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UNIDADE 1 – CINEMÁTICA E DINÂMICA DO CORPO RÍGIDO Movimentos de um Corpo Rígido Os diversos tipos de movimento de um corpo rígido podem ser convenientes agrupados como se segue: 1. TRANSLAÇÃO Um movimento é de translação quando qualquer reta, unindo dois pontos quaisquer do corpo, conserva a mesma direção durante o movimento. Na translação todos os pontos materiais que forma o corpo deslocam-se segundo trajetórias paralelas. Fig. 1 – Translação Retilínea Fig. 2 – Translação Curvilínea UNIDADE 1 – CINEMÁTICA E DINÂMICA DO CORPO RÍGIDO Movimentos de um Corpo Rígido 2. ROTAÇÃO Neste movimento, os pontos materiais que formam o corpo rígido se deslocam em planos paralelos ao longo de circunferências, cujos centros estão sobre uma mesma reta fixa. Se essa reta, chamada de EIXO DE ROTAÇÃO, intercepta o corpo rígido, os pontos materiais situados sobre ela possuem velocidade e aceleração nulas . UNIDADE 1 – CINEMÁTICA E DINÂMICA DO CORPO RÍGIDO Movimentos de um Corpo Rígido 3. MOVIMENTO PLANO GERAL É o movimento em que todos os pontos materiais do corpo se deslocam em planos paralelos. Qualquer movimento plano que não seja de ROTAÇÃO ao redor de um eixo fixo e nem de TRANSLAÇÃO, considera-se como um MOVIMENTO PLANO GERAL. A seguir dois exemplos de movimento plano geral: UNIDADE 1 – CINEMÁTICA E DINÂMICA DO CORPO RÍGIDO Movimentos de um Corpo Rígido 4. MOVIMENTO EM TORNO DO PONTO FIXO É o movimento tridimensional de um corpo rígido com um ponto fixo 0. Um exemplo típico é o movimento de um PIÃO sobre o solo. UNIDADE 1 – CINEMÁTICA E DINÂMICA DO CORPO RÍGIDO Movimentos de um Corpo Rígido 5. MOVIMENTO GERAL Qualquer movimento de um corpo rígido que não esteja incluído nos tipos anteriormente mencionados é denominado MOVIMENTO GERAL. 5.1 TEOREMA DE CHASLES O movimento plano geral de um corpo pode sempre ser considerado como a combinação dos movimentos de translação e de rotação - lei de Chasles. UNIDADE 1 – CINEMÁTICA E DINÂMICA DO CORPO RÍGIDO TRANSLAÇÃO Seja um corpo rígido animado de um movimento de TRANSLAÇÃO (retilínea ou curvilínea) e sejam A e B dois quaisquer de seus PONTOS. Chamando de rA e rB os VETORES DE POSIÇÃO de A e B em relação a um sistema de referência fixo e de rB/A o VETOR que une A e B. APP UNIDADE 1 – CINEMÁTICA E DINÂMICA DO CORPO RÍGIDO TRANSLAÇÃO Derivando em relação t TEMPO, o VETOR rB/A deve ser constante, já que A e B pertencem ao corpo rígido. Assim, a derivada de rB/A é NULA temos: Derivando novamente: Logo, quando um corpo rígido está em TRANSLAÇÃO, todos os pontos do corpo têm a mesma ACELERAÇÃO em qualquer instante dado. UNIDADE 1 – CINEMÁTICA E DINÂMICA DO CORPO RÍGIDO ROTAÇÃO Considere um corpo rígido que gira em torno de um eixo fixo AA’. Seja P um ponto do corpo e r seu vetor de posição em relação a um sistema de referência fixo. Por conveniência, vamos assumir que o sistema de referência esteja centrado no ponto 0 sobre AA’ e que o eixo z coincida com AA’. Seja B a projeção de P sobre AA’. Como P precisa permanecer a uma distância constante de B, ele descreverá um círculo de centro B e de raio r sen ø, onde ø representa o ângulo formado entre r e AA’. UNIDADE 1 – CINEMÁTICA E DINÂMICA DO CORPO RÍGIDO ROTAÇÃO A posição de P e de todo corpo fica totalmente definida