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UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL
PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO
ENGENHARIA CIVIL
PROJETO DE REDE DE ESGOTOS SANITÁRIOS DO MUNICÍPIO DE
RIOZINHO
CANOAS
2019
Geometral – Engenharia e Consultoria em Saneamento e Meio Ambiente Ltda.
Endereço: Rua Irmão Adalberto, 70 sala 01 –Centro– Riozinho – RS.
CNPJ: 04.779.656/0001-05
Represente Legal:
Engº Civil: Marine Tonelli Souza
CREA Nº: 050026-3
______________________________
Corpo T
Engª Civil: Rosiele da Rosa
CREA Nº: 022548-6
______________________________
Engº Civil: Angela Bittencourt Baldin
CREA Nº: 245536-8
______________________________
APRESENTAÇÃO:
O presente projeto objetiva a elaboração de um Sistema de Esgotamento Sanitário (SES) para o Município de Riozinho, no Estado do Rio Grande do Sul.
O Projeto e Execução foram elaborados pela empresa Geometral – Engenharia e Consultoria em Saneamento e Meio Ambiente Ltda.
ARTs nº 456.332
Trabalho contratado pela Prefeitura Municipal de Riozinho, através do Grupo de Trabalho (GT) de Saneamento Básico Municipal, via processo de licitação pública e contrato nº199.
SUMÁRIO:
1. DADOS E CARACTERÍSTICAS Do município 8
1.1. INTRODUÇÃO 8
1.2. DESCRIÇÃO GERAL 8
1.2.1. LOCALIZAÇÃO 8
1.2.2. HISTÓRICO DO MUNICÍPIO 10
1.3. ASPECTOS FÍSICOS 11
1.3.1. HIDROGRAFIA 11
1.3.3. GEOMORFOLOGIA 11
1.3.4. SOLOS 12
1.3.5. FAUNA E FLORA 12
1.4.1. POPULAÇÃO 14
1.4.2. EQUIPAMENTOS SOCIAIS 15
1.4.2.1. SAÚDE 15
1.4.2.2. EDUCAÇÃO 15
1.4.3. SANEAMENTO PÚBLICO 16
2. Estudo Populacional 17
2.1. Método Aritmético 17
2.2. Método Geométrico 18
2.3. Método da Curva Logística 18
2.4. Análise dos Dados e Valores Adotados 20
3. PROJETO BÁSICO DO SISTEMA DE Esgotos Sanitários 20
3.1. critérios básicos de projeto 20
3.2. rede coletora de Esgoto sanitário 21
3.2.1. Material das tubulações 21
3.2.2. Profundidade na rede coletora 21
3.2.3. Ligações Prediais 21
3.2.4. Inspeções tubulares 22
4. Vazões de Projeto 22
4.1. Vazão Doméstica 22
4.1.1. vazão total de infiltração 23
4.1.2. vazão linear 23
4.1.3. vazão concentrada 23
4.1.4 VAZÃO TOTAL 23
4.2 Dimensionamento da Rede Coletora de Esgoto 24
4.2.1 Cálculo de contribuições 24
4.2.2 Cotas de terreno e dos coletores 25
4.2.3 Diâmetro adotado para a Rede Coletora 25
4.2.4 Declividade 26
4.2.5 Fator Hidráulico 26
4.2.6 Raio Hidráulico 26
4.2.7 Tensão Trativa 26
4.2.8 Altura da Lâmina Máxima de Esgoto 27
4.2.9 Velocidade de Escoamento 27
4.2.10 Velocidade Crítica 28
4.2.11 Profundidade de Escavação 28
4.3. Estação de Elevatória de Esgoto (EBE) 29
4.4.1 REFERÊNCIAS 29
LISTA DE FIGURAS:
Figura 01: Localização de Riozinho
Figura 04: Características da população 2010-2016
Figura 05: Matrículas
1. DADOS E CARACTERÍSTICAS Do município
1.1. INTRODUÇÃO
O sistema de esgotamento sanitário é o conjunto formado por todos os dispositivos, unidades e equipamentos necessários ao funcionamento de um sistema de coleta, afastamento, tratamento e disposição final dos esgotos de uma área ou comunidade.
