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Curso de Estudos Avançados para Graduados PLANEJAMENTO INSTITUCIONAL E GOVERNANÇA DA FAB VOLUME ÚNICO COMUM CEAG IMPRESSO NA GRÁFICA DA EEAR MINISTÉRIO DA DEFESA COMANDO DA AERONÁUTICA ESCOLA DE ESPECIALISTAS DE AERONÁUTICA CURSO DE ESTUDOS AVANÇADOS PARA GRADUADOS VOLUME ÚNICO Apostila da Disciplina Planejamento Institucional e Governança da FAB do Curso de Estudos Avançados para Graduados - CEAG Edições(es): 1a Edição: TEN PAULO – 2019 2a Edição: TEN PAULO – 2020 Revisor(es) Pedagógico(s): TEN PED FREDERICO – 2020 Revisor(es) de Diagramação: SO BFT DINIZ – 2020 SO BET MENDES JR – 2020 GUARATINGUETÁ - SP 2020 SUMÁRIO APRESENTAÇÃO........................................................................................................................7 CAPÍTULO 1 - ELEMENTOS DO PLANEJAMENTO INSTITUCIONAL.........................9 TÓPICO 1.1 - NÍVEIS, CADEIA DE VALOR E MAPA E ALINHAMENTO ESTRATÉGICO............................................................................................................................9 TÓPICO 1.2 - OBJETIVOS, PROJETOS E ATIVIDADES NO PLANEJAMENTO INSTITUCIONAL.......................................................................................................................18 CAPÍTULO 2 - FASES DO PLANEJAMENTO INSTITUCIONAL....................................25 TÓPICO 2.1 - FASES DO PLANEJAMENTO.......................................................................25 TÓPICO 2.2 - PLANO DE ARTICULAÇÃO E EQUIPAMENTO DA AERONÁUTICA 27 CAPÍTULO 3 - PLANSET E PTA............................................................................................32 TÓPICO 3.1 - QUARTA FASE: ELABORAÇÃO DOS PLANOS SETORIAIS (PLANSET)..................................................................................................................................32 TÓPICO 3.2 - QUINTA FASE: ELABORAÇÃO DOS PROGRAMAS DE TRABALHO ANUAL (PTA)..............................................................................................................................35 CAPÍTULO 4 - AUTORIDADE ADMINISTRATIVA NO COMAER................................39 TÓPICO 4.1 - LIDERANÇA, AUTORIDADE E CONTROLE ADMINISTRATIVOS.....39 TÓPICO 4.2 - ESTRATÉGIA E PLANEJAMENTO.............................................................40 CAPÍTULO 5 - GOVERNANÇA NO COMAER....................................................................43 TÓPICO 5.1 - FUNÇÕES, ESTRUTURA, OBJETIVO, E EXERCÍCIO DA GOVERNANÇA..........................................................................................................................43 TÓPICO 5.2 - PRINCÍPIOS E FUNÇÕES DA GOVERNANÇA.........................................49 TÓPICO 5.3 - APLICAÇÃO DA GOVERNANÇA................................................................53 CONSIDERAÇÕES FINAIS......................................................................................................59 REFERÊNCIAS...........................................................................................................................61 APRESENTAÇÃO Prezado Aluno(a), parabéns por sua matrícula neste Curso de Estudos Avançados para Graduados. Trata-se de um grande momento em sua carreira. Possivelmente, você já teve contato com parte dos assuntos que serão tratados nesta apostila, entretanto, o que se pretende é sistematizar este conhecimento de forma a capacitá-lo para exercer as atribuições de um graduado em sua posição hierárquica, em que serão exigidos conhecimentos e habilidades para assessorar superiores e orientar equipes compostas por militares mais modernos. Nesta disciplina estudaremos no primeiro capítulo os elementos do planejamento institucional, identificando seus níveis, a cadeia de valor e o mapa de alinhamento estratégico entre outros assuntos. Veremos no segundo capítulo as fases do planejamento institucional e um pouco sobre o Plano de Articulação e Equipamentos da Aeronáutica. No terceiro capítulo refletiremos sobre o Plano Setorial e o Programa de Trabalho Anual abordando a elaboração desses importantes documentos. O quarto capitulo trará uma discussão sobre a liderança administrativa no COMAER, direcionando os estudos para a autoridade e o controle administrativo. Por fim, no quinto capítulo veremos um pouco sobre a Governança no COMAER, suas funções, sua estrutura, seu objetivo e como se dá o seu exercício. Parabéns novamente e votos de sucesso em seus estudos! EEAREEAR CEAG - CEAG - TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO DE PESSOAL TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO DE PESSOAL 99 / / 6262 CAPÍTULO 1 - ELEMENTOS DO PLANEJAMENTO INSTITUCIONAL Olá! Ao longo da leitura você observará algumas estratégias das quais utilizamos para facilitar a sua compreensão. Queremos que nosso contato seja proveitoso, agradável e que essa fase da sua vida seja lembrada pelo sucesso alcançado por meio de seu esforço e dedicação. Passaremos algumas horas juntos e a todo momento dialogaremos sobre assuntos os quais você convive diariamente. É importante destacar que você será o “ator” nesta construção da própria aprendizagem, leia e responda todos os questionamentos, respeite os marcadores, pois a metodologia utilizada na confecção do material busca minimizar dúvidas, produzir reflexões e desenvolver a sua aprendizagem e habilidades necessárias. Compreender, interpretar, analisar e avaliar são pontos importantes para a sua aprendizagem. Esperamos que nossa convivência contribua ainda mais para seu aperfeiçoamento e habilidades necessárias para seu sucesso profissional. TÓPICO 1.1 - NÍVEIS, CADEIA DE VALOR E MAPA E ALINHAMENTO ESTRATÉGICO Veja isso! Vídeo1 – Comandante sugere novos processos de governança para área espacial (Disponível no AVA e em https://www.youtube.com/watch? v=bW3BdhJKyBg) Texto1 – Sistema de Planejamento Estratégico de Defesa (SISPED) (Disponível no AVA e em https://www.defesa.gov.br/arquivos/legislacao/ emcfa/publicacoes/politica_estrategia/ sisped_2015. pdf) DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPFDIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPF 1010 / / 6262 CEAG - CEAG - PLANEJAMENTO INSTITUCIONAL E GOVERNANÇA DA FAB PLANEJAMENTO INSTITUCIONAL E GOVERNANÇA DA FAB EEAREEAR NÍVEIS DO PLANEJAMENTO INSTITUCIONAL Inicialmente, somos motivados a iniciar nossa conversação respondendo a seguinte pergunta: o que é importante saber para ter um bom planejamento institucional? A própria legislação da FAB nos responde que para a implantação de uma metodologia eficaz, é de fundamental importância delimitar o papel a ser desempenhado pelos diversos atores envolvidos no planejamento da Aeronáutica. Dessa forma, em razão da abrangência e do impacto que tem sobre o COMAER, o planejamento institucional da Aeronáutica pode ser classificado em três níveis: Estratégico, Operacional e Tático. O planejamento no Nível Estratégico é o processo de formulação da concepção de futuro e estratégia para que se cumpra a missão institucional em patamares sempre mais elevados. Integra os principais objetivos, diretrizes e projetos da Organização. Neste nível, são realizadas as atividades relacionadas com os estudos, análises e avaliações. O Planejamento no nível estratégico, consolidado pela Concepção Estratégica e pelo Plano Estratégico Militar da Aeronáutica (PEMAER), é elaborado pelo EMAER (órgão responsável pelo planejamento do COMAER), com colaboração dos Órgãos de Direção Setorial e de Assistência Direta e Imediata ao Comandante da Aeronáutica (ODSA), sendo submetido ao Comandante da Aeronáutica para aprovação. O planejamento no Nível Operacional é aquele no qual as estratégias são desdobradas, buscando concretizar as ações decorrentes do Plano Estratégico. Inicia-se com a preparação da Diretriz de Planejamento Institucional (DIPLAN) pelo EMAER, documento que baliza a confecção dos Planos Setoriais (PLANSET), ainda no níveloperacional. É responsabilidade de cada ODSA a elaboração e a aprovação do respectivo Plano Setorial. O planejamento no Nível Tático é focado no detalhamento e na execução das tarefas derivadas dos projetos e atividades dos Planos Setoriais, permitindo a confecção de um Programa de Trabalho Anual (PTA) que traduza o planejamento na base da estrutura organizacional, alinhado ao planejamento de médio prazo, como desdobramento das estratégias concebidas no Planejamento Estratégico. O PTA é confeccionado por todas as Organizações Militares do COMAER, sendo aprovado pelo respectivo Comandante, Chefe, Prefeito, Secretário ou Diretor. DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPFDIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPF EEAREEAR CEAG - CEAG - TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO DE PESSOAL TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO DE PESSOAL 1111 / / 6262 O planejamento institucional do COMAER adota os seguintes horizontes temporais: a) Longo prazo: acima de 10 anos (1ª fase); b) Médio prazo: acima de 2 até 10 anos (2ª, 3ª e 4ª fase); e c) Curto prazo: de zero até 2 anos (5ª fase). Como está se sentindo acerca desse assunto? Vamos seguir mais um pouco?! Vimos, até agora, que para um bom planejamento institucional é importante saber qual o papel de cada envolvido dentro dos três níveis estratégicos. Agora, nos aprofundaremos em alguns conceitos que nos farão compreender melhor o que é o Planejamento Institucional. Primeiramente, vamos ver o conceito de Cadeia de Valor. CADEIA DE VALOR Veja isso! Vídeo2 – Cadeia de Valor – Como fazer cadeia de valor na prática? (Disponível no AVA e em https://www.youtube.com/watch? v=Dpk4J9zXqds) A Cadeia de Valor é um modelo representativo dos principais processos ou atividades de uma instituição e sua inter-relação para a entrega de produtos e/ou serviços para clientes ou usuários. No Setor Público, representa o arranjo dos macroprocessos de uma instituição ou órgão, com vistas à entrega de valor para os cidadãos e para a sociedade