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CIÊNCIAS POLÍTICAS
Prof. Dr. Sérgio Roberto Martins
Político: Cidadão com poder diante de uma sociedade, visando manter a ordem dessa sociedade.
Ciências Políticas
Conceito: Relação entre poder político e a sociedade. Estudo da formação e organização do Poder. A Ciência Política estuda a realidade política, o fenômeno político, o mundo ou o universo político atém da própria coisa pública.
Política: Polis – refere-se ao que é urbano, ao que é civil, público, enfim, ao que é cidade. É uma forma de atividade humana relacionada ao exercício do poder. Em linhas gerais, cabe à Ciência Política estudar o Estado, sua formação e sua organização.
Divisão Geral do Direito.
Direito Natural: emana da natureza, independe da vontade humana sendo invariável no espaço e no tempo. Conhecido como mundo do ser.
Direito Positivo: Conjunto orgânico das condições de vida e desenvolvimento do indivíduo na sociedade. Depende da vontade humana e das garantias dadas pela força coerciva do Estado. ( Autor Pedro Lessa).
Divisões do Direito Positivo
Direito Privado: diz respeito aos direitos particulares.
Direito Público: regulamenta as coisas do Estado.
Direito Privado Interno: é o conjunto de preceitos e normas que regulam a condição civil dos indivíduos e das coletividades organizadas (Pessoas Jurídica), e bem assim os modos pelos quais se adquirem, conservam, desfrutam e transmitem os bens e também as relações de famílias e de sucessões.
Direito Positivo Privado Interno Civil: trata das relações entre particulares.
Direito Positivo Privado Interno Comercial: disciplina as relações jurídicas no âmbito do comércio, ou seja, pessoas jurídicas.
Direito Privado Internacional: conjunto princípios e normas mais ou menos aceitas universalmente e em geral obedecidas. São as relações existentes entre pessoas fixadas em Estados Federados diferentes.
Direito Positivo Público
Internacional: Estuda o complexo normativo das relações de Direito Público Externo.
Interno: Conjunto de normas de que tratam questões coletivas, bem social e relações entre particulares e Estado, entre Público e Privado.
Direito Administrativo: tem como função atuar nas formas de relacionamento entre os particulares e a administração pública.
Direito Penal: estabelece normas de comportamento social de natureza penal e suas sanções.
Direito Processual Judiciário: reúne os princípios e normas que dispõem sobre a jurisdição. É o ato através do qual o poder judiciário se pronuncia sobre o objetivo de uma demanda.
Jurisdição: Poder do Estado em dizer o Direito no caso concreto.
Processo: Forma material de resolução de um conflito de interesses.
Direito Trabalhista: conjunto de normas jurídicas que regem as relações entre empregados e empregadores e os direitos resultantes da condição jurídica dos trabalhadores.
Direito Financeiro ou Tributário: disciplina a receita tributária, as despesas públicas, direito monetário, bancário e cambial, ou seja, trata das legislações sobre o sistema financeiro nacional.
Direito Constitucional: é o estudo da constituição, da estrutura institucional política e jurídica do Estado e suas normas fundamentais e da definição e do funcionamento de seus órgãos. A Constituição Federal tem como proposta estabelecer a forma de Estado, princípios fundamentais que regem o Estado na qual vivemos. Constituição Federal é como se fosse a certidão de nascimento do País. O Brasil nasce formalmente a partir de 1988 (Ulisses Guimarães).
Direito Público Constitucional Geral: estuda os princípios comuns e essenciais que regem a formação e a organização de todos os estados e nações nas suas dimensões sociológicas, axiológicas e políticas. Isto é o que estudaremos em Ciências Políticas e Teoria Geral do Estado durante o ano.
Direito Público Constitucional Especial: trata de direito público interno e direito comparado ou externo. Estudada no 2º ano do Curso de Direito. Analisará a Constituição Federal de 1988 que é a Lei a qual todas as outras são subordinadas.
A Constituição Federal é absolutamente inicial, é a partir dela que inicia-se o Estado. A Constituição de 1988 entra em vigor e “destrói”, desbanca qualquer outra Lei chamada Constituição, criando assim um novo Estado – República Federativa do Brasil.
Aproveitam-se as Leis antigas diante da compatibilidade com as novas Leis, as incompatíveis serão revogadas. Deu-se isso para que se mantivesse a ordem na sociedade.
NAÇÃO E ESTADO
Sociedade e Comunidade: Todo grupo social que tenha existência permanente será uma sociedade ou uma comunidade.
Aristóteles diz: “Se o ente humano vivesse isolado seria um deus ou um bruto. Algo mais ou algo menos do que um homem.”
O homem é um ser eminentemente sociável.
As Sociedades se formam por ato de vontade.
As comunidades independem de vontade. Agrupam-se por questões sociais e não por questão jurídica, ou seja, forma-se espontaneamente. 
A sociedade possui um objetivo comum específico, possuem um fim a atingir. Ex.: Empresa, Clube Recreativo.
As Comunidades não possuem um objetivo comum específico. Um objetivo pode se o de apresentar a própria comunidade.
A sociedade possui vínculo jurídico.
As comunidades não possuem. No máximo sentimentos comuns, nada normatizado.
A sociedade possui rede social.
As Comunidades não.
A nação se compara a uma comunidade, ao passo que o Estado é necessariamente uma sociedade jurídica.
A nação convive no mesmo espaço visando o bem comum. Pode estar incorporada no Estado ou também não fazer parte.
Em um Estado existem várias nações e nas Nações existem vários Estados. O ideal seria se fossem uma unidade Estado-Nação.
A Nação é uma realidade sociológica.
O Estado é uma realidade jurídica.
O conceito de Nação é essencialmente de ordem subjetiva.
O conceito de Estado é necessariamente objetiva.
Conceito de Nação: é uma entidade de direito natural histórico. É um conjunto homogêneo de pessoas ligadas entre si por vínculos permanentes de sangue, de idioma, de religião, de cultura e idéias. Ela é anterior ao Estado, aliás, pode ser definida como a substância humana do Estado.
POPULAÇÃO: é o conjunto heterogêneo dos habitantes de um país, sem exclusão dos estrangeiros, dos apátridas, enfim, de ninguém. A população brasileira passa de um milhão de pessoas. Todo o grupo de pessoas que vive num determinado Estado.
POVO: é aquele que tem representatividade no Estado, na associação política. É o quadro humano que se politizou. Aquela parte da população capaz de participar através das eleições do processo democrático. “No Brasil, todo poder emana do povo e em seu nome deverá ser exercido.” Constituição Federal. Pode-se considerar povo todo brasileiro nato ou naturalizado. É o conjunto de cidadãos que mantém necessariamente vínculo político e jurídico definindo inclusive sua nacionalidade naquele Estado. Para que haja nação é necessário uma duradoura convivência da sociedade.
RAÇA: são pessoas que possuem os mesmo ancestrais ou compartilham das mesmas crenças ou valores, mesma linguagem ou qualquer outro traço social ou social ou cultural. Hoje pouco se fala em raça mas sim em etnia.
Grupo definido de forma homogênea e que não se confundem com nação e Estado. Está ligada a uma unidade bioantropológica. A Nação brasileira é composta por várias raças. Ex.: Lusitanos, Africanos, Ameríndios, etc.
Coincidência de Estado e Raça é possível. Ex.: Índios.
O Estado ideal deveria ser coincidente, Nação e Estado.
O Brasil não possui identidade definida.
A nação brasileira está se formando no Estado Brasileiro.
SAHID MALUF
HOMOGENEIDADE DE GRUPOS NACIONAIS: torna-se mais difícil por causa da globalização. 
Quanto mais o Estado estiver de uma Nação, ou seja, da homogeneidade, melhor será.
ESTADO: é uma instituição organizada política, social e juridicamente que ocupa um território definido e na maioria das vezes sua lei maior é uma Constituição escrita. É dirigido por um governo soberano reconhecido interna e externamente sendo responsável pela organização e pelo controle social, pois detém omonopólio legítimo de uso da força e da coerção.
Elementos Constitutivos do Estado
O Estado é uma sociedade de pessoas chamada população em determinado território sob a autoridade de determinado governo a fim de alcançar determinado objetivo, o bem comum. Este é o conceito analítico de Estado através de seus elementos:
A – População / B – Território / C – Governo
A condição de Estado perfeito pressupõe a presença concomitante e conjunta destes três elementos revestidos de características especiais:
* População relativamente homogênea;
* Território Certo i inalienável;
* Governo Independente;
A ausência ou desconfiguração de qualquer destes elementos retira a plenitude do Estado.
População Relativamente Homogênea
Primeiro elemento formado do Estado, sem esta substância humana não há que se falar em formação ou existência de Estado, não há Estado sem população.
Território
É a base física no âmbito geográfico do Estado onde ocorre a validade de suas ordens jurídicas. É o espaço geográfico onde o Estado exerce sua soberania. Este território tem suas limitações físicas, são elas:
Solo: Porção de terras visíveis e delimitadas pelas fronteiras internacionais e pelo mar.
Sub-Solo: tudo abaixo do solo até no inferno (conceito de Cícero)
Espaço Aéreo: coluna imaginária de ar que acompanha o contorno do território terrestre acrescido do mar territorial, ou seja, tudo acima do solo, até o “céu”, onde Deus manda.
Mar Territorial: faixa variável de águas que banham as costas de um Estado e sob as quais exerce ele os direitos de soberania. Aproximadamente 12 milhas (1.825 milhas marítimas), sendo que até 200 milhas é a área de exploração comercial.
Considera-se território nacional também, por força de Lei, os navios militares ou aeronaves militares, estejam eles onde estiverem.