pelo ângulo ɵ que a linha BP forma com o plano zx. O ângulo ɵ é denominado de coordenada angular corpo e é definido como positivo quando visto no sentido anti-horário a partir de A’. A coordenada angular será expressa em radianos (rad) ou, ocasionalmente, em graus (°) ou revoluções (rev). UNIDADE 1 – CINEMÁTICA E DINÂMICA DO CORPO RÍGIDO ROTAÇÃO A VELOCIDADE v = dx/dt de uma partícula P é um vetor tangente á trajetória de P e de INTENSIDADE v = ds/dt. O COMPRIMENTO Δs do arco descrito por P quando o corpo gira de um ÂNGULO Δɵ é: e dividindo ambos os membros por Δt, obtemos no limite, com Δt tendendo a zero, onde ɵ representa a derivada temporal de ɵ. . UNIDADE 1 – CINEMÁTICA E DINÂMICA DO CORPO RÍGIDO ROTAÇÃO Se traçássemos em AA’ um VETOR w = ɵk efetuássemos o produto vetorial w x r . Então, O VETOR orientado ao longo do eixo de rotação, é denominado velocidade angular do corpo, sendo igual em intensidade à taxa de variação ɵ da coordenada angular. Seu sentido pode ser obtido pela REGRA DA MÃO DIREITA. . . UNIDADE 1 – CINEMÁTICA E DINÂMICA DO CORPO RÍGIDO ROTAÇÃO A aceleração a da partícula P será determinada, a seguir: O vetor dw/dt é representada por é denominado aceleração angular do corpo. Sendo k a constante em intensidade e direção, temos: UNIDADE 1 – CINEMÁTICA E DINÂMICA DO CORPO RÍGIDO ROTAÇÃO A rotação de um corpo rígido animado em torno de um eixo fixo pode ser definida pelo movimento de uma PLACA REPRESENTATIVA em um plano de referência perpendicular ao eixo de rotação. ROTAÇÃO DE PLACA REPRESENTATIVA UNIDADE 1 – CINEMÁTICA E DINÂMICA DO CORPO RÍGIDO ROTAÇÃO Substituindo: ROTAÇÃO DE PLACA REPRESENTATIVA Em: Decompondo a nas direções TANGENCIAL e NORMAL, teremos: UNIDADE 1 – CINEMÁTICA E DINÂMICA DO CORPO RÍGIDO ROTAÇÃO 1. MOVIMENTO DE ROTAÇÃO UNIFORME Este caso se caracteriza por uma aceleração NULA. Assim, a velocidade angular é constante, e a coordenada angular é dada pela expressão: MOVIMENTOS DE ROTAÇÃO 2. MOVIMENTO DE ROTAÇÃO UNIFORMEMENTE ACELERADO Neste caso a aceleração angular é constante. De UNIDADE 1 – CINEMÁTICA E DINÂMICA DO CORPO RÍGIDO ROTAÇÃO O peso B está ligado a uma polia dupla por um dos dois cabos inextensíveis mostrados na figura ao lado. O movimento da polia é controlado pelo cabo C, que tem uma aceleração constante de 0,229 m/s² e uma velocidade inicial de 0,305 m/s, ambas para a direita. 1º EXERCÍCIO DE ROTAÇÃO Determine: a) O número de revoluções executadas pela polia em 2 s. b) A velocidade e a variação da posição do peso B depois de 2 s. c) A aceleração do ponto D na periferia da polia interna, no instante inicial. De UNIDADE 1 – CINEMÁTICA E DINÂMICA DO CORPO RÍGIDO a) Movimento da Polia - Uma vez que o cabo é inextensível (o cabo não escorrega sobre a polia), a velocidade do ponto D é igual à velocidade do ponto C e a componente tangencial da aceleração D é igual à aceleração de C. Observando que a distância de D ao centro da polia é de 7,62 cm: 30,5 cm/s 7,62 cm 4,00 rad/s 7,62 cm 22,9 cm/s² 3,00 rad/s² De UNIDADE 1 – CINEMÁTICA E DINÂMICA DO CORPO RÍGIDO Usando as equações do MOVIMENTO UNIFORMEMENTE ACELERADO, obtemos, para t = 2s, a) O número de revoluções executadas pela polia em 2 s. De UNIDADE 1 – CINEMÁTICA E DINÂMICA DO CORPO RÍGIDO b) Movimento da carga B - Usando as seguintes relações