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UNIVERSIDADE PAULISTA-UNIP CURSO DE PSICOLOGIA- MATUTINO- PS7A34 PSICODIAGNÓSTICO REVISÃO DE LITERATURA SOBRE O PSICODIAGNÓSTICO MANAUS-AM 2020 UNIVERSIDADE PAULISTA-UNIP CURSO DE PSICOLOGIA- MATUTINO- PS7A34 PSICODAGNÓSTICO SUELEM SANTOS DA COSTA- D357581 REVISÃO DE LITERATURA SOBRE O PSICODIAGNÓSTICO MANAUS-AM 2020 Pesquisa bibliográfica exposta com o objetivo primordial de auxiliar para um melhor entendimento sobre o psicodiagnóstico. Disciplina: Psicodiagnóstico Profª: Luciana Ferreira 1. INTRODUÇÃO O psicodiagnóstico é um estudo profundo da personalidade, que serve de base para tomadas de decisões e conclusões de perícias em áreas, como jurídica, escolar, organizacional. Avaliação psicológica é feita com o propósito clínico e, portanto, não abrange todos os modelos de avaliação psicológica de diferenças individuais (jurema, 2000). Para conceituar personalidade, partindo do princípio da psicanálise, entendemos que ela possui um aspecto consciente e outro inconsciente, que tem uma dinâmica interna e que mobiliza defesas primitivas ou mais evoluída e que cada indivíduo possui uma configuração de personalidade única e inconfundível. Que tem um nível de inteligência que pode manifestar-se ou não dependendo da interferência emocional, mas que há sentimentos que estão entrelaçados com todo o resto da personalidade, e que o indivíduo pode controlar adequadamente ou não, que as qualidades como neurótica ou psicótica que predominarem como base da personalidade pode ser razoável ou sofrer um aumento de podem gerar um conflito que atrapalha ou altera o desenvolvimento do indivíduo. Que as defesas que são usadas ao longo da vida podem ou não serem benéficas. Temos que levar em consideração que o indivíduo não é apenas formado pela genética, que ele é biopsicossocial, portanto deve-se levar em consideração, a genética, o fator psicológico e o ambiente onde ele está inserido. O psicodiagnóstico derivou da psicologia clínica, foi introduzido por lighter witmer, em 1896, criado sobre a tradição da psicologia acadêmica e da tradição médica.abordagem teórica. Tendo em vista a importância do psicodiagnóstico este trabalho tem como intuito abordar uma breve revisão sobre: As abordagens teóricas, instrumentos de avaliação, estrutura, possíveis encaminhamentos e diagnóstico diferencial. Buscando a máxima compreensão possível sobre o citado assunto. 2. AS ABORDAGENS TEÓRICAS, INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO, ESTRUTURA, POSSÍVEIS ENCAMINHAMENTOS E DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL. Ocampo (2005) e Arzeno (2003) sistematizaram o procedimento do psicodiagnóstico dentro do referencial psicanalítico, desenvolvendo uma concepção ampla e enriquecedora, que valoriza a entrevista clínica (em vez da tradicional anamnese descritiva), a relação transferencial/contratransferencial e a devolução, ao final do processo. Para essas autoras, o psicodiagnóstico é uma prática clínica bem delimitada, com objetivo, tempo e papéis definidos, diferenciada do processo analítico. É realizado sempre com o objetivo de obter uma compreensão profunda e completa da personalidade do paciente (ou do grupo familiar), incluindo elementos constitutivos, patológicos e adaptativos. Abrange aspectos presentes (diagnóstico atual) e futuros (prognóstico), sendo indicado para esclarecimento do diagnóstico, encaminhamento e/ou tratamento. Utiliza, como principais instrumentos, a entrevista clínica, a aplicação de testes e técnicas projetivas, a entrevista devolutiva e a elaboração do laudo (quando solicitado). Como em todo procedimento clínico, tem um cuidado especial com o enquadre: no início do processo, definem-se o objetivo; os papéis de cada um (psicólogo, paciente, pais e/ou família); a duração (em média quatro ou cinco sessões, que podem ser ampliadas ou reduzidas, de acordo com a necessidade); local, horário e tempo das entrevistas; honorários e forma de pagamento. Para Ocampo (2005), o psicodiagnóstico é um processo que envolve quatro etapas. A primeira vai do contato inicial à primeira entrevista com o paciente; a segunda é a fase de aplicação dos testes e técnicas projetivas; a terceira é o encerramento do processo, com a devolução oral ao paciente (e/ou aos pais); e a quarta consiste na elaboração do informe escrito (laudo) para o solicitante. O diagnóstico psicológico pode ser realizado: a) pelo psicólogo, pelo psiquiatra (e, eventualmente, pelo neurologista ou psicanalista), com vários objetivos (exceto o de classificação simples), desde que seja utilizado o modelo médico apenas, no exame de funções, identificação de patologias, sem uso de testes e técnicas privativas do psicólogo clínico; b) pelo psicólogo clínico exclusivamente, para a consecução de qualquer ou vários dos objetivos, quando é utilizado o modelo psicológico (psicodiagnóstico), incluindo técnicas e testes privativos desse profissional; c) por equipe multiprofissional (psicólogo, psiquiatra, neurologista, orientador educacional, assistente social ou outro), para a consecução dos objetivos citados e, eventualmente, de outros, desde que cada profissional utilize o seu modelo próprio, em avaliação mais complexa e inclusiva, em que é necessário integrar dados muito interdependentes (de natureza psicológica, médica, social, etc.). 