Considera-se também território nacional os navios comerciais ou aeronaves comerciais de bandeira brasileira que estiverem transitando por águas internacionais ou em espaço aéreo internacional.
Toda embarcação ou aeronave deve ter registro onde fica oficializado a naturalidade do registro.
EMBAIXADA: o lugar em que a embaixada está localizada não considera-se território nacional daquela bandeira. O que realmente existe é a imunidade diplomática diante das leis do país onde a embaixada estiver localizada. 
GOVERNO: positivamente é o conjunto das funções necessárias à manutenção da ordem jurídica e da administração pública. Governar significa exercer o poder de soberania.
· População (homogênea)
· Território (certo, inalienável)
· Governo (soberano)
Sem qualquer um destes elementos não será um Estado perfeito, mas sim um Estado incompleto.
CARACTERÍSTICAS DO ESTADO
1 – Soberania
2 – Nacionalidade São, também, requisitos para que exista um Estado pleno.
3 – Finalidade
Soberania: a soberania do Estado pode ser definida como sendo a autodeterminação de seu governo sem depender de potências estrangeiras quer no campo político, econômico ou cultural. Para que o Estado seja soberano deve necessariamente ser independente nestes aspectos.
Nacionalidade: é o vínculo jurídico político que faz da pessoa um dos elementos componentes da dimensão pessoal de Estado, capacitando-a a exigir sua proteção e sujeitando-a aos cumprimentos dos deveres impostos. (Pontes de Miranda – Tratado do Direito Internacional).
Compete ao Estado Constitucional decidir a quem outorgar a nacionalidade e quais direitos e deveres especiais devem regulá-las.
Dependendo dos critérios utilizados podemos ter pessoas com dupla nacionalidade ou até mesmo apátridas.
CRITÉRIOS PARA DEFINIÇÃO DE NACIONALIDADE
1 – Primário ou Originário: considera seus detentores cidadãos natos daquele Estado.
A – “Jus Soli”: se estabelece a nacionalidade a partir do local de nascimento do indivíduo. (Direito do Solo: onde o indivíduo nasce).
B – “Jus Sanguini”: utiliza como parâmetro a descendência do indivíduo ou sua consangüinidade.
A maioria dos Estados adota o critério “Jus soli”, independendo da consangüinidade e seus pais não podem ser trabalhadores estrangeiros no país, mas estando de férias seu filho será uma pessoa natural do Brasil.
“Jus Sanguini”: apenas em algumas exceções. 
Ex.: Nascidos de pais brasileiros em outro país em que os mesmos estejam em nome da República Federativa do Brasil. / Filho de pai ou mãe brasileira em solo estrangeiro que opte pela nacionalidade brasileira. 
Apátrida: pessoa nascida em país que utiliza o critério “Jus Sanguini” e em seu país de origem apenas utilize, sem exceção nenhuma, “Jus Soli”, este indivíduo torna-se apátrida (pessoa sem pátria).
A ONU estabelece regras para essa situação e todos os países vinculados a ela aceitam esta regra.
2 – Secundário: adquirido por vontade recíproca entre o indivíduo e o Estado, é a nacionalidade adquirida através do processo de naturalização.
Finalidade do Estado: Bem Comum
O elemento final do Estado deve ser, naquele território em que determinado povo vive sob o governo do Estado, atingir o bem comum que consiste no conjunto das condições para que as pessoas individualmente ou associadas em grupo possam atingir seus objetivos livremente e sem prejuízos dos demais. O Estado é uma organização com a finalidade de atingir o bem comum.
Estado como o fim de si mesmo se dá quando o Estado não visa o bem comum. Aristóteles dizia que o Bom Estado busca o bem comum e o Mal Estado não.
Soberania
Poder: é a faculdade de tomar decisões em nome da coletividade. Forma de exercer a prerrogativa da soberania. Quando o poder é mantido pela força teremos Estados totalitários e não Estado de Direito mas sim de fato.
O Estado moderno resume basicamente o processo de despersonalização do poder a saber, a passagem de um poder de pessoa a um poder de instituições, de poder imposto pela força a um poder fundado na aprovação de um grupo, de um poder de fato a um poder de direito.A titularidade desse poder é do povo que exerce seu poder através de seus representantes.
Soberania: a palavra soberania vem, por óbvio, do soberano, do medieval suserano que significa “Senhor”. O Estado Soberano é aquele que tem o poder de declarar seu próprio direito positivo de modo inconstratável sem ter que dar satisfações a nenhuma instância superior.
Miguel Reale define Soberania como sendo, do ponto de vista político, a independência fundamental do poder do Estado perante outros poderes e do ponto de vista jurídico o direito incontestável de governar.
Características da Soberania.
1 – Uma (única): não pode existir mais de uma autoridade soberana em um mesmo território.
2 – Indivisível: não se admite divisão da soberania. É possível delegar-se competências mas nunca dividir a soberania.
Ex poder delegado: Poder Executivo, Legislativo, Judiciário.
3 – Inalienável: a soberania por sua própria natureza não se transfere a ninguém, não é possível alienar esta soberania.
4 – Imprescritível: não pode sofrer limitações no tempo. Uma nação as se organizar em Estado soberano o faz em caráter definitivo e eterno, não se consegue soberania temporária, ou seja, por tempo determinado. Essa é a classificação da idéia do que foi a soberania na época.
Teorias sobre a Soberania
Teocráticas (Direito Divino): ensinam que todo poder vem de Deus. Exercício do poder pela “intervenção” divina.
Direito Divino Sobrenatural: ensina que, sendo Deus a causa primeira de todas as coisas, é também nEle que se reside a origem do poder. A soberania vem da própria divindade ou representantes dEle. (Princípio, modo e uso – São Tomaz de Aquino)
O princípio do poder para São Tomas de Aquino reside em Deus, criador de todas as coisas, mas o modo de uso do poder vem dos homens e a fonte humana da soberania vem do povo.
Direito Divino Providencial: ensina que Deus não intervém diretamente para indicar a pessoa que deve exercer o poder, mas sim indiretamente pela direção providencial dos acontecimentos humanos. O indivíduo chega ao poder por providência divina, e não por indicação direta de Deus.
Democráticas – Atribui ao povo ou Estadoo poder Soberano
Teoria da Soberania Popular: busca sua inspiração na república romana e na democracia ateniense para dizer que efetivamente soberano é o povo, o verdadeiro titular da soberania, da qual os governantes têm o exercício por delegação popular.
É a mais condizente com a maioria dos Estados existentes atualmente.
Teoria da Soberania do Estado: relativamente jovem, baseada na Alemanha, entendia que a soberania é do Estado. Tendo o povo em função do Estado. Esta teoria considera que o Estado é um ser que realiza plenamente a organização da nação e é a meta final de todos os cidadãos.
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SEGUNDO BIMESTRE
Origem dos Estados
As principais teorias são:
Teoria da Origem Natural: por esta teoria entende-se que o Estado se forma naturalmente a partir da conjugação espontânea de diversos elementos. É impossível considerar, segundo esta teoria, que apenas a família ou a propriedade originam um Estado. 
Teoria da Origem Familiar: segundo esta teoria a origem do Estado apóia-se na derivação da humanidade por meio de um casal originário, portanto de fundo bíblico (Adão e Eva). Divide-se em duas correntes principais:
Patriarcal: por esta teoria o Estado derivaria de um núcleo familiar cuja autoridade suprema pertenceria ao ascendente varão mais velho. O Estado seria assim uma ampliação da família patriarcal.
Matriarcal: por esta teoria a primeira organização familiar teria sido baseada na autoridade da mãe.
Teoria da Origem Contratual: (Contrato Social – Jean Jacks Rousseau, Leviatã - Robs ) - parte da idéia que a origem do Estado advêm de um contrato social entre vários indivíduos independentes numa situação de liberdade plena ou estado natural que por conta de uma situação de comodidade ou beligerância convencionaram por mútuo acordo a substituição da liberdade plena pela liberdade civil obediente à lei.
Teoria da Origem Patrimonial: esta teoria tem origem na filosofia de Platão no livro A República de Platão, livro 2. Por esta teoria o Estado teria nascido da união das profissões econômicas com a proposta de preservar patrimônio, ou seja, o cidadão viu na possibilidade de se organizar um Estado ou Governo regido por lei uma idéia para garantir o seu patrimônio. Para Karl Marx o surgimento do poder político do Estado nada mais é do que o fruto da dominação econômica do homem pelo homem. O Estado vem a ser uma ordem coativa, instrumento de dominação de uma classe sobre outra.
Teoria da Origem Pela Força: para esta teoria a organização política resulta do poder de dominação dos mais fortes sobre os mais fracos. O Estado surge das relações violentas entre os homens por meio de guerra. Por esta teoria os homens em estado de natureza vivem em inimizade, ou seja, o homem é briguento por natureza e submeteu-se à convivência social pela força.
Nascimento dos Estados
É comum que se faça uma analogia entre Estado e o ser humano, existindo assim o nascimento, desenvolvimento e morte (extinção) do Estado. Para que o Estado nasça é necessária a conjugação destes três itens: População, Território e Governo. Mesmo que um estado chegue a extinguir-se não quer dizer que a nação desaparecerá também. A República Federativa do Brasil nasceu a partir de 05 de Outubro de 1988 com a promulgação da Constituição Federal, costuma-se dizer que esta é a certidão de nascimento do Brasil.
Segundo a definição de Montaigne o Estado nasce, floresce e morre. Essa interpretação foi dada pela escola orgânica que defendia o nascimento do Estado.
Consideram-se três modos de nascimento do Estado.