entre movimento linear e angular, com r = 12,7 cm: = (10 rad/s) . (0,127 m) = (14 rad) . (0,127 m) b) A velocidade do peso B depois de 2 s. b) A variação da posição do peso B depois de 2 s. De UNIDADE 1 – CINEMÁTICA E DINÂMICA DO CORPO RÍGIDO c) Aceleração do ponto D em t = 0 – O componente tangencial de aceleração é: Como, em t = 0, 4,00 rad/s , o compo - nente normal da aceleração é: (4 rad/s)² . (0,0762 m) De UNIDADE 1 – CINEMÁTICA E DINÂMICA DO CORPO RÍGIDO O módulo, a direção e o sentido da aceleração total podem ser obtidos da figura ao lado e da trigonometria: 1,22 m/s² 0,229 m/s² = 5,3275 ø = arc tg 5,3275 ø = 79,4° ø = 1,22 m/s² 0,9829 c) A aceleração do ponto D na periferia da polia interna, no instante inicial. De UNIDADE 1 – CINEMÁTICA E DINÂMICA DO CORPO RÍGIDO Quando um motor elétrico é ligado, ele alcança sua velocidade nominal de 3.300 rpm em 6s, e quando é desligado, o motor livre atinge o repouso em 80s. Admitindo um movimento uniformemente acelerado. ROTAÇÃO 2º EXERCÍCIO DE ROTAÇÃO Determine: a) O número de revoluções que o motor executa para alcançar sua velocidade nominal b) O número de revoluções que o motor executa para atingir o repouso. 3300 rev 1 min 3300 rev 60 s 55 rev s 1 rev = 2π rad 55 . 2π rad s 110 π rad/sDe UNIDADE 1 – CINEMÁTICA E DINÂMICA DO CORPO RÍGIDO Usando as equações do MOVIMENTO UNIFORMEMENTE ACELERADO, obtemos, para t = 6s, a) O número de revoluções que o motor executa para alcançar sua velocidade nominal De UNIDADE 1 – CINEMÁTICA E DINÂMICA DO CORPO RÍGIDO Quando b) O número de revoluções que o motor executa para atingir o repouso. De UNIDADE 1 – CINEMÁTICA E DINÂMICA DO CORPO RÍGIDO Um dispositivo simples de acionamento por atrito consiste em dois discos A e B. Inicialmente, o disco A tem uma velocidade angular de 500 rpm e o disco B encontra-se em repouso. Sabe-se que o disco A chegará livremente ao repouso em 60 s. Entretanto, em vez de esperar até que ambos os discos estejam em repouso para pô-los em contato, uma aceleração angular constante de 2,5 rad/s² é aplicada ao disco B no sentido horário. ROTAÇÃO 3º EXERCÍCIO DE ROTAÇÃO Determine: a) Em que instante os discos podem ser postos em contato para não haver deslizamento. b) A velocidade angular de cada disco quando o contato é estabelecido. De UNIDADE 1 – CINEMÁTICA E DINÂMICA DO CORPO RÍGIDO Disco A Disco A chegará livremente ao repouso em 60 s 60 s - 52.36 rad/s = Disco B No instante t 0 + 2,5 rad/s².t 500 rev 1 min 1 rev = 2π rad 8,33 rev s 500 rev 60 s 8,33 . 2π rad s De UNIDADE 1 – CINEMÁTICA E DINÂMICA DO CORPO RÍGIDO Disco A a) Em que instante os discos podem ser postos em contato para não haver deslizamento. 3 in 3 x 25,4 mm 76,2 mm 80 mm b) A velocidade angular de cada disco quando o contato é estabelecido. 43,1 rad/s 2π rad 6,863 x 60 0 + 2,5(10,61) 26,53 rad/s 2π rad 4,225 x 60 rB = 5 in = 5 x 25,4 mm = 127 mm = 130 mm (130 mm) (2,5t) 325t 394,813t 10,61 s (10,61) 43,1 412 rpm (10,61) 26,53 rad/s 254 rpm UNIDADE 1 – CINEMÁTICA E DINÂMICA DO CORPO RÍGIDO MOVIMENTO PLANO GERAL Movimento Plano Geral é um movimento plano que não é uma TRANSLAÇÃO nem uma ROTAÇÃO. Todavia, um MOVIMENTO PLANO GERAL pode ser sempre considerado como a soma de uma translação e de uma rotação. Uma roda que rola sobre uma pista reta, durante um certo intervalo