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Direito Administrativo - 2

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Este curso é protegido por direitos autorais (copyright), nos 
termos da Lei n.º 9.610/1998, que altera, atualiza e consolida 
a legislação sobre direitos autorais e dá outras providências. 
 
 
 
AULA 02 
 
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................ 2 
2. ESTADO, GOVERNO E ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. ................................ 2 
3. DIREITO ADMINISTRATIVO: CONCEITO, FONTES E PRINCÍPIOS ........ 10 
4. USO E ABUSO DE PODER ..................................................................... 16 
5. PODERES DA ADMINISTRAÇÃO ........................................................... 20 
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................... 29 
7. EXERCÍCIOS DA AULA DE HOJE ........................................................... 31 
 
Concurso: INSS 
Cargo: TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL 
Matéria: DIREITO ADMINISTRATIVO 
Professora: FABIANA HÖFKE 
 - CPF:
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INSS 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
Prof. FABIANA HOFKE 
 
Prof. Fabiana Höfke 
profahofke@gmail.com 2 
1. Introdução 
Olá amigo! Seja bem vindo a nossa aula 01 de DIREITO ADMINISTRATIVO. 
Hoje, vamos falar sobre, vamos falar sobre: Estado, governo e administração 
pública: conceitos, elementos, poderes, natureza, fins e princípios - Direito 
administrativo: conceito, fontes e princípios. Poderes da administração: 
vinculado, discricionário, hierárquico, disciplinar e regulamentar. Princípios da 
administração. 
 
Preparado? Então vamos lá! 
 
2. Estado, governo e administração pública. 
 Forma de estado, forma de governo e sistema de governo. 
 
A palavra “Estado”, grafada com inicial maiúscula, é uma forma 
organizacional cujo significado é de natureza política. É uma entidade com 
poder soberano para governar um povo dentro de uma área territorial 
delimitada. 
 
As funções tradicionais do Estado englobam três domínios: Poder Executivo, 
Poder Legislativo e Poder Judiciário. Numa nação, o Estado desempenha 
funções políticas, sociais e econômicas. 
 
Também são designadas por Estado, cada uma das divisões político-
geográficas de uma república federativa. Estas divisões são autônomas e 
possuem um governo próprio regido por uma estrutura administrativa local. O 
Brasil é dividido em 26 Estados e um Distrito Federal. 
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profahofke@gmail.com 3 
Grafada com inicial minúscula, a palavra estado significa a situação presente 
em que se encontra alguma entidade. Exemplos: estado de pobreza, estado 
do tempo, estado civil, estado físico etc. 
 
O Brasil adotou como forma de estado a federação, ou seja, no 
subdividida em unidades autônomas dotados de autonomia, sendo a 
soberania, contudo, exclusiva do governo central (da União). 
Governo é a autoridade que chefia de uma unidade política, que tem o 
objetivo de regrar uma sociedade política e exercer autoridade. O tamanho do 
governo vai variar de acordo com o tamanho do Estado, e ele pode ser local, 
regional e nacional. 
 
O Brasil adotou como forma de governo a República – na qual o chefe 
de estado é eleito democraticamente pelo povo (presidente da república), 
que acumula as funções de chefe de estado e chefe de governo. 
O sistema de governo é a maneira pela qual o poder político é dividido e 
exercido no âmbito de um Estado. Varia de acordo com o grau de separação 
dos poderes, indo desde a separação estrita entre os 
poderes legislativo e executivo (presidencialismo), de que é exemplo o 
sistema de governo dos Estados Unidos, até a dependência completa do 
governo junto ao legislativo (parlamentarismo), caso do sistema de governo 
do Reino Unido. 
 
O Brasil adotou como sistema de governo o presidencialismo. 
O Presidente da República é considerado o chefe máximo do Poder Executivo e 
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é eleito para um mandato de 4 anos, com possibilidade de uma reeleição ele é 
responsável pela escolha de ministros e seu mandado é de 4 (quatro) anos. 
 
No Brasil, o presidente da república, é ao mesmo tempo chefe do estado (chefe 
da União – da federação brasileira), chefe do governo (chefia da república 
federativa do Brasil), e chefe do poder executivo da União (chefe da 
administração pública direta). 
 
FORMA DE ESTADO FEDERAÇÃO 
 
FORMA DE GOVERNO REPÚBLICA 
 
SISTEMA DE GOVERNO PRESIDENCIALISMO 
 
Vamos concretizar! 
 
01)A Constituição da República Federativa do Brasil adotou como forma de 
estado: 
a) a república 
b) o presidencialismo 
c) a federação 
d) o parlamentarismo bicameral 
e) a autonomia. 
Gabarito. Letra C. A forma de estado adotada pela CF de 88 foi a federação, 
na qual o país é dividido em unidades autônomas dotados de autonomia, 
sendo a soberania, contudo, exclusiva do governo central (da União). 
 
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02)A República, Federação e Presidencialismo são, para a Constituição de 1988, 
respectivamente: 
a) Forma de Governo, Forma de Estado, Sistema de Governo. 
b) Forma de Estado, Sistema de Governo, Regime de Governo. 
c) Sistema de Governo, Regime de Governo, Forma de Estado. 
d) Forma de Estado, Regime de Governo, Sistema de Governo. 
e) Sistema de Governo, Forma de Estado, Sistema de Estado. 
Gabarito. Letra A. 
 
FORMA DE ESTADO FEDERAÇÃO 
 
FORMA DE GOVERNO REPÚBLICA 
 
SISTEMA DE GOVERNO PRESIDENCIALISMO 
 
 Poder Executivo, poder Legislativo e poder Judiciário (funções 
típicas e atípicas). 
 
Preconiza o artigo 2º da CF: “São poderes da União, independentes e 
harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário”. 
 
Para efeitos de prova é muito importante que você não confunda os 
poderes com as respectivas funções. 
 
O Poder judiciário é o guardião da legalidade, cuja função típica é julgar (função 
jurisdicional). O poder legislativo possui duas funções típicas: legislar e 
fiscalizar. E o poder executivo exerce tipicamente a função administrativa (tem 
a função típica de administrar, por meio da pratica de atos administrativos). 
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Todavia, todos os poderes exercer as funções dos demais poderes de 
forma atípica, ou seja, o judiciário, cuja função típica é a jurisdicional, 
também – atipicamente – legisla (ex. regimento interno dos tribunais) e 
administra (residual). 
 
O poder legislativo, que exerce precipuamente (tipicamente), as funções 
legiferante e fiscalizatória, atipicamente julga (ex. julgamento perante o senado 
federal no caso de crime de responsabilidade praticado pelo presidente da 
república) e administra (residual) e o poder executivo, que desempenha 
tipicamente a função administrativa, atipicamente legisla (ex. medida 
provisória) e julga (ex. decisão proferida pela chefia máxima do executivo ao 
final do processo). 
 
