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modelo mandado de injunção coletivo ( Estado Beta)

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EXCELENTISÍMO SENHOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
SEPUB, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no Cadastro de Pessoa Jurídica sob o nº_____, com sede na rua____, nº__, Belém, Pará, por seu advogado infra assinado, conforme procuração apartada (DOC.1), com escritório profissional_____, endereço que indica para recebimento de notificações e intimações, vem, impetrar MANDADO DE INJUÇÃO COLETIVO em face de ato omissivo do Governador do Estado do Pará, que poderá ser encontrado na sede funcional do Estado, nesta capital, endereço eletrônico______.
I – SÍNTESE FÁTICA 
Os associados do impetrante, servidores públicos do Estado do Pará, que laboram no período da noite, desejam ter o exercício de seu direito ao adicional noturno, previsto no art. 7º, inciso IX, e no art. 39, § 3º, ambos da CRFB/88, assegurado.
Importante ressaltar que os referidos trabalhadores, portanto, não podem exercer o direito constitucional ao referido adicional noturno em razão da falta da lei estadual que a regulamente, o que enseja a propositura do mandado de injunção ora apresentado.
II – FUNDAMENTAÇÃO JURÍDICA
O mandado de injunção é o remédio constitucional responsável pela defesa em juízo de direito fundamental previsto na Constituição na forma do art. 5º, LXXI, da CRFB e do art. 2º da Lei 13.300/16.
De acordo com o art. 2º da Lei 13.300/16: “Conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta total ou parcial de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania.
Parágrafo único. Considera-se parcial a regulamentação quando forem insuficientes as normas editadas pelo órgão legislador competente.”
O jurista Alexandre de Moraes, coaduna com a seguinte ideia:
“O mandado de injunção consiste em uma ação constitucional de caráter civil e de procedimento especial, que visa suprir uma omissão do Poder Público, no intuito de viabilizar o exercício de um direito, uma liberdade ou uma prerrogativa prevista na Constituição Federal. Juntamente com a ação direta de inconstitucionalidade por omissão, visa ao combate à síndrome de inefetividade das normas constitucionais.”
É de caráter excepcional ressaltar que o direito ao benefício de adicional noturno é concedido aos servidores públicos que exercem atividade laboral noturna, sendo garantido em razão da previsão constitucional contida no art. 7º, inciso IX e no art. 39, § 3º, ambos da CRFB/88. Trata-se, portanto, de um direito fundamental ainda pendente de regulamentação.
Outrossim, compete ao Tribunal de Justiça do Estado do Pará processar e julgar originariamente o mandado de injunção, quando a elaboração da norma regulamentadora for atribuição do Governador do Estado, podendo a competência da ação pode ser definida pelas Constituições dos Estados, de acordo com o art. 125, § 1º, da CRFB/88, observando-se o princípio da simetria entre os entes federativos.
III – OMISSÃO INCOSTITUCIONAL
Até 2007 o STF adotava a posição não concretista geral e de acordo com esse entendimento, em nome da harmonia e separação entre os poderes (art. 2º, da CRFB/88), o Poder Judiciário não poderia suprir a omissão da norma faltante, tampouco fixar prazo para o legislador elaborar a lei, restando a sentença produzindo efeito apenas para declarar a mora legislativa.
Desde 2007, entretanto, o Tribunal vem mudando de entendimento e tem adotado posições concretistas, aplicando por analogia leis já existentes para suprir a omissão normativa, ora atribuindo efeitos subjetivos erga omnes, ora, inter partes.
No que tange especialmente à ausência da Lei Complementar anunciada pelo art. 40, § 4º, III, a Corte tem aplicado a Lei 8213/91, no que couber, até que seja suprida a referida omissão inconstitucional.
Apesar de todo o avanço jurisprudencial, a Lei 13.300/16, no art. 8º, adotou uma posição mais conservadora (concretista intermediária) sobre a decisão do Mandado de Injunção. Senão vejamos:
Art. 8º Reconhecido o estado de mora legislativa, será deferida a injunção para:
I – determinar prazo razoável para que o impetrado promova a edição da norma regulamentadora;
II – estabelecer as condições em que se dará o exercício dos direitos, das liberdades ou das prerrogativas reclamados ou, se for o caso, as condições em que poderá o interessado promover ação própria visando a exercê-los, caso não seja suprida a mora legislativa no prazo determinado.
Parágrafo único. Será dispensada a determinação a que se refere o inciso I do caput quando comprovado que o impetrado deixou de atender, em mandado de injunção anterior, ao prazo estabelecido para a edição da norma.
IV – DOS PEDIDOS
Ante todo o exposto, requer-se:
a) a notificação da autoridade omissa no endereço fornecido na inicial, para que, querendo, preste as informações que entender pertinentes do caso;
b) a ciência ao órgão de representação judicial da pessoa jurídica;
c) a intimação do Representante do Ministério Público;
d) a condenação do Impetrado em custas processuais;
e) que seja reconhecida a omissão e o estado de mora legislativa, a fim de que seja concedida a ordem de injunção coletiva;
f) que seja determinado prazo razoável para que o Governador promova a edição da norma regulamentadora;
g) que seja suprida a omissão normativa, garantindo-se a efetividade do direito à percepção do adicional noturno no percentual de 20% conforme disposições contidas no art. 73 da CLT;
h) a juntada de documentos.
Dá-se à causa o valor de R$ 1.000,00 para efeitos procedimentais.
Termos em que,
pede deferimento
Local… e data…
Advogado
OAB n.º

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