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FAZENDA MATTE LEÃO - Estudo de Caso (1)

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UNIP – UNIVERSIDADE PAULISTA 
ICET – INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS 
CURSO: ARQUITETURA E UBANISMO 
DISCIPLINA: ARQUITETURA SUSTENTÁVEL 
PROFESSOR: Ms. Ricardo Law 
 
 
 
 
TRABALHO SEMESTRAL 
FAZENDA MATTE LEÃO – RIO GRANDE, PR 
 
 
 
 
ALUNAS: 
Amanda Caroline Alves Ramalho 
Caroline Lemes Moreira da Silva Duarte 
Giulia Vasconcelos Salviano 
Kátia Regina Firmino Colen 
Thainá Marques Sella de Goes 
 
 
 
 
CAMPUS SÃO JOSÉ DOS CAMPOS 
MARÇO, 2020 
 
 2 
 
SUMÁRIO 
 
1. Introdução...................................................................................................................Pg.3 
2. Desenvolvimento.........................................................................................................Pg.4 
2.1 História da Fazenda Matte Leão................................................................................Pg.4 
2.2 Fazenda Rio Grande e Fabrica Matte Leão................................................................Pg.5 
2.3 O que é certificação LEED..........................................................................................Pg.6 
2.4 Diferenciais de Sustentabilidade.................................................................................Pg. 8 
3. Conclusão 
4. Bibliografia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 3 
 
1. Introdução 
 
A arquitetura é um trabalho de cunho social, onde o interesse do profissional – 
ou artista – da área deve ser o conforto, a segurança, o bem-estar e a qualidade de 
espaço para todos. O arquiteto deve pensar e projetar no coletivo, visando uma cidade 
com espaços que atendam melhor à necessidade das pessoas que nela vivem, afinal, 
uma cidade se faz de pessoas. 
Mas, além disso, o arquiteto tem como dever proteger o meio em que vivemos, 
fazer do meio ambiente parte da “nossa casa” sem destruí-lo ou substituí-lo por selvas 
de pedras que poderão trazer – e já estão trazendo – inúmeras consequências para os 
seres vivos. 
Há muito tempo as questões ambientais são desconsideradas na arquitetura, 
fato que pode ser observado com a crescente arquitetura moderna formada por grandes 
edifícios espelhados em locais inadequados, onde são necessárias soluções mecânicas 
para resolver os problemas de calor excessivo, falta de ventilação natural, falta de 
iluminação natural, dentre outras coisas. Problemas estes que poderiam ser 
solucionados com o bom uso da arquitetura e dos recursos da própria natureza. 
Esta preocupação porém deveria ser levada para além das questões 
habitacionais, alcançando também as comerciais, urbanísticas e institucionais com a 
mesma intensidade, de forma que a arquitetura sustentável não fosse mais vista como 
um diferencial, e sim como uma prática corriqueira. 
No livro “Em busca de uma arquitetura sustentável para os trópicos”, os autores 
Oscar Corbella e Simos Yanna, citam que antes de haver toda a tecnologia construtiva 
e todo o desenvolvimento nesse segmento, havia uma grande preocupação em criar 
ambientes ventilados naturalmente, assim como uma busca de formas de aproveitar a 
iluminação natural ou reduzir o calor excessivo, dentre outras coisas que foram deixadas 
de lado com o avanço da tecnologia e a “necessidade de ostentar o “progresso”, o poder 
econômico, a abundância de tecnologia”. 
Podem ser apontados diversos arquitetos que souberam usar a arquitetura e a 
implantação para criar um ambiente útil, agradável, esteticamente bonito e, acima disso, 
uma edificação que usa os princípios da arquitetura sustentável de forma sábia e 
desenvolta. 
Para efeito demonstrativo, o Fashion Mall é um exemplo de arquitetura a ser 
notado. Localizado no Rio de Janeiro, ele possui áreas públicas internas descobertas 
fazendo maior aproveitamento da luz e ventilação natural que, ao mesmo tempo, são 
protegidas da radiação solar direta e das chuvas. Esses ambientes abertos são 
resfriados pela presença de vegetação e pela ventilação natural, enquanto o 
acondicionamento é restrito apenas ao uso interno das lojas. Dessa forma o shopping 
conseguiu criar um ambiente mais aconchegante, mais ventilado e mais saudável 
apenas com o uso inteligente da arquitetura. 
Porém, além da preocupação com o conforto ambiental, deve-se atentar para 
questões de preservação do ambiente, desde as coisas básicas como coleta de água da 
chuva, até as coisas maiores, como a preservação da mata adjacente, por exemplo. São 
questões de suma importância para todos que, muitas vezes, são esquecidas pelos 
arquitetos e usuários. 
Com isso, o estudo que será apresentado mediante a esse relatório mostra o 
caso de um estabelecimento industrial que usou a arquitetura sustentável e suas 
ferramentas para criar um “ambiente verde”. Esse estudo tem como intuito ressaltar a 
importância da sustentabilidade como requisito na arquitetura e no ato de projetar com 
um exemplo prático e admirável: a Fazenda Matte Leão. 
 