Macete. A função administrativa é fácil de ser detectada, em virtude de seu 
caráter residual, posto que sempre que não se está exercendo função nem 
legislativa, nem jurisdicional, tampouco fiscalizatória, o que se está fazendo é 
administrar.Por exemplo, quando um juiz determina o horário de funcionamento de seu 
cartório está julgando? Não. Está legislando? Não. Então só pode estar 
administrando. Quando um deputado ou senador nomeia um secretário está 
legislando? Não. Está julgando? Não. Então só pode estar administrando. 
 
Você acaba de perceber que a função administrativa é exercida tipicamente pelo 
executivo, mas atipicamente de forma residual pelos dois outros poderes da 
União. 
 
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No início do tópico, falei pra você que a função administrativa é exercida 
através da prática de atos administrativos. Então te pergunto: se ela é exercida 
também (de forma atípica) pelos demais poderes, é correto afirmar que o 
judiciário e o legislativo, assim como o executivo, também praticam 
atos administrativos? 
 
A resposta não poderia ser outra senão sim. Sempre que não estiverem 
legislando, fiscalizando ou julgando, estará desempenhando função 
administrativa, e esse exercício se dar por meio da prática de atos 
administrativos. 
 
 LEGISLATIVO JUDICIÁRIO EXECUTIVO 
FUNÇÃO TÍPICA LEGISLAR E 
FISCALIZAR 
JULGAR ADMINISTRAR 
FUNÇÕES 
ATÍPICAS 
JULGAR E 
ADMINISTRAR 
LEGISLAR, 
FISCALIZAR E 
ADMINISTRAR 
LEGISLAR, 
FISCALIZAR E 
JULGAR 
 
03)Assinale a alternativa correta. 
a) A prática de atos administrativos é função típica do executivo, e assim sendo 
não poderá se dar no âmbito do poder judiciário, cuja função precípua é a 
jurisdicional. 
b) Exerce função típica o deputado que dá posse ao seu secretário. 
c) O poder legislativo tem dias funções típicas: a de legislar e fiscalizar. 
d) É vedada a prática de atos administrativos pelos poderes legislativo e 
judiciário, pois a função administrativa tem seu exercício adstrito ao âmbito do 
poder executivo. 
e) O poder legislativo não exerce atipicamente função jurisdicional. 
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Gabarito. Letra C. O poder legislativo tem duas funções típicas, a legislativa e 
a fiscalizatória, além de exercer atipicamente as funções típicas dos demais 
poderes. 
 
 Características da função administrativa. 
Além de ser residual, como exposto no tópico anterior, a função administrativa, 
exteriorizada através da prática de atos administrativos, também é secundária 
e hierarquizada. 
É secundária em razão do princípio da legalidade administrativa, segundo o qual 
o ato administrativo está totalmente subordinado aos limites da lei. Isso 
significa dizer que o administrador público somente poderá fazer aquilo que a lei 
autoriza ou determina, ficando a prática dos atos condicionada a uma previsão 
legal prévia. 
Diante da ausência de lei regulando a hipótese, a atividade administrativa não 
poderá ocorrer, uma vez que é secundária, derivada em relação a lei. 
A hierarquia é outro traço marcante da atividade, pois, ao contrário dos demais 
poderes da federação, nos quais, como regra não há hierarquia (o juiz de 1º 
grau sentencia conforme sua livre convicção, independentemente do 
pensamento das instâncias superiores e o vereador elabora leis municipais, de 
acordo com aquilo que entende melhor se coadunar com o interesse público, 
sem consultar a esse respeito à opinião dos membros do congresso nacional), 
na atividade administrativa, manda quem pode e obedece quem tem juízo, ou 
seja, é escalonada em degraus hierárquicos de comando, ficando a autoridade 
de menor grau, sujeita as diretrizes estabelecidas pela de maior grau, no que se 
refere ao desempenho de suas atribuições, e em geral à pratica de atos 
administrativos. 
 
 
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CARACTERÍSTICAS DA ATIVIDADE ADMINISTRATIVA 
 
SECUNDÁRIA DEPENDE DE LEI PRÉVIA PARA SER 
EXERCIDA 
 
 
RESIDUAL OCORRE QUANDO NÃO ESTIVER 
 ATIVIDADE DE OUTRO PODER 
 
HIERARQUIZADA ESCALONAMENTO VERTICAL INTERNO 
 
04)A função administrativa, tem como caraterística precípua ser: 
a)residual, secundária e hierarquizada 
b)primária e autônoma em relação a lei 
c)residual e primária. 
d)vinculante, primária e hierarquizada. 
e)autônoma em relação à lei e residual. 
Gabarito. Letra A. A atividade administrativa é residual (seu 
exercício é observado sempre que não estiverem sendo exercidas as 
funções típicas dos dois outros poderes), secundária (ou derivada, 
uma vez que a prática de atos administrativos está totalmente 
subordinada aos limites impostos por uma lei prévia), e 
hierarquizada (escalonada internamente em degraus hierárquicos). 
 
 
05)A prática de atos administrativos 
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a) Está totalmente subordinada aos limites impostos pela lei em virtude de sua 
natureza hierarquizada. 
b) Está totalmente subordinada aos limites impostos pela lei em virtude de sua 
natureza derivada. 
c) Está totalmente subordinada aos limites impostos pela lei em virtude de sua 
natureza residual. 
d) Poderá atuar além dos limites impostos pela lei em virtude de sua natureza 
discricionária. 
e) Poderá atuar além dos limites impostos pela lei em virtude de sua natureza 
primária. 
Gabarito. Letra B. Em razão do princípio da legalidade administrativa, 
segundo o qual o ato administrativo está totalmente subordinado aos limites da 
lei. O administrador público somente poderá fazer aquilo que a lei autoriza ou 
determina, ficando a prática dos atos condicionada a uma previsão legal prévia, 
e por essa razão é secundária (derivada), em relação à lei que é primária 
(originária). 
 
3. Direito administrativo: conceito, fontes e princípios 
Direito administrativo é um ramo autônomo do direito público interno que se 
concentra no estudo da Administração Pública e da atividade de seus 
integrantes. 
O ramo tem por objeto os órgãos, entidades, agentes e atividades públicos, e a 
sua meta é a sistematização dos fins desejados pelo Estado, ou seja, 
o interesse público, regrado pelo princípio da legalidade. Tudo que se refere à 
Administração Pública e à relação entre ela e os administrados e seus 
servidores é regrado e estudado pelo Direito Administrativo. 
O Direito Administrativo integra o ramo do Direito Público, cuja principal 
característica é uma desigualdade jurídica entre cada uma 
das partes envolvidas. De um lado, a Administração Pública defende os 
interesses coletivos; de outro, o particular. Havendo conflito entre tais 
interesses, haverá de prevalecer o da coletividade, representado pela 
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Administração Pública. No Direito Público, a Administração Pública se encontrará 
sempre em um patamar superior ao do particular, diferentemente do que é 
visto no Direito Privado, onde as partes estão em igualdade de condições. 
 
