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Curso: DIREITO Disciplina: PSICOLOGIA JURÍDICA Período: 1O Turma: 1001 Professora: KAREN FANTINE S. S. DE OLIVEIRA Data da Aplicação: 13/05/2020 AV1 Nota: Alunos: Enio de Lima Moyses Bruna Thalia de Alencar Felipe Cícera Sabrina da Costa David Macson kelson camara silva Rebeca Ruth de Mesquita Soares Prezado(a) aluno(a), essa atividade ajudará a compor a avaliação 1 (AV1) tem o prazo de entrega até o dia 14/05/2020. Só será aceita a entrega por essa ferramenta dentro do SIA, na SAVA (Minhas Disciplinas Presenciais), onde ficam os Trabalhos. NÃO SERÃO ACEITOS TRABALHOS ENVIADOS VIA E-MAIL E NEM VIA MENSAGEM. A apresentação das questões ocorrerá no dia 13/05/2020, às 09h50h e teremos o prazo de postagem até o dia 14/05, as 09h50, horário da aula presencial. É importante a presença de TODOS os alunos, já que a atividade fará parte da avaliação e irá compor boa parte da nota. A atividade será feita em grupos de até 05 alunos. ESTUDO DE CASO I Pedro e Luciana foram casados a mais ou menos 16 anos. Durante o período em que o casal esteve junto, tiveram dois filhos: Pedro Jr (12 anos) e Mariana (10 anos). A relação de ambos, até um determinado momento, sempre foi baseada no diálogo, mas logo após o processo de separação a relação ficou bastante conturbada. Luciana há mais ou menos um ano após a separação conheceu Bernardo na qual mantém um relacionamento estável e, Pedro há mais ou menos seis meses conheceu Fernanda na qual está vivendo um relacionamento sério. Ambos os casais mantém uma vida comum com seus atuais companheiros, porém, Pedro vivencia uma situação bastante conflitante no que diz respeito ao contato com seus filhos. Desde o processo de separação Luciana proíbe os filhos de terem contato com o pai, alegando que ‘’ seu pai não gosta de vocês, será que vocês não percebem que ele nos trocou por uma outra pessoa. Ele sempre quis meu mal, olhem só. uma vez ele desejou que vocês não tivessem nascido, quase que eu perdia a Mariana porque ele havia me dado uma surra’’. Após descobrir que o ex-companheiro está em um relacionamento com outra pessoa tal fato intensificou-se cada vez mais. Quando consegue o contato para passear com os cônjuges o mesmo sente que seus filhos são muito distantes, Pedro chora demais e nutri um sentimento de ódio pelo seu pai e, Mariana, mais especificamente, mantém um comportamento que Pedro caracteriza como sendo ‘’um comportamento bastante estranho’’. De acordo com o mesmo ‘’sempre que vou abraça-la ela chora muito, alega que me odeia e que não quer minha presença’’. Intrigado com tudo que esta acontecendo Pedro resolve contar a sua vivência para um grande amigo que cursa Direito na faculdade Estácio FATERN. Pedro diz ‘’ eu não sei o que está acontecendo com os meus filhos, eles não conversam comigo, sempre que tento me aproximar eles se afastam. Uma vez o Pedro quase me derrubou quando fui me aproximar da Mariana, dizendo que eu não poderia tocar nela’’. O amigo de Pedro, intrigado com a situação, lembra de uma das suas aulas na disciplinas de Psicologia Jurídica e indaga o seu amigo sobre a sua função enquanto pai das crianças e Pedro relata que ‘’Sempre fui um pai muito presente, desde o momento que descobrimos a gravidez da minha ex esposa até o nascimento. Sempre acompanhei o pré natal, pedia afastamento do serviço inclusive para poder esta sempre presente em todos os momentos, nunca me desprendi em nenhuma momento, até hoje eu pago a escola de ambos e dou uma pensão de R$ 2.000,00 além de pagar plano de saúde, medicamentos quando eles adoecem etc. ‘’. O estudante de Direito, amigo de Pedro bastante preocupado com a situação orienta que o mesmo busque uma instituição que trabalhe com direitos violados de crianças e de adolescentes que tenham em sua composição uma equipe multidisciplinar para poder acompanhar de perto o caso. Pedro no outro dia vai à instituição solicitada pelo seu amigo e inicia-se o processo de averiguação de caso. A atuação multidisciplinar se torna de extrema importância tendo em vista toda a problemática do caso. A equipe realiza visitas domiciliares tanto na residência da família materna como na paterna, como também, o serviço de psicologia resolve realizar escutas individualizadas com as crianças. Em um primeiro momento a Psicóloga chama a mãe e o pai, separadamente para uma escuta e, logo após convida-os para o que ela denomina de ‘’terapia de confronto’’. Na tentativa de compreender a problemática em questão, a psicóloga tenta de todas as formas possíveis um diálogo, expondo dados importantes ditos por cada um no momento da escuta individual, gerando cada vez mais conflitos entre Pai e Mãe, culminando cada vez mais com o afastamento das crianças para com a figura paterna. Em outro momento com as crianças a Psicóloga convida cada uma para algumas escutas psicológicas, separadamente e, inicia um trabalho para com elas. A psicóloga dá inicio ao processo com a Mariana (10 anos). Em seu relato Mariana revela que ‘’não gosto do meu pai, ele é uma pessoa má, agrediu a minha mãe e ela quase me perdia, além de que ele sempre tenta me beijar, mas eu não deixo, minha mãe disse que quando ele tentasse me beijar eu me desviasse, pois isso é errado, ele está tentando me atacar, tenho medo dele fazer algum mal comigo’’. A psicóloga realiza algumas outras escutas com Mariana, totalizando CINCO escutas psicológicas, convocando sempre a Srª Luciana (mãe de Mariana) que confirma tudo que a filha diz, sem levar em consideração o relato do pai. Neste mesmo processo a psicóloga conversa com Pedro Jr (filho mais velho do casal) que