em geral. Entende-se por macroprocesso o agrupamento de processos necessários para a produção de uma ação ou desempenho de uma atribuição da instituição, ou ainda como grandes conjuntos de atividades pelas quais a organização cumpre sua missão. Por sua vez, processo é um conjunto de atividades inter-relacionadas, que envolve pessoas, equipamentos, procedimentos e informações e, quando executadas, transformam DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPFDIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPF 1212 / / 6262 CEAG - CEAG - PLANEJAMENTO INSTITUCIONAL E GOVERNANÇA DA FAB PLANEJAMENTO INSTITUCIONAL E GOVERNANÇA DA FAB EEAREEAR entradas (insumos) em saídas (produtos ou serviços), que atendem a necessidade de um cliente interno ou externo e que agregam valor e produzem resultado para uma organização. Sendo assim, pode-se afirmar que a Cadeia de Valor permite: a) Habilitar a Visão Estratégica – permite uma visão ampla da operação e suas interfaces. Ao evidenciar a forma pela qual a instituição opera e gera valor para a sociedade, permite o entendimento das questões de alta relevância e possibilita a construção de Objetivos b) Estratégicos; c) Apoiar a Reflexão e Definição do Posicionamento – maior capacidade de analisar os problemas, identificar oportunidades e indicar os pontos de mudança/reestruturação; d) Direcionar Esforços para um Melhor Cumprimento da Missão – orientar a organização à entrega de melhores serviços/produtos; e e) Aumentar a Capacidade de Gestão – definição de indicadores e metas de negócio, possibilitar o diagnóstico de lacunas de competência ou sobreposição destas e apoiar a gestão de competências, planos de capacitação, gestão de risco, etc. Em resumo, a Cadeia de Valor possibilita, numa visão macro, identificar os processos da Instituição que não operam adequadamente, de modo que os Gestores possam empreender ações para aperfeiçoá-los, minimizando custos e aumentando a eficiência organizacional. Os macroprocessos do COMAER, que na Cadeia de Valor da FAB são apresentados em dois grupos, são categorizados em três tipos: a) “Macroprocessos Finalísticos” referem-se aos processos de trabalho associados às atividades-fim da instituição ou diretamente envolvidos no atendimento às necessidades dos seus clientes/usuários (essenciais a existência do órgão), ou seja, são aqueles processos onde há entrega de produto ao cliente (sociedade). É por meio da qualidade dos produtos gerados por esses processos que a instituição é percebida externamente; b) “Macroprocessos de Gestão” referem-se aos processos de trabalho relacionados à gestão da informação, necessários à coordenação entre as atividades de suporte e os processos finalísticos. Não agregam valor aos clientes externos, mas existem para garantir que a instituição funcione alinhada com seus objetivos e metas de desempenho, ou seja, são aqueles processos que a organizam internamente para entregar o seu produto final; e DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPFDIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPF EEAREEAR CEAG - CEAG - TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO DE PESSOAL TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO DE PESSOAL 1313 / / 6262 c) Macroprocessos de Suporte” referem-se aos processos de trabalho que geralmente produzem resultados imperceptíveis para os clientes externos, mas são essenciais para a gestão efetiva da instituição, ou seja, são aqueles processos que suportam a execução dos macroprocessos finalísticos. Todo processo está inserido em um processo maior e pode ser decomposto em outros processos menores. Assim, surgem os conceitos de MACROPROCESSO: “conjunto que engloba vários processos” e SUBPROCESSO: “decomposição de um processo em seus principais componentes”. Sendo assim, é possível verificar que o macroprocesso ultrapassa as fronteiras funcionais e envolve vários segmentos da instituição, enquanto o subprocesso tem atuação usualmente menos abrangente. A fim de evitar dúvidas, a terminologia “PROCESSO” pode ser utilizada para qualquer caso. Desta maneira, os maiores processos descritos na cadeia de valor (nível 1), também chamados de macroprocessos, são decompostos em vários processos (nível 2), os quais também podem ser decompostos em processos de nível 3, e assim por diante. Considerando a grande diversidade de áreas de negócio desenvolvidas no COMAER, na construção da cadeia de valor optou-se por apresentar apenas os processos de nível 1 e 2. Foram, ainda, identificados os Órgãos de Direção-Geral, Setorial e de Assistência Direta e Imediata ao Comandante da Aeronáutica (ODGSA) protagonistas de cada macroprocesso, deixando o detalhamento decorrente (níveis 3, 4, …) a cargo de cada um desses Órgãos. É muito importante destacar que a cadeia de valor não representa, e nem deve representar, o organograma da Instituição, mas sim a contribuição de cada Organização nas áreas de negócio em que atua. Veja isso! Texto2 – Anexo A – Cadeia de Valor da FAB. (DCA 11-1/2019, p. 49/100). (Disponível no AVA) DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPFDIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPF 1414 / / 6262 CEAG - CEAG - PLANEJAMENTO INSTITUCIONAL E GOVERNANÇA DA FAB PLANEJAMENTO INSTITUCIONAL E GOVERNANÇA DA FAB EEAREEAR MAPA ESTRATÉGICO Tudo bem até aqui? Vamos avançar para o próximo conceito?! Enquanto a Cadeia de Valor trata dos principais processos e sua relação com o produto final, veremos a seguir o que é o Mapa Estratégico e como ele representa um planejamento. Veja isso! Vídeo3 – BSC – Balanced Score Card – em 3 minutos. www.proxismed.com.br (Disponível no AVA e em https://www.youtube.com/watch? v=R9Y3R4tuKzc) O Mapa Estratégico é a representação gráfica de um planejamento, evidenciando os desafios que uma instituição terá que superar para atingir sua visão de futuro. O Mapa Estratégico, bem como os objetivos e indicadoresrelacionados, são componentes do Balanced Scorecard (BSC), metodologia de medição e gestão de desempenho das organizações. O Mapa Estratégico apresenta os Objetivos Estratégicos agrupados em Eixos Estratégicos e distribuídos verticalmente em Perspectivas. Os Eixos Estratégicos são agrupamentos temáticos em torno dos quais se organizam os Objetivos Estratégicos, orientando o planejamento e representando as linhas prioritárias de desenvolvimento da Instituição. As Perspectivas referem-se ao conjunto de temas que agrupam os Eixos Estratégicos, orientado o planejamento estratégico da Organização. O Mapa Estratégico distribui a estratégia corporativa em quatro perspectivas integradas: a) SOCIEDADE – impactada pelo Objetivo de Resultado, que sintetiza os Objetivos Estratégicos das outras três perspectivas do mapa, traduzindo, com linguagem específica, a tarefa que compõe a Missão da Aeronáutica; DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPFDIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPF EEAREEAR CEAG - CEAG - TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO DE PESSOAL TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO DE PESSOAL 1515 / / 6262 b) OPERACIONALIDADE – impactada pelos Objetivos Estratégicos que representam ações com efeitos diretos sobre o Poder Aeroespacial; c) PROCESSOS INTERNOS – impactados pelos Objetivos Estratégicos que atuam sobre os processos que necessitam de aperfeiçoamento para que a FAB cumpra de forma mais eficiente, eficaz e efetiva a sua missão constitucional; e RECURSOS – impactados pelos Objetivos Estratégicos que buscam a adequação dos recursos humanos e de infraestrutura da Instituição. São os pilares que suportam os demais desafios. Veja isso! Texto3 – Anexo B – Mapa Estratégico da FAB. (DCA 11-1/2019, p. 50/100). (Disponível no AVA) Vídeo4 – INDICADORES DE DESEMPENHO: Balanced Scorecard (BSC) NA PRÁTICA Aprenda com o Sebrae! (Disponível no AVA e em https://www.youtube.com/watch? v=iY8vfvvvmHU) ALINHAMENTO ESTRATÉGICO DO COMAER Já definimos a Cadeia de Valor e o Mapa Estratégico. De posse desse conhecimento, veremos a seguir o que é alinhamento estratégico dentro do COMAER e assim compreender o Planejamento Institucional da FAB. O alinhamento estratégico do COMAER permite o encadeamento do processo de planejamento da Instituição desde o nível estratégico até os níveis operacional e tático. Cada um dos níveis apresenta a mesma lógica de planejamento. Tudo se inicia com a missão, que define a finalidade da organização, delimitando sua área de responsabilidade. Com DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPFDIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPF 1616 / / 6262 CEAG - CEAG - PLANEJAMENTO INSTITUCIONAL E GOVERNANÇA DA FAB PLANEJAMENTO INSTITUCIONAL E GOVERNANÇA DA FAB EEAREEAR base na missão, são deduzidas as atividades (agrupadas em processos) que deverão ser realizadas para o cumprimento do desígnio da OM. A partir da missão, cada organização define uma visão, que representa seu estado futuro. Para alcançar essa visão são estabelecidos objetivos, que serão atingidos por meio de projetos e/ou da melhoria de processos. No nível estratégico, a missão e a visão do COMAER estão definidas na Concepção Estratégica, documento conceitual com horizonte temporal de vinte anos, que define a estratégica institucional de longo prazo. O PEMAER, documento concebido com escopo temporal de dez anos, decorre da Concepção Estratégica e divulga a Cadeia de Valor, onde estão agrupados todos os principais processos realizados na Instituição, bem como apresenta o Mapa Estratégico, contendo os Objetivos Estratégicos a serem perseguidos para que o COMAER alcance sua visão de futuro. O planejamento no nível estratégico se encerra com a definição dos Projetos Estratégicos, que são aqueles que contribuem diretamente para o alcance de um Objetivo Estratégico. Os demais projetos decorrentes dos Objetivos Estratégicos ficam a cargo dos ODSA que, no nível operacional, por meio de Objetivos de Contribuição, concebem