2.1.Instrumentos de Avaliação A avaliação psicológica é um processo que permite a compreensão dos fenômenos psicológicos através de procedimentos diagnósticos e prognósticos. Também se define como um conjunto de práticas investigativas com finalidade de responder alguma questão-problema (Alchieri e Cruz, 2003). Este processo de investigação é o que fundamenta o trabalho do Psicólogo nas várias áreas de sua atuação (clínica, escolar, organizacional, jurídica) e tem como objeto o indivíduo, mas também um grupo, instituição ou comunidade (CFP, 2010). Nesse processo, o profissional utiliza métodos e instrumentos a fim de realizar a coleta de dados, estudo e interpretação das informações obtidas. Além disso, busca compreender as relações entre os fenômenos psíquicos, o indivíduo e a sociedade (CPF, 2010). Os principais instrumentos de Avaliação Psicológica são: Entrevista Psicológica, Testes Psicológicas e Observação. 2.2.Passos do Diagnóstico Para Ocampo et al. (2005), o psicodiagnóstico é um processo que envolve quatro etapas: A primeira vai do contato inicial à primeira entrevista com o paciente; a segunda é a fase de aplicação dos testes e técnicas projetivas; a terceira é o encerramento do processo, com a devolução oral ao paciente (e/ou aos pais); e a quarta consiste na elaboração do informe escrito (laudo) para o solicitante. Arzeno (2003) detalha essas etapas em sete passos. O primeiro passo inclui desde a solicitação da consulta pelo cliente até o primeiro encontro pessoal com o profissional. Nessa fase, é importante observar como é feito o contato inicial, quais as primeiras impressões etc. O segundo passo envolve a realização das primeiras entrevistas, quando se busca identificar o motivo latente e manifesto da consulta, as ansiedades e defesas que o paciente, pais e/ou família apresentam, as expectativas e fantasias de doença e de cura que trazem. É importante observar como o paciente se coloca, o que é priorizado no relato, que tipo de relação estabelece com o psicólogo (e entre si, no caso do casal e/ou família), para identificar os aspectos transferenciais e contratransferenciais, bem como as resistências e a capacidade de elaboração e mudança. O terceiro passo é o momento de reflexão sobre o material colhido e análise das hipóteses iniciais, para planejamento dos passos seguintes e escolha dos instrumentos diagnósticos a serem empregados. O quarto passo é o momento da realização da estratégia diagnósticaplanejada – entrevistas e aplicação dos testes e técnicas selecionadas, de acordo com o caso. Em geral, age-se conforme o planejado, mas, se houver necessidade, podem-se introduzir modificações, durante o processo. O quinto passo é o momento da análise e integração dos dados levantados. É o estudo conjunto do material apreendido nas entrevistas, nos testes e na história clínica, para obter uma compreensão global do caso. Essa fase exige do profissional domínio teórico-metodológico e grande capacidade analítica, a fim de identificar as recorrências e convergências entre os dados, assim como os aspectos mais relevantes dentro do material, que possibilitam uma compreensão ampla da personalidade do indivíduo e/ou da dinâmica familiar e do casal. O sexto passo é o momento da devolução da informação, que pode ser feita em uma ou mais entrevistas. Geralmente, é realizada de forma separada – uma com o indivíduo que foi trazido como protagonista principal da consulta, e outra com os pais e o restante da família. Frequentemente, durante a entrevista devolutiva, surgem novos elementos, os quais ajudam a validar as conclusões ou esclarecer os pontos obscuros. O último passo envolve a elaboração do laudo psicológico com as conclusões diagnósticas e prognósticas, incluindo as recomendações terapêuticas adequadas ao caso. A elaboração do laudo é um aspecto importante do processo, pois, quando malfeito, pode prejudicar o paciente, em vez de ajudá-lo. 2.3.Possíveis Encaminhamentos A marcação da consulta formaliza um processo de trabalho psicológico já iniciado (Jung, 1985), precedido de intensa angústia e ambivalência. Corresponde à admissão da existência de algum grau