 Fontes 
Segundo o professor Leandro Cadenas 
“Diz-se fonte à origem, lugar de onde provém algo. No caso, de onde emanam 
as regras do Direito Administrativo. 
Quatro são as principais fontes: 
I – lei; 
II – jurisprudência; 
III – doutrina;IV – costumes. 
Como fonte primária, principal, tem-se a lei, em seu sentido genérico (“latu 
sensu”), que inclui, além da Constituição Federal, as leis ordinárias, 
complementares, delegadas, medidas provisórias, atos normativos com força de 
lei, e alguns decretos-lei ainda vigentes no país etc. Em geral, é ela abstrata e 
impessoal. 
As outras três fontes são ditas secundárias. 
Chama-se jurisprudência o conjunto de decisões do Poder Judiciário na mesma 
linha, julgamentos no mesmo sentido. Então, pode-se tomar como parâmetro 
para decisões futuras, ainda que, em geral, essas decisões não obriguem a 
Administração quando não é parte na ação. Diz-se em geral, pois, na CF/88, há 
previsão de vinculação do Judiciário e do Executivo à decisão definitiva de 
mérito em Ação Declaratória de Constitucionalidade (art. 102, §2º). 
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A doutrina é a teoria desenvolvida pelos estudiosos do Direito, materializada em 
livros, artigos, pareceres, congressos etc. Assim, como a jurisprudência, a 
doutrina também é fonte secundária e influencia no surgimento de novas leis e 
na solução de dúvidas no cotidiano administrativo, além de complementar a 
legislação existente, que muitas vezes é falha e de difícil interpretação. 
Por fim, os costumes, que hoje em dia têm pouca utilidade prática, em face do 
citado princípio da legalidade, que exige obediência dos administradores aos 
comandos legais. No entanto, em algumas situações concretas, os costumes da 
repartição podem influir de alguma forma nas ações estatais, inclusive ajudando 
a produção de novas normas. Diz-se costume à reiteração uniforme de 
determinado comportamento, que é visto como exigência legal”. 
 
Todavia, o que sempre precisa tem em mente, inobstante a existência de outras 
fontes secundárias do direito administrativo, é sua fonte principal e indispensável 
é a lei, de modo que diante da ausência de dispositivo legal tutelando a hipótese 
nada fará o administrador público (não praticará nenhum ato administrativo), 
sob pena de lesão ao princípio da legalidade administrativa. 
Outro cuidado a ser tomado é em relação a diferença entre o princípio da 
legalidade e o princípio da legalidade administrativa, uma vez que traduzem 
conceitos distintos. 
O princípio da legalidade – ou legalidade privada – consta do texto do artigo 5º, 
II da CRFB “Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer 
natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a 
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à 
propriedade, nos termos seguintes:... II - ninguém será obrigado a fazer ou 
deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei”. 
 
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Já o princípio da legalidade administrativa – ou legalidade estrita – impõe a 
submissão completa da pratica de atos administrativo à lei, e assim sendo, o 
administrador público não poderá fazer tudo aquilo que não for vedado pela lei; 
ao contrário, somente poderá praticar atos administrativos – sejam eles 
discricionários ou vinculados – quando a lei autorize ou determine. 
 
 
 
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE PRINCÍPIO DA LEGALIDADE 
ADMINISTRATIVA 
NINGUÉM É OBRIGADO A FAZER OU 
DEIXAR DEFAZER ALGUMA COISA SENÃO 
EM VIRTUDE DE LEI 
O ADMINISTRADOR PÚBLICO SOMENTE 
PODERÁ FAZER O QUE A LEI AUTORIZA OU 
DETERMINA 
 
 
06)O direito administrativo. 
a)É um ramo de direito privado que estuda as relações entre os administrados. 
b)É um ramo de direito privado que estuda as relações entre a administração e 
os entes do setor privado. 
c)É um ramo de direito público que estuda as relações entre os administrados. 
d)É um ramo de direito público que estuda as relações entre a administração e 
os entes do setor privado. 
e)É um ramos de direito público que estuda as relações entre a administração e 
os entre do setor público externo. 
CF 
LEI 
ATOS ADMINISTRATIVOS 
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Gabarito. Letra D. 
O ramo tem por objeto os órgãos, entidades, agentes e atividades públicos, e a 
sua meta é a sistematização dos fins desejados pelo Estado, ou seja, o interesse 
público, regrado pelo princípio da legalidade. Tudo que se refere à Administração 
Pública e à relação entre ela e os administrados e seus servidores é regrado e 
estudado pelo Direito Administrativo. 
 
07)Nas relações jurídicas entre a Administração Pública e os administrados: 
a) É garantida aos administrados uma posição de prevalência. 
b) A Administração Púbica goza de uma posição de superioridade, em nome do 
princípio da supremacia do interesse público sobre o privado. 
c) Não será observado o princípio da supremacia do interesse público sobre o 
privado. 
d) Não poderá haver celebração de contratos. 
e) Aplicam-se as normas de direito privado. 
Gabarito. Letra B. As normas de direito público que tutelam as relações entre 
a Administração Pública e o administrado, garantem a primeira uma posição de 
prevalência em relação ao segundo, haja vista estar legitimada pelo interesse 
público da coletividade. 
 
08) Diante da ausência de norma legal tutelando o caso concreto o 
administrador público deverá: 
a) legislar sobre o tema 
b) estabelecer normas gerais de observância obrigatória a todos os 
administrados 
c) exigir ao poder legislativo a elaboração de uma lei ordinária 
d)atuar discricionariamente sem observar a legislação 
e) abster-se da prática dos respectivos atos administrativos 
Gabarito. Letra E. O princípio da legalidade administrativa (legalidade estrita), 
impõe à submissão completa da prática de atos administrativos à lei, e desse 
modo, uma vez que inexista lei tutelando a hipótese, nenhum ato 
administrativo poderá ser praticado. 
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09)Julgue os itens subsecutivos e assinale a alternativa correta. 
I - Os atos discricionários não se submetem ao princípio da legalidade. 
II - Por determinação do princípio da legalidade administrativa, ninguém é 
obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei. 
III – Os atos administrativos tem natureza secundária em relação à lei. 
 
Está (ão) correta (s) 
a)Apenas os itens I e II 
b)Os itens I, II e III 
c)Apenas os itens II e III 
d)Apenas o item I 
e)Apenas o item III 
Gabarito. Letra E. 
 
I – (errada): Tantos os atos administrativos vinculados quanto os discricionários 
se submetem completamente a lei, pois estão adstritos ao princípio da 
legalidade estrita. A única diferença, é que em sede de atos discricionários, o 
legislador permite ao administrador público tecer juízo de mérito sobre sua 
prática, e por vezes determinar o momento mais oportuno e conveniente para 
sua exteriorização. 
II – (errada) Como vimos esse princípio é o da legalidade privada e não o da 
legalidade administrativa, segundo o qual o administrador somente poderá 
fazer o que a lei autoriza ou determina. 
III – (correta) De fato os atos administrativos têm natureza secundária em 
relação à lei, pois dela deriva e sem ela não poderão ser praticados. 
 