projetos denominados Projetos de Contribuição. No nível operacional, para cumprir sua missão, cada ODSA executa uma fração da Cadeia de Valor. Aquelas atividades julgadas prioritárias são denominadas Atividades Setoriais. Para alcançar sua visão, os ODSA estabelecem Objetivos Setoriais, os quais são desdobrados em Projetos Setoriais. Metodologia semelhante ocorre no nível tático com a definição de Atividades Orgânicas, Objetivos Orgânicos e Projetos Orgânicos. A execução de qualquer tipo de projeto ou atividade somente ocorre no nível tático, seja ele representado por uma organização subordinada a um ODSA ou por seu próprio Quartel General (QG). Os ODSA que possuem mais de uma área de negócio são auxiliados por Órgãos Subsetoriais (Diretorias) que atuam no planejamento, coordenação e controle de áreas específicas, traduzindo as diretrizes setoriais para as OM subordinadas. Como todos os projetos e atividades decorrem da Cadeia de Valor e do Mapa Estratégico, uma mesma ação poderia surgir simultaneamente em mais de um nível de planejamento. Para DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPFDIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPF EEAREEAR CEAG - CEAG - TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO DE PESSOAL TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO DE PESSOAL 1717 / / 6262 evitar duplicidade de esforços, a classificação das ações em projetos e atividades deve ocorrer primeiramente no nível estratégico, após no nível operacional e por último no nível tático. Isso quer dizer que não haverá Projeto ou Atividade Orgânica que trate de um assunto já definido em Projeto ou Atividade Setorial, tampouco haverá Projeto Setorial que tenha o mesmo objetivo de um Projeto de Contribuição. A Figura 1 apresenta a visão geral do alinhamento estratégico do COMAER, nos três níveis de planejamento, com suas correlações. Vamos fazer algumas anotações! - Procure no conteúdo estudado as palavras- chave que melhor representam o que foi estudado até aqui. - Faça uma lista dessas palavras-chave seguida de um breve comentário. - A partir da leitura delas, tente reconstruir o que foi visto. DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPFDIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPF Figura 1: Visão geral do Alinhamento Estratégico do COMAER FONTE: PRÓPRIO AUTOR 1818 / / 6262 CEAG - CEAG - PLANEJAMENTO INSTITUCIONAL E GOVERNANÇA DA FAB PLANEJAMENTO INSTITUCIONAL E GOVERNANÇA DA FAB EEAREEAR Agora, que tal uma pausa? Parabéns por ter avançado até aqui! Está na hora de fazer uma pausa. Lembre-se de que o descanso e a reflexão fazem parte do estudo. TÓPICO 1.2 - OBJETIVOS, PROJETOS E ATIVIDADES NO PLANEJAMENTO INSTITUCIONAL Você já passou por uma situação que lhe perguntaram algo sobre o alinhamento estratégico do seu setor? Além do que já conversamos até o momento, faz-se necessário conhecer os tipos de objetivos e como eles estão relacionados com o alinhamento estratégico da Força Aérea. ➢ TIPOS DE OBJETIVOS OBJETIVOS ESTRATÉGICOS Objetivos expressam em palavras uma situação futura a ser alcançada, um resultado a ser obtido, um produto a ser gerado ou um serviço a ser realizado. Logo, o objetivo dá um direcionamento às ações, um rumo a ser seguido, servindo de guia para a Instituição na busca pelos resultados desejados. Independente de seu nível, os objetivos devem ser acompanhados da definição de metas, responsabilidades e prazos, para que seja possível o seu acompanhamento mediante a adoção de indicadores de desempenho. Estratégia é a arte de preparar e aplicar o poder para conquistar e preservar objetivos, superando óbices de toda ordem. Ou seja, é o “como fazer”. Detalha os caminhos que serão trilhados pela Instituição para cumprir sua missão e alcançar a visão de futuro. No COMAER, os Objetivos Estratégicos são aqueles definidos no nível estratégico para um período de médioprazo, tendo sua origem na Visão da Aeronáutica. DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPFDIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPF EEAREEAR CEAG - CEAG - TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO DE PESSOAL TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO DE PESSOAL 1919 / / 6262 Desse modo, eles detalham os rumos que a Força deverá seguir para alcançar os resultados desejados. Os Objetivos Estratégicos são definidos pelo EMAER em conjunto com os ODSA. Ressalta-se que, para cada Objetivo Estratégico, devem ser criados indicadores simples ou compostos, que tenham por finalidade quantificar e/ou qualificar o alcance desse objetivo. Pretende-se, portanto, estabelecer uma rede de indicadores que comunique o avanço da estratégia organizacional. OBJETIVOS DE CONTRIBUIÇÃO No nível setorial, cada ODSA verifica como pode contribuir para o atingimento dos Objetivos Estratégicos, deduzindo seus próprios objetivos, denominados Objetivos de Contribuição. Assim como ocorre nos Objetivos Estratégicos, devem ser criados indicadores de desempenho para mensurar o avanço dos Objetivos de Contribuição. A partir da definição dos Objetivos de Contribuição, derivados dos Objetivos Estratégicos, cada ODSA estabelece, em sua área de atuação, os Projetos de Contribuição que propiciarão o efeito desejado. OBJETIVOS SETORIAIS Além dos Objetivos de Contribuição, os ODSA podem ter necessidades de aperfeiçoar algum processo que, embora não tenha um impacto estratégico, colabore para um melhor desempenho de suas atribuições em nível setorial, contribuindo para o alcance da sua respectiva visão de futuro. Essas iniciativas são denominadas Objetivos Setoriais. Objetivos Setoriais podem ser definidos como conjuntos de ações que concorrem para a melhoria da performance do ODSA na sua área de atuação, a fim de preencher lacunas de desempenho existentes entre a realidade atual e a realidade desejada. De modo similar ao que ocorre nos Objetivos de Contribuição, a partir da definição dos Objetivos Setoriais, cada ODSA estabelece os projetos que propiciarão o efeito desejado, denominados Projetos Setoriais. DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPFDIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPF 2020 / / 6262 CEAG - CEAG - PLANEJAMENTO INSTITUCIONAL E GOVERNANÇA DA FAB PLANEJAMENTO INSTITUCIONAL E GOVERNANÇA DA FAB EEAREEAR OBJETIVOS ORGÂNICOS As OM também podem ter necessidades de aperfeiçoar algum processo que, embora não tenha um impacto setorial, colabore para um melhor desempenho de suas atribuições regulamentares, contribuindo para o alcance da sua respectiva visão de futuro. Essas iniciativas são denominadas Objetivos Orgânicos. Objetivos Orgânicos tem por finalidade ocupar a lacuna deixada pelos Objetivos Setoriais que podem não atender aos anseios de todas as organizações subordinadas a um ODSA. De modo similar ao que ocorre nos Objetivos Setoriais, a partir da definição dos Objetivos Orgânicos, cada OM estabelece os projetos que propiciarão o efeito desejado, denominados Projetos Orgânicos. E você? Quais são seus objetivos de vida? Quais são seus objetivos de longo, médio e curto prazo? Sabendo os tipos de objetivos, veremos agora o que é um projeto e qual a sua finalidade. ➢ PROJETOS Projeto é um esforço temporário planejado e empreendido para criar um produto, serviço ou resultado exclusivo, mediante a realização de um conjunto de tarefas inter-relacionadas ou interativas, com início e término bem definidos. Um projeto tem por finalidade alcançar um Objetivo Estratégico, Objetivo de Contribuição, Objetivo Setorial ou Objetivo Orgânico. No planejamento e na execução do planos institucionais, observa-se a necessidade de priorização dos projetos listados, com o intuito de direcionar os recursos disponíveis de modo a incrementar, tanto quanto possível, as Capacidades do Poder Aeroespacial. ➢ PRIORIZAÇÃO DE ABERTURA DE PROJETOS Dentre os métodos utilizados para priorizar projetos, a “matriz de priorização” é aquele empregado pelas principais instituições, civis e militares, e empresas mundiais, pois permite ordenar ou selecionar alternativas dentro de um conjunto maior, a partir de critérios definidos, sempre que ocorrer uma ou mais das opções abaixo: DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPFDIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPF EEAREEAR CEAG - CEAG - TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO DE PESSOAL TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO DE PESSOAL 2121 / / 6262 a) Muitas alternativas, que devem ser selecionadas ou priorizadas; b) Dúvida ou discordância sobre a importância das alternativas; c) Restrição dos recursos, limitando o número de alternativas a serem solucionadas; e/ou d) Dificuldade na identificação das alternativas mais relevantes. A Matriz de Priorização de Abertura de Projetos utilizada no COMAER, detalhada no Anexo C da DCA 11-1/2019, considera os seguintes aspectos: alinhamento com as capacidades, alinhamento com o mapa estratégico, vinculação a outros projetos e impacto institucional. A Matriz de Priorização de Abertura de Projetos deve avaliar, periodicamente, a relação de projetos planejados, a fim de mantê-la constantemente priorizada, atendendo aos critérios estabelecidos. Fruto da priorização realizada, o EMAER definirá, efetivamente, quais projetos, no seu nível decisório, iniciam ou são postergados. A mesma metodologia pode ser seguida pelos ODSA para os projetos decorrentes de Objetivos de Contribuição e Objetivos Setoriais, e pelas OM para os decorrentes de Objetivos Orgânicos. Todos os projetos do COMAER devem ser monitorados por indicadores de resultados adequados aos seus respectivos perfis. Esses indicadores devem ser estabelecidos por seus gerentes, aprovados pelos ODSA. Quando se tratar de projeto estratégico, os indicadores serão validados pelo EMAER. As informações referentes aos projetos, incluindo os indicadores de acompanhamento, serão atualizadas constantemente pela equipe de gerência de cada projeto, permitindo