 
 
 4 
 
 
2. Desenvolvimento 
 
 
2.1 História da Fazenda Matte Leão 
 
A Matte Leão foi fundada em 
1901 por Agostinho Ermelino de Leão 
Junior, que acabou se tornando a 
principal peça no Ciclo da Erva-Mate 
e proporcionando a independência do 
Paraná da Província de São Paulo. 
Em 1908, Agostinho vem a 
falecer e sua esposa, Maria Clara 
Abreu Leão – agora viúva – passa a 
liderar a empresa, sendo uma atividade 
peculiar para uma mulher dessa época. 
Não limitada a esse fato, ela 
lidera a empresa do falecido marido com maestria e, em 1926 é concluída a construção 
da fábrica Leão no bairro Rebouças. 
O bairro era destinado ao uso industrial e, além disso, próximo à fábrica Matte 
Leão havia um ramal ferroviário, o qual era utilizado para o escoamento da produção 
que tinha como destino o Porto de 
Paranaguá. 
Em 1938 é lançado o produto 
que se tornaria um ícone paranaense, 
o Chá Matte-Leão em lata com o 
slogan “já vem queimado”. Em 1969 é 
lançado o Matte concentrado em 
garrafas e, em 1973, o sachê Matte-
Leão nos sabores natural e limão. 
No ano de 1983 a empesa 
lança uma linha de chá de ervas em 
sabores variados, começando a 
tendência das bebidas naturais e, em 1987 lança o chá em copinhos pronto para beber, 
que foi outra inovação de grande sucesso da fábrica. 
Sendo líder na posição do mercado no seu ramo, a fábrica centenária de origem 
paranaense foi vendida para a Coca Cola Brasil, sendo renomeada para Chá Leão. 
A nova sede da fábrica foi inaugurada em 2009 na Fazenda Rio Grande, 
município de Curitiba. A nova estrutura abriga a linha de produção da Leão Júnior, sendo 
responsável pela produção de chás secos, o tradicional Matte Leão a granel e os chás 
em saquinhos de variados sabores. 
A inauguração da nova sede implicou no fechamento da unidade anterior a qual 
foi posteriormente demolida e o terreno vendido para a Igreja Universal, que tem a 
intenção de construir uma nova Catedral da Fé no local. 
O empreendimento é o primeiro do grupo Coca Cola a usar padrões da 
arquitetura sustentável para sua construção e foi uma das primeiras industrias a receber 
a certificação LEED no Brasil. 
 