de tempo, dois pontos A e B, se moverão de A1 até A2 e de B1 até B2 respectivamente. O mesmo resultado poderia ser obtido por meio de uma translação que levaria A e B para A2 e B’1 (com a linha AB permanecendo na vertical), seguida de uma rotação em torno de A para trazer B até B2. Embora o movimento original de rolamento difira da combinação de translação e rotação quando esses movimentos são considerados em sucessão, o movimento original pode ser duplicado exatamente por uma combinação de TRANSLAÇÃO e ROTAÇÃO simultâneas. 1º EXEMPLO Movimento Plano Translação com A= Rotação com A+ UNIDADE 1 – CINEMÁTICA E DINÂMICA DO CORPO RÍGIDO MOVIMENTO PLANO GERAL Uma barra roda cujas as extremidades deslizam ao longo de uma pista horizontal e de uma vertical, respectivamente. Esse movimento pode ser substituído por uma TRANSLAÇÃO em uma direção horizontal e uma ROTAÇÃO em torno de A. 2º EXEMPLO Ou por uma TRANSLAÇÃO em uma direção vertical e uma ROTAÇÃO em torno de B. Movimento Plano = Translação com A Rotação em torno de A+ Movimento Plano = Translação com A Rotação em torno de A+ UNIDADE 1 – CINEMÁTICA E DINÂMICA DO CORPO RÍGIDO MOVIMENTO PLANO GERAL VELOCIDADE ABSOLUTA E VELOCIDADE RELATIVA NO MOVIMENTO PLANO A VELOCIDADE ABSOLUTA VB de uma partícula B da placa é obtida a partir da fórmula da velocidade relativa, descrita a seguir: A velocidade VA corresponde à translação da placa junto com A, enquanto a velocidade relativa VA/B está associada à rotação da placa em torno de A e é medida em relação aos eixos centrados em A , de orientação fixa. Representado por rB/A o vetor de posição de B relativo a A e por ωk a velocidade angular da placa em relação aos eixos de orientação x’ e y”. UNIDADE 1 – CINEMÁTICA E DINÂMICA DO CORPO RÍGIDO MOVIMENTO PLANO GERAL VELOCIDADE ABSOLUTA E VELOCIDADE RELATIVA NO MOVIMENTO PLANO Movimento Plano = Translação com A Rotação em torno de A+ UNIDADE 1 – CINEMÁTICA E DINÂMICA DO CORPO RÍGIDO MOVIMENTO PLANO GERAL VELOCIDADE ABSOLUTA E VELOCIDADE RELATIVA NO MOVIMENTO PLANO Examinaremos novamente a barra deslizante AB. Considerando que a velocidade VA da extremidade A é conhecida, nos propomos encontrar a velocidade VB da extremidade B e a velocidade angular ω da barra em termos da velocidade VA, do comprimento l e do ângulo ɵ. Movimento Plano = Translação com A Rotação em torno de A+ UNIDADE 1 – CINEMÁTICA E DINÂMICA DO CORPO RÍGIDO MOVIMENTO PLANO GERAL VELOCIDADE ABSOLUTA E VELOCIDADE RELATIVA NO MOVIMENTO PLANO O mesmo resultado pode ser obtido usando-se B como ponto de referência. Rotação em torno de A+Translação com A=Movimento Plano UNIDADE 1 – CINEMÁTICA E DINÂMICA DO CORPO RÍGIDO MOVIMENTO PLANO GERAL ACELERAÇÃO ABSOLUTA E ACELERAÇÃO RELATIVA NO MOVIMENTO PLANO A ACELERAÇÃO ABSOLUTA aB de uma partícula B da placa é obtida a partir da fórmula da aceleração relativa, descrita a seguir: A aceleração aA corresponde à translação da placa junto com A, enquanto a aceleração relativa aB/A está associada à rotação da placa em torno de A e é medida em relação aos eixos centrados em A , de orientação fixa. UNIDADE 1 – CINEMÁTICA E DINÂMICA DO CORPO RÍGIDO MOVIMENTO PLANO GERAL ACELERAÇÃO ABSOLUTA E ACELERAÇÃO RELATIVA NO MOVIMENTO PLANO A ACELERAÇÃO RELATIVA aB/A pode ser decomposta em dois componentes, um Componente