uma clara visualização dos desvios e a oportuna e adequada ação corretiva, por meio dos órgãos de supervisão (Setores de Planejamento, Orçamento e Gestão dos ODSA e EMAER). Percebeu como os conceitos estão interligados? Muitas dúvidas? Vamos prosseguir? ➢ ATIVIDADES Uma vez que o projeto é um esforço temporário, a atividade, por sua vez, é um conjunto de tarefas de caráter continuado, executadas de forma coordenada, suportada por recursos humanos, materiais e financeiros, que visa atender aos processos administrativos, técnicos e DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPFDIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPF 2222 / / 6262 CEAG - CEAG - PLANEJAMENTO INSTITUCIONAL E GOVERNANÇA DA FAB PLANEJAMENTO INSTITUCIONAL E GOVERNANÇA DA FAB EEAREEAR operacionais, garantindo o funcionamento de uma organização para o cumprimento de sua finalidade. Considerando que as Atividades compõem a imensa rede de tarefas rotineiras que oferece a todas as OM do COMAER as condições necessárias para cumprirem suas missões, a qualquer hora do dia e em qualquer dia do ano, é primordial que o planejamento institucional considere as nuances que permeiam o cotidiano de suas organizações. Dessa forma, é imprescindível priorizar recursos para que as organizações e os principais Sistemas da Aeronáutica mantenham-se sempre em efetivo funcionamento, provendo à Força Aérea a sustentabilidade necessária ao cumprimento de sua missão. Normalmente as atividades não recebem prioridade nos planejamentos, apesar de serem essenciais para o suporte da operacionalidade da Força no médio prazo, a exemplo da manutenção predial, das redes de água/esgoto, da rede elétrica e dos geradores. Desta forma, caberá aos gestores, em todos os níveis, verificar as pendências existentes nesses itens de suporte administrativo e priorizar, tanto quanto possível, o direcionamentode recursos para a execução dessas atividades de tamanha relevância. Vamos fazer algumas anotações! - Procure no conteúdo estudado as palavras- chave que melhor representam o que foi estudado até aqui. - Faça uma lista dessas palavras-chave seguida de um breve comentário. - A partir da leitura delas, tente reconstruir o que foi visto. DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPFDIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPF EEAREEAR CEAG - CEAG - TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO DE PESSOAL TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO DE PESSOAL 2323 / / 6262 Agora, que tal uma pausa? Parabéns por ter avançado até aqui! Está na hora de fazer uma pausa. Lembre-se de que o descanso e a reflexão fazem parte do estudo. Está na hora de resumir! A partir de suas anotações, reconstrua com suas palavras todo o estudo em um ou dois parágrafos, ou se referir, elabore um mapa mental ou um infográfico sobre o texto. Exercícios para Aprendizagem do Capítulo. Bem, agora que você já cumpriu uma etapa da missão, que tal avaliar seu grau de assimilação em relação ao conteúdo que foi visto neste capítulo? Não se preocupe caso não saiba responder prontamente. A proposta é que você consulte as suas anotações ou produza um debate com algum companheiro. Vale consultar o texto dialogado. O importante é que você resolva as questões abaixo. 1. Descreva com suas palavras os três níveis de Planejamento Institucional. Quem é o responsável por elaborar os documentos de cada nível? DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPFDIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPF 2424 / / 6262 CEAG - CEAG - PLANEJAMENTO INSTITUCIONAL E GOVERNANÇA DA FAB PLANEJAMENTO INSTITUCIONAL E GOVERNANÇA DA FAB EEAREEAR 2. Qual a diferença entre os Macroprocessos de Gestão e de Suporte? Você saberia dar um exemplo de cada um? 3. Quais são os tipos de objetivos do Planejamento Institucional? Explique com suas palavras cada um deles. DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPFDIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPF EEAREEAR CEAG - CEAG - TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO DE PESSOAL TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO DE PESSOAL 2525 / / 6262 CAPÍTULO 2 - FASES DO PLANEJAMENTO INSTITUCIONAL No primeiro capítulo, falamos sobre os elementos do Planejamento Institucional, dentre eles os níveis do planejamento institucional, a Cadeia de Valor, o Mapa Estratégico e o alinhamento estratégico do COMAER. Daqui para frente, vamos falar sobre as fases do planejamento. Vamos lá?! TÓPICO 2.1 - FASES DO PLANEJAMENTO Neste tópico, a pergunta que nos motiva é: quais são as fases do Planejamento Institucional da Aeronáutica e como estão divididas dentro dos níveis desse Planejamento? A legislação atual nos diz que o Planejamento Institucional da Aeronáutica, classificado em três níveis, ocorre em cinco fases, sendo as duas primeiras no nível estratégico, as duas seguintes no nível operacional e a quinta fase no nível tático. As fases permitem identificar o grau de detalhamento que vai sendo aplicado ao planejamento à medida que ele se afasta do nível conceitual e se aproxima do nível de efetiva execução das ações. Ao final de cada fase, será concluída a elaboração dos seguintes documentos: 1. Primeira fase: Concepção Estratégica; 2. Segunda fase: Plano Estratégico Militar da Aeronáutica (PEMAER); 3. Terceira fase: Diretriz de Planejamento Institucional (DIPLAN); 4. Quarta fase: Planos Setoriais (PLANSET); e 5. Quinta fase: Programas de Trabalho Anual (PTA). A Figura que segue apresenta visão geral do encadeamento de documentos da SPGIA, o qual será detalhado no próximo capítulo deste normativo. Visão geral do encadeamento de documentos da SPGIA. Além das cinco fases do Planejamento Institucional, a figura acima ainda apresenta os seguintes itens: DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPFDIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPF 2626 / / 6262 CEAG - CEAG - PLANEJAMENTO INSTITUCIONAL E GOVERNANÇA DA FAB PLANEJAMENTO INSTITUCIONAL E GOVERNANÇA DA FAB EEAREEAR a) Documentos do MD: dado utilizado para a confecção da Concepção Estratégica; b) Plano de Articulação e Equipamento da Aeronáutica (PLAER): esta publicação, pelo grau de importância que representa para a SPGIA, será comentada, a seguir, em item específico; c) Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA): dado utilizado para atualizar a projeção orçamentária para o ano seguinte; e d) Plano de Ação da Aeronáutica: documento que congrega as principais informações orçamentárias que subsidiam a execução do planejamento realizado. Na mesma figura também é representado o ciclo de “acompanhamento, controle e realimentação”, que se relaciona com todas as fases e por meio do qual é realizada a Gestão Institucional. DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPFDIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPF Figura 2 FONTE: PRÓPRIO AUTOR EEAREEAR CEAG - CEAG - TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO DE PESSOAL TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO DE PESSOAL 2727 / / 6262 Vamos fazer algumas anotações! - Procure no conteúdo estudado as palavras- chave que melhor representam o que foi estudado até aqui. - Faça uma lista dessas palavras-chave seguida de um breve comentário. - A partir da leitura delas, tente reconstruir o que foi visto. Agora, que tal uma pausa? Parabéns por ter avançado até aqui! Está na hora de fazer uma pausa. Lembre-se de que o descanso e a reflexão fazem parte do estudo. TÓPICO 2.2 - PLANO DE ARTICULAÇÃO E EQUIPAMENTO DA AERONÁUTICA Agora que você já tem uma noção geral das fases do Planejamento Institucional e quais os documentos produzidos nessas fases, veremos um dos documentos mais importantes dentro desse Planejamento. O PLAER decorre diretamente da Concepção Estratégica e provê dados e informações para a confecção do PEMAER e da DIPLAN. O PLAER é um documento controlado, com horizonte temporal de longo prazo, confeccionado pelo EMAER e que tem por objetivo relacionar os principais investimentos da Força, em andamento e futuros, relativos ao desenvolvimento ou obtenção de meios, à distribuição de suas organizações no território nacional e a ajustes na infraestrutura existente, tudo visando à melhoria do cumprimento da missão institucional. Sendo assim, este Plano desempenha o papel de repositório dos principais projetos em curso, bem como daqueles que contribuirão diretamente para a construção da Força Aérea do futuro. DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPFDIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPF 2828 / / 6262 CEAG - CEAG - PLANEJAMENTO INSTITUCIONAL E GOVERNANÇA DA FAB PLANEJAMENTO INSTITUCIONAL E GOVERNANÇA DA FAB EEAREEAR Pelo seu caráter dinâmico, de permanente atualização, o PLAER é divulgado somente no formato digital, mediante consulta na INTRAER, aspecto que facilita o acesso dos oficiais- generais da Força e dos chefes dos setores de Planejamento, Orçamento e Gestão dos ODSA às informações de planejamento institucional de longo prazo. As atualizações são comunicadas aos interessados, com a discriminação do conteúdo que foi alterado, haja vista o rigoroso controle de alterações entre as versões digitais deste Plano aprovadas. O PLAER não armazena a totalidade de projetos da FAB, visto que alguns deles, de impacto local e de menor monta, surgem em decorrência de projetos nele descritos, não sendo escopo do Plano de longo prazo da Força. Os projetos serão inseridos no PLAER por comitê específico, após análise das demandas recebidas dos ODGSA. Para ser inserido no PLAER, um projeto deve ter seus principais parâmetros registrados em formulário apropriado, desenvolvido pelo EMAER. Nele constam sua descrição sumária, a justificativa para a sua consecução, o alinhamento estratégico e as principais ações que antecedem o projeto. Também devem ser apontadas, mesmo que de forma preliminar, as suasdatas de início e término e a expectativa de custo. Além das