 
 
 
 
Fabrica no bairro Rebouças anos 20/30 
Fonte: https://vanderdissenha.wordpress.com/tag/matte-leao/ 
Fábrica anos 2000 
Foto: Washington Takeuchi 
 5 
 
2.2 Fazenda Rio Grande e Fábrica Matte Leão 
 
 
Imagem: Implantação realizada no Google Earth Pro 
 
A fábrica está localizada na Fazenda Rio Grande, município de Curitiba – 
Paraná. A Fazenda possui um total de 116,676 km² e 100.209 habitantes (IBGE, 2019), 
tendo sido fundada em 1990. 
O terreno comprado pela empresa para construção da fábrica fica localizado na 
Avenida Francisco Ferreira Cruz, próximo à outros estabelecimentos industriais e 
comerciais e possui 110 mil m², sendo que apenas 20 mil m² são de área construída. 
A fábrica foi construída de acordo com os padrões exigidos pela certificaçãoLEED (Leadership in Energy and Environmental Design), além de estar alinhada com a 
plataforma de sustentabilidade da Coca-Cola, denominada “Viva Positivamente”. Além 
disso, foram seguidos os princípios de bioarquitetura, visando causar o mínimo de 
impacto possível no meio ambiente. 
Com a implantação de 
alternativas sustentáveis, foi prevista 
uma economia de 23% em energia e 
uma redução de 36% no consumo de 
água, o que será mostrado no tópico 
2.4 deste relatório. 
Além disso, a unidade teve o 
cuidado de seguir rigorosamente todas 
as normas para a construção civil de 
acordo com a ABNT/CB02 e a 
CONAMA 307 e, também, o altíssimo 
padrão exigido pela Coca-Cola em 
âmbito mundial. 
A fábrica assumiu um 
compromisso de Responsabilidade Socioambiental, onde gera iniciativas para o fomento 
da agricultura local focada na produção sem o uso de pesticidas ou adubos químicos e, 
também, a promoção de treinamento para capacitação da mão de obra local abordando 
assuntos como boa prática de fabricação e operação de máquinas, assim como projetos 
de creche, academia e salão de beleza para atender aos funcionários. 
 
Interior da Fábrica 
Foto: hypness.com.br 
 6 
 
2.3 O que é certificação LEED? 
 
LEED é uma sigla para Leadership in Energy and Environmental Design, que 
significa Liderança em Energia e Design Ambiental. Para melhor entendimento do 
propósito desse sistema, é importante entender o conceito de sustentabilidade. 
Em 1987 a World Commission on Environment and Development compartilhou 
um relatório intitulado “Nosso Futuro Comum”, onde definiram a sustentabilidade como 
“desenvolvimento econômico e social que atenda às necessidades da geração atual sem 
comprometer a habilidade das gerações futuras em atenderem às suas próprias 
necessidades.” Desde então o termo se popularizou e acabou por se perder em meio a 
exageros e discrepâncias. 
É importante lembrar que sustentabilidade não se resume em colocar “um tom 
verde” na edificação, ou fazer a separação do lixo. Sustentabilidade envolve consciência 
do hoje para salvar a geração amanhã! 
Então a U.S Green Building Concil (USGBG), que tem foco na sustentabilidade 
de edificações e empreendimentos imobiliários, desenvolveu o selo de certificação LEED 
com o intuito de promover uma espécie de certificado de garantia de um projeto com alta 
performance, eficiência em sustentabilidade e reconhecimento mundial. 
Com a criação desse selo, foi possível padronizar uma medição para “edifícios 
verdes”, estimular a concorrência por sustentabilidade, transformar o mercado da 
construção e promover práticas de projeto e construção integrativas. 
O LEED possui 4 tipologias que consideram as diferentes necessidades para 
cada tipo de empreendimento, sedo elas: 
 BD+C (Building design + Construction) – essa categoria engloba as 
novas construções e as grandes reformas. 
 ID + C (Interior Design + Construction) – Categoria que avalia os 
escritórios comerciais e lojas de varejo. 
 O + M (Operation + Maintenance) – A categoria avalia 
empreendimentos já existentes em relação à operação e gestão. 
 ND (Neighborhood) – categoria que engloba os bairros. 
Cada uma dessas tipologias avaliam 8 áreas. São elas: Localização e 
Transporte; Espaço Sustentável; Eficiência do Uso da Água; Energia e Atmosfera; 
Materiais e Recursos; Qualidade Ambiental Interna; Inovação e processos e Créditos de 
prioridade Regional. 
Dentro de cada área existem pré-requisitos e créditos, onde os pré-requisitos 
são obrigatórios para o empreendimento que deseja conseguir a certificação. E caso 
haja o descumprimento de algum deles, automaticamente a instituição é desclassificada. 
Já os créditos são sugestões do LEED focadas na performance e no desempenho e, 
quando o empreendimento adota alguma dessas sugestões, recebe uma determinada 
pontuação. O certificado possui 4 tipos de classificação de acordo com a pontuação 
conseguida: Certified; Silver; Gold e Platinum, sendo platinum a melhor posição. 
Para conquistar esse selo, o empreendimento passa por uma avaliação em 
vários critérios que irão certificar a sustentabilidade e a redução de impacto ambiental 
durante a construção. Esses critérios são divididos em 8 grupos que reúnem diferentes 
aspectos técnicos e sociais importantes para a avaliação. Os 8 grupos estão divididos 
em: 
 MPR (Minimum Program Requirements) – Esse grupo está 
relacionado com os critérios mínimos exigidos, como o atendimento do 
projeto à legislação vigente que envolva o meio ambiente em âmbito 
municipal, estadual e federal, cumprindo com o código de obras e as leis 
de zoneamento. 
 7 
 