Dados recentes do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - referem que o Brasil trata apenas 10% do esgoto que gera. Dessa forma, é evidente a relevância desse tipo de infraestrutura no planejamento não somente dos grandes centros urbanos, mas das cidades de médio e pequeno porte.
Associada a priorização do tema, destaca-se a relevância de um adequado trabalho técnico de Engenharia, desde o projeto conceitual, passando pela execução e chegando em uma operação eficiente e capaz de suprir as demandas do momento inicial, assim como de uma demanda futura.
1.2. DESCRIÇÃO GERAL
1.2.1. LOCALIZAÇÃO
Riozinho é um município brasileiro do estado do Rio Grande do Sul. Localiza-se a uma latitude 29º38'28" sul e a uma longitude 50º27'09" oeste, estando a uma altitude de 90 metros. Sua população estimada em 2004 era de 4.421 habitantes. Possui uma área de 236,95 km². É um município que conta com as águas do rio dos Sinos.
Vizinho dos municípios de Rolante, São Francisco de Paula e Caraá, Riozinho se situa a 23 km a Norte-Leste de Santo Antônio da Patrulha a maior cidade nos arredores.
Figura 1 - Localização de Riozinho
Fonte: Google, 2019.
1.2.2. HISTÓRICO DO MUNICÍPIO
Segundo o IBGE, em 1875, chegaram a Riozinho famílias de imigrantes alemães, húngaros, poloneses, prussianos e suecos, somando ao todo cerca de 200 famílias, em 1890 somaram-se às famílias já existentes no local, outras de descendência italiana e novas levas de famílias alemãs, ficando a formação étnica de Riozinho constituída por: 80% italianos; 10% de alemães; 5% poloneses; 5% mestiços. Antes da colonização do município, já existiam índios, que deixaram vestígios, como cavernas, instrumentos de trabalho e marcas nas pedras. Atualmente, existem descendentes dessas famílias indígenas que moram na mata virgem do alto da serra. Com o passar do tempo, a comunidade foi se desenvolvendo e criando condições para emancipar-se, a luta emancipacionista transcorreu com apoio da comunidade e em 10 de Abril de 1988, realizou-se o plebiscito de emancipação, sendo criado oficialmente o município de Riozinho, pela lei estadual nº 8603, sendo a Comissão Emancipacionista composta pelos seguintes membros: Presidente Vivaldino Pires da Silva, Vice-Presidente: Antônio Carlos Colombo, 1º Secretário: Gilberto Rogério Saletti, 2º Secretário: Enor Antônio Colombo, 1º Tesoureiro: Clédio Fernandes Colombo, 2º Tesoureiro: Olindo Paraboni, Conselho Fiscal: Paulo Ricarte de Paula e Silvio Luiz Lucini.
A comunidade Riozinhense costuma comentar que DEUS foi generoso ao lhes privilegiar com as belezas naturais que existem no município, sendo nada menos que aproximadamente 14 quedas d'água, conjugadas à beleza da Mata Atlântica e da serra próxima ao mar. Verdadeiro santuário ecológico, estas belezas naturais são um convite à exploração de suas trilhas naturais, lagos, rios, cascatas e cachoeiras, conservando seu ambiente natural, juntamente com inúmeras espécies de árvores e peixes.
Em dias de boa visibilidade e sem nebulosidade, do ponto mais alto do Município- da serra KM 50, é possível avistar o litoral. A altitude ainda reserva os encantos próprios da região serrana. Durante o inverno, com suas baixas temperaturas, há ocorrência de neve.
1.3. ASPECTOS FÍSICOS
1.3.1. HIDROGRAFIA
O rio Rolante é um rio brasileiro do estado do Rio Grande do Sul.
É um afluente do rio dos Sinos, o qual deságua no delta do Jacuí, seguindo pelo lago Guaíba, lagoa dos Patos e daí para o Oceano Atlântico.
Ao longo de seu vale estão localizados os municípios de Rolante, Riozinho e Taquara.