informações acima descritas, deve constar no formulário a categoria do projeto de acordo com a Metodologia “END”, acrônimo para Essencial, Necessário ou Desejável. Tal metodologia também deve ser aplicada na análise das atividades desenvolvidas em todas as OM do COMAER, com a ressalva de que “atividade” não é o foco do PLAER. Os conceitos adotados são os seguintes: a) “Projeto Essencial”: é aquele cuja não implementação resultará na interrupção de um processo finalístico para o ODSA/OM. Um “projeto essencial” não implementado transformar-se-á em um projeto emergencial que, via de regra, além do malefício causado, demandará maior volume de recursos para a sua consecução; b) “Projeto Necessário”: é aquele cuja não implementação resultará na degradação de um processo finalístico ou na interrupção ou degradação de um processo de gestão e suporte para o ODSA/OM. Dentro da sua temporalidade, um “projeto necessário” não implementado transformar-se-á em um “projeto essencial”; e DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPFDIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPF EEAREEAR CEAG - CEAG - TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO DE PESSOAL TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO DE PESSOAL 2929 / / 6262 c) “Projeto Desejável”: é aquele cuja não implementação resultará na degradação de um processo de gestão e suporte para o ODSA/OM, ou mesmo, não trará prejuízo algum, uma vez que, a despeito de trazer benefícios e agregar competências, não implementá-lo não degrada o desempenho do ODSA/OM. Dentro da sua temporalidade e dependendo do seu escopo, um “projeto desejável” não implementado poderá transformar-se em um “projeto necessário”. Diferentemente da Concepção Estratégica e do PEMAER, para o Plano de Articulação e Equipamento da Aeronáutica não está determinado um limite de vigência. Essa característica permite que o Plano acolha projetos com início previsto para além dos vinte anos da Concepção Estratégica, bastando que esteja alinhado com os objetivos já citados. O PLAER deve ser revisado a cada dois anos, oportunidades nas quais os projetos têm todos os dados de seus formulários de cadastramento rediscutidos, atualizados e enriquecidos com detalhes. Porém, nada impede que tais formulários sejam retificados inopinadamente, sempre que se constate o surgimento de dados mais apurados. Nestes casos, o Plano será atualizado, conforme citado anteriormente. O PLAER, com os documentos congêneres das outras Forças Singulares, é utilizado como base para a elaboração do Plano de Articulação e Equipamento de Defesa (PAED), que representa a consolidação das necessidades atuais e futuras das Forças e da Administração Central do MD, no horizonte de vinte anos, a fim de garantir o cumprimento da missão primordial das Forças Armadas na defesa da soberania, com a preservação da integridade territorial, da população, do patrimônio e dos interesses nacionais. Vamos fazer algumas anotações! - Procure no conteúdo estudado as palavras- chave que melhor representam o que foi estudado até aqui. - Faça uma lista dessas palavras-chave seguida de um breve comentário. - A partir da leitura delas, tente reconstruir o que foi visto. DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPFDIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPF 3030 / / 6262 CEAG - CEAG - PLANEJAMENTO INSTITUCIONAL E GOVERNANÇA DA FAB PLANEJAMENTO INSTITUCIONAL E GOVERNANÇA DA FAB EEAREEAR Agora, que tal uma pausa? Parabéns por ter avançado até aqui! Está na hora de fazer uma pausa. Lembre-se de que o descanso e a reflexão fazem parte do estudo. Está na hora de resumir! A partir de suas anotações, reconstrua com suas palavras todo o estudo em um ou dois parágrafos, ou se referir, elabore um mapa mental ou um infográfico sobre o texto. Exercícios para Aprendizagem do Capítulo. Avançamos mais um degrau acerca da Doutrina da FAB. Podemos verificar sua compreensão acerca do conteúdo desse capítulo? Como na autoavaliação anterior, a proposta é que você consulte as suas anotações, o fórum de debates ou outro recurso, desde que responda as questões abaixo. 1. Você lembra quais são os cinco documentos que são produzidos ao final de cada fase do Planejamento Institucional da FAB? Em que nível está cada fase? A Cadeia de Valor e o Mapa Estratégico estão inseridos em qual fase? DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPFDIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPF EEAREEAR CEAG - CEAG - TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO DE PESSOAL TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO DE PESSOAL 3131 / / 6262 2. O PLAER advém de qual documento? Para quais documentos ele serve de base? Quem confecciona? Qual o seu objetivo? 3. O que é a metodologia “END”? Explique com suas palavras cada projeto dessa metodologia. DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPFDIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPF 3232 / / 6262 CEAG - CEAG - PLANEJAMENTO INSTITUCIONAL E GOVERNANÇA DA FAB PLANEJAMENTO INSTITUCIONAL E GOVERNANÇA DA FAB EEAREEAR CAPÍTULO 3 - PLANSET E PTA TÓPICO 3.1 - QUARTA FASE: ELABORAÇÃO DOS PLANOS SETORIAIS (PLANSET) A quarta fase contempla o processo de elaboração do planejamento no nível operacional (ODSA). Os Planos Setoriais são os planos quadrienais elaborados pelos ODSA que formalizam a estratégia setorial. Os PLANSET fundamentam-se na Concepção Estratégica, no PEMAER e na DIPLAN e definem, dentre outros, os objetivos de contribuição e os objetivos setoriais, apresentando as metas a serem atingidas pelos próprios órgãos e OM subordinadas, quando existentes, no período estabelecido. A elaboração de uma estratégia setorial inicia-se com a percepção de que a Instituição necessita operar de forma coesa. A ideia central é fazer o todo maior que a soma das partes. Com certeza você já deve ter ouvido falar do PLANSET e do PTA, você sabe onde eles são elaborados em sua OM? Faça uma visita ao setor responsável por compilar as informações do PTA e veja com eles como são elaboradas as tarefas do Programa de Trabalho de sua OM. Vamos em frente! O Plano Setorial é o arranjo que permite a formalização da estratégia setorial. Suas principais finalidades são: a) Definir os objetivos que contribuirão para o alcance dos Objetivos Estratégicos e para a melhoria dos processos da Cadeia de Valor; b) Obter integração e sinergias entre as diversas organizações subordinadas; c) Otimizar a alocação de recursos no âmbito do ODSA; e d) Aumentar o esclarecimento estratégico em todos os níveis. Para que a transição do planejamento do nível estratégico para o operacional ocorra ordenadamente, é necessário que os Planos Setoriais sejam elaborados de maneira integrada e articulada à DIPLAN. DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPFDIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPF EEAREEAR CEAG - CEAG - TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO DE PESSOAL TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO DE PESSOAL 3333 / / 6262 Além de atender às demandas descritas na DIPLAN, os Planos Setoriais devem servir de alicerce para que as OM subordinadas, quando existentes, trabalhem alinhadas com a estratégia corporativa, a fim de que sejam alcançados os objetivos nos níveis tático, operacional e estratégico. Desse modo, o Plano Setorial é o documento base de qualquer ODSA e o cumprimento dos propósitos ali estabelecidos passa a ser o objetivo máximo a ser perseguido ao longo daquele período. A realização das ações descritas no PLANSET traduz-se, de certa maneira, na eficiência organizacional. Considerando-se que o Plano Setorial é um planejamento de médio prazo, ele indicará os propósitos do ODSA para quatro anos. Em cada revisão anual deve ser acrescido mais um ano ao PLANSET, para que ele sempre reflita quatro anos de planejamento, bem como readequar os seus objetivos setoriais e propósitos ao novo período considerado.Em linhas gerais, o Plano Setorial apresenta a seguinte constituição básica: Diretrizes Superiores, Diretrizes do ODSA, Contribuição Setorial (Objetivos de Contribuição e Objetivos Setoriais), Projetos e Atividades, Inspeções, Informações Complementares, Composição Orçamentária e Calendário de Atividades. Para cada Objetivo de Contribuição ou Objetivo Setorial estabelecido pelo ODSA, deverão ser apresentados no mínimo uma meta e no mínimo um indicador de desempenho que permitam a identificação clara do grau de atingimento do respectivo objetivo. Para finalização do PLANSET, é necessária a informação sobre a distribuição dos recursos orçamentários para o primeiro ano de vigência do Plano. No nível macro, os valores estão descritos na DIPLAN, já o detalhamento é definido pelos Agentes Responsáveis por Ação Orçamentária/PO. Estes dados financeiros, quando existentes, constarão do PLANSET em um anexo, apresentando a previsão de recursos alocados ao respectivo ODSA e OM subordinadas. Tais recursos são a base financeira que subsidia a conquistas dos propósitos planejados para o primeiro ano do Plano. O processo de atualização do Plano Setorial é contínuo, iniciando-se assim que ocorra a aprovação do planejamento anterior. DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPFDIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPF 3434 / / 6262 CEAG - CEAG - PLANEJAMENTO INSTITUCIONAL E GOVERNANÇA DA FAB PLANEJAMENTO INSTITUCIONAL E GOVERNANÇA DA FAB EEAREEAR Os PLANSET são aprovados pelos respectivos ODSA, cabendo ao EMAER, na função de ODG, verificar se os planos refletem o alinhamento estabelecido na Concepção Estratégica, no PEMAER e na DIPLAN, propondo ajustes, quando necessário. O PLANSET empregará a metodologia de codificação definida no Anexo E, a fim de possibilitar o alinhamento estratégico dos projetos e atividades aos objetivos do Mapa Estratégico e aos processos da Cadeia de Valor. Os “propósitos” mencionados neste tópico remetem aos indicadores de desempenho e às metas