10) Os atos administrativos são: 
a)residuais e supra legais 
b)primários e infra legais 
c)secundários e supra legais 
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d)derivados e primários 
e)derivados e infra legais 
Gabarito. Letra E. Os atos administrativos são residuais (sempre que não 
estiver sendo exercida atividade nem jurisdicional, nem legislativa nem 
fiscalizatória, estará sendo realizada atividade administrativa), infra legais (se 
situam no patamar jurídico-normativo em posição inferior à lei e a ela são 
subordinados) e secundários (=derivados, pois derivam da lei e sem ela não 
poderão ser praticados). A única assertiva que contempla apenas afirmações 
corretas a esse respeito é a letra E. 
 
No tópico a seguir vamos aprender o tema de maior incidência (dentre os 
conteúdos constantes desta aula) na sua prova. Então se quiser tomar uma 
água antes de iniciara a leitura e dar uma respirada de 5 minutos faça isso, pois 
vou precisar de toda sua atenção. 
 
4. Uso e abuso de poder 
 
Para a prova do INSS é necessário que você conheça 6 poderes da 
administração: o poder discricionário, o poder vinculado, o poder disciplinar, o 
poder hierárquico, o poder de polícia e o poder regulamentar, mas antes, vamos 
tecer algumas considerações gerais que poderão ser também objeto de 
questões. 
 
O ordenamento jurídico confere a administração algumas atribuições para a 
satisfação de sua finalidade precípua – a satisfação do interesse público – e para 
o desempenho efetivo dessas atribuições lhe confere alguns poderes e impõe 
alguns deveres, é por isso que os poderes da administração são chamados 
poderes-deveres. 
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O uso do poder é a utilização normal pelos agentes públicos das prerrogativas 
que lhes são conferidas por lei, já o abuso de poder ocorre quando o agente de 
alguma forma exorbita o uso ou desvia sua finalidade. 
 
O abuso de poder, por sua vez, se subdivide em duas modalidades: excesso de 
poder (ou excesso de competência), que ocorre quando o agente, muito 
embora atuando com vistas ao interesse público, exorbita os limites de sua 
competência legal (ex. ato conveniente ao interesse público praticado por agente 
incompetente), e desvio de poder (ou desvio de finalidade), que se 
configura quando o agente, atuando dentro dos limites de sua competência, 
pratica o ato com o objetivo de patrocinar interesses privados em detrimento do 
interesse público, ou seja, desvia a finalidade de todo ato administrativo que é o 
interesse público. 
 
Assim, até agora temos: 
 
Assim, até agora temos: 
 
PODERES ADMINISTRATIVOS 
 
 PRERROGATIVAS CONFERIDAS POR À 
ADMINISTRAÇÃO PARA A OBTENÇÃO 
DO INTERESSE PÚBLICO 
 
 
DEVERES ADMINISTRATIVOS 
 
COMPORTAMENTO IMPOSTO AOS 
AGENTES PÚBLICOS COMO CONDIÇÃO 
PARA O EXERCÍCIO VÁLIDO DOS 
PODERES 
 
USO DO PODER 
 
UTILIZAÇÃO DAS PRERROGATIVAS 
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DENTRO DOS PARÂMETROS LEGAIS 
 
 
PODER –DEVER 
 
OS PODERES ADMINISTRATIVOS SÃO 
IRRENUNCIÁVEIS E DEVEM SER 
EXECUTADOS PELO ADMINISTRADOR 
SEMPRE QUE FOR NECESSÁRIO 
 
 
ABUSO DE PODER 
 
EXERCÍCIO DAS PRERROGATIVAS 
ADMINISTRATIVAS DE FORMA ILEGAL, 
SEJA POR EXCESSO, SEJA POR DESVIO 
 
 
ESPÉCIES DE ABUSO 
 
EXCESSO: ATUAÇÃO DO AGENTE FORA 
DOS LIMITES DE SUA COMPETÊNCIA 
 
DESVIO: ATUAÇÃO DO AGENTE 
DESVIADA DO INTERESSE PÚBLICO 
 
11)Julgue os itens subsecutivos e assinale a alternativa correta: 
I - A conduta abusiva da administração pode ocorrer quando o servidor atua 
fora dos limites de sua competência ou quando, embora dentro de sua 
competência, ele se afasta do interesse público exigido legalmente. 
II - Caso fique comprovado que a multa administrativa foi imposta por agente 
público por motivo dissociado do interesse público, em razão de perseguição 
pessoal ao dono da empresa apenada, restará caracterizado desvio de poder. 
III - O uso do poder consiste na utilização normal, pelos agentes públicos, das 
prerrogativas que lhe são atribuídas por lei. 
 
Apenas o item I está correto 
Apenas os itens I e II estão corretos 
Apenas os itens I e III estão corretos 
Apenas os itens II e III estão corretos 
Todos os itens estão corretos 
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Gabarito. Letra E. 
I - Correta. O uso de poder é o uso normas dos poderes conferidos aos agentes 
públicos para o desempenho de suas atribuições. O abuso de poder (conduta 
abusiva da administração) configura-se tanto quando o agente atua fora dos 
limites de sua competência legal (abuso de poder na modalidade excesso de poder 
= excesso de competência), como quando o agente, muito embora atuando 
dentro dos limites de sua competência, desvia-se da finalidade de todo ato 
administrativo – que é o interesse público – passando a patrocinar interesses 
privados (abuso de poder na modalidade desvio de poder – desvio de finalidade). 
II - Correta. O agente que pratica ato administrativo movido por interesses 
diversos do interesse público incorre em abuso de poder (gênero), na modalidade 
desvio de poder = desvio de finalidade (espécie). 
III - Correta. O uso do poder é a utilização normal pelos agentes públicos das 
prerrogativas que lhes são conferidas por lei, já o abuso de poder ocorre quando o 
agente de alguma forma exorbita o uso ou desvia sua finalidade. 
 
12)Atua com excesso de poder o agente que pratica ato administrativo 
a) mediante delegação 
b) com desvio de poder 
c) em desacordo com o interesse da coletividade 
d) para o qual não lhe foi atribuída competência legal 
e) discricionário 
 
Gabarito. Letra D. Existe duas modalidades de abuso de poder: excesso de 
poder (ou excesso de competência), que ocorre quando o agente, muito 
embora atuando com vistas ao interesse público, exorbita os limites de 
sua competência legal (ex. ato conveniente ao interesse público praticado por 
agente incompetente), e desvio de poder (ou desvio de finalidade), que se 
configura quando o agente, atuando dentro dos limites de sua competência, 
pratica o ato com o objetivo de patrocinar interesses privados em detrimento do 
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interesse público, ou seja, desvia a finalidade de todo ato administrativo que é o 
interesse público. 
5. Poderes da administração 
Vamos agora aos poderes propriamente ditos. 
 