1 – Originária: neste modo o Estado surge do próprio meio nacional sem dependência de fator externo. Por este modo um agrupamento humano mais ou menos homogêneo estabelecendo-se num determinado território organiza o seu governo e passa a apresentar as condições universais da ordem política e jurídica. Esta forma tornou-se menos comum, prevalecendo apenas os outros modos.
2 – Secundária: este modo pode nascer da união ou divisão de estados. Esta união ocorre na forma de Confederação, Federação, União Pessoal, União Real.
Confederação: o Estado pode nascer da união convencional de países independentes objetivando a realização de grandes empreendimentos de interesse comum ou o fortalecimento da defesa de todos contra a eventualidade de uma agressão externa. Vários Estados Independentes, Soberanos já existentes se agrupam num só com a idéia de melhor gerir suas riquezas e forças.
Federação: é uma união nacional mais íntima, perpétua e indisponível de províncias ou estados que passam a constituir uma só pessoa de direito público internacional. É a reunião de estados autônomos que compõem um estado único soberano. Exemplos deste modo são: EUA, Brasil, Paraguai, Argentina. 
União Pessoal: é o governo de dois ou mais países por um só monarca (rei). É uma união de natureza precária, transitória porque decorre exclusivamente de eventuais direitos sucessórios ou convencionais de um determinado monarca. Hoje não mais existe este estado formado por união pessoal. Exemplos: Governo da antiga Alemanha e Espanha sob o poder de Carlos V, Espanha e Portugal sob o comando de Felipe.
União Real: é a união efetiva com caráter permanente de dois ou mais países formando uma só pessoa de direito público internacional. Ainda existe e como exemplo temos a Grã-Bretanha (Reino Unido).
A Divisão possui casos de nascimento Nacional e Sucessorial.
Divisão Nacional: é a que se dá quando determinada região ou província integrante de um estado obtêm a sua independência e forma uma nova unidade política, um novo Estado.
Divisão Sucessorial: é uma forma típica encontrada em monarquias medievais. O Estado considerado como propriedade do monarca era dividido entre seus parentes e sucessores desdobrando-se assim em reinos menores autônomos. Não se admite hoje este tipo de divisão, pois não existe mais monarquia que se apresenta como proprietária do Estado.
3 – Derivada: Segundo essa hipótese o nascimento do Estado se dá por movimentos exteriores, são eles: Colonização, Concessão de Direitos de Soberania, Ato de Governo.
Colonização: ocorre quando os países colonizadores, posteriormente às conquistas transformam as colônias em Estados livres. Os exploradores vão, conquistam o país, levam o povo para as novas terras. Estes se rebelam contra os colonizadores e formam os estados livres.
Concessão de Direitos de Soberania: acontece de forma espontânea por determinado governo que outorga (concede) soberania a algum povo que vivia sob seu comando.
Ato de Governo: é a forma pela qual o nascimento de um novo Estado decorre da simples vontade de um eventual conquistador ou de um governo absoluto. Isto ocorreu bastante com Napoleão, quando conquistava este instituía o governo onde bem queria.
Desenvolvimento e Declínio dos Estados
Extinção do Estado: em geral o desaparecimento do Estado como unidade de direito público ocorre sempre que por qualquer motivo faltar um de seus elementos de constituição ou formação (população, território e governo). Os motivos que podem levar o Estado à extinção variam entre:
1) Causas Naturais: extingue-se o Estado pela ocorrência de fatores imprevisíveis e aleatórios à vontade do governante e do povo, tais fatores são causas naturais, como: maremotos, terremotos, inundações, erupções vulcânicas, etc. Causas estas que fazem desaparecer os Estados, acabando com o território. Existem atualmente as ilhas Kiribati e Tuvalu que estão ameaçadas de perderem seus territórios pela invasão das águas do oceano pelo aquecimento global.
2) Conquistas: um Estado pode ser extinto em função do processo de conquista efetuado por outro estado mais forte militarmente. Ex.: o Brasil resolve conquistar o Paraguai, invade o país e toma todo o território pertencente a este. Com esta conquista o governo paraguaio deixa de existir, deixando de existir consequentemente o Estado do Paraguai.
3) Expulsão: quando as forças conquistadoras ocupando plenamente o território do Estado invadido obrigam a população vencida a se deslocar para outra região.A força conquistadora expulsa a população daquele território, deixando assim de existir o Estado.
4) Emigração: quando, sobre a pressão de qualquer acontecimento imprevisto toda a população abandona o país.
5) Renúncia da Condição de Estado: ocorre quando uma comunidade nacional renuncia aos seus direitos de autodeterminação, ou seja, renunciam à sua própria soberania em benefício de outro Estado ao qual se incorpora. Ex.: O estado americano do Texas pertencia ao México, este declarou sua independência e acabou sendo incorporado à Federação Americana.
Teorias Que Justificam as Transformações dos Estados – Criação ou Extinção
Envolvem muito mais do que a simples adequação de um povo a determinado território. Afeta todos os povos, afinal de contas, quando se cria ou se extingue um Estado transforma-se todo o mapa territorial mundial. O limite está relacionado ao direito internacional. Para que um Estado seja reconhecido não basta que este seja criado apenas, mas carece de reconhecimento internacional.
Assim, procurando dar a todos os fatores que levam ao reconhecimento do nascimento ou extinção do Estado aplicam-se fatores de jurisdicidade para que se emponham ao respeito e ao acatamento de todos os povos. Do jogo de interesses legítimos ou ilegítimos das maiores potências a política internacional tem adotado desde o século passado as seguintes teorias que justificam o Estado:
1) Teoria da Nacionalidade: segundo esta teoria a formação do Estado deve ser baseada na liberdade que cada nação tem de se organizar segundo suas tradições consistindo o Estado na organização política de uma nação. A cada nacionalidade diferenciada deverá corresponder uma composição política autônoma. “Ligada à ideia de Estado enquanto nação. Esta ideia de teoria da nacionalidade serviu para a independência de vários Estados, por outro lado, serviu também para a tirania usando-a para tomar o poder de outros Estados.”
2) Teoria das Fronteiras Naturais: para esta teoria o Estado deveria ter o seu território delimitado pelos grandes acidentes geográficos naturais. O que estabelecia o território do país eram as cordilheiras, os mares, rios navegáveis, etc. Acabaram não se sustentando por ocorrência de conflitos acerca do consenso a respeito do tamanho deste acidente geográfico.
3) Teoria do Equilíbrio Internacional: esta teoria parte do princípio de que a paz decorre do equilíbrio que se possa estabelecer entre as forças das várias potências. É a ideia de que lobo não ataca lobo, as forças, sendo equilibradas, existe paz. Entre estas principais potências deveria haver igualdade de poderio bélico. Vários doutrinadores ainda sustentam que esta limitação de Estado está intimamente ligada ao poderio bélico, entendendo que quanto maior o poderio bélico menor a chance de ser atacado.
4) Teoria de Livre Arbítrio dos Povos: esta teoria defende a vontade nacional como razão de Estado. Preceitua que só o livre consentimento de cada povo justifica e preside a vida do Estado. Devem os povos estabelecer o seu governo. Dentro desta ideia de soberania enquanto pertencente ao povo é difícil sustentar outra que não seja pela vontade do povo. Sendo diferente disso tende a desaparecer. Nada justifica hoje a manutenção do Estado em razão de fronteiras, pela força, etc., não sendo válida outra forma de que justifique a criação de Estado que não o do Livre Arbítrio dos Povos.
Trabalho: Evolução Histórica do Estado. (Valor até 2,0). Entregar no dia da prova, não tem limite de linhas desde que conste e siga a ordem de tópicos:
O Estado no Antigo Oriente, O Estado na Grécia Clássica, O Estado Romano, O Estado Medieval, O Estado Moderno, O Estado Contemporâneo.
Estado de Direito Liberal, Social e Democrático
Absolutismo nasceu diante da necessidade de se criar uma forma de governo que mudasse os conceitos dos antigos métodos. Era regido pelo Rei que administrava absolutamente, ou seja, sem regras, por isso o nome Absolutismo.
A Revolução Francesa foi liderada por capitalistas que detinham poder financeiro e estavam sempre sendo subjugados ora pela nobreza, ora pelos senhores feudais. A partir daí criaram o Estado Liberal (Liberdade, Igualdade e Fraternidade).
Liberdade: com uma proposta de expansão de seus empreendimentos.
Igualdade: dizia respeito ao tratamento igualitário que era dado aos nobres e monarca. Pretendia abolir esse tratamento que era dado à essas categorias.
Fraternidade: esse lema foi usado unicamente para trazer os sem causas (população pobre) para o seu lado, assim podendo lutar juntos contra estas classes dominantes.
O Estado Liberal surge no século XVIII e constitui o primeiro regime jurídico político da sociedade que foi materializado com normas de relações econômicas e sociais colocando de um lado os capitalistas (Burgueses em ascensão) e de outro lado a realeza representada pelo monarca e a nobreza representada pelos senhores feudais em decadência.
Características Básicas do Estado Liberal
1) Não Intervenção do Estado na Economia: permitia a ideia de que a economia fosse livre, sem a efetiva intervenção do Estado.
2) Vigência do Princípio da Igualdade Formal: todos são iguais perante a lei sem distinção de raça, cor, sexo, etc. Com base nessa característica ficou estabelecido que todas as classes sociais seriam tratadas uniformemente buscando a submissão de todos perante a lei, afastando-se com isso o risco de qualquer discriminação. Essa igualdade formal fazia com que todos fossem tratados de forma igualitária, evitando o tratamento diferenciado que era dado aos nobres e monarca. A intenção era para que não houvesse essa discriminação.