Tangencial (aB/A)t perpendicular à linha AB e um Componente Normal (aB/A)n orientado para A. Representado por rB/A o vetor de posição de B relativo a A e, respectivamente, por ωK e αK a velocidade angular e a aceleração angular da placa em relação aos eixos de orientação fixa, temos: Rotação em torno de A+Translação com A=Movimento Plano UNIDADE 1 – CINEMÁTICA E DINÂMICA DO CORPO RÍGIDO MOVIMENTO PLANO GERAL ACELERAÇÃO ABSOLUTA E ACELERAÇÃO RELATIVA NO MOVIMENTO PLANO Examinaremos novamente a barra deslizante AB. Considerando que a velocidade e a aceleração VA e aA da extremidade A são conhecidas, nos propomos determinar a aceleração aB da extremidade B e a aceleração angular α da barra. Escolhendo A como um ponto de referência, estabelecemos que o movimento dado é equivalente a uma TRANSLAÇÃO junto com A e a uma ROTAÇÃO em torno de A. A ACELERAÇÃO ABSOLUTA de B deve ser igual à soma: Onde, (aB/A)n tem a intensidade lω² e é orientada para A, enquanto (aB/A)t tem intensidade lα e é perpendicular a AB. UNIDADE 1 – CINEMÁTICA E DINÂMICA DO CORPO RÍGIDO MOVIMENTO PLANO GERAL ACELERAÇÃO ABSOLUTA E ACELERAÇÃO RELATIVA NO MOVIMENTO PLANO Rotação em torno de A+Translação com A=Movimento Plano No caso do polígono (a), escrevemos: De UNIDADE 1 – CINEMÁTICA E DINÂMICA DO CORPO RÍGIDO O centro da engrenagem dupla mostrada na figura rola sobre a cremalheira inferior fixa, sendo a velocidade de seu centro A de 1,2 m/s para a direita e uma aceleração de 3 m/s² para a direita. MOVIMENTO PLANO GERAL 1º EXERCÍCIO DE MOVIMENTO PLANO GERAL Determine: a) A velocidade angular da engrenagem. b) As velocidades da cremalheira superior R e do ponto D da engrenagem. c) A aceleração angular da engrenagem. d) A aceleração dos pontos B, C e D da engrenagem. De UNIDADE 1 – CINEMÁTICA E DINÂMICA DO CORPO RÍGIDO a) A velocidade angular da engrenagem. Uma vez que a engrenagem rola sobre a cremalheira inferior, seu centro A desloca-se por meio de uma distância igual ao perímetro da circunferência externa 2πr1 a cada revolução completa da engrenagem. 1 rev = 2π rad Quando A desloca-se para a direita xA > 0 A engrenagem gira no sentindo horário ɵ < 0 Diferenciando em relação ao tempo t e substituindo os valores conhecidos: VA = 1,2 m/s r1 = 150 mm = 0,150 m Onde k é um vetor unitário que aponta para fora do papel. De UNIDADE 1 – CINEMÁTICA E DINÂMICA DO CORPO RÍGIDO b) As velocidades da cremalheira superior R e do ponto D da engrenagem. O movimento de rolamento é decomposto em dois movimentos componentes:Uma TRANSLAÇÃO junto com o centro A e uma ROTAÇÃO em torno do centro A. Na translação, todos os pontos da engrenagem deslocam-se com a mesma velocidade VA. Na rotação, cada ponto P da engrenagem desloca-se em torno de A com uma VELOCIDADE RELATIVA: Rotação+Translação = Movimento de Rolamento De UNIDADE 1 – CINEMÁTICA E DINÂMICA DO CORPO RÍGIDO b) A velocidade da cremalheira superior R. A velocidade da cremalheira superior é igual à velocidade do ponto B: b) A velocidade do ponto D da engrenagem. VD² = (1,2 m/s)² + (1,2 m/s)² APLICANDO O TEOREMA DE PITÁGORAS De UNIDADE 1 – CINEMÁTICA E DINÂMICA DO CORPO RÍGIDO d) A aceleração dos pontos B, C e D da engrenagem. c) A aceleração angular da engrenagem. , , Rotação+Translação = Movimento de Rolamento De UNIDADE 1 – CINEMÁTICA E DINÂMICA