 SS (Sustainable Sites) - Esse grupo define pontos para as estratégias 
adotadas durante a implantação, sempre visando o terreno e seu 
entorno. O projeto ganhará pontos se houver prevenção da poluição 
durante a etapa da construção, redução da poluição luminosa; 
maximização de espaços abertos, fácil acesso ao transporte público; 
redução da área de estacionamento para desestimular o uso de 
transporte automotor e, ao invés disso, colocar bicicletários e vestiários. 
 WE (Water Efficiency) – Valoriza soluções para o uso racional da água, 
gerando redução no consumo da água potável. Esse grupo designará 
pontos para o projeto que tiver soluções para aproveitamento da água 
da chuva; fizer uso otimizado da água no paisagismo; diminuir a pressão; 
usar areadores nas torneiras e tiver estações de tratamento para uso e 
reuso da água. 
 EA (Energy & Atmosphere) – Avalia a eficiência energética do projeto 
por meio de estratégias como a otimização do desempenho no uso da 
energia com equipamentos e sistemas eficientes; geração local de 
energia renovável (aquecedor solar, painéis fotovoltaicos, etc) e atenção 
com os gases refrigerantes, evitando o uso de CFC’s. 
 MR (Materials & Resources) – Esse grupo incentiva a utilização de 
materiais de baixo impacto ambiental e a redução da geração de 
resíduos utilizando somente madeira certificada; fazendo controle dos 
resíduos da construção (como a separação e o descarte consciente, por 
exemplo) e promovendo a reutilização de materiais. 
 EQ (Indoor Environmental Quality) – Esse grupo abrange os critérios 
que avaliam a qualidade ambiental interna do ar. As alternativas podem 
ser a presença de espaços com vista externa e luz natural; o controle da 
ventilação; monitorar a qualidade do ar externo; escolher materiais com 
baixa emissão de compostos orgânicos voláteis e possuir um sistema de 
iluminação controlável. 
 Regional Priority Credits – esses pontos irão variar conforme a região, 
levando em conta as diferenças ambientais, sociais e econômicas de 
cada local. 
Para dar início ao processo de certificação, o empreendimento deve fazer um 
registro do seu projeto na USGBC. Feito esse registro, será feita a análise de 3 tipos de 
documentos: declaração padronizada LEED, que deve ser assinada pelo projetista ou 
pelo responsável técnico da obra; plantas e memoriais descritivos dos projetos e 
sistemas (todos devem estar em inglês); e os cálculos realizados para o projeto (também 
na língua inglesa). Enviados esses documentos à USGBC, os créditos e pré-requisitos 
serão avaliados. 
A certificação possui um prazo variável de acordo com a tipologia e dimensão da 
obra, levando em média 40 dias. 
Segundo dados da GBC Brasil, com a implementação da certificação LEED 
houve uma redução de 40% no consumo da água, 30% no consumo de energia, 35% na 
emissão de CO2 e 65% na emissão de resíduos tóxicos. 
 