3) Supremacia da Constituição Como Norma Limitadora do Poder Governamental: com a Revolução Francesa se idealizou e foi criado um único ordenamento jurídico onde ficou estabelecido regras acerca da igualdade formal e das demais garantias defendidas pelos revolucionários surgindo daí o conceito de Estado de Direito e a figura da Constituição que passava a limitar o poder dos governantes contendo com isso seus arbítrios. Foi estabelecida como uma norma escrita, advindo daí a primeira norma que regia a vida do cidadão.
4) Adoção da Teoria da Divisão dos Poderes (defendida por Montesquieu): a teoria de Montesquieu defende a divisão dos poderes do estado em três órgãos autônomos e independentes. Um encarregado de elaborar as leis (Poder Legislativo), outro de administrar o estado (Poder Executivo) e outro encarregado de julgar conflitos (Poder Judiciário). Segundo constam os historiadores, Montesquieu fazia parte da nobreza, e com a proposta de revolução e consequente enfraquecimento dos Senhores Feudais, diante da gama de dinheiro dos Burgueses, Montesquieu elaborou essa divisão de poderes e entregou às três classes essa teoria.
5) Garantia de Direitos Individuais Fundamentais: dentro desta ideia criou-se a figura do Direito Público Subjetivo, isto é, a possibilidade do cidadão sendo titular de direitos ter a faculdade (faculta agendi) de exigi-lo em desfavor do Estado, regulando a atividade política, situação que não era prevista no absolutismo. No Absolutismo, realmente o indivíduo não possuía a faculdade de exigir nada do estado, podem apenas cobrar direitos apenas de outro indivíduo. A partir dessa Garantia de Direitos Individuais Fundamentais, o indivíduo passou a ter a faculdade de exigir seus direitos perante o estado. Para Norberto Bobbio, na doutrina liberal “Estado de Direito significa não só subordinação dos poderes públicos que qualquer grau às leis gerais do país, limite que é puramente formal, mas também subordinação das leis ao limite material do reconhecimento de alguns direitos fundamentais considerados constitucionalmente e, portanto, em linha de princípio inviolável”.
A posição do Estado no sistema liberal era de postura negativa, isto é, uma omissão estatal em não invadir a esfera individual do nacional que deixou de ser considerado mero súdito elevando-se à condição de cidadão detentor de direitos tutelados pelo estado inclusive contra os próprios agentes estatais. A única coisaque o estado se propunha fazer era não se intrometer na vida do indivíduo, garantindo assim o interesse dos burgueses na revolução francesa. O Estado Liberal também previu os chamados Direitos Subjetivos Processuais visando efetivamente assegurar os direitos materiais.
ESTADO LIBERAL
Ideias
a) Soberania Nacional: exercida através de um sistema representativo de governo.
b) Regime Constitucional: limitar o poder de mando e assegurar a supremacia da lei
c) Divisão de Poderes: Tripartição de Poderes, limitação recíproca entre os poderes.
d) Separação Nítida entre Direito Público e Privado: limitava o que é do Estado e do Particular.
e) Neutralidade em Matéria de Fé Religiosa: não havia preponderância de qualquer influência religiosa garantindo a liberdade até mesmo da fé.
f) Liberal: ninguém é obrigado a fazer ou deixar de fazer algo se não em virtude da lei.
g) Igualdade Jurídica: defendia que não haveria distinção jurídica em classes, raças, sexo, cor, et.
h) Igualdade de Oportunidades: todos tinham direito de enriquecer e obter cargos públicos.
i) Não Intervenção do Poder Público na Economia Particular: o poder Público não interveem na economia particular.
O problema dessas ideias é que elas são muito utópicas. A partir da implantação dessas ideias o capitalismo ascendeu como nunca, chegando os burgueses ao poder. Assim foi-se agravando a situação do trabalhador e criou-se o homem escravizado com direitos. O trabalhador se sujeita à lei da procura e oferta, se submetendo a jornadas de trabalho extensas e por salários irrisórios. O operário se vê compelido a trabalhar pelo mínimo necessário, a esposa vendo isso também foi trabalhar para ajudar em casa e em muitos casos até mesmo as crianças trabalhavam para manutenção de suas casas. O estado simplesmente se apresentava como “juiz” objetivando apenas os ideais do Estado Liberal observando se ninguém estava burlando algumas dessas ideias. Haviam revoluções e lutas de classes onde se iniciou um processo para buscar a solução do decaimento do estado liberal.
Estado Totalitário: mantinha uma legislação firme com uma proposta de constituição, mas com administração nas mãos de um ditador.
Socialismo URSS: inspirado no Manifesto Comunista (Karl Marx) e teve por fundamento (objetivo) a inversão da ordem pública e política com a proposta de destruição da sociedade burguesa, da abolição da propriedade privada, da nacionalização das fontes de produção e a implementação (instauração) da ditadura do proletariado. Não existia liberdade individual.
Fascismo Italiano: liderado por Mussolini onde se pregava que o Estado é criador exclusivo do direito e da moral. Os homens não tinham mais do que o direito que o estado lhes concedia. O Estado é personificado no partido fascista e este não encontra limites morais ou materiais à sua autoridade. Todos os cidadãos e seus bens lhe pertencem. Os opositores são considerados como traidores e sujeitos à justiça que é controlada pelo órgão executivo. Foi de Mussolini a célebre frase “Tudo dentro do Estado, nada fora do Estado e nada contra o Estado”.
Nazismo Alemão: buscou se aproveitar das revoltas dos operários e se instaurou. Busca combater o liberalismo democrático decadente e reagir contra a infiltração comunista. Extinguiram-se os demais partidos políticos existentes, restando tão somente o Partido Nacional Socialista que se tornava a personificação do próprio Estado. Era o poder mais alto e incontestável ao qual se subordinavam todas as atividades públicas e privadas. Tinha por objetivo principal a exaltação dos níveis nacionais a impor o domínio da raça superior ariana.
Estado Social: defendido pela burguesia, tinha como proposta adotar mecanismos que afastassem os trabalhadores da opção revolucionária apresentando para isso as seguintes características:
a) Intervenção do Estado na Economia: a burguesia, agora detentora do poder político, passou a defender o intervencionismo estatal no campo econômico e social, buscando acabar com a postura ausente do Estado, preocupando-se com os aspectos sociais das classes desfavorecidas conferindo-lhes uma melhor qualidade de vida com o único intuito de conter o avanço revolucionário.
b) Aplicação do Princípio da Igualdade Material: substituiu-se a igualdade formal, presente no Estado Liberal, que apenas contribuiu para o aumento das distorções econômicas, pela igualdade material, que almejava atingir a justiça social.
O Princípio da Igualdade Material ou Substancial não só considera todas as pessoas abstratamente iguais perante a lei como se preocupa com a realidade de fato que reclama um tratamento desigual para as pessoas efetivamente desiguais afim de que possam desenvolver as oportunidades que lhes assegura abstratamente a igualdade formal. Surge, então, a necessidade de se tratar desiguais às pessoas diferentes na medida de sua desigualdade.
c) Realização da Justiça Social: o Estado torna-se um Estado Social positivamente atuante para ensejar o desenvolvimento não o mero crescimento, mas a elevação do nível cultural e a mudança social atingindo a realização da justiça social com a extinção das desigualdades na divisão do produto econômico.
A diferença básica entre a concepção clássica do liberalismo e a do Estado Social é que enquanto naquela se trata tão somente de colocar barreiras ao Estado esquecendo-se de fixar-lhe também obrigações positivas, aqui, sem deixar de manter as barreiras, se lhe agregam finalidades e tarefas às quais não sentia obrigado. A identidade básica entre o estado liberal e o estado social, por sua vez, reside em que o segundo toma e mantém do primeiro o respeito aos direitos individuais e é sobre esta base que constrói seus próprios princípios.
Verifica-se assim que o Estado Social apesar de possuir uma finalidade diversa do Estado Liberal ou Estado de Direito (sinônimos) possuem afinidades uma vez que utiliza deste o respeito aos direitos individuais notadamente da liberdade para construir os pilares que fundamentam a criação dos direitos sociais.
Direito de 2ª Geração – surge a partir do Estado Social e situa-se no plano do ter (1ª Geração – ser) de conteúdo econômico e social que almejam melhorar as condições de vida e trabalho da população exigindo do Estado uma atuação positiva em prol dos explorados compreendendo dentre outros o direito ao trabalho, à saúde, ao laser, à educação e à moradia. Surge desta ideia a premissa lógica que é preciso ter para ser, ou seja, é necessário ter materialmente o mínimo de direitos assegurados e realizados para que o indivíduo possa realmente ser cidadão. 
Teoria da Essencialidade dos Direitos Sociais (Carlos Ayres Brito): considera, ao comentar essa teoria, faz o seguinte alerta: “Do que serve o direito à inviolabilidade do domicílio se a pessoa não tem casa, ou, em outras palavras, do que serve o direito ao sigilo da correspondência se a pessoa não tem casa, ou se o cidadão não tem endereço?”. Os direitos sociais são indispensáveis ao cidadão. A esse respeito Santo Agostinho dizia: “Sem o mínimo de bens materiais não se pode nem louvar a Deus”. Foi com base nessas propostas que o Estado Social foi criado em várias partes do mundo. O primeiro Estado a consagrar os direitos sociais foi o México em 1917 e no Brasil em 1934, época de Getúlio Vargas que consagrou os direitos trabalhistas brasileiros.
Estado Democrático de Direito: usando a bandeira do estado social, vários estados autoritários pregaram a ideia do estado social garantindo aos cidadãos, até mesmo em constituição as prerrogativas do Estado Social e foram considerados ditadores a isso podemos exemplificar Getúlio Vargas. O Estado Democrático de Direito surge como uma tentativa de corrigir algumas falhas presentes no Estado Social. O Estado Democrático de Direito, assentado nos pilares da democracia e dos direitos fundamentais, surge como uma forma de barrar a propagação de regimes totalitários que adotando a forma de Estado Social feriam as garantias individuais maculando a efetiva participação popular nas decisões políticas.
