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trabalho principio da presunção de inocência

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
MBA EM DIREITO PENAL E PROCESSUAL PENAL
Resenha Crítica de Caso “Presunção de Inocência versus execução antecipada da pena”. 
Paula Rayane Silva Serra
Trabalho da disciplina: As Reformas Processuais Penais
 Tutor: Prof. Milay Adria Ferreira Francisco
Imperatriz - MA 
2020
PRINCÍPIO DA PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA E A PRISÃO APÓS CONDENAÇÃO EM SEGUNDA INSTÂNCIA.
REFERÊNCIAS
Disponívelem<ttp://pos.estacio.webaula.com.br/Biblioteca/downloadArquivo.asp > Acessoem: 03 de maio de 2020.
O presente artigo tem como objetivo discorrer sobre o princípio da presunção de inocência e a viabilidade ou não da execução antecipada da pena após sentença condenatória em segunda instância, perpassando pelos quatro ciclos em que as concepções jurisprudenciais da Suprema Corte sofreram alterações de seus entendimentos em razão das mutações do cenário jurisdicional no tempo.
No primeiro momento, no ano de 1988 com a CF/88, tal prática foi considerada possível, haja vista não ofender o basilar constitucional da presunção de inocência e teve como instigador o Habeas Corpus n. 68.726, em um segundo momento, já no ano de 2009, através agora do Habeas Corpus 84.078-7, o encarceramento antes do trânsito em julgado foi reputado inconstitucional. Em 2006 houve outra alteração e com a ementa do Habeas Corpus 126.292, regressou-se ao posicionamento original onde era possível a prisão, para só em 2018 por intermédio do Habeas Corpus nº 152.752 o assunto voltar a ser debatido e encardo como inconstitucional novamente.
Nesse diapasão, interessante ressaltar o conceito de princípios para maior expressividade da temática. Assim, leciona Nucci acerca do tema:
Em Direito, princípio jurídico quer dizer uma ordenação que se irradia e imanta os sistemas de normas, conforme ensina José Afonso da silva (Curso de direito constitucional positivo, p.85), servindo de base para a interpretação, integração, conhecimento e aplicação do direito positivo. Cada ramo do Direito possui princípios próprios, que informam todo o sistema, podendo estar expressamente previstos em Lei ou ser implícitos, isto é, resultar da conjugação de vários dispositivos legais, de acordo com a cultura jurídica formada com o passar dos anos de estudo de determinada matéria. O Processo Penal não foge à regra, sendo regido primordialmente, por princípios, que, por vezes, suplantam a própria literalidade da Lei (…).”(NUCCI, 2004. p. 36-37).
Portanto, aludimos que os princípios são norteadores do direito e na esfera adstrita ao Processo Penal servem como fundamentos restritivos dos poderes estatais, endossando ao acusado prerrogativas em relação à atividade punitiva do Estado, ou seja, esquadrinham o parecer do Estado em punir, assegurando os direitos fundamentais arraigados na Constituição Federal, favorecendo sobretudo o amparo à imunidade dos inocentes.
E assim podemos exemplificar tal preceito com o princípio da presunção de inocência, contido no artigo 5º, inciso LVII, da CF/88 que ratifica que “ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória”. No entorno dessa mesma problemática temos o trânsito em julgado como a sentença penal condenatória de que não mais cabe recurso, e que a mesma é motivação que basta para que um indivíduo seja apontado como culpado.
 Percebe-se ainda que o trânsito em julgado é o impeditivo para que uma sentença seja passível de recurso judicial, posto que durante o tempo que restar inconcluso qualquer recurso não se deve falar em dar seguimento ao cumprimento da sentença penal condenatória.
Para além desse assunto, ainda temos a questão da preconização da prisão automática, encartada no Código de Processo Penal, mais precisamente no artigo 283, que aduz que não existe previsão de prisão automática após o encerramento da segunda instância, mas tão somente os casos de flagrante delito, prisão cautelar ou prisão como decorrência de sentença condenatória transitada em julgado (pena). Nessa monta, infere-se que tais institutos protegem a liberdade do acusado, não podendo a mesma ser tolhida antes de haver uma decisão definitiva, posta que seria uma transgressão ao mandamento de liberdade do indivíduo.
Diante do exposto, com suporte nos princípios supracitados e na sua utilidade para o processo penal, no que diz respeito a execução antecipada da pena, a Suprema Corte já se posicionou nos dois lados, asseverando hora pela sua constitucionalidade, ora pela sua inconstitucionalidade. Porém, o entendimento hodierno do STF é o de que só se deve prosseguir ao cumprimento da pena após terem sido vergastados todos os recursos, sendo vedado, portanto, a execução provisória e antecipada da pena. Esse entendimento sobreveio com a análise das Ações Declaratórias de Constitucionalidade 43, 44 e 54. Conclui-se também que essa temática é de grande relevância na compreensão da base principiológica do Processo Penal, sendo de suma importância para a operação do direito.

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