1.3.2. GEOMORFOLOGIA
A área estudada enquadra-se na Região Geomorfológica da Depressão Central Gaúcha, na Unidade Geomorfológica Depressão Rio Ibicuí - Rio Negro, com áreas restritas da Unidade Planície Alúvio-Coluvionar. O relevo do município de Aceguá varia de plano a suave ondulado, o que é característico da região da Campanha. As altitudes no município variam entre cerca de 50 m e 300 m, com declividades pouco acentuadas. A maior parte do município tem altitudes entre 100 m e 200 m (~97% do território) e declividades inferiores a 10% (~97% do território), com as áreas mais elevadas situadas na porção sul do município, próximo à sede. Esta área elevada, denominada Isla Cristalina de Acegua (ou Ilha Cristalina de Aceguá), constitui um alto do embasamento pré-cambriano (na maioria granitoides) circundado por sedimentos gonduânicos da Bacia do Paraná na fronteira com o Uruguai. A unidade Depressão Rio Ibicuí − Rio Negro constitui, conforme Justus, Machado e Franco (1986), uma área baixa de caráter monótono onde os processos erosivos esculpiram, nas rochas sedimentares gonduânicas, colinas alongadas conhecidas como coxilhas. As várzeas representam zonas de aporte de sedimentação recente onde amplas áreas de inundação, por seu relevo plano, são aproveitadas para a agricultura intensiva
1.3.3. SOLOS
Conforme Medaglia (1973), os solos da Campanha são, em sua maioria, de pouca espessura, entre 40 e 50 cm, raramente atingindo 80 cm; em áreas baixas ocorrem solos maisprofundos, com um metro ou mais de espessura. Na maior parte dos campos limpos, próprios para a criação, os subsolos impermeáveis acham-se próximos a superfície, a menos de 30 cm.
Predominam na porção norte da área os solos podzólicos vermelho-amarelos e vermelho-escuros, distróficos e eutróficos; enquanto a porção sul, domínio das rochas sedimentares da Bacia do Paraná, é caracterizada por planossolos vérticos (KER et al., 1986). Localmente, ocorrem planossolos eutróficos, característicos das áreas baixas do modelado fluvial.
Conforme Kämpf (2001), os solos do município de Aceguá apresentam forte tendência à erosão e, portanto, uma aptidão agrícola de regular a restrita, sendo adequados para a pecuária com manejo moderado.
1.3.4. FAUNA E FLORA
A Flora nativa de nossa terra é extremamente diversificada, nos campos a variedade de gramíneas de alta qualidade impressiona o simples olhar, flexilha, pasto melado, pata de galinha, babosa, são os pastos que predominam em nossas pastagens; nos matos e capões que possuímos na serra e nos arroios e rios próximos, apresentam uma grande diversidade tais como: aroeira, branquilho, pitangueira, corunilha, salso, sarandi, vime, taquara, corticeira, molho, figueira, figueirão, palmeira, butiá, cambuí, etc. As ervas medicinais estão presentes com grande abundância. Temos uma Fauna vasta, aves de pequeno e grande porte são abundantes, bem como repteis e animais silvestres.
1.4. SOCIOECONOMICO
Riozinho é um município voltado ao meio rural, suas atividades principais envolvem agricultura e pecuária, essas atividades requerem grandes quantidades de água e disponibilidade frequente. Em nosso município o clima em muitos anos nos proporciona grandes estiagens no verão. Na Bovinocultura Leiteira, o município conta com a Bacia Leiteira de maior expressão na Região da Campanha, um número significativo de produtores dos mais variados níveis tecnológicos, possui um rebanho de aproximadamente 20.000 cabeças com alto padrão genético. É importante para a subsistência de pequenos produtores rurais (Agricultura Familiar).
A Pecuária de Corte representa a maior contribuição fiscal para o município, com um rebanho de aproximadamente 90.000 cabeças, e um número expressivo de produtores com diferentes níveis de produção e tamanhos de propriedade. A região pertence ao Bioma Pampa, com pastagens naturais próprias para as criações de bovinos e ovinos. Historicamente a pecuária de corte e ovinocultura se desenvolve na região, com pouca assistência técnica e na maioria dos casos com baixo nível tecnológico e baixa produtividade. Com relação a Juventude Rural, o município possui 725 jovens no meio rural e 264 no meio urbano, situação diferenciada de outros municípios, e representam um potencial de desenvolvimento, dando continuidade ao trabalho realizado pelas famílias nas propriedades rurais. Na Área de Segurança e Soberania Alimentar a qualidade da água para consumo humano e animal no interior do município é precária.