DO CORPO RÍGIDO d) A aceleração do ponto B da engrenagem. Somando vetorialmente as acelerações correspondentes à translação e à rotação, obtemos: = (3 m/s²)i – (20 rad/s²)k x (0,100 m)j – (64 rad/s²) . (0,100 m)j = (3 m/s²)i + (2 m/s²)i – (6,4 m/s²)j = (5 m/s²)i – (6,4 m/s²)j aB² = (5 m/s²)²i + (6,4 m/s²)²j aB² = 25 (m/s²)²i + 40,96 (m/s²)²j 6,4 m/s² 5 m/s² = 1,28 ø = arc tg 1,28 = 52° De UNIDADE 1 – CINEMÁTICA E DINÂMICA DO CORPO RÍGIDO d) A aceleração do pontos C da engrenagem. Somando vetorialmente as acelerações correspondentes à translação e à rotação, obtemos: = (3 m/s²)i – (3 m/s²)i – (64 rad/s²) . (– 0,150 m)j = (3 m/s²)i – (3 m/s²)i + (9,6 m/s²)j De UNIDADE 1 – CINEMÁTICA E DINÂMICA DO CORPO RÍGIDO d) A aceleração do pontos D da engrenagem. Somando vetorialmente as acelerações correspondentes à translação e à rotação, obtemos: = (3 m/s²)i – (20 rad/s²)k x (– 0,150 m)i – (64 rad/s²) . (– 0,150 m)i aD² = (12,6 m/s²)²i + (3 m/s²)²j = (3 m/s²)i + (3 m/s²)j + (9,6 m/s²)i aD² = 158,76 (m/s²)²i + 9 (m/s²)²j 3 m/s² 12,6 m/s² = 0,238 ø = arc tg 0,238 = 13,4° Ferro homogêneo Não é homogênea. Alumínio homogêneo Densidade → d= m/V ; d= m/A Ferro não homogêneo dm dM dM>dm Ferro homogêneo Ferro não homogêneo dm dM dM>dm Ferro homogêneo dm dM dM>dm Centro massa centro de gravidade C UNIDADE 3 – CENTRÓIDES E BARICENTROS 3.1 CENTRO MASSA CENTRO DE MASSA EXEMPLOS 1º EXERCÍCIO ( 2 ; 0,5) Y X0 Y X0 C UNIDADE 3 – CENTRÓIDES E BARICENTROS 3.1 CENTRO MASSA CENTRO DE MASSA Para um grande número de partículas coplanares ou distribuídas no espaço, o CENTRO DE MASSA estará em xcm, ycm e zcm, dados por: xcm = m1 x1 + m2 x2 + m3 x3 m1 + m2 + m3 ycm = m1 y1 + m2 y2 + m3 y3 m1 + m2 + m3 zcm = m1 z1 + m2 z2 + m3 z3 m1 + m2 + m3 xcm = Σ mi xi Σ mi ycm = Σ mi yi Σ mi zcm = Σ mi zi Σ mi ycm = Σ mi yi M 1 xcm = Σ mi xi M 1 zcm = Σ mi zi M 1 C UNIDADE 3 – CENTRÓIDES E BARICENTROS 3.1 CENTRO MASSA CENTRO DE MASSA 2º EXERCÍCIO Determine o CENTRO DE MASSA do sistema constituído por três partículas 2,3 m rcm 0,90 m C UNIDADE 3 – CENTRÓIDES E BARICENTROS 3.1 CENTRO MASSA CENTRO DE MASSA Pela notação vetorial, cada partícula do sistema pode ter sua posição definida pelo vetor posição ri em um sistema de referência particular e o CENTRO DE MASSA pode ser definido pelo vetor posição rcm. Estes valores são relacionados a xi, yi, zi e xcm, ycm, zcm nas equações a seguir: ri = xi i + yi j + zi k rcm = xcm i + ycm j + zcm k Então, as três equações escalares, xcm, ycm, zcm podem ser substituídas por uma única equação vetorial: rcm = Σ mi ri M 1 C UNIDADE 3 – CENTRÓIDES E BARICENTROS 3.1 CENTRO MASSA CENTRO DE MASSA 3º EXERCÍCIO Determine o CENTRO DE MASSA do sistema constituído por três partículas m1 = 1,0 kg, m2 = 2,0 kg e m3 = 3,0 kg localizadas nos vértices de um triângulo equilátero de 1,0 m de lado. xcm = 1,0 kg . 0 + 2,0 kg . 1,0 m + 3,0 kg . 0,5 m 1,0 kg + 2,0 kg + 3,0 kg xcm = 0,5833 m ycm = 1,0 kg . 0 + 2,0 kg . 0 + 3,0 kg . 