referentes a objetivos de contribuição e objetivos setoriais, bem como aos marcos, aos itens de controle e às tarefas referentes a projetos de contribuição, a projetos setoriais e a atividades setoriais. Vamos fazer algumas anotações! - Procure no conteúdo estudado as palavras- chave que melhor representam o que foi estudado até aqui. - Faça uma lista dessas palavras-chave seguida de um breve comentário. - A partir da leitura delas, tente reconstruir o que foi visto. Agora, que tal uma pausa? Parabéns por ter avançado até aqui! Está na hora de fazer uma pausa. Lembre-se de que o descanso e a reflexão fazem parte do estudo. DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPFDIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPF EEAREEAR CEAG - CEAG - TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO DE PESSOAL TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO DE PESSOAL 3535 / / 6262 TÓPICO 3.2 - QUINTA FASE: ELABORAÇÃO DOS PROGRAMAS DE TRABALHO ANUAL (PTA) A quinta fase contempla o processo de elaboração do planejamento no nível tático (OM). O Programa de Trabalho Anual é o documento decorrente do alinhamento estratégico da Aeronáutica, no qual são apresentados os indicadores de desempenho, as metas, os marcos, os itens de controle e as tarefas relacionados aos objetivos, aos projetos e às atividades necessários e afetos ao cumprimento da missão de uma Organização Militar, para os quais ela direciona todos os seus esforços, no período de um exercício financeiro. Os Programas de Trabalho Anual são elaborados ao final de cada ano, por todas as Organizações Militares do COMAER, com vistas ao planejamento organizacional para o ano seguinte. Para tanto, são observadas as diretrizes e orientações contidas nos Planos Setoriais dos respectivos ODSA, bem como as atribuições estipuladas pelos Órgãos Centrais dos Sistemas do COMAER. Apesar de serem OM, as organizações que não fazem gestão direta de recursos orçamentários não elaboram PTA. Este é o caso, por exemplo, das Unidades Aéreas, dos Esquadrões de Segurança e Defesa, dos Destacamentos, dentre outros. Os órgãos do COMAER situados fora do território nacional são tratados, em relação à Programa de Trabalho Anual, do seguinte modo: a) MTAB, CABW e CABE: fazem PTA próprio; b) Outros órgãos (Aditâncias, Grupos de Acompanhamento e Controle, Escritórios de Representação no exterior e outros): não fazem PTA, mas as atividades realizadas por eles são contempladas no Programa de Trabalho Anual da OM à qual estão vinculados. Exemplos: Aditâncias (EMAER), GAC-Suécia (COPAC) etc. Conforme o próprio título preconiza, o PTA é um programa anual que enumera todas as ações a serem realizadas pela OM que o elaborou, relacionadas aos projetos e/ou atividades de sua responsabilidade, que compõem o rol de encargos da Organização para o ano de vigência do documento. Em linhas gerais, o Programa de Trabalho apresenta a seguinte constituição básica: Diretrizes, Objetivos Orgânicos, Marcos e Tarefas referentes a Projetos, Itens de Controle e DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPFDIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPF 3636 / / 6262 CEAG - CEAG - PLANEJAMENTO INSTITUCIONAL E GOVERNANÇA DA FAB PLANEJAMENTO INSTITUCIONAL E GOVERNANÇA DA FAB EEAREEAR Tarefas referentes a Atividades, Composição Orçamentária, Aquisições de TI, Calendário Administrativo e Informações Complementares. Além de atender às demandas decorrentes dos escalões superiores, os propósitos descritos no PTA delineiam o caminho que conduz a OM ao cumprimento da sua missão, contribuindo para o alcance dos objetivos nos níveis operacional e estratégico. Deste modo, o PTA é o documento base de qualquer OM e o cumprimento dos propósitos nele estabelecidos passa a ser o objetivo máximo a ser perseguido ao longo daquele ano. A realização do PTA traduz-se, de certa maneira, na eficiência organizacional. O atendimento a eventuais urgências ou emergências, ocorridas durante a vigência do PTA, ocorrerá conforme legislação vigente, de forma que se obtenha uma “prestação de contas” adequada ao término do exercício (accountability), subsidiando o levantamento de dados que servirão de base para a elaboração do Relatório de Gestão do COMAER. O PTA é aprovado pelo Comandante, Chefe, Diretor, Secretário ou Prefeito da OM à qual se refere, devendo ser publicado em Boletim do Comando da Aeronáutica (BCA), por intermédio da cadeia de comando. Os ODSA verificam se os PTA das OM subordinadas, quando existentes, respeitam as orientações contidas nos respectivos PLANSET. O PTA empregará UMa metodologia de codificação, a fim de possibilitar o alinhamento estratégico dos projetos e atividades aos objetivos do Mapa Estratégico e aos processos da Cadeia de Valor. Os “propósitos” mencionados neste tópico remetem aos indicadores de desempenho e às metas referentes a objetivos de contribuição, setoriais e orgânicos, bem como aos marcos, aos itens de controle e às tarefas referentes a projetos estratégicos, de contribuição, setoriais e orgânicos e a atividades setoriais e orgânicas. DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPFDIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPF EEAREEAR CEAG - CEAG - TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO DE PESSOAL TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO DE PESSOAL 3737 / / 6262 Vamos fazer algumas anotações! - Procure no conteúdo estudado as palavras- chave que melhor representam o que foi estudado até aqui. - Faça uma lista dessas palavras-chave seguida de um breve comentário. - A partir da leitura delas, tente reconstruir o que foi visto. Agora, que tal uma pausa? Parabéns por ter avançado até aqui! Está na hora de fazer uma pausa. Lembre-se de que o descanso e a reflexão fazem parte do estudo. Está na hora de resumir! A partir de suas anotações, reconstrua com suas palavras todo o estudo emum ou dois parágrafos, ou se referir, elabore um mapa mental ou um infográfico sobre o texto. DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPFDIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPF 3838 / / 6262 CEAG - CEAG - PLANEJAMENTO INSTITUCIONAL E GOVERNANÇA DA FAB PLANEJAMENTO INSTITUCIONAL E GOVERNANÇA DA FAB EEAREEAR Exercícios para Aprendizagem do Capítulo. Vejo que você está progredindo. Parabéns! Entretanto, precisamos avaliar a qualidade de seu estudo. Não “pule” esta etapa, ela é essencial para seu aprendizado. 1. Explique o que você entendeu do PLANSET. Qual o objetivo? Quais as suas principais finalidades? Qual o seu horizonte de planejamento? O que contém dentro dele? 2. O que você compreendeu sobre o PTA? Explique com suas palavras o que ele aborda. 3. Diferencie quanto ao Nível de Planejamento Institucional cada um desses documentos. DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPFDIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPF EEAREEAR CEAG - CEAG - TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO DE PESSOAL TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO DE PESSOAL 3939 / / 6262 CAPÍTULO 4 - AUTORIDADE ADMINISTRATIVA NO COMAER Gostou do conteúdo até aqui? As “coisas” aparentam fazer mais sentido para você? Isso é bom! Indica que você está crescendo profissionalmente. TÓPICO 4.1 - LIDERANÇA, AUTORIDADE E CONTROLE ADMINISTRATIVOS Conforme o Regulamento de Administração da Aeronáutica – RCA12-1 (RADA) o Comandante da Aeronáutica (CMTAER) é a mais alta autoridade administrativa do COMAER e é o principal responsável pelo cumprimento deste Regulamento. A Administração no COMAER tem como finalidade o planejamento, a organização, a direção e o controle inerentes ao emprego de recursos de toda ordem, com o propósito de permitir o cumprimento da destinação constitucional do COMAER e a realização de suas atribuições subsidiárias definidas em lei. A definição e o atendimento das necessidades da Administração no COMAER decorrem de três processos de gestão distintos: o operacional, o técnico e o econômico-financeiro. 1. O processo operacional é determinado pela autoridade competente, em função da missão definida ou do programa de trabalho atribuído a cumprir, e tem por objetivo a estimativa das necessidades de toda ordem, a disponibilização de recursos humanos capacitados e integrados à realidade da FAB, a identificação dos bens e materiais a adquirir e dos serviços a executar, bem como a avaliação da oportunidade e/ou da conveniência para a utilização dos bens e materiais e a realização dos serviços. 2. O processo técnico é determinado pelos órgãos e agentes especializados e compreende desde a especificação dos bens e serviços mais adequados até a orientação dos usuários quanto ao seu emprego. 