relata ‘’não sei o que pensar disso tudo, ao mesmo tempo que quero acreditar no meu pai, eu também quero acreditar na minha mãe, acredito que ele não seja tão mal assim como ela diz, eu vejo que ele quando sai com a gente sempre busca tentar conversar, mas eu não sei o que eu sinto’’. A psicóloga também anota o relato de Pedro, mas considera como sendo irrelevante para o caso. Um primeiro relatório é entregue ao Juíz, porém o mesmo encontra alguns erros que são apontados pelo mesmo e, solicita um novo parecer biopsicossocial e parecer psicológico. Conversando novamente com outros amigos sobre a sua vivência, os mesmo orientam Pedro a buscar outro profissional da Psicologia. Pedro de imediato entra em contato com a Psicóloga e a mesma de imediato marca uma sessão com o Referido para compreender a demanda. Em outro momento a psicóloga marca alguns encontros com a mãe das crianças e ex companheira de Pedro a Srª Luciana. A psicóloga também preocupa-se em chamar os filhos, Mariana e Pedro Jr, realizando com ambos procedimentos, como por exemplo, entrevista de anamnese, escutas psicológicas, testes psicológicos dentre outros. Preocupada com a situação, principalmente dos filhos Mariana e Pedro Jr, a psicólogo logo de cara encaminha os mesmos para um processo psicoterapêutico, segundo ela Pedro Jr apresentava sintomas característicos de depressão, devido a ambiguidade de sentimentos, e a Mariana apresentava confusão mental e agitação psicomotora, principalmente a noite, na qual relatava pesadelos e fortes dores de cabeça e no abdômen. Após todos esses procedimentos que durou um total de 2 meses, a Psicóloga envia todo o material para o Juiz aceita o material enviado, evidenciando o processo de fidedignidade e clareza do que se estava sendo exposto e convoca Pedro e Luciana para o possível desfecho do caso. 1. O referido Estudo de Caso trata-se de uma problemática bastante comum nas famílias brasileiras, mas ainda bastante recheadas de tabus devido à falta de estudos e dados concretos em termos numéricos sobre o fenômeno apresentado. Ao falarmos do caso, estamos falando de um caso específico de? Justifique sua Resposta. Alienação parental,pois a mãe cria na cabeça das crianças que o pai batia nela quando estava gravida causando uma sensação de repulsa em Mariana e conflito em Pedro jr, já que nas visitas do pai ele observava que o pai não tinha certas atitudes que a mãe relatava deixando as crianças confusas e com problemas psicológicos. 2. No caso quando falamos que o amigo de Pedro o orienta a buscar uma ‘’ instituição que trabalhe com direitos violados de crianças e de adolescentes que tenham em sua composição uma equipe multidisciplinar para poder acompanhar de perto o caso, estamos falando mais especificamente de que equipe? Resposta. A equipe mencionada no texto trata-se do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) foi instituído pela Lei 8.069 de 13 de julho de 1990. Trata-se de um conjunto de normas que tem como objetivo proteger a integridade da criança e do adolescente no Brasil que são compostas por varios profissionais sendo eles grupos heterogêneos da sociedade como: Advogados, Assistentes Sociais, Educadores, a Igreja Católica, Promotores, Psicólogos, Sociólogos etc 3. Levando em consideração a atuação da primeira profissional da Psicologia, como também, também a atuação do Juiz perante o caso, aponte quais os principais erros que foram realizados pela mesma no primeiro momento? Aponte qual a principal diferença entre a atuação da primeira profissional da psicologia com a Segunda profissional que acompanhou o caso? Resposta. Em primeiro momento a primeira profissional levou em consideração apenas o relato da Mariana onde que de forma amadora se deixou levar pela confirmação da mãe tornando muito cômodo para a mãe e não considerou o relato de Pedro jr. Tornando a juntada de informações inconsistentes de tal forma que o juiz solicita um novo parecer devido a ausência de informações. 4 - Uma vez identificado o fenômeno que acomete esta família, devemos levar em consideração a fala de Mariana e Pedro Jr no que diz respeito aos ‘’ sintomas característicos de depressão, devido a ambiguidade de sentimentos, e a Mariana apresentava confusão mental e agitação psicomotora, principalmente a noite, na qual relatava pesadelos e fortes dores de cabeça e no abdômen. Quando nos referimos a esse conjunto de sinais e sintomas que são característicos neste tipo de vivência, estamos nos referindo a... Justifique sua resposta. Resposta. (SAP) Síndrome de Alienação Parental, no diagnóstico da SAP foram identificados 8 sintomas que o definem como síndrome: campanha desqualificatória em relação ao genitor alienado; frágeis, absurdas ou inadequadas racionalizações para essa desqualificação; ausência de ambivalência no que diz respeito aos sentimentos direcionados ao genitor alienado (sempre negativos); fenômeno do pensamento independente (a criança afirma que ninguém a influencia); defesa do alienador no conflito parental; ausência de culpa em relação ao genitor alienado; presença de relatos de situações não vivenciadas; extensão da animosidade a amigos, familiares e demais pessoas relacionadas ao alienado. Além disso, tanto a criança como o parente alienado podem desenvolver depressão, angústia, ansiedade, dentre outros transtornos. Os profissionais da área da saúde devem ter sempre em mente o interesse da criança, visando proteger sua saúde mental e, se possível, a manutenção de um bom relacionamento com ambos os pais, amenizando os efeitos negativos dos conflitos. :
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