 Poder discricionário e poder vinculado 
Lembra quando estudamos o princípio da legalidade e você aprendeu que o ato 
administrativo somente poderá fazer aquilo que a lei autoriza ou determina? 
Então: se a lei autoriza o ato é discricionário e se determina o ato é vinculado. 
O conceito extenso mais aceito é o de Maria Sylvia Zanella Di Pietro que 
aduz: 
 “Acerca de discricionariedade e vinculação, anoto que o ato administrativo será 
vinculado quando suportado em norma que não deixa margem para opções ou 
escolhas estabelecendo que, diante de determinados requisitos, a Administração 
deverá agir de tal ou qual forma. Sendo assim, em tal modalidade a atuação da 
Administração se restringe a uma única possibilidade de conduta ou única 
solução possível diante de determinada situação de fato, qual seja aquela 
solução que já se encontra previamentedelineada na norma. Em contrapartida, 
será discricionário o ato quando suportado em regramento que não atinge todos 
os aspectos da atuação administrativa; deixando a lei certa margem de liberdade 
de decisão diante do caso concreto, de modo que a autoridade poderá optar por 
uma dentre várias soluções possíveis, todas válidas perante o direito. Frise-se, 
contudo, que nesses casos a discricionariedade não é absoluta, devendo a 
adoção de uma ou outra solução ser feita segundo critérios de oportunidade, 
conveniência e equidade próprios da autoridade porque não definidos pelo 
legislador e também porque, sob alguns aspectos, em especial a competência, a 
forma e a finalidade, a lei impõe limitações. Sendo assim o ato será discricionário 
nos limites traçados pela lei, se a Administração ultrapassa esses limites, a sua 
decisão passa a ser arbitrária, ou seja, contrária à lei. 
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Resumindo: quando a lei não dá ao administrador opção sobre a prática ou não 
do ato (impossibilidade de valoração de mérito administrativo = juízo de 
conveniência e oportunidade), o ato é vinculado, já quando deixa para o 
administrador a possibilidade de tecer juízo sobre a melhor escolha a ser tomada 
no caso concreto, estaremos diante de um ato discricionário. 
 
Desse modo, podemos conceituar poder discricionário como sendo aquele 
conferido por lei ao administrador público, para que dentro dos limites nela 
previstos e com certa parcela de liberdade, adote no caso concreto a solução 
mais adequada à satisfação do interesse público e poder vinculado como aquele 
que não deixa margem para que o administrador público teça juízo de 
conveniência e oportunidade acerca da prática ou não do ato administrativo. 
 
 Princípio hierárquico: poder hierárquico e poder disciplinar. 
O princípio hierárquico deriva da relação interna corporis hierarquizada que 
existe entre os órgãos da administração, e dele derivam dois poderes: o poder 
hierárquico e o poder disciplinar. 
Poder hierárquico é o de que dispõe o Executivo para organizar e distribuir as 
funções de seus órgãos, estabelecendo a relação de subordinação entre os 
servidores do seu quadro de pessoal. 
Inexistente no Judiciário e no Legislativo, a hierarquia é privativa da função 
executiva, sendo elemento típico da organização e ordenação dos serviços 
administrativos. 
O poder hierárquico tem como objetivo ordenar, coordenar, controlar e 
corrigir as atividades administrativas, no âmbito interno da Administração 
Pública. Ordena as atividades da administração ao repartir e escalonar as 
funções entre os agentes do Poder, de modo que cada qual exerça 
eficientemente o seu cargo, coordena na busca de harmonia entre todos os 
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serviços do mesmo órgão, controla ao fazer cumprir as leis e as ordens e 
acompanhar o desempenho de cada servidor, corrige os erros administrativos 
dos seus inferiores, além de agir como meio de responsabilização dos agentes 
ao impor-lhes o dever de obediência. 
Pela hierarquia é imposta ao subalterno a estrita obediência das ordens e 
instruções legais superiores, além de se definir a responsabilidade de cada um. 
Do poder hierárquico são decorrentes certas faculdades implícitas ao superior, 
tais como dar ordens e fiscalizar o seu cumprimento, delegar e avocar 
atribuições e rever atos dos inferiores. 
Como você verá nas questões, quando cai em prova esse princípio se 
refere a avocação e a delegação de competências. 
O poder disciplinar consiste no poder que a administração tem de apurar 
infrações disciplinares cometidas pelos seus agentes, ou seja, a possibilidade de 
punir internamente as infrações funcionais dos servidores. É exercido no âmbito 
dos órgãos e serviços da Administração. É considerado como supremacia 
especial do Estado. 
Muito embora derive do mesmo princípio do qual deriva o poder hierárquico 
(princípio hierárquico), o poder disciplinar não se confunde com o mesmo. No 
uso do primeiro a Administração Pública distribui e escalona as suas funções 
executivas. Já no uso do poder disciplinar, a Administração simplesmente 
controla o desempenho dessas funções e a conduta de seus servidores, 
responsabilizando-os pelas faltas porventura cometidas. 
 
Quando cai na prova se refere à apuração de penalidade cometida por 
servidor. 
 
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 Poder regulamentar 
É a prerrogativa conferida à administração de editar atos para complementar à 
lei, não podendo criar normas gerais de observância obrigatória para todos os 
administrados, sendo-lhe assim vedado o exercício do ius novórium (inovar o 
ordenamento jurídico), pois esta prerrogativa é atribuída a atividade legislativa. 
É de natureza derivada (secundária, somente sendo exercida à luz de uma lei 
pré-existente), em regra consiste na expedição de decretos para a fiel execução 
da lei. 
 
 Poder de polícia 
É um poder externa corporis, uma vez que emana de dentro para fora, vale 
dizer, da administração para o administrado, e consiste na prerrogativa de 
restringir direitos individuais em nome do interesse da coletividade. 
Assim, quando o poder público interfere na órbita do interesse privado para 
salvaguardar o interesse público, restringindo direitos individuais, atua no 
exercício regular do poder de polícia. 
Atributos do poder de polícia: quando executado regularmente o poder de 
polícia possui discricionariedade, conferindo a administração pública a liberdade 
de estabelecer, de acordo com sua conveniência e oportunidade, as limitações a 
serem impostas ao exercício dos direitos individuais e as sanções a serem 
aplicadas nos casos de transgressão. Outros atributos são a auto-
executoriedade que confere a administração o exercício desse poder sem a 
necessidade de chancela do poder judiciário (ex. fiscal da vigilância sanitária 
que interdita um estabelecimento por razões de insalubridade no modo de 
armazenamento dos gêneros alimentícios) e a coercibilidade, que permite que 
os atos oriundos do poder de polícia sejam impostos aos particulares, mesmo 
que para isso seja necessário o uso da força. 
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Caso você tenha dificuldades em assimilar todas essas informações sobre os 
poderes da administração, assimile o bizu da tabela abaixo para fazer as 
questões subsequentes. 
 