3. O processo econômico-financeiro refere-se ao planejamento, à gestão e ao controle dos recursos creditício financeiros necessários às despesas de custeio ou de investimentos e dos dispêndios e à verificação, em todos os níveis, de sua correta aplicação em condições mais favoráveis de economicidade e de eficácia. DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPFDIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPF 4040 / / 6262 CEAG - CEAG - PLANEJAMENTO INSTITUCIONAL E GOVERNANÇA DA FAB PLANEJAMENTO INSTITUCIONAL E GOVERNANÇA DA FAB EEAREEAR O EMAER é o Órgão encarregado de estudar, planejar, orientar, coordenar e controlar, no mais alto nível, as atividades da Força, integrando e harmonizando a ação dos demais órgãos, e em conformidade com as decisões e diretrizes do CMTAER. Ao Secretário de Economia, Finanças e Administração da Aeronáutica incumbe, entre outros aspectos, determinar a realização de visitas administrativas, técnicas e operacionais; inspeções de procedimentos relativos ao cumprimento das normas de Administração Financeira, de Contabilidade, de Licitações, de Contratos e de Convênios, de Comércio Exterior e das atividades nas áreas de moradia funcional, de provisões e material de intendência, de pagamento de pessoal, de subsistência, de logística de campanha, entre outros, nas UG do COMAER; e, prestar assessoria técnico-especializada às entidades vinculadas. O Centro de Controle Interno da Aeronáutica (CENCIAR) tem por finalidade planejar, dirigir, coordenar e executar as atividades de controle interno, no âmbito do Comando da Aeronáutica. Os Órgãos de Direção Setorial (ODS) são responsáveis para planejar, organizar, dirigir e controlar as atividades setoriais inerentes às suas atribuições e em conformidade com as decisões e diretrizes do Comandante da Aeronáutica. Aos ODS incumbe, ainda, determinar a realização de inspeções para avaliar o desempenho dos elos dos Sistemas que a ele estiverem subordinados. TÓPICO 4.2 - ESTRATÉGIA E PLANEJAMENTO Compete ao respectivo ODSA aprovar e publicar os Planos Setoriais (PLANSET) e suas atualizações, cabendo ao EMAER verificar se essas publicações refletem o alinhamento institucional com a Concepção Estratégica, o PEMAER e a DIPLAN. Compete às demais Organizações Militares do COMAER elaborar e aprovar seu PTA, encaminhando-o para publicação em BCA, via cadeia de comando. Os PLANSET conterão objetivos setoriais alinhados aos objetivos estratégicos ou pertinentes a seu contexto setorial. Todos os objetivos terão metas e indicadores com a finalidade de aferirem o alcance dos objetivos propostos. De modo análogo, os PTA conterão as metas recebidas dos escalões superiores e, eventualmente, metas próprias. Todas as metas terão indicadores visando aferir o seu alcance. DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPFDIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPF EEAREEAR CEAG - CEAG - TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO DE PESSOAL TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO DE PESSOAL 4141 / / 6262 Vamos fazer algumas anotações! - Procure no conteúdo estudado as palavras- chave que melhor representam o que foi estudado até aqui. - Faça uma lista dessas palavras-chave seguida de um breve comentário. - A partir da leitura delas, tente reconstruir o que foi visto. Agora, que tal uma pausa? Parabéns por ter avançado até aqui! Está na hora de fazer uma pausa. Lembre-se de que o descanso e a reflexão fazem parte do estudo. Está na hora de resumir! A partir de suas anotações, reconstrua com suas palavras todo o estudo em um ou dois parágrafos, ou se referir, elabore um mapa mental ou um infográfico sobre o texto. Exercícios para Aprendizagem do Capítulo. DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPFDIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPF 4242 / / 6262 CEAG - CEAG - PLANEJAMENTO INSTITUCIONAL E GOVERNANÇA DA FAB PLANEJAMENTO INSTITUCIONAL E GOVERNANÇA DA FAB EEAREEAR Preparado para responder mais alguns exercícios de aprendizagem? Aproveito para relembrar que a “decoreba” não é um método eficaz de estudo, portanto, verifique sua compreensão sobre o conteúdo. Não deixe de realizar os exercícios de aprendizagem sobre este capítulo, tudo bem? 1. Como você explicaria os três processos de gestão que determinam a definição e o atendimento das necessidades da Administração no COMAER para um subordinado? 2. Como o EMAER e os ODS se diferenciam nas atividades da Administração da Força Aérea? 3. Compare o PLANSET e o PTA quanto à aprovação, publicação, metas e indicadores. DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPFDIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPF EEAREEAR CEAG - CEAG - TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO DE PESSOAL TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO DE PESSOAL 4343 / / 6262 CAPÍTULO 5 - GOVERNANÇA NO COMAER TÓPICO 5.1 - FUNÇÕES, ESTRUTURA, OBJETIVO, E EXERCÍCIO DA GOVERNANÇA Veja isso! Vídeo5 – Governança Pública – o que é? (Disponível no AVA e em https://www.youtube.com/watch? v=kGYdT1mJ-0c) Texto4 – Coletânea de manuais sobre Governança (Tribunal de Contas da União – TCU) (Disponível no AVA e em https://portal.tcu.gov.br/governanca/governanca publica/https://portal.tcu.gov.br/governanca/entendendo -a-governanca/alinhamento-conceitual/ https://portal.tcu.gov.br/governanca/ governancapublica/governanca-no-setor- publico/) Vídeo6 – Coletânea de vídeos sobre Governança e Gestão Estratégica (Disponível no AVA e em https://www.youtube.com/watch?v=g- y_adi1Wnw https://www.youtube.com/watch? v=_CNUQ6-kytw https://www.youtube.com/watch? v=yNq_AZLA6Gs https://www.youtube.com/watch? v=9fRVGcuxXZk) DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPFDIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPF https://portal.tcu.gov.br/governanca/governancapublica/governanca-no-setor-publico/ https://portal.tcu.gov.br/governanca/governancapublica/governanca-no-setor-publico/ https://portal.tcu.gov.br/governanca/governancapublica/governanca-no-setor-publico/ 4444 / / 6262 CEAG - CEAG - PLANEJAMENTO INSTITUCIONAL E GOVERNANÇA DA FAB PLANEJAMENTO INSTITUCIONAL E GOVERNANÇA DA FAB EEAREEAR Veja isso! Texto5 – Diretrizes sobre Governança no COMAER (Disponível no AVA e em www.cendoc.intraer BRASIL. Comando da Aeronáutica. EMAER. DCA 16-2. Gestão de Riscos no Comando da Aeronáutica. Brasília, 2017.) (Disponível no AVA e em www.cendoc.intraer BRASIL. Comando da Aeronáutica. EMAER. DCA 16-3. Plano de Integridade da Força Aérea Brasileira. Brasília, 2018.) E como estão os estudos até aqui? São muitos conceitos e muita informação não é mesmo? Mas você percebe como ampliamos nossa visão sobre as atividades administrativas e aquelas voltadas à gestão? Então vamos em frente! Conforme o Regulamento de Administração da Aeronáutica (RADA) as autoridades do COMAER exercem a governança por meio das funções de Decisão, Direcionamento, Supervisão, Controle e Integração: 1. Decisão – a função de decisão deve ser fruto de análises e planejamentos. Acontece por meio de processos organizados para a avaliação da situação atual, levantamento de possíveis linhas de ação, onde serão destacados os aspectos positivos e negativos de cada uma dessas linhas, e culmina com o direcionamento da organização. Para que, sobre um determinado assunto, não haja decisões contraditórias em níveis hierárquicos distintos, é necessário estabelecer claramente qual é a delegação de competência de cada autoridade decisora; DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPFDIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPF EEAREEAR CEAG - CEAG - TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO DE PESSOAL TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO DE PESSOAL 4545 / / 6262 2. Direcionamento – é a comunicação clara, aos órgãos executores, da decisão tomada pela autoridade decisora. Essa comunicação deve seguir com as orientações gerais e intenções relativas à linha de ação adotada. No COMAER, o direcionamento é fruto do planejamento institucional e ocorre geralmente por meio da publicação de Diretrizes e Planos, tais como: a Diretriz de Planejamento Institucional (DIPLAN), Planos Setoriais (PLANSET) e planos para implantação de materiais e sistemas, entre outros. Já os redirecionamentos são as ordens subsequentes que visam detalhar melhor ou alterar certos aspectos das ordens em vigor; 3. Supervisão – é efetivada por meio do acompanhamento das ações decorrentes do Direcionamento, o que ocorre por meio do monitoramento de indicadores e por meio de inspeções “in loco” ao mesmo tempo em que é aberto o canal de comunicação inverso, o qual possibilita aos órgãos executores a solução de dúvidas e exposição de restrições e demais óbices que dificultam ou impossibilitam o cumprimento das ordens recebidas; 4. Controle – é a função que possibilita às autoridades da governança redirecionar os órgãos executores, mediante a verificação da eficácia das ações a serem adotadas e da verificação de mudanças na conjuntura encontrada no momento da execução; e 5. Integração – considerando que os assuntos de governança são essencialmente complexos, tem-se que uma decisão relativa a uma área do COMAER pode ter implicações diretas ou indiretas em diversas outras áreas. A função de integração visa levantar, avaliar e alinhar, da forma mais completa possível, todos os prováveis desdobramentos decorrentes de uma decisão. ➢ ESTRUTURA DA GOVERNANÇA NO COMAER De acordo com a Diretriz do Comando da Aeronáutica DCA16-1 (Governança no COMAER), o CMTAER, mais alta Autoridade Decisora do Comando da Aeronáutica, será assessorado pelos ODGSA por meio da estrutura de Governança capitaneada pelo EMAER e composta por órgãos ligados aos demais ODSA. O EMAER, Órgão Central de Governança do COMAER, tem a responsabilidade de: a) Reunir as informações provenientes de todas as áreas de interesse e assessorar o CMTAER nos assuntos que envolvem a coordenação da Força como um todo; DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPFDIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPF 4646 / / 6262 CEAG - CEAG - PLANEJAMENTO INSTITUCIONAL E GOVERNANÇA DA FAB PLANEJAMENTO INSTITUCIONAL E GOVERNANÇA DA FAB EEAREEAR b) Efetivar as Diretrizes do CMTAER por meio da integração e direcionamento das ações a serem tomadas pelos ODSA; e c) Deliberar em relação aos assuntos de sua competência legal, ou que sejam delegados pelo CMTAER. As APOG e CPOG são órgãos consultivos para assessoria ao Órgão Central e também são órgãos de centralização e coordenação das ações necessárias para o monitoramento e controle. No que for correspondente ao nível decisório ou de assessoramento do EMAER, assuntos que envolvam a criação, mudança, suspensão temporária ou cancelamentos de Atividades ou Projetos e, portanto, exijam a aplicação de recursos humanos, materiais e/ou financeiros e que dizem respeito a Força como um todo, serão tratados por um Comitê de Governança e Projetos, presidido pelo Vice-Chefe do EMAER e secretariado pelo Chefe da Sétima Subchefia. O Comitê de Governança e Projetos do EMAER tem a incumbência de reunir os assuntos de relevância, levantar as possibilidades, riscos e implicações decorrentes, auxiliado