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Transição toracolombar e diafragma Dobradiça toraco-lombar e diafragma COLÉGIO BRASILEIRO DE OSTEOPATIA Página 1 Índice 1 – ANATOMIA DA TRANSIÇÃO TORACOLOMBAR .................................................................. 2 4 – DISFUNÇÕES SOMÁTICAS DA TRANSIÇÃO TORACOLOMBAR .......................................... 6 5 – DIAGNÓSTICO DA TRANSIÇÃO TORACOLOMBAR ............................................................. 7 5.1 – Inspeção estática .................................................................................................................. 7 5.2 – Inspeção dinâmica ............................................................................................................... 8 5.3 – Testes de mobilidade ............................................................................................................ 8 5.4 – Repercussões das disfunções toracolombares ......................................................................... 9 6 - TÉCNICAS DE TRATAMENTO DA TRANSIÇÃO TORACOLOMBAR ................................... 10 6.1 – Técnica de thrust semi-direta com contato pisiforme ............................................................. 10 6.2 – Técnica de lift-off para T12-L1 ........................................................................................... 11 6.3 – Técnicas de Dog para T12-L1 ............................................................................................. 11 6.4 – Técnica articulatória para T12-L1 ........................................................................................ 13 6.5 – Técnica de thrust balística para transição toracolombar ......................................................... 13 7 – TÉCNICAS DE TRATAMENTO PARA O DIAFRAGMA ......................................................... 14 7.2 – Técnica de inibição do centro frênico................................................................................... 14 7.2 – Técnica neuromuscular para o diafragma ............................................................................. 15 7.3 – Técnica de streching do diafragma ...................................................................................... 16 7.4 – Técnica de streching de hemicúpula diafragmática ................................................................ 17 7.5 – Técnica de liberação fascial do diafragma ............................................................................ 18 8 – REFERÊNCIAS BILIOGRÁFICAS .......................................................................................... 19 Dobradiça toraco-lombar e diafragma COLÉGIO BRASILEIRO DE OSTEOPATIA Página 2 1 – ANATOMIA DA TRANSIÇÃO TORACOLOMBAR A transição toracolombar é uma região de transição entre a coluna lombar (lordose) e a coluna torácica (cifose). A décima – segunda vértebra torácica é mista, pois tem características de vértebra torácica na sua região superior e características de vértebra lombar na sua região inferior. Além de ser uma região de troca entre um segmento muito móvel (lordose) para outro de proteção (cifose), a vértebra T12 se articula diretamente com os últimos pares de costelas flutuantes, sendo assim é essencial quando se avalia esta zona ter em mente que as disfunções das últimas costelas podem adaptar a transição T12-L1 e vice-versa. Como qualquer outra zona de transição, esta também é suscetível a importantes conflitos mecânicos. Décima - segunda vértebra torácica Vista posterior de T12-L1: ligamentos de Henle Dobradiça toraco-lombar e diafragma COLÉGIO BRASILEIRO DE OSTEOPATIA Página 3 Importantes músculos se fixam diretamente na dobradiça T12-L1, assim como alguns também tem sua inervação medular correspondente à este nível metamérico. O grande músculo diafragma é um dos músculos que se fixa nesta zona, por isso podemos considerar que esta dobradiça faz parte do complexo funcional conhecido como diafragma costal. Este diafragma serve de passagem de importantes estruturas anatômicas, e é composto pelo próprio músculo diafragma, últimas costelas e vértebras que servem de ancoragem para este músculo. Os músculos psoas e quadrado lombar também se fixam na dobradiça T12-L1 e, além disso, os nervos espinhais localizados nesses níveis participam da inervação destes músculos. O músculo reto abdominal que faz parte da cadeia miofascial de flexão, tem relações diretas com tórax e pelve, também é inervado por T12-L1. Vista posterior de T12-L1: ligamentos de Henle O sistema nervoso autônomo relacionado com T12-L1 participa do controle de órgãos abdomino-pélvicos e também da vascularização dos membros inferiores. Na região anterior dos corpos vertebrais estão em contato com o plexo celíaco, que controla a função dos órgãos do sistema digestivo pelos gânglios paravertebrais. Os ramos sensitivos de T12-L1 que inervam a pele fazem parte do plexo lombar (n. ílio-hipogástrico, n. ílio-inginal e n. genito-femoral) se dividem em três: - um anterior que vai para região inguinal - um lateral que vai na direção da articulação coxo-femoral - um posterior que vai até a região da articulação sacro-ilíaca e região superior do glúteo Devido a estas ramificações, existe a possibilidade do paciente sentir dor na articulação sacro-ilíaca, coxo-femoral ou sínfise púbica sem existir nenhum tipo de fixação nestes níveis. A dor pode ser produzida pelas ramificações sensitivas de T12- L1. Gânglios simpáticos latero-vertebrais Dobradiça toraco-lombar e diafragma COLÉGIO BRASILEIRO DE OSTEOPATIA Página 5 Plexo lombar Ramos de T12-L1 Dobradiça toraco-lombar e diafragma COLÉGIO BRASILEIRO DE OSTEOPATIA Página 6 A região de dor referida do rim ou ureter é semelhante à região que recebe a inervação sensitiva de T12-L1, por isso é importante fazer o diagnóstico diferencial. 