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LITERATURA DE CORDEL
 PATRIMÔNIO CULTURAL E MATERIAL DO BRASIL 
Keity Goularte
Simone Soares
Taís Braga
Prof. Silvana Ruffatto
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Curso Letras – Trabalho de Graduação 
10/11/2019
RESUMO
Literatura de cordel é um tipo de poesia popular impressa em folhetos de papel. Trata-se de um gênero literário da cultura popular, caracterizado por versos poéticos, cheios de rima, métrica e oração. Tem sua origem na literatura européia e chegou ao nordeste do Brasil através dos colonizadores portugueses. O nome tem origem em Portugal que tinha tradição de expor os folhetos em cordéis, cordões ou barbante a fim de ser comercializados. No Brasil herdou-se o nome apesar de o estilo de escrita e a forma de exposição adquirir características diferentes. Os cordéis brasileiros são essencialmente poéticos e utilizam uma linguagem informal em folhetos de baixo custo que são vendidos em feiras, praças, mercados e bancas de jornal a fim de entreter e informal o leitor. O Brasil tem uma quantidade enorme de cordelistas espalhados pelo país inteiro, mas sua maior concentração encontra-se no nordeste. A literatura de cordel é patrimônio cultural e material brasileiro mesmo assim ainda permanece muito regionalista tendo pouco reconhecimento das demais regiões além do nordeste. 
Palavras-chave: literatura de cordel; folhetos; cordel
1 INTRODUÇÃO
O presente trabalho possui a proposta de apresentar informações gerais sobre a literatura de cordel trazendo uma explicação bem completa a respeito de sua origem tal como sua estrutura e seu impacto na cultura popular nordestina. 
A literatura brasileira desde o período da colonização sofre diversa influência da cultura européia. Nossos colonizadores trouxeram em sua bagagem as principais características relacionadas à literatura da época. Uma das heranças deixadas corresponde à literatura de cordel, também chamada de folhetos. 
Como sua porta de entrada foi no nordeste é nessa região que esta arte teve maior impacto. Depois vieram as imigrações e foi possível espalhar para todo o território nacional, mas ainda assim é no nordeste que estão concentrados os principais autores. 
Este trabalho tem a proposta de informar a respeito da literatura de cordel a fim de mostrar sua importância e seu impacto cultural na história do país. 
2 O QUE É LITERATURA DE CORDEL?
A literatura de cordel é um gênero literário de caráter popular e expresso em verso. Ela tem sua origem nas tradições medievais do período literário europeu.
 Acredita-se, que seu início está relacionado com a popularização dos relatos feitos pelos trovadores em meados do século XVII. 
Durante essa época a Europa vivia o período do Renascimento e com o surgimento das impressões, surgiram os folhetos que eram a expressão dos relatos orais em forma escrita. Esses relatos eram feitos pelos trovadores e narrados em versos. O nome foi dado pelos intelectuais e tem origem na forma como tradicionalmente eram expostos os folhetos para venda, pendurados em cordas, barbantes ou cordéis. Já o povo se refere à literatura de cordel apenas como folhetos. 
O local de vendas desses folhetos eram as feiras, os mercados, praças e bancas de jornal. Tratava-se de uma literatura pra ser vendida para o povo, com impressão em papel barato no formato de folhetim que narrava todo o tipo de história de forma resumida. 
3 ORIGEM E CARACTERÍSTICAS 
A literatura de cordéis foi introduzida no Brasil pelos portugueses desde o início da colonização e aos poucos se tornou popular. O local de referencia para esse tipo de literatura aqui no país é o nordeste, onde até hoje os cordéis são populares e carregam uma herança cultural de grande valor. Apesar de herdar o nome de “cordel”, esse tipo de literatura, aqui no Brasil, não se perpetuou somente com a tradição do folheto pendurado em cordas. Os cordéis aqui podem ser expostos em mesas, bancadas ou cordas, pois não é a forma de exposição que define se a poesia é cordel ou não. 
A literatura de cordel européia era praticamente em prosa, mas aqui ela foi adquirindo a característica de versos em forma de poesia. Utilizando uma linguagem informal em versos escritos com rima, métrica e oração. 
O conteúdo dos cordéis tem caráter diversificado com uma vasta variedade de temas, indo desde o folclore da região até temas religiosos, políticos e sociais. Portanto, por ter cunho regional e proximidade com o povo, o cordel além de entreter, era utilizado para informar. Essa aproximação do autor e o uso da linguagem coloquial facilitavam a transmissão dessas histórias e acontecimentos para todos. Acabou tornando-se uma fonte de informações para a população nordestina. 
Existem ainda hoje algumas regiões do nordeste onde é possível encontrar pessoas que confiam muito mais na noticia quando ela é noticiada pelo cordel do que pela televisão e pelo radio. No cordel aconteceu, virou poesia. Tiveram muitas pessoas que acreditaram que o homem havia chegado mesmo a lua somente depois que leram a história rimada, contada num folhetinho de capa singela, papel simplório e vendido por um valor relativamente baixo. 