de perturbação e de dificuldades que justificam a necessidade de ajuda. A emergência de fortes defesas nesse período pode, por vezes, mascarar as motivações inconscientes da busca pelo processo psicodiagnóstico. Também, nos casos em que o paciente é encaminhado por outrem ao psicólogo, o motivo aparente pode ser a própria solicitação do exame ou fato de ter sido mobilizado por colegas, amigos, parentes. Nessas circunstâncias, o paciente pode ter uma percepção vaga de sua problemática, mas preferir chegar ao psicólogo pelo reforço de um encaminhamento médico, por exemplo. Pode haver algum nível de consciência do problema e lhe ser muito dolorosa a situação de enfrentamento de sua dificuldade. Assim, por suas resistências, o paciente pode negar a realidade e depositar num terceiro a responsabilidade pela procura. Portanto, há uma tendência para que o motivo explicitado ao psicólogo seja o menos ansiogênico e o mais tolerável para o paciente ou, ainda, para o responsável que o leva. Em geral, não é o mais verdadeiro. Quando o paciente chega por encaminhamento, deve-se esclarecer quem o encaminhou, em que circunstância ocorreu o encaminhamento e quais as questões propostas para a investigação. Isso pode ser feito ou complementado através de comunicação telefônica. 2.4.Diagnóstico Diferencial No diagnóstico diferencial o psicólogo investiga irregularidades e inconsistências do quadro sintomático e/ou dos resultados dos testes para diferenciar categorias nosológicas, níveis de funcionamento, etc. Naturalmente, para trabalhar com tal objetivo, o psicólogo, além de experiência e de sensibilidade clínica, deve ter conhecimentos avançados de psicopatologia e de técnicas sofisticadas de diagnóstico. 3. METODOLOGIA Para obter os dados expostos no trabalho, foi utilizado o método de pesquisa bibliográfica com a finalidade de apresentar informações sobre o psicodiagnóstico. Para isso a pesquisa foi em obras importantes de alguns autores como: O Processo Psicodiagnóstico e as Técnicas Projetivas Ocampo (2005); Psicodiagnóstico – V. 5. CUNHA(2000); Psicodiagnóstico Clínico: Novas Contribuições Arzeno (2003). Assim sendo, o trabalho transcorrerá a partir do método conceitual-analítico, visto que foi utilizado conceitos e ideias de outros autores, semelhantes com o objetivo do trabalho, para a construção de um conhecimento especifico sobre o tema. 4. JUSTIFICATIVA O psicodiagnóstico, de forma geral, consiste no processo de identificação de forças e fraquezas no funcionamento psicológico referente ou não à existência de psicopatologia, comparando-as, por conseguinte, com os critérios da normalidade. Este processo caracteriza-se como ciência, visto que se levantam, previamente, hipóteses testáveis, utilizando técnicas e administração de testes psicológicos para se avalizar aspectos específicos de dado fenômeno psicológico. Define-se, também, como um método limitado no tempo devido ao plano de avaliação, que, a partir dos dados iniciais, pode-se estimar um número aproximado de sessões de exame (CUNHA, 2000, p. 26). A necessidade de se saber mais sobre o psicodiagnóstico impulsionou a criação desta pesquisa bibliográfica, tendo em vista a sua importância, foi criado assim esse breve resumo sobre o assunto. Se espera atrair a atenção para o tema e contribuir assim para um conhecimento aprofundados das obras dos autores citados e pesquisados. 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS Neste trabalho foram abordadas questões extremamente relevantes que norteiam o psicodiagnóstico, tendo em vista a sua grande importância para a psicologia clínica. Foi exposta uma breve revisão teórica das principais influências, instrumentos de avaliação, estrutura, possíveis encaminhamentos e diagnóstico diferencial. Mediante ao exposto, fica claro que este processo cientifico visa auxiliar o psicólogo a identificar forças e fraquezas na estrutura psíquica do paciente e a diagnosticar possíveis patologias. Há uma necessidade pertinente em se abordar sobre o assunto, apesar de sua grande importância, muitas pessoas não tem acesso a essas informações. Ademais, ressalta-se a demanda em dispor-se de meios eficientes que promovam intervenções eficientes e adequadas à realidade social, tais como, instrumentos psicológicos que atuem entre mediadores do contato entre o terapeuta com o mundo interno dos pacientes. 6. REFERÊNCIAL TEORICO ARZENO, M (2003). Psicodiagnóstico Clínico: Novas Contribuições. Porto Alegre: Artes Médicas. CUNHA, J.A. Psicodiagnóstico – V. 5. ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 2000. OCAMPO, M.L.S. et al. O Processo Psicodiagnóstico e as Tecnicas Projetivas. 11 ed. São Paulo: Martins Fontes, 2005.
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