Democracia: segundo PintoFerreira democracia é o governo constitucional das maiorias que, sob as bases de uma relativa liberdade e igualdade, pelo menos a igualdade diante da lei, proporciona ao povo o poder de representação e fiscalização dos negócios públicos. Abraham Lincoln (Governo do Povo, para o povo e pelo povo). Para José Afonso da Silva a democracia impõe a participação efetiva e operante do povo na coisa pública, participação que não se exauri na simples formação das instituições representativas que constituem o estágio da evolução do Estado Democrático, mas não o seu completo desenvolvimento.
É preciso conjugar o Estado Social com o Estado Democrático com garantias dos direitos individuais com participação ativa da população. O Brasil é Estado Social Democrático de Direito.
PRINCIPAIS FORMAS DE ESTADO
1- Classificação: 
· Estado Simples ou Unitário: é aquele que corresponde a um grupo populacional, via de regra homogêneo, com o seu território tradicional e seu poder público constituído por uma única expressão que é o Governo Nacional. Estado que possui um poder central único sem ramificações, exercendo todo o poder diante de sua população. A maioria dos países do mundo é formada de estados unitários, principalmente porque muitos deles não possuem uma vasta extensão territorial que justifique uma separação de poderes em suas divisões internas.
· Estado Composto: 
a) Confederado / Confederação: a confederação constitui uma associação de estados soberanos que se unem para determinados fins, tais como a defesa do território e a manutenção da paz interna. É uma reunião permanente e contratual que se liga por interesses comerciais, sociais, e econômico. Estados Soberanos que resolvem se reunir para exercer maior poder de representatividade no exterior.
Características:
1- Manutenção da Soberania de cada Estado envolvido: embora tenha a confederação personalidade jurídica internacional os Estados Confederados não perdem o seu poder soberano interno ou externo, pelo menos em tudo que não seja abrangido pelo tratado constitutivo da confederação.
2- É instituída por Tratado e não por Constituição: a sua formação é feita através de um contrato firmado entre os Estados envolvidos.
3- Finalidades: de regra tem por finalidade a defesa externa, a manutenção da paz interna e interesses patrimoniais comuns.
4- Deliberação por maioria: as deliberações do órgão confederado são feitas por maioria entre representantes de cada unidade estatal.
5- Direito de Secessão: direito de separar-se da confederação. Os Estados, por meio de um acordo ou pacto, formam a confederação, desta forma podem livremente, a qualquer tempo, retirar-se da união, abandonando assim a confederação. É por essa característica que hoje não existe em nossa atualidade uma verdadeira confederação.
b) Federado / Federação: é um estado composto por unidades que embora dotados de capacidade de auto-organização e auto-administração não são dotados de soberania, submetendo-se a uma constituição federal. Na formação da federação há, simultaneamente, união e descentralização, isso significa que o estado federal é uma organização formada com base na repartição de competências entre o Governo Nacional e os governos Estaduais e Municipais, porém a união mantém a supremacia sobre os estados membros e estes são dotados de relativa autonomia constitucional perante a mesma união. Formação de um estado único, mantendo, os estados, sua autonomia entregando ao Estado federal a prerrogativa do exercício da soberania mantendo um símbolo representativo perante a união.
A Origem do Federalismo: o marco inicial do modelo federalista nasce com a constituição norte americana de 1787. As treze colônias que rejeitaram a dominação britânica, com a declaração da independência em 1776, constituíram-se em estados livres com posterior união na forma confederada, no entanto, com uma situação instável e precária os problemas internos se agravaram notadamente os de ordem econômica e militar. As legislações conflitantes, as desconfianças internas e as rivalidades regionais ocasionaram o enfraquecimento dos ideais nacionalistas e dificultavam sobremaneira o êxito da guerra de libertação surgindo, desta forma, a Federação dos Estados Unidos da América.
O Federalismo pode se dar por duas maneiras, são elas:
1 – Agregação: se da quando estados independentes reúnem-se para a formação de um estado federal. Foi isso que aconteceu com as treze colônias norte americanas que, após a independência da coroa britânica, agregaram-se e formaram os Estados Unidos da América.
2 – Desagregação: parte-se de um estado unitário já constituído para a formação de um estado federal. A idéia da proclamação da república partiu dos federalistas. Um poder central que se descentraliza, a exemplo do Brasil que tinha um governante central e depois passou a ser uma federação.
Características:
1. A união dos entes federados faz nascer um novo estado. No campo internacional, todos os outros estados deixam de existir, nascendo então o novo estado.
2. Constituição: A base jurídica da federação é uma Constituição e não um tratado. De regra é uma constituição rígida como base jurídica, de modo a garantir a distribuição de competências entre os entes autônomos surgindo então uma verdadeira estabilidade institucional.
3. Não há direito de Secessão: Proibição de Secessão, não se permite uma vez criado o pacto federativo, o direito de separação, o direito de retirada. Na constituição brasileira, a idéia de secessão autoriza a intervenção do estado e caracteriza-se crime essa protelação de separação do estado membro em relação à união.
4. Somente o Estado Federado tem soberania, pois as unidades federadas preservam apenas uma parcela de sua autonomia política. A partir do momento em que o estado ingressa na federação perde soberania, passando a ser autônomo. Os entes federativos são, portanto, autônomos entre si de acordo com as regras constitucionais previstas nos limites de sua competência. A soberania por seu turno (por sua vez) é característica do todo, do país, do estado federado, no nosso caso do Brasil.
5. Repartição de Competências: no estado federado há repartição de competências entre a união e as unidades federadas que vêm fixadas pela própria constituição. Esta repartição de competências garante autonomia entre os entes federativos e assim o equilíbrio da federação. A própria federação delimita quais as parcelas de autonomia dedicada a cada unidade federada.
6. Repartição de Receitas: a constituição assegura a cada ente federado autonomia financeira permitindo que cada esfera de poder federal ou estadual tenha orçamento próprio assegurando, com isso, o equilíbrio entre os entes federativos.
7. O indivíduo é cidadão do estado federado e não da unidade política em que nasceu ou reside.
8. Adota sistema judiciarista: a constituição é garantida e assegurada pelo órgão judiciário, no caso do Brasil pelo STF (Superior Tribunal Federal), no caso Norte Americano pela Suprema Corte.
9. Adota-se o sistema bicameralista: há duas câmaras legislativas onde a câmara dos deputados representa o povo enquanto o senado representa as unidades da federação.
10. Integralidade da Federação: a constituição garante a integralidade da federação, sob pena de detenção federal, assim como não se admite nenhuma emenda constitucional com o propósito de descaracterizá-la ou aboli-la.
11. Autonomia Hierárquica: não existe qualquer vinculação hierárquica entre união e estados, o que há de fato é apenas divisão de competência administrativa, tributária e legislativa entre os entes, dadas as especificidades de cada um. (Art. 34 da C.F.).
Comentários:
ESTADO FEDERADO – União de vários estados que cede sua autonomia formando um estado único que cede a estes uma autonomia relativa. Pode ser constituído por desagregação, a exemplo do Brasil, um estado unitário que resolve se desagregar e formar unidades dentro de um todo. O Brasil era uma monarquia e colônia de Portugal e após permaneceu como monarquia que posteriormente a proclamação da república tornou-seuma federação. A base jurídica é a constituição federal. Não possui direito de secessão, onde não se permite o desmembramento das unidades participantes da unidade federada, previsto na constituição que autoriza à união a decretação de interdição e nomear um interventor, afastando-se assim todos os responsáveis pelo governo local e se for preciso até mesmo com uso da força, ou seja, do exército.
Tendências Federativas: 
O mundo contemporâneo tem uma tendência ao federalismo por permitir convivência entre várias etnias e hábitos religiosos. Acaba por abrigar uma maior satisfação de certos grupos que estão em conflito já há muito tempo.
TERCEIRO BIMESTRE
GOVERNO
Conceito: é o conjunto ordenado das funções do Estado que devem garantir a ordem jurídica, econômica e social. É comum se ouvir que governo é o administrador do Estado, ou seja, a figura do Executivo. Governo não está restrito apenas ao Executivo e sim aos três poderes: Legislativo, Executivo e Judiciário.
Origem:
Governo de Direito: é aquele que foi constituído de acordo com a lei fundamental do Estado, sendo por isso considerado como legítimo perante a consciência jurídica da nação.
Governo de Fato: é aquele implantado ou mantido por via de fraude ou violência. Não encontra legitimidade no ordenamento jurídico. São, portanto, ilegítimos.
Desenvolvimento:
Governo Legal: é aquele que, seja qual for sua origem, se desenvolve em estrita conformidade com as normas vigentes de direito positivo. Subordina-se, ele próprio, aos preceitos jurídicos, como condição de harmonia e equilíbrio social.
Governo Despótico: (Déspota) é aquele que se conduz pelo arbítrio dos governantes. O que o movem são os interesses pessoais, neste caso, a lei não é o parâmetro do governante e não há garantia de que esta será aplicada. Não segue padrões legais.
Extensão do Poder:
Governo Constitucional: será constitucional quando estiver balizado (fundado) e se desenvolvendo à luz de uma lei maior que assegure o exercício do poder em três funções distintas (Executivo, Legislativo e Judiciário), além de garantir direitos fundamentais ao povo.
Governo Absolutista: é o governo que concentra o poder em um só órgão, sua fundamentação, na maioria das vezes, é divina e garante uma legitimidade plena para o governante ditar as normas que devem ser obedecidas pelos governados.
