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Conselho Tutelar
Art. 131. O Conselho Tutelar é órgão permanente e autônomo, não jurisdicional, encarregado pela
sociedade de zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do adolescente, definidos nesta Lei.
• Caráter Institucional – uma vez criado e instalado, passa a ser instituição do sistema de
garantias;
• Autonomia – caracterizada pela independência funcional, é uma prerrogativa do órgão; não há
subordinação mas pode haver controle jurisdicional em relação a ilegalidades e abusos.
• Autoridade Pública (pelo ECA);
• Tem poder de requisição de documentos e serviços públicos a fim de resolver com rapidez e
eficiência (crime – art. 236 e 249);
Desjudicialização – muitas das atribuições dos juízes da vara da infância foram conferidas ao CT.
• Atribuições de caráter administrativo – ainda que resultem na aplicação de medidas aos pais ou
à criação ou ao adolescente;
Capilaridade – o CT deve estar presente em todos os Municípios.
Membros
São considerados agentes públicos para fins de improbidade administrativa e funcionários públicos
apenas para fins penais. Não têm vínculos com a administração pública, apenas cumprem um
mandato.
• Presunção relativa de idoneidade moral: “Art. 135. O exercício efetivo da função de conselheiro
constituirá serviço público relevante e estabelecerá presunção de idoneidade moral.”
Requisitos: o ECA indica requisitos mínimos, mas lei municipal pode instituir mais.
Art. 133. Para a candidatura a membro do Conselho Tutelar, serão exigidos os seguintes requisitos:
I - reconhecida idoneidade moral;
II - idade superior a vinte e um anos; 
III - residir no município.
Escolha dos membros:
1º domingo de outubro no ano seguinte às eleições presidenciais. - art. 139: § 1º O processo de
escolha dos membros do Conselho Tutelar ocorrerá em data unificada em todo o território nacional a
cada 4 (quatro) anos, no primeiro domingo do mês de outubro do ano subsequente ao da eleição
presidencial.
Posse – 10 de dezembro: “art. 139, § 2 o A posse dos conselheiros tutelares ocorrerá no dia 10 de
janeiro do ano subsequente ao processo de escolha.”
Impedimentos:
Art. 140. São impedidos de servir no mesmo Conselho marido e mulher, ascendentes e descendentes,
sogro e genro ou nora, irmãos, cunhados, durante o cunhadio, tio e sobrinho, padrasto ou madrasta e
enteado.
Parágrafo único. Estende-se o impedimento do conselheiro, na forma deste artigo, em relação à
autoridade judiciária e ao representante do Ministério Público com atuação na Justiça da Infância e da
Juventude, em exercício na comarca, foro regional ou distrital.
• Exceto sogra e genro/ cunhados, o parentesco por afinidade não gera impedimento. 
Funções – zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e adolescente e efetiva solução de
problemas que atingem essa classe. Possui poderes suficientes para resolver questões relativas à sua
esfera de atribuição.
Art. 131. O Conselho Tutelar é órgão permanente e autônomo, não jurisdicional, encarregado pela
sociedade de zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do adolescente, definidos nesta Lei.
Instalação – enquanto não instalado, as atribuições são da Vara da Infância. A instalação é
obrigatória e o Município pode ser compelido através de ajuizamento de ACP. É necessário pelo
menos um CT por município.
Art. 262. Enquanto não instalados os Conselhos Tutelares, as atribuições a eles conferidas serão
exercidas pela autoridade judiciária.
CONANDA, resolução 139/2010: Art. 3º Em cada município e no Distrito Federal haverá, no mínimo,
um Conselho Tutelar como órgão integrante da administração pública local, em cumprimento ao
disposto no art. 132 do Estatuto da Criança e do Adolescente. 
• Criação – por lei municipal ou distrital.
• Composição: alteração em 2019
ANTIGA ATUAL (VIGÊNCIA)
Art. 132. Em cada Município e em cada Região
Administrativa do Distrito Federal haverá, no
mínimo, 1 (um) Conselho Tutelar como órgão
integrante da administração pública local,
composto de 5 (cinco) membros, escolhidos pela
população local para mandato de 4 (quatro) anos,
permitida 1 (uma) recondução, mediante novo
processo de escolha.
Art. 132. Em cada Município e em cada Região
Administrativa do Distrito Federal haverá, no
mínimo, 1 (um) Conselho Tutelar como órgão
integrante da administração pública local,
composto de 5 (cinco) membros, escolhidos pela
população local para mandato de 4 (quatro) anos,
PERMITIDA RECONDUÇÃO por novos processos
de escolha.
• Suplente – se assumir o cargo de titular: já conta como mandato.