0,866 m 1,0 kg + 2,0 kg + 3,0 kg ycm = 0,433 m x(m) y (m) 1 m2 0,866 m1 m3 0 0,5 0,5833 0,433 rcm C C UNIDADE 3 – CENTRÓIDES E BARICENTROS 3.1 CENTRO MASSA CENTRO DE MASSA Portanto, CENTRO DE MASSA é a posição média de toda a massa do corpo ou sistema. Num corpo homogêneo e simétrico o CENTRO DE MASSA esta no centro geométrico. C UNIDADE 3 – CENTRÓIDES E BARICENTROS 3.1 CENTRO MASSA CENTRO DE MASSA EXEMPLOS Partículas de massas iguais. Formando um triângulo. Triângulos Baricentro É o ponto de encontro das medianas. O baricentro divide cada mediana em dois seguimentos na razão 2:1. k 2k C UNIDADE 3 – CENTRÓIDES E BARICENTROS 3.1 CENTRO MASSA CENTRO DE MASSA Introdução à Engenharia. Florianópolis: UFSC, 2000. Referências Bibliográficas • BEER, F. P. e JOHNSTON, E. R. Mecânica Vetorial para Engenheiros: Estática. 9ª. ed. São Paulo: McGraw-Hill, 2012. • HALLIDAY, D. e RESNICK, R. Física 1. 4ª. Ed. Rio de Janeiro: LTC, 1984. C UNIDADE 3 – CENTRÓIDES E BARICENTROS 3.1 CENTRO DE GRAVIDADE - Baricentro C UNIDADE 3 – CENTRÓIDES E BARICENTROS 3.1 CENTRO DE GRAVIDADE - Baricentro C UNIDADE 3 – CENTRÓIDES E BARICENTROS 3.1 CENTRO DE GRAVIDADE - Baricentro C UNIDADE 3 – CENTRÓIDES E BARICENTROS 3.1 CENTRO DE GRAVIDADE - Baricentro C UNIDADE 3 – CENTRÓIDES E BARICENTROS 3.1 CENTRO DE GEOMÉTRICO - Centróide C UNIDADE 3 – CENTRÓIDES E BARICENTROS 3.1 CENTROÍDE DE LINHA C UNIDADE 3 – CENTRÓIDES E BARICENTROS 3.1 CENTROÍDE DE ÁREA C UNIDADE 3 – CENTRÓIDES E BARICENTROS 3.1 CENTROÍDE DE VOLUMES C UNIDADE 3 – CENTRÓIDES E BARICENTROS C UNIDADE 3 – CENTRÓIDES E BARICENTROS C UNIDADE 3 – CENTRÓIDES E BARICENTROS EXERCÍCIO 1: Especifique as coordenadas x, y e z do centro de massa do quadrante do cilindro sólido homogêneo. C UNIDADE 3 – CENTRÓIDES E BARICENTROS 3.2 DETERMINAÇÃO DO CENTROÍDE DE FIGURAS COMPOSTAS C UNIDADE 3 – CENTRÓIDES E BARICENTROS 3.2 DETERMINAÇÃO DO CENTROÍDE DE FIGURAS COMPOSTAS - Áreas C UNIDADE 3 – CENTRÓIDES E BARICENTROS 3.2 DETERMINAÇÃO DO CENTROÍDE DE FIGURAS COMPOSTAS - Volumes C UNIDADE 3 – CENTRÓIDES E BARICENTROS Exemplo 1: C UNIDADE 3 – CENTRÓIDES E BARICENTROS Exemplo 1: continuação C UNIDADE 4 – MOMENTO DE INÉRCIA MOMENTO DE INÉRCIA DE MASSA Assim como um corpo tende a manter seu estado de movimento translacional – para mudar seu estado de movimento ele precisa vencer a sua inercia (“resistência à mudança de movimento)” – ele também tende a manter seu estado de movimento rotacional. Em outras palavras, o corpo que está girando precisa de um agente externo para deixar de girar ou passar a girar mais rápido. E um corpo que não está em rotação, precisa de um agente externo para passar a girar. Essa medida da dificuldade de rotacionar um corpo, chamamos de momento de inércia. “1ª lei de Newton para a rotação.” C UNIDADE 4 – MOMENTO DE INÉRCIA 4.1 MOMENTO DE INÉRCIA DE MASSA Considere um pequeno corpo de massa Δm fixado em uma barra de massa desprezível que pode girar livremente em torno de um eixo AA’ (na figura abaixo). Se um binário é aplicado ao sistema, a barra e o corpo, considerados inicialmente em repouso, começarão a girar em torno de AA’. O produto r² . Δm fornece, portanto uma medida da Inércia do sistema, ou seja, uma medida da resistência que o sistema oferece quando tentamos colocá-lo em movimento. Portanto o produto r² . Δm é denominado Momento de Inércia do corpo de massa Δm. C UNIDADE 4 – MOMENTO DE INÉRCIA 4.1 MOMENTO DE INÉRCIA DE MASSA Agora, considere um corpo de massa m que deve ser posto para girar em torno de um eixo AA’ (na figura abaixo). dividindo o corpo em elementos de massa Δm1, Δm2, etc., verificamos que a resistência do corpo ao movimento de rotação