De regra podemos analisar assim: 
O Governo que foi legalmente constituído, com seu desenvolvimento obedecendo à lei, terá o poder Constitucional.
Quando o Governo for de fato, sem legitimidade, obtendo um desenvolvimento déspota, este será um poder Absolutista.
Formas de Governo:
Conceito: é a maneira com que os órgão fundamentais do Estado se formam, assim como seus poderes e relações, ou seja, designa a organização política do Estado ou conjunto de indivíduos a quem é confiado o exercício dos poderes públicos.
A classificação é discutida ha muito tempo, e ainda reporta a Aristóteles.
Classificação de Aristóteles (A Política)
Critério Qualitativo: as formas de governo poderiam ser boas ou desvirtuadas.
As boas formas de governo, segundo Aristóteles, são aquelas que visam beneficiar os governados e não apenas o governante (s), ou seja, visam o bem comum.
As formas de governos desvirtuadas são aquelas que procuram exclusivamente satisfazer o interesse do governante, ou seja, não visam o bem comum.
Critério Quantitativo (números que pessoas que governam): Monarquia, Aristocracia ou Democracia.
Monarquia (apenas um governante).
Aristocracia (um grupo de governantes, em regra pessoas com virtudes).
Democracia (governado pelo povo).
Quando temos formas boas de governo, pouco importa o critério quantitativo, desde que pretendesse o bem comum, não haveria problema em se ter qualquer um dos critérios quantitativos.
Se acontecer de ser um governo desvirtuado no qualitativo ocorrerá na Monarquia a Tirania (poder soberano, usurpado e ilegal), na Aristocracia a Oligarquia (predominância de um pequeno grupo na cúpula de um governo ou no trato dos negócios públicos para defender interesses próprios), e na Democracia a Demagogia (ação ou processo de manipular os sentimentos e paixões populares visando a conquista de poder político).
Segundo Aristóteles a ética deve sempre nortear o ser humano. Nas boas formas de governo o critério é seguir a ética e a moral que devem pautar todos os atos e assim alcançar a justiça e o bem comum. Por outro lado, quando na gestão dos negócios públicos os interesses pessoais se sobrepõem aos interesses da sociedade, as boas formas de governo se degeneram por completo, restando a Tirania, Oligarquia e Demagogia.
Classificação de Políbio (Historiador do Século II A.C. e escreveu 40 livros sobre as conquistas romanas): defendia a ideia de que as formas de governo eram as 6 formas enunciadas por Aristóteles e não apenas três virtuosas e que desvirtuadas se transformam nas outras três.
Nas ideias dele, fatalmente a Monarquia se transformava em Tirania e assim transformava-se em Aristocracia e depois passava à Oligarquia, posteriormente passando a Democracia que fatalmente também se desvirtuaria transformando-se em Demagogia e voltava ao início, efetuando assim um círculo vicioso. Todas as formas desvirtuam-se se transformando em seus negativos e sempre voltando ao início do ciclo.
Nicolau Maquiavel (O Príncipe)
Classificação de Nicolau Maquiavel: não aceitava a divisão de Aristóteles, dizendo que tais ideias seriam utópicas.
Pare ele seriam duas as formas principais de governo: República e Principados (Monarquias). Considerava que as outras formas enunciadas por Aristóteles eram apenas subcategorias destas duas formas de governo.
Características das Formas de Governo Defendidas por Nicolau Maquiavel:
República: trazia como característica principal a eletividade e temporariedade. O representante do povo é escolhido através de eleição e tinha um prazo determinado para exercer esta prerrogativa.
Principados: como característica principal trazia a hereditariedade do governo e a vitaliciedade. Os Monarcas ou Príncipes eram vitalícios, governando enquanto vivessem, ou enquanto a saúde deixasse e a sucessão se dava pela hereditariedade, passando o poder de pai para filho ou herdeiros, via de regra o primogênito.
Para Maquiavel não existia uma forma boa de governar, mas sim, uma forma eficaz, medida esta eficácia em função do quanto uma forma de governo ou organização consiga atingir a paz social, compreendida esta como o objetivo maior a ser almejado pelo governante.
Jean Jaques Rousseau (Contrato Social)
Segundo ele existiam três formas de governo, sendo elas:
Democracia: forma pela qual o governo concentra-se nas mãos do povo ou de sua maioria. Entendia que a democracia não seria possível de ser realizada, pois necessariamente o governo seria exercido pelo povo, de uma maneira geral onde, toda a população participaria das decisões concernentes ao Estado, inviabilizando assim a implantação deste sistema.
Aristocracia: exercício do poder por um pequeno número de cidadãos. Dividida em hereditária, eletiva e natural. A natural seria um grupo de pessoas que se apresentassem como líderes de determinado Estado, colocando-se como administradores deste Estado. A hereditária era um grupo de pessoas que se sucediam por seus herdeiros, perpetuando-se no poder, acabando no processo de tirania ou oligarquia e não visando as necessidades populares. O ideal, segundo Rousseau, seria a eletiva, onde determinados membros escolhidos pelo povo seriam eleitos para administrar o governo, melhor satisfazendo assim a vontade popular.
Monarquia: consiste na entrega do governo a uma única pessoa. Esse era o sistema que predominava em sua época, não sendo considerado o ideal pelo fato de que o detentor do poder sempre acabava abusando de seu poder.
Montesquieu (Idealizador da Tripartição dos Poderes)
Dividiu as formas de governo em três, sendo elas:
Monarquia: exercido pelo Rei, em caráter vitalício, sendo o poder transmitido aos seus descendentes pela ordem de nascimento. O exercício deste poder pelo monarca deveriaser limitado, havendo necessidade de se destrinchar este poder em Executivo (monarca), legislativo (do povo), judiciário (independente).
República: aquele em que as supremas decisões caberiam às assembleias dos cidadãos. Na república os governantes devem ser eleitos e exercerem o poder por determinado período ou mandato
Déspota: seria aquele em que um Rei ou chefe exerce o poder de acordo com seu livre arbítrio sem pautar-se (seguir) pela opinião do povo ou pelos ditames da lei.
As formas fundamentais de governo hoje são: Monarquia e República.
Monarquia
Características:
· Vitaliciedade: o mandado do monarca não tem prazo. A temporariedade, ou o tempo de duração de seu governo é a vida do monarca ou até quando a sua saúde permitir.
· Hereditariedade: consiste na transmissibilidade do poder aos herdeiros do monarca seguindo a linha sucessória da realeza.
· Irresponsabilidade: ou desnecessidade de o monarca justificar ou fundamentar os atos de governo e as orientações políticas perante a sociedade. Não deve satisfações a ninguém, não sendo uma característica implícita de toda forma de governo monárquica.
Subdivisões da Monarquia
Absoluta: é aquela em que todo o poder se concentra na pessoa do monarca. Exerce-o, por direito próprio, as funções de legislador, administrador e supremo aplicador da justiça.
Limitada: aqui, o poder central se reparte admitindo órgãos autônomos de funções paralelas. Destacam-se três tipos de monarquias limitadas:
1. De Estamentos: também denominado por alguns autores como monarquia de braços. É aquela onde o rei descentraliza certas funções que são delegadas a certos elementos da nobreza reunidos em cortes e órgãos semelhantes que funcionam como desdobramentos do poder real. A exemplo disso temos o feudalismo onde o rei delegava poderes a indivíduos que exerciam certas funções em seu nome.
2. Constitucionais: é aquela em que o rei só exerce poder executivo ao lado dos poderes legislativo e judiciário nos termos de uma constituição escrita. A exemplo dessa forma de monarquia temos a Suécia onde o monarca exerce a função de chefe do executivo e seu governo possui a tripartição de poderes.
3. Parlamentar: é aquela em que o rei não exerce função de governo. O rei reina, mas não governa. O rei apenas representa o estado perante certas solenidades, sendo apenas um símbolo da nação a qual ele representa.
República – Coisa do Povo: é uma forma de governo que tem como característica:
1. Temporariedade: o chefe de governo é investido de um mandado com prazo de duração pré-determinada. 
2. Eletividade: o chefe de governo é sempre eleito.
3. Responsabilidade: o chefe de governo é politicamente responsável, devendo prestar contas e justificar suas orientações politicas.
Pode ser dos tipos:
1. Aristocrática: é o governo de uma classe privilegiada escolhida entre os melhores da sociedade. O governo é exercido por um grupo de pessoas. Essa escolha pode ser:
· Direta: quando exercida diretamente pela classe dominante em assembleia geral.
· Indireta, quando o governo é escolhido por delegados eleitos em assembleia representativa.
2. Democrática: pode ser
· Direta: quem governa o estado é a totalidade dos cidadãos deliberando em assembleias populares, ou seja, o povo é quem governa diretamente. Esse sistema de governo é apenas histórico.
· Indireta ou representativa: foi a solução que se encontrou para resolver o problema de ter o povo no governo e ser inviável as decisões diretas. Aqui o poder público se concentra nas mãos de pessoas eleitas com investidura temporária e atribuições predeterminadas, sendo o governo exercido por representantes do povo.
· Semidireta: entre a solução originária da democracia direta e o regime representativo surge uma terceira expressão denominada democracia semidireta ou mista. Este sistema consiste em restringir o poder da assembleia representativa reservando-se ao pronunciamento direto da assembleia geral dos cidadãos nos assuntos de maior importância particularmente os de ordem constitucional. A tendência hoje é que se tenha como sistema mais aceito este modelo de semidireta, apesar de ser o sistema indireto que prevalece.
A Aristocracia e Democracia podem ser entendidas como regimes políticos, ou seja, a maneira como são escolhidos os representantes do povo.