Detectou-se, em trabalho realizado pelos Territórios da Cidadania em 2011/2012, que 54,41% das amostras coletadas no meio rural estavam impróprias para o consumo humano. Os hábitos alimentares da região envolvem basicamente carne vermelha e amido, isso mostra a importância da ampliação de atividades como fruticultura e olericultura, visando à obtenção de produtos agroecológicos, melhorando a oferta de alimentos saudáveis e a qualidade de vida dos produtores. Principais recursos hídricos - Jaguarão Chico, Rio Negro e Minuano (corre para o Jaguarão Chico), Jaguarão, Arroio do Tamanduá. O Jaguarão Chico é utilizado para irrigação de arroz, assim como o Rio Negro. O município possui cerca de 275 famílias beneficiárias de programas de transferência de renda.
1.4.1. POPULAÇÃO
Conforme dados obtidos do IBGE (2010), a população total do Município de Riozinho em 2010 era de 2748 habitantes. Com uma área de unidade territorial de 239,340 km², possui uma densidade demográfica de 18,08 hab/ km2. Os habitantes do município estão dentro de uma faixa etária principal de 10 a 54 anos. De acordo com a imagem abaixo, é possível ver a distribuição populacional do município em relação ao sexo e grupo de idades.
Figura 04: Característica da população 2010 - 2016
Fonte: IBGE 2010
1.4.2. EQUIPAMENTOS SOCIAIS
1.4.2.1. SAÚDE
O município possui trêspostos de atendimento pelo SUS.
Segundo o IBGE (2010), a taxa de mortalidade infantil média na cidade é de 13.7 para 1.000 nascidos vivos. As internações devido a diarreias são de 11.8 para cada 1.000 habitantes. Comparado com todos os municípios do estado, fica nas posições 140 de 497 e 5 de 497, respectivamente. Quando comparado a cidades do Brasil todo, essas posições são de 2339 de 5570 e 199 de 5570, respectivamente.
1.4.2.2. EDUCAÇÃO
Conforme o IBGE, tem-se até o momento os seguintes dados:
· Taxa de escolarização de 6 a 14 anos de idade(2010) – 93,9%
· IDEB – Anos iniciais do ensino fundamental (2015) – 5.6
· Matrículas do ensino fundamental (2017) – 669 matrículas
· Matrículas do ensino médio (2017) – 154 matrículas
· Docentes do ensino fundamental (2015) – 60 docentes
· Docentes do ensino médio (2017) – 15 docentes
· Número de estabelecimentos de ensino fundamental (2017) – 4 escolas
· Número de estabelecimentos de ensino médio (2017) – 1 escola
Figura 05: Matrículas
Fonte: IBGE 2010
1.4.3. SANEAMENTO PÚBLICO
1.4.3.1. Sistema de Abastecimento de Água
O abastecimento de água no município é toda encanada e tratada, atendendo a totalidade da população urbana. O volume de água tratada distribuída por dia é de 2.769,4 m³.
1. Sistema de Esgoto Sanitário
O Município de Aceguá busca o apoio para inserir, na pauta das políticas públicas, a disponibilidade de recursos para implantar os serviços urbanos - sistema de esgoto sanitário. O município, apesar de possuir manejo de águas pluviais e manejo de resíduos sólidos, não possui rede coletora de esgoto sanitário.
2. Estudo Populacional
Para os cálculos de estimativa populacional, foram utilizados dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, conforme relação abaixo:
· População em 2000: 2528
· População em 2005: 2636
· População em 2010: 2748
O alcance do projeto será para 30 anos, contudo deve -se considerar que a implantação do Sistema de Abastecimento de Esgoto levará um ano para ser concluída, então adota-se como base o ano de 2049.
2.1. Método Aritmético
O método aritmético assume que a taxa de crescimento populacional é constante e pressupõe que o crescimento da população é ilimitado. Para o método aritmético foi adotado a seguinte equação:
Onde Ka é a constante de crescimento aritmético.
A população estimada no ano futuro t é dada pela equação seguinte:
Conforme as informações retiradas do IBGE, chegamos aos seguintes resultados:
2.2. Método Geométrico
O Método Geométrico assume que a taxa de crescimento é proporcional à população existente em um determinado ano. O método pressupõe que o crescimento é ilimitado.
dP/dt=Kg.P
Onde Kg é a taxa de crescimento geométrico da população.