Com as informações dela constantes você resolve 99% das questões de prova 
sobre o tema. Coloquei 99% porque entendo que macete não é conhecimento, 
e assim sendo, todos são passíveis de erro, mas a verdade é que quando cai, o 
examinador formula exatamente como eu vou te mostrar. 
DISCRICIONÁRIO VINCULADO HIERÁRQUICO DISCIPLINAR REGULAMENTAR DE POLÍCIA 
Administrador 
pode tecer juízo de 
mérito 
Administrador 
não pode tecer 
juízo de mérito 
Expedir 
decretos para fiel 
aplicação da lei 
Aplicar punição 
a servidor 
Avoca e delega Restringir 
direitos 
individuais em 
nome do 
interesse 
público 
Conveniência e 
oportunidade 
Não há 
conveniência e 
oportunidade 
Não pode criar 
nem alterar 
normas 
Interna corporis Interna corporis Externa 
corporis 
 
Vamos às questões? 
13)Assinale a alternativa correta 
a)Após o trâmite de processo administrativodisciplinar, no qual lhe seja 
assegurada ampla defesa, a autoridade superior competente poderá aplica-lhe 
penalidade de suspensão, no exercício regular do poder hierárquico. 
b)O poder discricionário poderá ultrapassar os limites impostos pelo legislador 
em nome do interesse público. 
c)Através do poder hierárquico, a administração poderá expedir atos criando 
normas gerais, independentemente da prévia existência de lei. 
d)A autoridade administrativa poderá restringir direitos individuais em nome do 
interesse público, no exercício regular do poder disciplinar. 
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e)O princípio hierárquico abrange tanto o poder disciplinar quanto o poder 
hierárquico, pois ambos possuem natureza jurídica interna corporis. 
Gabarito. Letra E. O princípio hierárquico deriva da relação interna corporis 
hierarquizada que existe entre os órgãos da administração, e dele derivam dois 
poderes: o poder hierárquico e o poder disciplinar. 
 
14)Constitui manifestação do poder disciplinar. 
a) A aplicação da sanção de multa ao administrado em decorrência de infração 
de trânsito. 
b) A avocação de competências 
c) A expedição de decretos para a fiel execução da lei 
d) A aplicação de penalidade de advertência a servidor público 
e) A exoneração a pedido 
Gabarito. Letra D. O poder disciplinar consiste no poder que a administração 
tem de apurar infrações disciplinares cometidas pelos seus agentes, ou seja, a 
possibilidade de punir internamente as infrações funcionais dos servidores. 
15)Julgue os itens subsecutivos e assinale a alternativa correta. 
I – O poder regulamentar possibilita a administração, dar aplicabilidade, 
complementando aos comandos legais. 
II - Tanto o poder vinculado quanto o discricionário derivam da lei, e estão 
totalmente subordinados ao principio da legalidade estrita. 
III - Através do poder regulamentar é possível a delegação e a avocação de 
competências. 
 
Apenas o item I está correto 
Apenas os itens I e II estão corretos 
Apenas os itens I e III estão corretos 
Apenas os itens II e III estão corretos 
Todos os itens estão corretos 
Gabarito. Letra B. 
I - Correta. Poder regulamentar é a prerrogativa conferida à administração de 
editar atos para complementar à lei. 
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 II - Correta. Todo e qualquer ato administrativo está totalmente adstrito aos 
limites impostos pela lei. A diferença entre o ato discricionário e o vinculado é 
que no primeiro, ela (a própria lei) permite que o administrador teça mérito 
administrativo e no segundo não. 
III - Errada. A delegação e a avocação de competências situam-se na esfera do 
poder hierárquico. 
16)Assinale a alternativa que não se coaduna com as disposições concernentes 
aos poderes da administração. 
a) É possível a supressão de direitos individuais por razões de interesse público, 
no exercício regular do poder de polícia. 
b) O poder disciplinar situa-se no âmbito do princípio hierárquico. 
c) Os atos discricionários, assim como os vinculados, se submetem ao princípio 
da legalidade estrita. 
d) Através do poder normativo é possível a expedição de decretos para a fiel 
execução da lei. 
e) É vedado aos atos administrativos o exercício do ius novorium. 
Gabarito. Letra A. Cuidado, o poder de polícia de fato pode restringir direitos 
individuais em nome do interesse público, mas jamais suprimi-los, pois assim 
estaria aniquilando por completo seu exercício. Exemplo. O poder público pode 
promover desapropriações por utilidade pública (restringindo o direito de 
propriedade), mas terá que indenizar o proprietário, sob pena de aniquilar tal 
direito. 
17) Por meio do Poder _________ a Administração Pública pode condicionar e 
restringir o uso e o gozo de bens, atividades e direitos individuais em benefício 
da coletividade ou do próprio Estado: 
a) vinculado 
b) discricionário 
c) normativo 
d) disciplinar 
e) de polícia 
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Gabarito. Letra E. Quando o poder público interfere na órbita do interesse 
privado para salvaguardar o interesse público, restringindo direitos individuais, 
atua no exercício regular do poder de polícia 
18) Quando o julgamento da oportunidade e conveniência quanto à realização 
do ato é feita pelo próprio legislador, estaremos diante de um ato de poder: 
a) discricionário 
b) vinculado 
c) hierárquico 
d) regulamentar 
e) fático 
Gabarito. Letra B. Nos atos administrativos vinculados o legislador não deixou 
para o administrador espaço para tecer critérios de conveniência e 
oportunidade. Esse juízo é feito previamente pela lei, cabendo ao administrador 
apenas praticar o ato. 
19) Acerca dos poderes da administração julgue os itens que se seguem e 
assinale a alternativa correta. 
I - É possível a supressão de direitos individuais por razões de interesse público, 
no exercício regular do poder de polícia. 
II - O poder disciplinar possui natureza jurídica interna córporis, sendo-lhe 
vedado exceder o âmbito da administração pública. 
III - O princípio hierárquico abrange tanto o poder hierárquico quanto o poder 
disciplinar. 
 
Apenas o item I está correto 
Apenas os itens I e II estão corretos 
Apenas os itens I e III estão corretos 
Apenas os itens II e III estão corretos 
Todos os itens estão corretos 
I – Errada. O poder de polícia de fato pode restringir direitos individuais em 
nome do interesse público, mas jamais suprimi-los. 
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II - Correta. Situado no bojo do princípio hierárquico, o poder disciplinar não 
poderá exceder a esfera pública, ou seja, não poderá adentrar no domínio 
privado, pois a referida atribuição é do poder de polícia. 
III – Correta. O princípio hierárquico deriva da relação interna corporis 
hierarquizada que existe entre os órgão da administração, e dele derivam dois 
poderes: o poder hierárquico e o poder disciplinar 
 