 
 
 
2.4 Diferenciais de Sustentabilidade 
A fábrica ganhou a certificação LEED devido a seus diferenciais de sustentabilidade. 
Por isso, o relatório apresenta uma lista do que trouxe essa conquista para a empresa: 
 
 8 
 
1- Telhado verde – Foi aplicado um revestimento vegetal nos prédios de uso comum, 
refeitório, portaria e salas técnicas, o qual funciona comoum isolante térmico para os 
ambientes assim como um purificador de ar natural. 
 
Imagem do telhado verde na portaria. Fonte: hypeness.com.br 
 
2- Iluminação natural – Foram utilizadas telhas translúcidas para garantir a iluminação 
natural nas áreas de produção, incluindo as salas de envase. Essa solução diminuiu 
significativamente o uso de energia para efeito de iluminação. 
 
Imagem de telhas translúcidas na área de produção. Fonte: blogdomacedo.com.br 
 
3- Utilização de energia renovável e autogerada – A água utilizada nos vestiários e 
laboratórios são aquecidas por meio de energia solar gerada na própria fazenda com 
placas fotovoltaicas 
 
Imagem de placas fotovoltaicas da fazenda. Fonte: agroemdia.com.br 
 9 
 
 
 
4- Sistema de coleta de água da chuva – No galpão industrial há um sistema para 
captação da água das chuvas, a qual é reutilizada para irrigação das plantações, 
descargas e limpeza das áreas comuns, como os pátios e refeitórios. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Imagem do galpão industrial. Fonte: gazetadopovo.com.br 
 
5- Bioarquitetura - A construção da fábrica foi feita de forma que causasse o mínimo de 
impacto no entorno possível. Além disso, foram criados espaços entres os prédios afim 
de criar áreas verdes no perímetro, aumentando o bem-estar dos ocupantes. 
 
Esquema que mostra a disposição dos edifícios e o espaço entre eles. Fonte: blogdomacedo.com.br 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 10 
 
6- Drenagem pluvial – O escoamento das águas pluviais é feito através de valas 
gramadas, permitindo a sua absorção durante a própria condução. 
 
 
Esquema para exemplificação de drenagem pluvial. Fonte:vagejha.lavensnwm.com 
 
7- Baixo Impacto sobre o solo – O projeto para a terraplenagem do terreno previu a menor 
movimentação de terra possível, afim de minimizar os riscos de erosão do solo. Além 
disso, vou realizada a compensação de cortes e aterros, evitando qualquer importação 
ou retirada de material do terreno. 
8- Materiais ecológicos – Foram utilizados apenas materiais de fonte conhecida, 
certificados e de origem próxima ao local da construção que causam baixo impacto 
ambiental na extração/fabricação. Foram utilizadas apenas madeiras certificadas e 
materiais de baixo índice de emissão de COV, evitando o uso de PVC e solventes, assim 
como metais cromados, alumínio e amianto. 
9- Aproveitamento da topografia – A fábrica possui dois níveis, de forma que o 
abastecimento de matéria prima aproveita esse desnível do terreno usando a força da 
gravidade para movimentação das ervas e, consequentemente, economizando energia. 
10- Piso permeável – Foi feita a pavimentação das calçadas para pedestres com blocos do 
tipo Paver, que permite a permeabilidade das águas pluviais e evita o transbordamento 
do córrego. 
 
Piso tipo Paver. Fonte:blogdecoracao.biz 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 11 
 
11 – Córrego – Foi feita a recuperação da mata ciliar do córrego colado ao terreno, 
reestabelecendo o ecossistema do rio. 
 