Art. 134. Lei municipal ou distrital disporá sobre o local, dia e horário de funcionamento do Conselho
Tutelar, inclusive quanto à remuneração dos respectivos membros, aos quais é assegurado o direito
a: 
I - cobertura previdenciária; 
II - gozo de férias anuais remuneradas, acrescidas de 1/3 (um terço) do valor da remuneração
mensal; 
III - licença-maternidade; 
IV - licença-paternidade; 
V - gratificação natalina. 
Parágrafo único. Constará da lei orçamentária municipal e da do Distrito Federal previsão dos
recursos necessários ao funcionamento do Conselho Tutelar e à remuneração e formação continuada
dos conselheiros tutelares.
• Horário de funcionamento e local – estabelecido por lei municipal.
• Os conselheiros têm direito a remuneração e a alguns direitos sociais.
• Cumulação de cargos – se houver compatibilidade de horários.
Atribuições - não podem ser criadas por lei municipal e podem ser exercidas com uso de poder
de polícia.
Art. 136. São atribuições do Conselho Tutelar:
I - atender as crianças e adolescentes nas hipóteses
previstas nos arts. 98 e 105, aplicando as medidas
previstas no art. 101, I a VII; - acolhimento institucional
é reserva de jurisdição.
II - atender e aconselhar os pais ou responsável,
aplicando as medidas previstas no art. 129, I a VII;
III - promover a execução de suas decisões, podendo
para tanto:
a) requisitar serviços públicos nas áreas de saúde,
educação, serviço social, previdência, trabalho e
segurança;
b) representar junto à autoridade judiciária nos casos
de descumprimento injustificado de suas
deliberações.
IV - encaminhar ao Ministério Público notícia de fato
que constitua infração administrativa ou penal contra
os direitos da criança ou adolescente;
V - encaminhar à autoridade judiciária os casos de sua
competência;
VI - providenciar a medida estabelecida pela
autoridade judiciária, dentre as previstas no art. 101,
de I a VI, para o adolescente autor de ato infracional;
VII - expedir notificações;
VIII - requisitar certidões de nascimento e de óbito de
criança ou adolescente quando necessário;
IX - assessorar o Poder Executivo local na elaboração
da proposta orçamentária para planos e programas
de atendimento dos direitos da criança e do
adolescente;
X - representar, em nome da pessoa e da família,
contra a violação dos direitos previstos no art. 220, §
3º, inciso II, da Constituição Federal ;
XI - representar ao Ministério Público para efeito das
ações de perda ou suspensão do poder familiar, após
esgotadas as possibilidades de manutenção da
criança ou do adolescente junto à família natural. 
XII - promover e incentivar, na comunidade e nos
grupos profissionais, ações de divulgação e
treinamento para o reconhecimento de sintomas de
maus-tratos em crianças e adolescentes. 
Além das atribuições previstas no art. 136, ainda existem atribuições implícitas de fiscalização e
representação:
Art. 95. As entidades governamentais e não-governamentais referidas no art. 90 serão fiscalizadas
pelo Judiciário, pelo Ministério Público e pelos Conselhos Tutelares.
Art. 191. O procedimento de apuração de irregularidades em entidade governamental e não-
governamental terá início mediante portaria da autoridade judiciária ou representação do Ministério
Público ou do Conselho Tutelar, onde conste, necessariamente,resumo dos fatos.
Art. 194. O procedimento para imposição de penalidade administrativa por infração às normas de
proteção à criança e ao adolescente terá início por representação do Ministério Público, ou do
Conselho Tutelar, ou auto de infração elaborado por servidor efetivo ou voluntário credenciado, e
assinado por duas testemunhas, se possível.
Eficácia das decisões – plena e imediata, podendo ser rediscutida pela via judicial. O
descumprimento pode configurar infração administrativa ou ato atentatório à dignidade da justiça.
Art. 137. As decisões do Conselho Tutelar somente poderão ser revistas pela autoridade judiciária a
pedido de quem tenha legítimo interesse.
Competência Territorial – domicílio dos pais ou local do ato infracional praticado por
criança (adolescente é Vara da Infância)
Art. 138. Aplica-se ao Conselho Tutelar a regra de competência constante do art. 147.
Art. 147. A competência será determinada:
I - pelo domicílio dos pais ou responsável;
II - pelo lugar onde se encontre a criança ou adolescente, à falta dos pais ou responsável.
§ 1º. Nos casos de ato infracional, será competente a autoridade do lugar da ação ou omissão,
observadas as regras de conexão, continência e prevenção.
§ 2º A execução das medidas poderá ser delegada à autoridade competente da residência dos pais
ou responsável, ou do local onde sediar-se a entidade que abrigar a criança ou adolescente.

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