > 8 mm ▪ Estro, diestro ou anestro: estruturas de qualquer tamanho ▪ Patogenia: desconhecida; predisposição de cadelas idosas (falha no processo de luteinização precoce de folículo, inadequada liberação do LH) ▪ Sinais clínicos • Reprodutivos: irregularidade do ciclo estral, ninfomania, agressividade, comportamento de dominância • Não reprodutivos: Alterações dermatológicas (hiperqueratose, hipopigmentação, alopecia bilateral simétrica, apruriginoso)/hematológicas (E2 em alta concentração é toxico para medula óssea; anemia não regenerativa) ▪ Complicações: HEC-piometra, hemometra; depressão medular ▪ Diagnóstico: Sinais clínicos; citologia (ação estrogênica - células superficiais queratinizadas); Ultrassom (US) = difícil; diferencial com neoplasia ovariana ▪ Tratamento: OHE eletiva; hormonal: indução da ovulação (agonista de GnRH ou LH) o Neoplasia ovariana ▪ Classificação • Tumores de células germinativas (neoplasia do oócito) • Classificação: disgerminomas, teratomas (tec. embrionário); incidência de 20% dos tumores ovarianos • Não são produtores de hormônios; não tem alteração reprodutiva • Sinais clínicos: distenção abdominal, manutenção da ciclicidade • Diagnóstico: RX (mineralização); US • Tratamento: remoção cirúrgica • Tumores estromais (células da granulosa, da teca e do corpo lúteo) • Classificação: células da granulosa (E2), células da teca (E2 ou andrógeno), luteomas (P4); 38% de todos os tumores ovarianos, 20% metástase; unilateral, encapsulado, pouco invasivo • Sinais clínicos: cios persistentes e irregulares (sangramento prolongado); ascite, distenção abdominal (comprometimento de áreas próximas); alterações dermatológicas e sanguíneas; anestro persistente e virilismo (testosteroma) • Diagnóstico: massa em abdômen cranial; ação estrogênica ou progestacional ou testosterona; citologia vaginal; US; dosagem hormonal • Tratamento: remoção cirúrgica = OHE completa; ovariectomia parcial = HEC; quimioterapia não foi descrita • Tumores epiteliais (não produtor de hormônio; não causa alterações reprodutivas) • Classificação: fibroadenoma, fibroma, adenocarcinoma, etc; 20 a 64% de todos tumores ovarianos • Sinais clínicos: assintomático; ascite, distensão abdominal; obstrução linfática • Exames complementares: US (estrutura irregular anecóica, caudal ao rim); RX (metástases) • Tratamento: OHE completa ou parcial (malignidade); Quimioterapia = ciclofosfamida (50 mg/m2, 3x/sem) - clorambucil (8 mg/m2, 2x semana) • Glândula mamária o Hiperplasia mamária felina ▪ Definição: condição não neoplásica, responsiva à P4, caracterizada por rápida hipertrofia e hiperplasia, ou proliferação do estroma ductal e do epitélio das glândulas mamárias ▪ Incidência: afecções exclusiva de felinos • Fêmeas não castradas; 1 a 4 anos de idade; 1 a 2 semanas pós cio, fêmeas em lactação ou tratadas com medicamentos prostágenos; 20% das alterações mamárias • Sinais clínicos: nódulos mamários bem delimitados, não encapsulados; 2 a 5 cm de diâmetro; edema, ulceração, áreas de necrose e infecção bacteriana secundária • Diagnóstico: histórico + sinais clínicos; diferenciar de neoplasia mamária; local, tamanho e forma (número de glândulas; trauma ou sinais de inflamação; aderência; linfoadenomegalia inguinal ou torácica; sinais de metástase) • Exames complementares: progesterona sérica; aspiração ou biopsia excisional (difícil diferenciação); ultrassonografia mamária • Tratamento (remover o estímulo hormonal da progesterona): remissão espontânea após o parto ou lactação; expectativa + OHE (remoção do CL -> baixar o nível de P4); medicamentos inibidores da progesterona (aglepristone)/bloqueadores do receptor de progesterona (alizin); mastectomia; suporte (AINE, ATB); inibidores da lactação o Neoplasia mamária ▪ Classificação • Malignas: adenocarcinomas; adenossarcomas • Benignos: fibroadenomas (tumores mistos) • 1º neoplasia mais frequente em cadelas • Predisposição racial • Cadelas: 50 a 80 % maligno • Gatas: 90% maligno • Diagnóstico do tipo tumoral: busca por metástase (histopatológico) o Pseudociese manifesta Características dos ciclos estrais dos pequenos ruminantes Poliéstricas estacionais Gestação de 5 meses Zonas tropicais: ciclam o a ano todo Ovelha Cabra Puberdade 6 - 9 meses 5 - 7 meses Duração do ciclo 17 dias (14 - 19) 21 dias (18 - 22) Proestro Até 24h Até 24h Estro 24 - 36h 24 - 48h Metaestro 12 - 36h 12 - 36h Ovulação 24 - 27h após inicio do cio 24 - 36h após inicio do cio CL 13 dias 17 dias Gestação 149 dias 149 dias Inoculação uterina 27 dias ? 1a ovulação > 20 dias ? Ciclos estrais • CL: hipofuncional o Dura menos • Curtos nos primeiros cios: luteólise precoce ou anovulação • Duração do cio: raça, idade, estação e presença de macho Sinais de cio • Mais discretos na ovelha • Inquieta, berra, balança a cauda, urina... Ovulação • Nível nutricional - flushing: dieta hipercalórica 2 - 3 semanas antes • Idade: máxima dos 3 aos 6 anos Indução e sincronização • Método natural o Luz artificial ▪ Galpões para confinamento total ▪ De abril à agosto ▪ 4 horas diárias, das 17:00 - 21:00 ▪ Fêmeas jovens: cio a partir de 15 dias do término da iluminação ▪ Fêmeas em lactação: cio a partir de 60 dias do término da iluminção o Ovelha ▪ Efeito macho • Retira o macho do "alcance" das fêmeas • Objetivo: antecipar a estação reprodutiva; antecipar a puberdade; antecipar cio após anestro lactacional • Ação: feromôniosatingem hipotálamo e determinam a liberação de LH ao estímulo visual do macho • Medicamentoso: prostaglandinas (CL funcional, progestágenos e gonadotrofinas) o Ovelha ▪ Esponjas vaginais • P4 • Feedback (-) sobre a hipófise ▪ Prostaglandinas • Somente na estação reprodutiva • CL entre os dias 5 a 14 dias do ciclo • 2 aplicações sequenciai: 11 dias de intervalo • Cloprostenol ▪ P4 + PGF2α ▪ Progestágeno + eCG (PMSG) o Cabra ▪ Prostaglandina • Atividade do CL: 4 a 17 dias após estro • 1 aplicação com ciclo estral conhecido no 12° dia do ciclo: estro após 24 - 72h • 2 aplicações com 11 a 14 dias de intervalo quando ciclo estral desconhecido ▪ Progestágeno + eCG (PMSG) ▪ P4 + PGF + eCG • Único tratamento permite IA em horário pré-determinado ▪ eCG • Estros tardios Técnica de IA • Intravaginal o Deposição em vagina cranial o Sêmen fresco, puro ou diluído, de boa qualidade, em grande volume o Rápido, fácil e de baixo custo • Cervical superficial o Sêmen fresco, puro, diluído ou refrigerado o Rápido, fácil e de baixo custo • Cervical profunda o Sêmen fresco, puro, diluído ou refrigerado o Muito mais fácil na cabra ▪ Ovelhas: 4 a 7 anéis fibrosos tortuosos o menor dose inseminante e maior eficiência • Intrauterina via transcervical o Sêmen criopreservado o Cabras: pinçamento da parede adjacente à cérvix o Ovelhas: pinçamento e tração das pareces adjacentes à cérvix • Intrauterina via laparoscopia o Sêmen criopreservado o Procedimento cirúrgico: riscos e complicações o Custos mais elevados o 50 - 70% Características dos ciclos estrais de porcas Idade da puberdade: 6 meses (5 - 7) Poliéstricas não estacionais Ciclo estral • Duração do ciclo: 21 dias (17 - 25) • Proestro: 3 dias • Estro: 50 horas (12 a 96) • Metaestro: 3 - 4 dias • Diestro: 9 - 13 dias • Ovulação: 38 a 42 horas do início do cio • Variáveis: raça, marrãs (cio mais curto), estação do ano (estresse térmico)... • Luteólise: PGF e PGE • Pico de LH: 8 a 20h Sinais de cio: edema vulvar, corrimento mucoso, ocasional, inquietação... Taxa de ovulação: Flushing Fertilização: > 90% • Perda embrionária precoce: até 40% Gestação: aproximadamente 114 dias (3 meses, 3 semanas e 3 dias) Cio pós parto (1 a 3 dias) • Menos E2, P4, estrona e relaxina • Mais FSH • Folículos ovarianos imaturos: não fecunda • Anestro de lactação o Ausência de hormônios gonadotróficos o Involução uterina: 28 dias o Desmame: ovulação em 4 a 8 dias
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