20)Enquanto, através do poder disciplinar é possível a aplicação de penalidade 
a servidor público, por infração funcional cometida no desempenho de suas 
atribuições, através do poder de polícia, é possível a aplicação dos 
administrados em geral, que violarem as normas constantes do ordenamento 
jurídico vigente. Esta afirmação está: 
a)Totalmente correta 
b)Parcialmente correta, pois não há possibilidade de aplicação de punição aos 
administrados no exercício do poder de polícia. 
c)Parcialmente incorreta, pois os conceitos estão invertidos. 
d)Incorreta, pois os conceitos de poder de polícia e poder disciplinar são 
equivalentes. 
e)Incorreta, pois o poder de polícia possui natureza interna corporis. 
Gabarito. Letra A. É exatamente o que diferencia os dois poderes. O poder 
disciplinar, interna corporis, é utilizado para aplicar punições aos agentes 
públicos, e o poder de polícia, externa corporis, serve para restringir direitos 
individuais dos administrados, inclusive aplicando-lhe sanções (ex. multa de 
trânsito). 
Pronto viu? Tenho certeza que você está lamentando o fato de nossa aula de 
hoje ter chegado ao fim. Ahhhhhh! 
Mas não fique triste. Você poderá refazer agora mesmo todos os exercícios 
dados. Legal! Kkkkkk 
 
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6. Considerações finais 
E aí meu amigo concurseiro! Gostou do nosso encontro de hoje? Caso tenha 
restado alguma dúvida ou curiosidade entre em contato comigo através do e-
mail profahofke@gmail.com ou se preferir me mande uma mensagem no 
facebook que te respondo rapidinho. 
Você acaba de eliminar mais um tópico do seu conteúdo programático. Lembra-
se do nosso terceiro mandamento para a aprovação? Vamos então 
assinalá-lo no cronograma. 
 
AULA ZERO (dia 20/04) – Responsabilidade Civil do Estado – 
Aula 01 (dia 30/04) - Estado, governo e administração pública: conceitos, 
elementos, poderes e organização; natureza, fins e princípios. Direito 
Administrativo: conceito, fontes e princípios. Poderes administrativos: poder 
hierárquico; poder disciplinar; poder regulamentar 
Aula 02 (dia 09/05) - Organização administrativa da União; administração 
direta e indireta 
Aula 03 (dia 20/05) - Ato administrativo: validade, eficácia; atributos; 
extinção, desfazimento e sanatória; classificação, espécies e exteriorização; 
vinculação e discricionariedade. Controle e responsabilização da 
administração: controle administrativo; controle judicial; controle legislativo 
Aula 04 (dia 30/05) – Improbidade administrativa: Lei n.º 8.429/92 
(dispõe sobre as sanções aplicáveis aos agentes públicos nos casos de 
enriquecimento ilícito no exercício de mandato, cargo, emprego ou função da 
administração pública direta, indireta ou fundacional e dá outras providências) 
Aula 05 – (dia 10/06) – Licitações: Fundamento constitucional. Conceito e 
modalidades. Regime de licitações da Lei n.º 8.666, de 21 de junho de 1993 e 
alterações. Dispensa e inexigibilidade. Revogação e anulação, hipóteses e efeitos 
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Aula 06 (dia 20/06) – Contratos administrativos: Conceito e características. 
Invalidação. Principais espécies de contratos administrativos. Alteração, 
inexecução e rescisão dos contratos administrativos 
Aula 07 (dia 30/06)- Serviços Públicos; conceito, classificação, 
regulamentação e controle; forma, meios e requisitos; delegação: concessão, 
permissão, autorização 
Aula 08 (dia 10/07) – Agentes públicos: Disposições constitucionais 
 Aula 09 (dia 21/07): Regime jurídico: regime jurídico único: provimento, 
vacância, remoção, redistribuição e substituição; direitos e vantagens; regime 
disciplinar; responsabilidade civil, criminal e administrativa. 
Foi um grande prazer acompanhá-lo no estudo de hoje. Espero que também 
tenha gostado. Um forte abraço e até nosso próximo encontro! Fabiana 
Höfke. 
 
 
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7. Exercícios da aula de hoje 
01)A Constituição da República 
Federativa do Brasil adotou como 
forma de estado: 
a) a república 
b) o presidencialismo 
c) a federação 
d) o parlamentarismo bicameral 
e) a autonomia. 
 
02)A República, Federação e 
Presidencialismo são, para a 
Constituição de 1988, 
respectivamente: 
a) Forma de Governo, Forma de 
Estado, Sistema de Governo. 
b) Forma de Estado, Sistema de 
Governo, Regime de Governo. 
c) Sistema de Governo, Regime de 
Governo, Forma de Estado. 
d) Forma de Estado, Regime de 
Governo, Sistema de Governo. 
e) Sistema de Governo, Forma de 
Estado, Sistema de Estado. 
 
03)Assinale a alternativa correta. 
a) A prática de atos administrativos é 
função típica do executivo, e assim 
sendo não poderá se dar no âmbito 
do poder judiciário, cuja função 
precípua é a jurisdicional. 
b) Exerce função típica o deputado 
que dá posse ao seu secretário. 
c) O poder legislativo tem dias 
funções típicas: a de legislar e 
fiscalizar. 
 
04)A função administrativa, tem 
como caraterística precípua ser: 
a)residual, secundária e 
hierarquizada 
b)primária e autônoma em relação a 
lei 
c)residual e primária. 
d)vinculante, primária e 
hierarquizada. 
e)autônoma em relação à lei e 
residual. 
 
05)A prática de atos administrativos 
a) Está totalmente subordinada aos 
limites impostos pela lei em virtude 
de sua natureza hierarquizada. 
b) Está totalmente subordinada aos 
limites impostos pela lei em virtude 
de sua natureza derivada. 
c) Está totalmente subordinada aos 
limites impostos pela lei em virtude 
de sua natureza residual. 
d) Poderá atuar além dos limites 
impostos pela lei em virtude de sua 
natureza discricionária. 
e) Poderá atuar além dos limites 
impostos pela lei em virtude de sua 
natureza primária. 
 
06)O direito administrativo. 
a)É um ramo de direito privado que 
estuda as relações entre os 
administrados. 
b)É um ramo de direito privado que 
estuda as relações entre a 
administração e os entes do setor 
privado. 
c)É um ramo de direito público que 
estuda as relações entre os 
administrados. 
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d)É um ramo de direito público que 
estuda as relações entre a 
administração e os entes do setor 
privado. 
e)É um ramos de direito público que 
estuda as relações entre a 
administração e os entre do setor 
público externo. 
 
07)Nas relações jurídicas entre a 
Administração Pública e os 
administrados: 
a) É garantida aos administrados 
uma posição de prevalência. 
b) A Administração Púbica goza de 
uma posição de superioridade, em 
nome do princípio da supremacia do 
interesse público sobre o privado. 
c) Não será observado o princípio da 
supremacia do interesse público 
sobre o privado. 
d) Não poderá haver celebração de 
contratos. 
e) Aplicam-se as normas de direito 
privado. 
 