Desta forma, chegamos aos seguintes resultados com o método geométrico:
2.3. Método da Curva Logística
O método da Curva Logística modela o crescimento populacional como apresentando uma forma S - combina uma taxa geométrica de crescimento quando a população é pequena com uma taxa declinante de crescimento à medida que a cidade atinge uma população limite Psat (de saturação). A velocidade de crescimento específica é proporcional ao déficit populacional (Psat - P).
(T = t-t0)
Sendo “d” o intervalo de tempo constante entre os anos t0, t1, t2.
O parâmetro a é tal que, para t = a/b, há uma inflexão na curva (mudança de curvatura).
O parâmetro b é a razão de crescimento da população.
Os parâmetros a e b são determinados a partir de três pontos conhecidos da curva. Para aplicação do método deve existir as seguintes condições: o conhecimento de três pontos da curva com o mesmo intervalo de tempo:(Po, to), (P1, t1), (P2, t2).
Aplicando os valoresfornecidos pelo IBGE nas equações apresentadas, encontrou-se os seguintes resultados:
d=5
2.4. Análise dos Dados e Valores Adotados
Utilizando as fórmulas respectivas foram calculados os números populacionais no ano de 2019 e 2049, pelos métodos Aritmético, Geométrico e Curva Logistíca, conforme tabela 01.
Tabela 01 - Projeção Populacional
Projeção População
Ano
Aritmético
Geométrico
Curva Logística
2019
2946
2962
2961
2049
3606
3799
3769
3. PROJETO BÁSICO DO SISTEMA DE Esgotos Sanitários
3.1. critérios básicos de projeto
· Coeficiente do dia de maior consumo: k1 = 1,2;
· Coeficiente da hora de maior consumo: k2 = 1,5;
· Coeficiente de Retorno: 0,8;
· Consumo Per Capita de água: q = 150 l/hab.dia;
· Estação de Bombeamento - EBEs do tipo poço úmido;
· Alunos escola – 300 alunos;
3.2. rede coletora de Esgoto sanitário
De acordo com o projeto, para o Município de Riozinho serão utilizados os componentes descritos a seguir. O projeto visa um alcance à população de 30 (trinta) anos e terá um atendimento integral no município.
3.2.1. Material das tubulações
O material utilizado nas tubulações será PVC rígido, por ser mais adequado ao diâmetro de 150mm, sendo de mais fácil manuseio, transporte e instalação.
3.2.2. Profundidade na rede coletora
A NBR 9649/86 recomenda recobrimento mínimo de 0,90m para assentamento no leito da via e de 0,65m quando no passeio. Dispõe também que as redes não devem ser rebaixadas unicamente em razão de soleiras baixas.
É importante salientar que o custo das redes de esgoto cresce exponencialmente com a profundidade de assentamento, desta forma deve-se evitar a profundidades maiores considerando o alto custo de escavação.
3.2.3. Ligações Prediais
As ligações prediais serão executadas em DN 100, em tubo de PVC rígido para Rede de Esgotos Sanitários, normatizado pela NBR-7362.
As ligações serão com caixas de calçadas interligadas diretamente na rede. 20 metros é a distância máxima que uma caixa de calçada vai estar da rede de drenagem.
3.2.4. Inspeções tubulares
As distâncias máximas adotadas entre poços de inspeção foram de 120m. Para este projeto foram utilizados apenas poços de visita. Os poços de vista (PV’s) foram previstos nas seguintes situações:
· Nos trechos muito longos;
· Nas mudanças de direção dos coletores;
· Nas mudanças de diâmetro;
· Nas mudanças de declividade.
4. Vazões de Projeto
4.1. Vazão Doméstica
Para a avaliação das contribuições domésticas adotou-se, para dimensionamento da rede de esgotos, o critério de vazão concentrada de cada unidade sanitária, dada pela fórmula.
4.1.1. vazão total de infiltração
Utilizou-se o comprimento total da rede, 13.643,05 m.
1.
2.
3.
4.
4.1.
4.1.1.
4.1.2. vazão linear
Utilizou-se o comprimento total da rede onde havia contribuições, 23.492,21 m, juntamente com a seguinte fórmula:
4.1.3. vazão concentrada
A vazão da escola foi adicionada entre os PVs 63.
Vazão concentrada total:
Entidade:
Quant.