é medida pela soma r²1 . Δm1 + r²2 . Δm2 + .... Essa soma define, portanto, o Momento de Inércia do corpo em relação ao eixo AA’. C UNIDADE 4 – MOMENTO DE INÉRCIA 4.1 MOMENTO DE INÉRCIA DE MASSA O raio de giração k do corpo emrelação ao eixo AA’ é definido pela relação. Logo, o raio de giração k representa a distância a que toda massa do corpo deve ser concentrada para que seu Momento de Inércia em relação ao eixo AA’ permaneça inalterado. O raio de giração k é expresso em metros e a massa m em quilogramas, e assim a unidade usada para o Momento de Inércia de um corpo é kg.m². C UNIDADE 4 – MOMENTO DE INÉRCIA 4.1 MOMENTO DE INÉRCIA DE MASSA O Momento de Inércia de um corpo em relação a um eixo de coordenadas pode ser facilmente expresso em termos das coordenadas x, y, z do elemento de massa dm. O quadrado da distância r do elemento dm ao eixo y é z² + x², escrevemos o Momento de Inércia do corpo em relação ao eixo y , como: Expressões similares podem ser obtidas para os momentos de inércia em relação aos eixos x e z: Quanto mais distribuída a massa (mais distante do eixo de rotação), maior é o momento de inércia. Consequência: Mais difícil de colocar em rotação e mais difícil de parar. Conservação do momento angular Conservação do momento angular Conservação do momento angular Conservação do momento angular Conservação do momento angular Conservação do momento angular Aplicações em construção O momento de inercia da seção transversal da viga quando sobre a base menor, é maior do que quando está sobre a base maior Aplicações em construção O momento de inercia da seção transversal da viga quando sobre a base menor, é maior do que quando está sobre a base maior. C UNIDADE 4 – MOMENTO DE INÉRCIA 4.3 TEOREMA DOS EIXOS PARALELOS Onde, y’é a distância entre o elemento dA e BB’, temos y = y’+ d, sendo d a distância entre os eixos AA’ e BB’. Momento de Inércia: Raio de Giração: Momento de Inércia Polar: Raio de Giração Polar: C UNIDADE 4 – MOMENTO DE INÉRCIA 4.3 TEOREMA DOS EIXOS PARALELOS EXEMPLO 1: Utilizando o teorema dos eixos paralelos determine o momento de inércia IT de uma superfície circular em relação a uma linha tangente ao círculo da figura abaixo. O momento de inércia de uma superfície circular em relação a um eixo centroidal é: C UNIDADE 4 – MOMENTO DE INÉRCIA 4.3 TEOREMA DOS EIXOS PARALELOS EXEMPLO 2: Utilizando o teorema dos eixos paralelos determine o momento de inércia centroidal de uma superfície quando se conhece o momento de inércia da superfície em relação a um eixo paralelo. C UNIDADE 4 – MOMENTO DE INÉRCIA 4.3 MOMENTO DE INÉRCIA DE FIGURAS COMPOSTAS O momento de inércia de uma superfície que consiste em vários dos formatos mostrados na TABELA abaixo, pode ser obtido pelo uso das fórmulas dadas: C UNIDADE 4 – MOMENTO DE INÉRCIA 4.3 MOMENTO DE INÉRCIA DE FIGURAS COMPOSTAS C UNIDADE 4 – MOMENTO DE INÉRCIA 4.3 MOMENTO DE INÉRCIA DE FIGURAS COMPOSTAS C UNIDADE 4 – MOMENTO DE INÉRCIA 4.3 MOMENTO DE INÉRCIA DE FIGURAS COMPOSTAS C UNIDADE 4 – MOMENTO DE INÉRCIA 4.3 MOMENTO DE INÉRCIA DE FIGURAS COMPOSTAS As propriedades das SEÇÕES TRANSVERSAIS de diversos formatos estruturais são dadas na TABELA abaixo: C UNIDADE 4 – MOMENTO DE INÉRCIA 4.3 MOMENTO DE INÉRCIA DE FIGURAS COMPOSTAS
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