Estas são características relevantes a respeito da literatura de cordéis. Segundo Diana (2019):
A literatura de cordel tem como principais características: Linguagem coloquial (informal); Uso de humor, ironia e sarcasmo; Presença de rimas, métrica e oralidade; Temas diversos: folclore brasileiro, religiosos, profanos, políticos, episódios históricos, realidade social,etc.
Outra característica muito comum em cordéis, mas que não é a regra estabelecida, diz a respeito da ilustração por xilogravuras. A ilustração de muitos poemas era feita por xilogravuras, que é uma técnica de gravura que utiliza madeira entalhada e tinta a fim de carimbar através da impressão do alto relevo em papel ou tecido. Essa técnica é a mesma usada em carimbos. A xilogravura tem sua provável origem na cultura chinesa, mas sua chegada ao Brasil é uma herança da cultura medieval portuguesa. 
FIGURA 1: XILOGRAVURA
FONTE: RODRIGUES, Zilah. Xilogravura Nordestina: O encontro do tradicional e do contemporâneo. 25 de jul. 2016.Disponível em: <https://followthecolours.com.br/art-attack/xilogravura-nordestina/>. Acesso em 01 de nov. 2019.
A ilustração de muitos cordéis é através de xilogravuras. Mas isso também não define que seja obrigatório somente utilizar esse tipo de técnica. Existem outras formas de ilustrar cordéis como, por exemplo, gravura e ilustração digital.
Leandro Gomes de Barros é o cordelista mais popular do país, considerado o pioneiro do Cordel. Ele ocupa a cadeira número 1 na Academia Brasileira de Literatura de Cordel (ABLC). Leandro foi o primeiro a imprimir e vender na sua própria casa e divulgar para todo o nordeste e todo o Brasil. Ele escreveu histórias que são lidas até hoje, quase um século depois da sua morte. Leandro Gomes de Barros morreu em 1918 deixando centenas de títulos de cordel. Seus folhetos viraram clássicos da literatura cordelista como, por exemplo: O cachorro dos mortos, A vida de Pedro cem, e a Historia da donzela Teodora. 
Há também, outros autores importantíssimos para literatura de cordel brasileira. Segundo pesquisas atuais, há em torno de 4.000 artistas adeptos a este tipo de literatura, destacando-se, dentre os muitos: Patativa do Assaré, Téo Azevedo, Manoel Monteiro e João Martins de Athayde. A ABLC é a principal responsável pela difusão da literatura de cordel. Criada em 1989, é localizada em Santa Teresa, no Rio de Janeiro e reúne mais de 7 mil documentos, contando com pesquisas, livros e folhetos. 
3.1 ESTRUTURA DE UM CORDEL
Todo cordel possui regras de métrica e rima. Os versos têm o mesmo número de sílabas poéticas, geralmente são sete e isso resume a métrica. O uso da rima entre os versos também é visível nessa literatura. 
É importante ressaltar que o cordel não costuma ser lido como um livro tradicional, mas sim, lido oralmente para ouvintes. 
Segue abaixo os exemplos:
· Quadra: estrofe de quatro versos.
· Sextilha: estrofe deseis versos.
· Septilha: estrofe de sete versos.
· Oitava: estrofe de oito versos.
· Quadrão: os três primeiros versos rimam entre si, o quarto com o oitavo e o quinto, o sexto e o sétimo também entre si.
· Décima: estrofe de dez versos.
· Martelo: estrofes formadas por decassílabos.
Sertão, argúem te cantô,
Eu sempre tenho cantado
E ainda cantando tô,
Pruquê, meu torrão amado,
Munto te prezo, te quero
E vejo qui os teus mistéro
Ninguém sabe decifrá.
A tua beleza é tanta,
Qui o poeta canta, canta,
E inda fica o quicantá.
(De EU E O SERTÃO - Cante lá que eu canto Cá - Filosofia de um trovador nordestino - Ed.Vozes, Petrópolis, 1982) – Patativa de Assaré
4 MATERIAL E MÉTODOS
Neste espaço, o acadêmico deve descrever de que forma foram coletados os dados no decorrer do Trabalho de Graduação, quais os procedimentos adotados, bem como os dados que foram anotados em forma de tabelas, quadros ou a melhor forma de apresentação.
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os resultados obtidos a partir do aporte teórico, das análises realizadas e dos dados obtidos no Trabalho de Graduação devem ser discutidos neste espaço, podendo também estar complementados com tabelas, quadros, gráficos ou outras formas que o acadêmico considerar conveniente.
6 CONCLUSÃO
A conclusão deve apresentar o posicionamento sintetizado da argumentação desenvolvida no corpo do trabalho. Apresenta-se uma análise sobre o trabalho desenvolvido, informando resultados e reflexões sobre o Estágio, área de concentração. Também poderá ser relatada uma opinião pessoal sobre a experiência que acaba de realizar, apresentando recomendações e sugestões referentes ao aperfeiçoamento de futuros trabalhos.
REFERÊNCIAS
https://www.estudopratico.com.br/literatura-de-cordel (acesso em 07/11 às 19:45)
https://www.todamateria.com.br/literatura-de-cordel (acesso em 07/11 às 20:00)
https://pedagogiaaopedaletra.com/a-literatura-de-cordel-como-fonte-de-incentivo-no-ensino-de-literatura (acesso em 07/11 às 20:10)

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