pelas APOG e CPOG dos ODSA, quando necessário, e apresentar um arrazoado do que foi levantado para a apreciação do Chefe do EMAER. Quando julgado necessário, em prol da Função de Integração da Governança, os assuntos poderão ser levados ao Conselho de Vice-Chefes do COMAER (CONVICE). O Chefe do EMAER, como Autoridade Decisora, dentro do seu nível, deverá avaliar se as informações levantadas pelo Comitê satisfazem as suas necessidades quanto aos Elementos Essenciais para Decisão e decidirá por uma das alternativas: a) Emitirá o seu assessoramento ao CMTAER, quando o assunto for de nível decisório superior; b) Definirá o direcionamento a ser dado, quando o assunto for do seu nível decisório; ou c) Determinará que novos estudos sejam feitos para melhor esclarecimento da questão. Cada ODSA deverá estabelecer seus comitês internos para que, de forma análoga ao que aplicado no EMAER, sejam debatidos no âmbito dos ODSA, de forma multidisciplinar, os assuntos relativos ao seu nível decisório. ➢ OBJETIVO DA GOVERNANÇA NO COMAER DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPFDIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPF EEAREEAR CEAG - CEAG - TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO DE PESSOAL TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO DE PESSOAL 4747 / / 6262 Conforme a DCA16-1, a Governança no COMAER visa garantir que as atividades rotineiras de todas as OM sejam realizadas de forma eficiente, em alinhamento com as Diretrizes de mais alto nível da Força, e também visa garantir que os Projetos e demais ações decorrentes do Planejamento Estratégico sejam implementadas com eficiência e eficácia. A boa Governança depende, portanto, de um planejamento minucioso de forma que os Projetos e Atividades do COMAER sejam programados conforme uma prioridade lógica. Prioridade essa que será estabelecida após serem levantados todos os possíveis impactos decorrentes da adoção de uma ou outralinha de ação, respeitando-se as necessidades dos diversos setores da FAB e acatando as previsões orçamentárias para os exercícios futuros. ➢ EXERCÍCIO DA GOVERNANÇA NO COMAER A Governança no COMAER é o conjunto de processos, políticas e regulamentos que ditam como os recursos serão distribuídos e as OM serão dirigidas e controladas de modo a bem executarem as atividades e projetos sob a sua responsabilidade. No COMAER, a Governança é exercida pelos Comandantes, Chefes, Diretores e demais autoridades correlatas. Esses são os Agentes da Governança que são responsáveis por guiar os órgãos sob a sua responsabilidade, o que deve ser feito em alinhamento com as determinações superiores. Além dos Agentes da Governança, os assessores desses agentes e os órgãos executores também possuem responsabilidades em relação ao bom andamento da instituição. Ou seja, partindo das Autoridades Decisoras, passando pelos seus assessores e chegando aos executores, de uma forma ou de outra, todos os órgãos do COMAER estão envolvidos com a Governança. DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPFDIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPF Figura 3: Relação entre Governança e Gestão. FONTE: PRÓPRIO AUTOR 4848 / / 6262 CEAG - CEAG - PLANEJAMENTO INSTITUCIONAL E GOVERNANÇA DA FAB PLANEJAMENTO INSTITUCIONAL E GOVERNANÇA DA FAB EEAREEAR Você conhecia algo sobre Governança? É um assunto fascinante não é mesmo? Acredito que você deve imaginar a importância de uma boa governança para qualquer instituição. Por isso vamos seguir estudando e aprofundando nossas discussões, vamos lá! Vamos fazer algumas anotações! - Procure no conteúdo estudado as palavras- chave que melhor representam o que foi estudado até aqui. - Faça uma lista dessas palavras-chave seguida de um breve comentário. - A partir da leitura delas, tente reconstruir o que foi visto. Agora, que tal uma pausa? Parabéns por ter avançado até aqui! Está na hora de fazer uma pausa. Lembre-se de que o descanso e a reflexão fazem parte do estudo. Veja isso! Site1 – https://portal.tcu.gov.br/governanca/ entendendo-a-governanca/ alinhamentoconceitual/ DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPFDIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPF EEAREEAR CEAG - CEAG - TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO DE PESSOAL TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO DE PESSOAL 4949 / / 6262 TÓPICO 5.2 - PRINCÍPIOS E FUNÇÕES DA GOVERNANÇA ➢ PRINCÍPIOS DA GOVERNANÇA Os Princípios da Governança são os pilares que balizam todas as atividades relacionadas às decisões para o direcionamento das OM do COMAER. São pilares que se aplicam não só aos decisores, mas também aos assessores, que devem assessorar com propriedade e, portanto, não devem omitir fatos e devem se abster de preferências pessoais e tendenciosas ao assessorar, e aos executores, que devem executar as ordens e reportar os seus indicadores com retidão e transparência. ➢ LEGITIMIDADE Princípio que exige do Agente da Governança, nas suas decisões, garantir mais do que o fiel cumprimento das leis e regras em vigor. Além disso, deve garantir também que o bem comum e o interesse nacional sejam alcançados. ➢ RESPONSABILIDADE Princípio que diz que os Agentes de Governança devem ser responsabilizados pelas consequências das suas decisões e portanto devem responder por eventuais danos que seus atos causarem a terceiros, independente de culpa ou dolo. ➢ EFICIÊNCIA É fazer o que é preciso ser feito com qualidade adequada e ao menor custo possível. Não se trata da simples redução de custo, mas de buscar a melhor relação entre qualidade do serviço e qualidade do gasto. ➢ PROBIDADE É obrigação do Agente da Governança de demonstrar ser digno de confiança. Trata-se do dever de demonstrar observância às regras e aos procedimentos ao utilizar, arrecadar, gerenciar e administrar bens e valores públicos. ➢ TRANSPARÊNCIA Princípio que estabelece o dever do Agente da Governança de disponibilizar o acesso a todas as informações relativas à sua tomada de decisão. A transparência é essencial na Governança porque, ao se expor as análises e os motivos que levaram a uma ou outra decisão, DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPFDIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPF 5050 / / 6262 CEAG - CEAG - PLANEJAMENTO INSTITUCIONAL E GOVERNANÇA DA FAB PLANEJAMENTO INSTITUCIONAL E GOVERNANÇA DA FAB EEAREEAR solidifica-se essa decisão e evita-se que outras instâncias tomem caminho diverso do que foi decidido, atrasando a implementação das ações a serem tomadas. ➢ ACCOUNTABILITY Termo oriundo da língua inglesa que é usado na língua original por não haver uma palavra em português que lhe defina completamente. Por Accountability entende-se a obrigação que uma pessoa tem de agir com responsabilidade, prestar contas dos seus atos e assumir integralmente as consequências das suas ações e omissões. Assim, é esperado que os Agentes da Governança, ao assumirem obrigações de ordem fiscal, gerencial e programática, tratem os recursos a sua disposição de forma responsável e prestem contas para as autoridades que lhe confiam suas obrigações Veja isso! Texto6 – Concepção Estratégica da FAB (Disponível no AVA e em https://www.defesa.gov.br/arquivos/ ensino_e_pesquisa/defesa_academia/cedn/ XIII_cedn/concepca o_estrategica_fab.pdf) ➢ FUNÇÕES DA GOVERNANÇA As autoridades do COMAER exercem a Governança por meio das funções de Decisão, Direcionamento, Supervisão, Controle e Integração: ➢ DECISÃO Função exercida em diversos níveis da estrutura hierárquica do COMAER, de acordo com a competência atribuída a cada Autoridade Decisora. A função de decisão deve ser fruto de análises e planejamentos. Acontece por meio de processos organizados para a avaliação da situação atual, levantamento de possíveis linhas de ação, onde serão destacados os aspectos positivos e negativos de cada uma dessas linhas, e culmina com o direcionamento da organização. DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPFDIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPF EEAREEAR CEAG - CEAG - TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO DE PESSOAL TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO DE PESSOAL 5151 / / 6262 A decisão propriamente dita é a escolha da linha de ação a ser adotada. Vale ressaltar que a decisão nem sempre implica em mudança, haja vista que uma linha de ação bastante válida é manter inalterado o direcionamento que já está em vigor. Para que, sobre um terminado assunto, não haja decisões contraditórias em níveis hierárquicos distintos, é necessário estabelecer claramente qual é a delegação de competência de cada Autoridade Decisora. Todas as avaliações feitas abaixo do nível da Autoridade Decisora deverão ser feitas a título de estudos de assessoria. Portanto deve-se buscar levar a essa autoridade um arrazoado, o mais completo possível, sobre os Elementos Essenciais para a Decisão, aguardando a decisão final da autoridade competente. ➢ DIRECIONAMENTO É a comunicação clara, aos órgãos executores, da decisão tomada pela Autoridade Decisora. Essa comunicação deve seguir com as orientações gerais e intenções relativas à Linha de Ação adotada. O Direcionamento, no seu sentido amplo, também envolve o redirecionamento que nada mais é do que a comunicação, aos órgãos executores, da decisão tomada para ajustar algum aspecto da decisão inicial. No COMAER, o direcionamento é fruto do planejamento institucional e ocorre geralmente por meio da publicação de Diretrizes e Planos, tais como o Plano de Direção Geral (PDG), Planos Setoriais (PLANSET) e planos para implantação de materiais e sistemas, dentre outros. Já os redirecionamentos são as ordens subsequentes que visam detalhar melhor ou alterar certos aspectos das ordens em vigor. ➢ SUPERVISÃO É a função que provê o suporte e a liderança aos órgãos subordinados para que as decisões sejam corretamente implementadas. A supervisão é efetivada
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