Espécie:
Tipo:
Unid.:
Valor:
Unid.:
Escola
300
alunos
Q conc.
L/s.dia
0,1736
L/s
Total:
0,1736
L/s
1
2
3
4
4.1
4.1.1
4.1.2
4.1.3
4.1.4 VAZÃO TOTAL
Para este cálculo, é realizado o somatório das vazões como segue:
Dimensionamento da Rede Coletora de Esgoto
O dimensionamento da Rede Coletora foi realizado pelo critério da vazão unitária por metro linear de coletor, verificando-se trecho a trecho a rede, para as condições de vazão inicial e final do projeto.
Realizado o traçado de rede, foi definida a numeração dos PVs para cada trecho.
4.1.5 Cálculo de contribuições
I. Vazão do Trecho
As contribuições foram calculadas para cada trecho considerando a sua extensão e multiplicando pela respectiva vazão linear, sendo em 2019 o valor de 0,000452 L/s.m, e para 2047 o valor de 0,000543 L/s.m.
II. Vazão concentrada
As contribuições concentradas foram especificadas no item anterior.
III. Vazão de Infiltração
Calcula-se trecho a trecho com a seguinte fórmula:
IV. Vazão a Jusante
É o somatório das vazões anteriores conforme fórmula a seguir:
V. Vazão Adotada
A NBR n.º 9649/86 recomenda que em qualquer trecho o menor valor de vazão utilizado nos cálculos é 1,5 L/s, correspondente ao pico instantâneo decorrente de descarga de vaso sanitário.
4.1.6 Cotas de terreno e dos coletores
Para cada PV foi feita uma linha ligando as curvas de nível com uma cota intermediária, que serviu para estimar uma cota mais exata para o cálculo:
Considerando o recobrimento mínimo de 0,9 m para Cota do Coletor:.
4.1.7 Diâmetro adotado para a Rede Coletora
A NBR 9649/86 admite o diâmetro nominal mínimo (DN) 100mm. Entretanto o diâmetro mínimo usualmente adotado nos projetos de saneamento é 150mm. Sendo assim foi adotado este valor mínimo para o projeto.
4.1.8 Declividade
A NBR 9649/86 determina a verificação em cada trecho de tubulação para que a tensão trativa média seja igual ou superior a 1 Pa, para coeficiente de Manning n = 0,013 ( a CORSAN utiliza n = 0,010). A declividade mínima que satisfaz esta condição é expressa por:
Para n = 0,010
O I adotado jamais deve ser maior que a declividade mínima.
4.1.9 Fator Hidráulico
Foi calculado com a seguinte fórmula, sendo a rugosidade do material:
4.1.10 Raio Hidráulico
Sendo RH/D um valor tabelado.
4.1.11 Tensão Trativa
Tensão trativa (σ) - os líquidos esgotáveis possuem em seu meio materiais mais pesados que a água e, consequentemente, sedimentáveis naturalmente. É, pois, essencial que se evitem estes depósitos indesejáveis para que, com o tempo não ocorram reduções sucessivas da seção útil ou que se aglomerem em volumes sólidos maiores provocando abrasão nas paredes internas dos condutos quando arrastados pelo líquido, prejudicando o escoamento e danificando a canalização. Isto implica em dimensionamento das tubulações de esgotos em condições de escoamento tais que se garanta um esforço tangencial mínimo entre o líquido em escoamento e a superfície molhada do conduto. Deste esforço tangencial origina-se o conceito de tensão trativa – σ (ou tensão de arraste) definida como o esforço tangencial unitário transmitido às paredes do conduto pelo líquido em escoamento. Para melhor entendimento do conceito de tensão trativa, a seguir será apresentada a obtenção de uma expressão para o seu cálculo.
A tensão trativa representa um valor médio de tensão ao longo do perímetro molhado do conduto e é calculada pela seguinte expressão:
;
onde:
: tensão trativa média (Pa);
: peso específico do líquido (10.000 N/m3);
RH: raio hidráulico (m) e;
I: declividade do coletor (m/m).
A Tensão trativa deverá ser maior ou igual a 1Pa.
4.1.12 Altura da Lâmina Máxima de Esgoto
Conforme a NBR 9649/86, os coletores são projetados para trabalhar, no máximo, com lâmina de água igual à 0,75 do, destinando-se a parte superior dos condutos à ventilação do sistema e as imprevisões e flutuações excepcionais de nível. O escoamento é considerado permanente e uniforme.