Plebiscito: consulta prévia que se faz à coletividade a fim de que esta se manifeste a respeito de sua conveniência ou não. Voto do povo, por sim ou não, sobre uma proposta que lhe seja apresentada antes de ser efetivada.
Referendo: é o mecanismo pelo qual o cidadão é convocado para se manifestar a respeito da conveniência ou não de medida já tomada pelo governante. Trata-se de ratificação popular a algo que já está feito. Direito que têm os cidadãos de se pronunciar diretamente a respeito das questões de interesse geral, já efetivadas pelos governantes.
Iniciativa Popular: outorga-se ao povo a prerrogativa de participar do processo político através da iniciativa de leis.
Veto Popular: significa a rejeição pelo povo de uma medida governamental, também consiste na possibilidade do povo recusar uma lei emanada legitimamente pelo parlamento.
Recall: o termo significa: revogar, reparar, anular. E é esta verdadeiramente sua finalidade, permitir que o eleitorado possa destituir em manifestação direta um órgão ou agente público que tenha afrontado a confiança do povo e a dignidade do cargo.
Os três primeiros dessa lista acima são mecanismos admitidos pela nossa constituinte.
SISTEMAS DE GOVERNO
É a maneira pela qual o poder político é dividido e exercido no âmbito de um estado. O Sistema de Governo varia de acordo como o grau de separação dos poderes indo desde a separação estrita entre os poderes legislativo e executivo (Presidencialismo) até a dependência completa do governo junto ao legislativo (Parlamentarismo). Não pode ser confundido com a forma de estado já estudada e nem com a forma de governo, também já estudada. Tem a ver como maior ou menor proximidade entre Legislativo ou Executivo podendo ser encontrado em qualquer forma de governo. Regime de governo tem a ver com representatividade, governos democráticos de participação popular.
Parlamentarismo: é um sistema representativo de governo no qual o chefe de estado, que pode ser o monarca (Inglaterra) ou um presidente (Itália), não detêm as funções de chefe de governo. O governo é administrado por um representante do parlamento, sendo o parlamento quem escolhe o chefe de governo, que geralmente usa o título de primeiro ministro, entre os blocos políticos partidários com maior presença. Em tese o líder do partido ou coalisão (agrupamento, acordo) que obtiver a maioria das cadeiras parlamentares terá o direito de escolher o chefe de governo e compor seu gabinete, e, enquanto houver maioria no parlamento, este governo se sustenta. O chefe de estado (presidente ou monarca) tem a prerrogativa de, ao chegar à conclusão de que o governo perdeu a confiança da população, destituir o parlamento e efetuar uma nova eleição. 
Nesse sistema a relação entre legislativo e executivo dá-se da seguinte maneira:
1 – O chefe de governo não é eleito pelo povo, ele é escolhido pelos parlamentares.
2 – Ao aprovar o primeiro ministro o parlamento estará se vinculando perante o povo, assumindo o parlamento a responsabilidade perante os eleitores.
3 – O Parlamento pode destituir tanto o chefe de governo quanto seu ministério, desde que se tenha perdido a confiança na administração do governo.
4 – Por conta disso o primeiro ministro não exerce mandato por prazo determinado, e se manterá no governo enquanto mantiver a confiança do parlamento, ou seja, ficará no cargo durante o tempo em que for aceito. No Brasil já houve o sistema parlamentarista, entre 1862 e 1863.
Resumo das Principais Características Parlamentaristas.
1 – Organização dualística do poder executivo (Chefe de Estado e Chefe de Governo);
2 – O chefe de estado pode ser um rei (monarca) ou um presidente;
3 – Colegialidade do Órgão Governamental: de regra o governo é exercido por um colegiado (primeiro ministroe seu gabinete) e os demais integrantes dos ministérios;
4 – Responsabilidade Política do primeiro ministro perante o Parlamento. É como se o primeiro ministro fosse um funcionário em cargo de comissão, que pode ser demitido ad nutum (sem procedimento, sem explicação);
5 – Responsabilidade Política do Parlamento perante o povo;
6 – Interdependência dos poderes legislativo (eleito) e executivo (escolhido pelo parlamento).
Presidencialismo: É o sistema representativo de governo em que a chefia de governo e a chefia de estado são atribuídas a uma só pessoa: o presidente da republica, nós sempre vamos ter um governo eleito com prazo determinado, e seu mandato não é revogável politicamente, no sistema presidencialista o executivo não controla a atividade executiva, ou seja, o chefe do executivo não pode ser destituído politicamente pelos parlamentares. Por outro lado quando os parlamentares também são eleitos pelo povo não há controle politico do executivo sobre o legislativo, sendo assim o órgão legislativo não pode ser dissolvido pelo presidente, 
RESUMO DAS CARACTERISTICAS DO SISTEMA PRESIDENCIALISTA
-ELETIVIDADE DO CHEFE DO PODER EXECUTIVO
-PODER EXECUTIVO ELE É UNIPESSOAL 
-PARTICIPAR DO EXECUTIVO NA ELABORAÇÃO DAS LEIS
-IRRESPONSABILIDADE POLITICA, SE O PRESIDENTE NÃO COMETER ILICITO PODERA SER UM MAL PRESIDENTE EM EXERCICIO, BASTA NÃO COMETER NENHUM ILICITO , PODE SER UM MAL PRESIDENTE QUE ELE NÃO PODE SER DESTITUIDO.
- NO PRESIDENCIALISMO EXISTE UMA MAIOR INDEPENDENCIA NOS 3 PODERES DO ESTADO 
- SUPREMACIA DA LEI CONSTITUCIONAL RIGIDA
NORMALMENTE AS CONSTITUIÇÕES SÃO RIGIDAS, OU SEJA, SO SE PERMITE ALTERAÇÃO CONSTITUCIONAL, SALVO POR MECANISMOS RIGIDOS DIFICEIS COMO É O CASO DO BRASIL
.1 SISTEMAS ELEITORAIS 
DIREITOS POLITICOS= SÃO OS DIREITOS DE PARTICIPAR DA VIDA POLITICA DO PAIS NA FORMAÇÃO DA VONTADE NACIONAL INCLUINDO OS DIREITOS DE VOTAR E DE SER VOTADO 
.1.1.1 DIREITO POLITICO 
DIREITO POLITICO POSITIVO= são normas que possibilitam ao cidadão a participação na vida publica incluindo os direitos de votar e ser votado 
DIREITO POLITICO NEGATIVO= são normas que impedem a participação do cidadão no processo político e nos órgãos governamentais abrangendo a perda e a suspensão dos direitos politicos , bem como as inelegibilidades .
.1.1.2 SOBERANIA POPULAR
É o regime pelo povo e para o povo, em um regime democrático a autoridade do povo deve prevalecer
CIDADANIA = é o vinculo político próprio dos nacionais do exercício de seus direitos políticos que lhes confere o direito de participar da formação política do estado 
NACIONALIDADE= é o vinculo jurídico entre o individuo e o estado pelo qual aquele se torna parte integrante do povo deste.
NATURALIDADE = é o simples vinculo territorial onde o cidadão nasceu , ele é natural da Espanha ( ele nasceu La) tem nacionalidade espanhola ? não necessariamente
Concepção de cidadania
Cidadania em Sentido estrito = de acordo com a terminologia tradicional , adotada pela legislação infraconstitucional e pela quase inanimidade dos autores de direito constitucional é o direito de participar da vida política do pais da formação da vontade nacional abrangendo o direito de votar e de ser votado é uma qualidade propria do cidadão que é justamente o nacional no gozo dos direitos políticos 
Cidadania em Sentido amplo = tem alcance maior esta segunda acepção tem consagrando-se do uso popular e na utilização política do termo significando o efetivo gozo dos direitos previsto previstos no texto constitucional.
O Sufrágio
O Sufrágio: meio pelo qual se manifesta a vontade do povo na formação do governo democrático. É o processo legal de escolha das pessoas que irão representar o povo no exercício das funções eletivas. É a essência do direito político. Se expressa de duas formas:
1 – Capacidade Eleitoral Ativa: é o direito de votar, a alistabilidade.
2 – Capacidade Eleitoral Passiva: é o direito de ser votado, a elegibilidade.
Para José Afonso da Silva, o sufrágio é o direito que o indivíduo tem na manifestação de vontade para escolher seu representante para decidir determinada coisa, já o voto é o exercício desse direito, é a manifestação física desse direito de escolha, por sua vez, o escrutínio é o modo como esse exercício do direito é realizado ou expressado. Tenho o direito de escolher, exercito o voto pelo modo sigiloso.
Espécies de Sufrágio
1 – Universal: aqui o direito de voto é atribuído a todos os nacionais de um país, sem restrições derivadas de condições de nascimento, fortuna ou capacidade especial da pessoa, ou seja, todos têm direito a escolher o seu representante.
2 – Restrito: o direito do voto é atribuído somente às pessoas que preencham determinadas condições especiais.
Pode ser:
a) Censitário: é o condicionado à capacidade econômica do indivíduo. Prevaleceu no império, onde apenas os abastados podiam votar.
b) Capacitário: o direito de voto depende de especiais condições do indivíduo, como a sua capacidade intelectual. Aqui pode ser proibido o voto da mulher, ou coibir o voto do analfabeto, etc.
Na grande maioria dos países o voto é universal.
Forma de Exercício.
O exercício do direito do voto pode ser através de participação direta ou indireta.
Direta: o povo, politicamente organizado, decide, através do sufrágio, determinado assunto de governo.
Indireta: o povo elege representantes.
Segundo Paulo Bonavides, o conceito de votação e eleição seria:
Votação: quando o povo decide sobre determinada coisa do governo. O povo votou para que o brasil tenha o sistema presidencialista e não parlamentarista. Aqui a participação é direta.