 
08) Diante da ausência de norma 
legal tutelando o caso concreto o 
administrador público deverá: 
a) legislar sobre o tema 
b) estabelecer normas gerais de 
observância obrigatória a todos os 
administrados 
c) exigir ao poder legislativo a 
elaboração de uma lei ordinária 
d)atuar discricionariamente sem 
observar a legislação 
e) abster-se da prática dos 
respectivos atos administrativos 
09)Julgue os itens subsecutivos e 
assinale a alternativa correta. 
I - Os atos discricionários não se 
submetem ao princípio da legalidade. 
II - Por determinação do princípio da 
legalidade administrativa, ninguém é 
obrigado a fazer ou deixar de fazer 
alguma coisa senão em virtude de lei. 
III – Os atos administrativos tem 
natureza secundária em relação à lei. 
Está (ão) correta (s) 
a)Apenas os itens I e II 
b)Os itens I, II e III 
c)Apenas os itens II e III 
d)Apenas o item I 
e)Apenas o item III 
 
10) Os atos administrativos são: 
a)residuais e supra legais 
b)primários e infra legais 
c)secundários e supra legais 
d)derivados e primários 
e)derivados e infra legais 
 
11)Julgue os itens subsecutivos e 
assinale a alternativa correta: 
I - A conduta abusiva da 
administração pode ocorrer quando o 
servidor atua fora dos limites de sua 
competência ou quando, embora 
dentro de sua competência, ele se 
afasta do interesse público exigido 
legalmente. 
II - Caso fique comprovado que a 
multa administrativa foi imposta por 
agente público por motivo dissociado 
do interesse público, em razão de 
perseguição pessoal ao dono da 
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empresa apenada, restará 
caracterizado desvio de poder. 
III - O uso do poder consiste na 
utilização normal, pelos agentes 
públicos, das prerrogativas que lhe 
são atribuídas por lei. 
 
Apenaso item I está correto 
Apenas os itens I e II estão corretos 
Apenas os itens I e III estão corretos 
Apenas os itens II e III estão 
corretos 
Todos os itens estão corretos 
 
 
12)Atua com excesso de poder o 
agente que pratica ato administrativo 
a) mediante delegação 
b) com desvio de poder 
c) em desacordo com o interesse da 
coletividade 
d) para o qual não lhe foi atribuída 
competência legal 
e) discricionário 
 
13)Assinale a alternativa correta 
a)Após o trâmite de processo 
administrativo disciplinar, no qual lhe 
seja assegurada ampla defesa, a 
autoridade superior competente 
poderá aplica-lhe penalidade de 
suspensão, no exercício regular do 
poder hierárquico. 
b)O poder discricionário poderá 
ultrapassar os limites impostos pelo 
legislador em nome do interesse 
público. 
c)Através do poder hierárquico, a 
administração poderá expedir atos 
criando normas gerais, 
independentemente da prévia 
existência de lei. 
d)A autoridade administrativa poderá 
restringir direitos individuais em 
nome do interesse público, no 
exercício regular do poder disciplinar. 
e)O princípio hierárquico abrange 
tanto o poder disciplinar quanto o 
poder hierárquico, pois ambos 
possuem natureza jurídica interna 
corporis. 
 
14)Constitui manifestação do poder 
disciplinar. 
a) A aplicação da sanção de multa ao 
administrado em decorrência de 
infração de trânsito. 
b) A avocação de competências 
c) A expedição de decretos para a fiel 
execução da lei 
d) A aplicação de penalidade de 
advertência a servidor público 
e) A exoneração a pedido 
 
15)Julgue os itens subsecutivos e 
assinale a alternativa correta. 
I – O poder regulamentar possibilita 
a administração, dar aplicabilidade, 
complementando aos comandos 
legais. 
II - Tanto o poder vinculado quanto o 
discricionário derivam da lei, e estão 
totalmente subordinados ao principio 
da legalidade estrita. 
III - Através do poder regulamentar é 
possível a delegação e a avocação de 
competências. 
 - CPF:
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Apenas o item I está correto 
Apenas os itens I e II estão corretos 
Apenas os itens I e III estão corretos 
Apenas os itens II e III estão 
corretos 
Todos os itens estão corretos 
 
16)Assinale a alternativa que não se 
coaduna com as disposições 
concernentes aos poderes da 
administração. 
a) É possível a supressão de direitos 
individuais por razões de interesse 
público, no exercício regular do poder 
de polícia. 
b) O poder disciplinar situa-se no 
âmbito do princípio hierárquico. 
c) Os atos discricionários, assim 
como os vinculados, se submetem ao 
princípio da legalidade estrita. 
d) Através do poder normativo é 
possível a expedição de decretos 
para a fiel execução da lei. 
e) É vedado aos atos administrativos 
o exercício do ius novorium. 
 
17) Por meio do Poder _________ a 
Administração Pública pode 
condicionar e restringir o uso e o 
gozo de bens, atividades e direitos 
individuais em benefício da 
coletividade ou do próprio Estado: 
a) vinculado 
b) discricionário 
c) normativo 
d) disciplinar 
e) de polícia 
 
18) Quando o julgamento da 
oportunidade e conveniência quanto 
à realização do ato é feita pelo 
próprio legislador, estaremos diante 
de um ato de poder: 
a) discricionário 
b) vinculado 
c) hierárquico 
d) regulamentar 
e) fático 
 
19) Acerca dos poderes da 
administração julgue os itens que se 
seguem e assinale a alternativa 
correta. 
I - É possível a supressão de direitos 
individuais por razões de interesse 
público, no exercício regular do poder 
de polícia. 
II - O poder disciplinar possui 
natureza jurídica interna córporis, 
sendo-lhe vedado exceder o âmbito 
da administração pública. 
III - O princípio hierárquico abrange 
tanto o poder hierárquico quanto o 
poder disciplinar. 
 
Apenas o item I está correto 
Apenas os itens I e II estão corretos 
Apenas os itens I e III estão corretos 
Apenas os itens II e III estão 
corretos 
Todos os itens estão corretos 
 
20)Enquanto, através do poder 
disciplinar é possível a aplicação de 
penalidade a servidor público, por 
infração funcional cometida no 
 - CPF:
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desempenho de suas atribuições, 
através do poder de polícia, é 
possível a aplicação dos 
administrados em geral, que 
violarem as normas constantes do 
ordenamento jurídico vigente. Esta 
afirmação está: 
a)Totalmente correta 
b)Parcialmente correta, pois não há 
possibilidade de aplicação de punição 
aos administrados no exercício do 
poder de polícia. 
c)Parcialmente incorreta, pois os 
conceitos estão invertidos. 
d)Incorreta, pois os conceitos de 
poder de polícia e poder disciplinar 
são equivalentes. 
e)Incorreta, pois o poder de polícia 
possui natureza interna corporis. 
 
GABARITO 
01 Letra C 11 Letra E 
02 Letra A 12 Letra D 
03 Letra C 13 Letra E 
04 Letra A 14 Letra D 
05 Letra B 15 Letra B 
06 Letra D 16 Letra A 
07 Letra B 17 Letra E 
08 Letra E 18 Letra B 
09 Letra E 19 Letra D 
10 Letra E 20 Letra A 
 
 
 
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