Y/D máximo = 75% do diâmetro
4.1.13 Velocidade de Escoamento
Utilizou-se a seguinte fórmula:
4.1.14 Velocidade Crítica
A NBR 9649/86 estabelece que quando a velocidade final é superior a velocidade crítica a lâmina de água máxima deve ser reduzida para 0,50 do diâmetro, sendo:
,
onde:
g = aceleração da gravidade
RH = raio hidráulico
A norma também estabelece que a declividade máxima admissível é aquela que corresponde a velocidade final (Vf) de 5m/s. A razão disso é evitar a erosão da tubulação, no entanto, não tem sido observada, segundo Azevedo Netto, em instalações em que ocorrem velocidades maiores.
4.1.15 Profundidade de Escavação
A profundidade de escavação a montante e jusante é dada pelas seguintes fórmulas:
Prof. a Montante = Cota do Terreno a Montante – Cota do Coletor a Montante.
Prof. a Jusante = Cota do Terreno a Jusante – Cota do Coletor a Jusante.
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22
4.3. Estação de Elevatória de Esgoto (EBE)
Foram necessárias duas elevatórias no projeto, estas estão localizadas nosPVS 85, PVS 10, possibilitando dessa forma o direcionamento do efluentepor gravidade até a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), realizou-se o seguinte dimensionamento da EBE:
4. Referências Bibliográficas:
Disponível em:< www.pmriozinho.com.br >. Acesso em: 15 nov. 2019.
GEDEÃO PEREIRA (Rio Grande do Sul). Sebrae. Perfil das Cidades Gaúchas - Riozinho. 2018. Disponível em: <http://datasebrae.com.br/municipios/rs/Perfil_Cidades_Gauchas-Acegua.pdf>. Acesso em: 17 nov.2019.
Disponível em:< https://www.cidade-brasil.com.br/municipio-riozinho.html>. Acesso em: 16 nov. 2019.
8/31/2
*
*
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=
(
)
(
)
2000
2010
/
2528
2748
-
-
=
In
In
Kg
0083
,
0
=
Kg
(
)
2010
2049
0083
,
0
.
2748
-
=
e
P
hab
P
37
,
3798
=
(
)
(
)
(
)
[
]
{
}
(
)
2
2
1
2
2
1
2
1
2
P
P
Po
P
Po
P
P
P
Po
K
-
´
+
-
´
´
´
=
T
b
a
e
K
P
´
-
+
=
1
Po
Po
K
a
-
=
log
4343
,
0
1
(
)
(
)
Po
K
P
P
K
Po
d
b
-
´
-
´
´
-
=
1
1
log
4343
,
0
1
(
)
(
)
(
)
[
]
{
}
(
)
2
2
2636
2748
2528
2748
2528
2636
2748
2636
2528
2
-
´
+
-
´
´
´
=
K
88
,
195
.
23
=
K
2528
2528
88
,
195
.
23
log
4343
,
0
1
-
=
a
10
,
2
=
a
(
)
(
)
2528
88
,
23195
2636
2636
88
,
23195
2528
log
5
4343
,
0
1
-
´
-
´
´
-
=
b
0,00939
=
b
49
00939
,
0
10
,
2
1
88
,
195
.
23
´
-
+
=
e
P
hab
P
87
,
3768
=
()
*(0,5/.)
1000
trechom
Infiltração
LLsKm
Q
=
tan
JusanteMonteTrechoConcentradaInfiltração
QQQQQ
=+++
.
t.
..
..
Entrecurvas
monabaixo
AtéoPV
L
CotTerrenoCotPV
L
æö
=+
ç÷
èø
.
.
..
..
Entrecurvas
jusabaixo
AtéoPV
L
CotTerrenoCotPV
L
æö
=+
ç÷
èø
..
..0,9
1000
mm
MontMont
DN
CotColetorCotTerreno
æö
=--
ç÷
èø
..
..
Trecho
JusMont
Trecho
L
CotColetorCotColetor
I
æö
=-
ç÷
èø
0,49
min.
0,0061*
adotada
IQ
-
®=
..
..
MontJus
Terreno
Trecho
CotTerrCotTerr
I
L
-
=
h