Eleição: aqui o povo elege o seu representante. Aqui a participação é indireta.
Existem algumas legislações que acabam por restringir essa universalidade do voto.
Essa universalidade é de competência, pois somente os habilitados podem votar, o que diante dos habitantes da nação é minoria esmagadora.
Natureza Jurídica: se não exercermos o direito na votação, não teremos o Estado.
O poder emanado do povo e o seu exercício se legitima pelo consentimento da consciência coletiva. Não podendo o povo governar-se diretamente, designa pelo voto aqueles que devem governar. É um direito, pois, do indivíduo designar as pessoas que devem exercer os cargos eletivos. Ao mesmo tempo, porém, sendo necessário que haja governantes designados pelo voto dos cidadãos, como é na essência do regime representativo, o indivíduo tem o dever de manifestar sua vontade pelo voto. É uma função natural e indispensável à organização do estado.
Restrições ao Direito do Sufrágio
1 – Por Motivo de Idade: é pacífico o reconhecimento de que o indivíduo só adquire maturidade suficiente para agir conscientemente na vida pública depois de certa idade, por esta razão as legislações estabelecem restrições nesse sentido. É quase consenso hoje que a idade mínima seja dezoito anos, sendo no Brasil facultativo a partir dos dezesseis.
2 – Por Motivo de Ordem Econômica: é o voto censitário. Existem ainda alguns adeptos dessa restrição, onde as leis eleitorais só admitem o direito ao voto a determinadas pessoas que tenham algum poder econômico.
3 – Por Motivo de Sexo: em algumas legislações proibia-se o voto do sexo frágil (mulheres). No Brasil o voto feminino só foi admitido na Constituição de 1934, na Suíça somente em 1971, ainda existem que não permitem o voto feminino.
4 – Por Deficiência de Instrução: consiste na exigência de possuir o eleitor determinado grau de instrução. É o chamado senso alto ou sufrágio de qualidade, vem sendo defendido por estadistas e publicistas, principalmente nos países onde é mais baixo o nível geral de cultura, como um meio de preservação e defesa da democracia representativa. 
A apuração meramente quantitativa dos sufrágios sofre a crítica de conduzir à ditadura das massas ignorantes e no reino da demagogia, ao passo que a expressão qualitativa favorece o aperfeiçoamento da democracia.
5 – Por Deficiência Física ou Mental: 
6 – Por Condenação Criminal: aquele que comete um crime e que tem reconhecida a suaresponsabilidade penal por sentença transitada em julgado tem suspenso seus direitos políticos enquanto durarem os efeitos da condenação. No Brasil apenas esses não podem votar e ser votado, mesmo que esteja cumprindo pena pecuniária. O indivíduo que está respondendo processo e está preso tem o direito de votar.
7 – Por Engajamento no Serviço Militar: (conscrito) a restrição ao direito de voto dos militares aplicado apenas aos praças de pré, situadas no nível mais baixo da hierarquia, conhecido também como soldado raso, visa impedir que a política penetre nos quartéis, provocando divisões entre os que deverão agir em conjunto e dentro da mais estrita disciplina em qualquer grave emergência.
Quarto Bimestre
O Analfabeto Político (Berthold Brecht): “o pior analfabeto é o analfabeto político, ele não deve, não fala nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, do aluguel, da farinha, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas. O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política nasce a prostituta, o menor abandonado, o assaltante e o pior de todos os bandidos que é o político vigarista, pilantra, o corrupto e o lacaio das empresas nacionais e multinacionais”.
Voto Público e Voto Secreto
O Voto Público: voto antidemocrático, favorecendo a corrupção, o voto descoberto é o mesmo que o voto público, estando hoje completamente abandonado, porque possibilita a intimidação do eleitor à corrupção, o alastramento da penalidade, a influência da demagogia, a perseguição dos poderosos sobre os economicamente fracos e tudo o mais que conduz a desmoralização e a dissolução da democracia representativa.
O Voto Secreto: assegura a melhora na liberdade do eleitor, evitando assim o temor das perseguições. Reduz ao mínimo as possibilidades de corrupção das consciências permitindo a mais segura apuração da seguridade eleitoral, legitimando e fortalecendo o regime democrático.
No Brasil o voto é: (art. 14 da C.F. 4, II).
- Direto: elege diretamente o representante.
- Secreto
- Igual: todos votam de maneira equivalente, ou seja, um voto meu igual ao de qualquer outro indivíduo.
- Universal: todos os nacionais votam, salvo algumas prerrogativas previstas em lei.
- Periódico: regularidade de tempo para o evento do voto.
Sistemas de Representações Eleitorais
Os sistemas representativos eleitorais dizem respeito ao conjunto de ações que possibilitam a conversão de votos em postos de mando. São três os sistemas de representação eleitoral presente na doutrina:
Sistema Majoritário: elege-se o candidato que obtiver maior numero de votos que seu competidor ou competidores, ou seja, maioria de votos é igual à vitória nas urnas. No Brasil a eleição para Presidente, Senadores, Governadores e Prefeitos atende ao sistema de representação majoritário. Neste regime pode-se eleger um candidato sem que este obtenha maioria efetiva dos votos. Para tentar eliminar este efeito adotou-se o sistema de maioria absoluta, onde nas hipóteses de Presidente, Governadores e Prefeitos de cidades acima de 200.000 eleitores, admite-se o segundo turno nas eleições, sendo eleito o que atingir a maioria absoluta dos votos válidos, excluindo-se os brancos e nulos. Senadores e prefeitos de cidades menores segue a regra do majoritário normal.
Sistema Proporcional: nesse sistema os partidos políticos definem internamente quem serão os candidatos que disputarão as vagas e ao final contar-se-á quantos votos cada partido obteve, sendo atribuídas cadeiras a estes partidos proporcionalmente ao numero de votos, e os candidatos mais votados de cada legenda partidária serão aqueles que ocuparão o numero de cadeiras atribuídas ao seu partido, sendo consequentemente, eleito. No Brasil, o sistema proporcional é adotado para a escolha de Deputados Federais, Estaduais e Vereadores.
Sistema Distrital: nesse sistema, para que haja maior obediência ao princípio da proporcionalidade, busca-se dividir o país ou estado em distritos eleitorais, que são regiões com aproximadamente a mesma população. Cada distrito elegerá um deputado completando assim as vagas do parlamento e nas assembleias legislativas. Não há aqui a possibilidade de determinada região ficar desassistida na assembleia nem na câmara.
Voto Distrital Misto é quando metade do legislativo é eleito obedecendo-se distritos, ou seja, sistema distrital e a outra metade por sistema proporcional. Metade dos parlamentares é escolhida atendendo regiões ou distritos determinados, e a outra metade é escolhida pelo sistema proporcional.
Regimes Políticos: é o nome que se dá ao conjunto de instituições políticas por meio das quais um estado se organiza de maneira a exercer o seu poder sobre a sociedade. Tais instituições políticas têm por objetivo regular a disputa pelo poder e o seu respectivo exercício, inclusive o relacionamento entre aqueles que detêm o poder político (autoridades) e os demais membros da sociedade (administrados). Forma em que o estado se organiza, apresentação da composição partidária, ou seja, a forma com que o estado se comporta. Não pode ser confundido com: forma de estado, de governo, sistemas de governo, sendo outra coisa alheia a todas estas já estudadas. Dependendo da situação pode-se ter um regime político em cada estado.
Existem três tipos:
Autoritarismo: descreve uma forma de governo caracterizada pela ênfase na autoridade do estado. É um sistema político controlado por legisladores não eleitos que usualmente permitem algum grau de liberdade individual. No regime político autoritário as normas constitucionais são manipuladas ou reeditadas conforme os interesses do grupo ou partido que detém o poder. Ex.: Venezuela.
Totalitarismo: é um sistema político onde o estado normalmente sob o controle de uma única pessoa, político, facção ou classe e não reconhece limites à sua autoridade e se esforça para regulamentar todos os aspectos da vida pública e privada sempre que possível. O Totalitarismo é caracterizado pela coincidência do autoritarismo (onde os cidadãos comuns não têm participação significativa na tomada de decisões do estado) e da ideologia (um esquema generalizado de valores promulgado por meios institucionais para orientar a maioria). Ex.: China.
Democracia: é um regime de governo em que o poder de tomar importantes decisões políticas está com os cidadãos ou povo, direta ou indiretamente, por meio de representantes eleitos, sendo esta a mais usual. Uma democracia pode existir num sistema presidencialista ou parlamentarista, num estado unitário ou federação, sistema de governo monárquico ou republicano. O regime político democrático caracteriza-se por eleições livres, liberdade de imprensa, respeito aos direitos constitucionais civis, garantias para a oposição e liberdade de organização e expressão de pensamento político.
Representação Política e Sistema Partidário: a essência da democracia é exatamente a pluralidade partidária.
O sistema democrático representativo consiste formal e substancialmente numa organização estatal fundada na existência de partidos políticos considerados como órgãos de coordenação e manifestação da vontade popular. Visto que todo poder emana do povo e em seu nome será exercido.
Partido Político
Conceito: segundo o professor Pinto Ferreira “partido político é uma associação de pessoas que, tendo a mesma concepção de vida sobre a forma ideal de sociedade e de estado, se congrega para a conquista do poder político a fim de realizar um determinado programa político partidário”.
Origem e Evolução: surgiu na Inglaterra em 1680, sendo dois grandes grupos: os Tories (conservadores) que, na verdade, representavam os interesses remanescentes do feudalismo e eram defensores incondicionais das prerrogativas da realeza; e os Whigs (liberais) expressavam a vontade das novas forças urbanas e capitalistas que, embora também monarquistas, defendiam princípios mais liberais, sem os quais não se podiam desenvolver

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