Ilustração do córrego da fazenda. Fonte: gmmpas.guiamais.com.br 
 
12 – Lagoa de contenção – Piscina e contenção e infiltração de águas de chuvas, 
destinada para a redução do risco de uma possível inundação erosão do terreno e 
assoreamento do rio. 
14 – Torneira de reuso – A Fazenda faz a utilização de torneiras especiais com água 
captada das chuvas, destinada para a limpeza de áreas externas e irrigação. 
15 – Controle de poluição luminosa noturna – Os postes foram desenvolvidos 
para controle para direcionar a iluminação da fábrica, permitem que a luminosidade 
não interfira na fauna e flora do local. 
16 – Pintura branca – Todo o teto e uma parte da fábrica foram pintados de branco 
no intuito de causar uma redução conhecido como efeito ilha de calor, tornando a fábrica 
mais clara e confortável, e consequentemente reduzindo o uso de energia na parte 
interna da edificação. 
17 – Estação de tratamento de efluentes (ETE) sanitários – sistema de 
tratamento de efluentes destinado para o tratamento do esgoto sanitário gerado pela 
unidade antes de ser descartado no córrego. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 12 
 
3. Conclusão 
 
 A fazenda Matte Leão foi uma iniciativa muito importante da empresa Coca-
Cola, podendo servir como um exemplo para as indústrias de todo o país. 
É importante que haja essa conscientização da importância de utilizarmos os 
“recursos verdes” afim de restaurarmos o que prejudicamos com tantos anos 
negligenciando uma questão de suma importância para a saúde do planeta. 
A arquitetura sustentável é um passo para o futuro, visto que quanto mais 
deixarmos de lado e ignorarmos a real situação do planeta, estaremos mais perto de ser 
tarde para recuperá-lo. 
A iniciativa da Coca-Cola deve ser vista como exemplo a ser seguido no Brasil e 
em todo o mundo, utilizando recursos aliados a natureza e da própria natureza, que 
temos de graça mas não usamos com sabedoria. São pequenas ações que podem gerar 
uma grande mudança. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 13 
 
4. Bibliografia 
 
 YANNAS, Simons; CORBELLA, Oscar. Em busca de uma arquitetura 
sustentável para os trópicos. Revan. Rio de Janeiro, 2003. 
 
 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DOS ESCRITÓRIOS DE ARQUITETURA 
(ASBEA). Guia de Sustentabilidade na Arquitetura. AsBEA. São Paulo, 2012. 
 
 
 MOURA, Paulo. Roteiro Hypness: Conheça uma fábrica Brasileira 100% 
sustentável. Hypness, 2014. Disponível em: 
<https://www.hypeness.com.br/2014/05/roteiro-hypeness-conheca-uma-
fabrica-brasileira-100-sustentavel/#> Acesso em 24 de março de 2020. 
 
 FAZENDA RIO GRANDE (Município). Prefeitura do Município. Coca-Cola 
inaugura fábrica de Matte Leão, primeira fábrica “verde” da América Latina 
em Fazenda Rio Grande. Disponível em: 
<https://www.fazendariogrande.pr.gov.br/coca-cola-inaugura-fabrica-da-
mate-leao-primeira-fabrica-verde-da-america-latina-em-fazenda-rio-grande/> 
Acesso em 24 de março de 2020. 
 
 FILHO, Antônio Macedo. Coca-Cola inaugura primeira fábrica “verde” da 
América Latina no Paraná. Blog do Macedo, 2009. Disponível em:< 
http://www.blogdomacedo.com.br/2009/11/coca-cola-inaugura-primeira-
fabrica.html> Acesso em 24 de março de 2020 
 
 MARIA, Ana. Fábrica da Matte Leão recebe certificação sustentável. 
Envolverde. 2012. Disponível em:< 
https://envolverde.cartacapital.com.br/fabrica-matte-leao-recebe-
certificacao-sustentavel/> Acesso em 24 de março de 2020. 
 
 ECOTELHADO. Fábrica “verde” da Matte Leão completa um ano. 
2011.Disponível em:< https://ecotelhado.com/fabrica-verde-da-leao-junior-
completa-um-ano/> Acesso em 24 de março de 2020.

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