4 – DISFUNÇÕES SOMÁTICAS DA TRANSIÇÃO TORACOLOMBAR Como todas as outras zonas de transição da coluna, a dobradiça T12-L1 merece sempre nossa atenção quando avaliamos nossos pacientes. Tais zonas podem ser peças- chave no aparecimento ou manutenção de diversos problemas clínicos que buscamos resolver, como por exemplo: problemas pélvicos, lombares, nos membros inferiores e também em alguns órgãos abdomino-pélvicos (rins, intestino grosso...). Por isso é necessário saber corrigir os problemas mecânicos quando necessário. No início da apostila foram relatadas várias das relações anatômicas e fisiológicas desta transição. Então sabendo dessas informações devemos buscar relacionar com as formulações das hipóteses diagnósticas seguindo os princípios da filosofia Osteopática. A décima – segunda vértebra torácica tem características funcionais lombares (parte inferior) e torácicas (parte superior). Por isso, apresenta movimentos que respeitam os princípios I e II de Fryette, e conseqüentemente, podemos encontrar disfunções relacionadas à esta capacidade funcional. Podemos encontrar disfunções isoladas que respeitam o princípio II de Fryette (ERS e FRS), disfunções em grupo que Território de dor referida do rim e uretér Dobradiça toraco-lombar e diafragma COLÉGIO BRASILEIRO DE OSTEOPATIA Página 7 respeitam o princípio I de Fryette (NSR) e também as disfunções bilaterais em grupo (flexão e extensão) que encontramos somente na coluna torácica. 5 – DIAGNÓSTICO DA TRANSIÇÃO TORACOLOMBAR O diagnóstico dessas disfunções é realizado da mesma forma que nos outros níveis da coluna torácica e lombar. Mas sempre lembrando que T12 se articula com duas costelas e que as assimetrias estáticas encontradas na vértebra ou nas costelas devem ser diagnosticadas de forma diferencial, aplicando os testes dinâmicos (mobilidade analítica, Mitchell). 5.1 – Inspeção estática Inicialmente o avaliador deve realizar uma inspeção estática do local, observando como as curvaturasestão dispostas nos planos sagital, frontal e também transversal. Observando a região no plano sagital, o avaliador deve perceber se a região tóraco-lombar é uma lordose, uma cifose ou aparenta ser neutra. O ápice da lordose lombar deve se encontrar no nível de L3 (umbigo), sendo que o corpo vertebral dessa vértebra deve estar paralelo ao solo. Quando a dobradiça se encontra com uma lordose aumentada que não se desfaz na flexão do tronco (zona plana), pode-se pensar em tensões diafragmáticas excessivas ou também uma reação que esta região se comporta diante uma congestão de algum órgão que se encontre anteriormente à estas vértebras. No caso de uma curvatura cifótica no local que se recusa a se desfazer na extensão do tronco, o avaliador pode buscar relacionar este achado a problemas restritivos em alguns órgãos do abdome ou até mesmo as cicatrizes que representam importante fonte de restrição tecidual. No plano frontal o avaliador deve observar esta zona com uma vista posterior sendo complementada pela visualização da parede anterior tóraco-abdominal. As inclinações laterais (escolioses verdadeiras ou falsas) devem ser consideradas tanto do ponto de vista estático com o paciente em pé e sentado, pois se houver dminuição marcante de alguma curvatura quando o paciente se senta, deve-se considerar a possibilidade de perna curta anatômica. Da mesma forma deve-se levar em conta as inclinações laterais da dobradiça T12-L1 com a topografia de órgãos relacionados com esta região, levando em consideração como esta zona se comporta em relação ao Dobradiça toraco-lombar e diafragma COLÉGIO BRASILEIRO DE OSTEOPATIA Página 8 histórico clínico do indivíduo. Por isso, a anamnese é parte fundamental do exame e deve trazer a tona problemas clínicos e sub-clínicos desde o início da vida até o momento atual. Com essas informações deve-se buscar compreender porque o indivíduo se comporta dessa forma em relação à gravidade. As rotações do tronco acentuadas neste nível devem ser reconhecidas e podem ser facilmente visualizadas com presença de gibosidades na flexão total do tronco. 5.2 – Inspeção dinâmica Após a inspeção estática, é necessário observar a região durante uma inspeção dinâmica nos três planos de espaço. É importante também que o paciente descreva os sintomas que possam aparecer durante os movimentos do tronco. É freqüente que o paciente apresente sintomas na região lombar na rotação do tronco quando tem problemas na dobradiça toraco-lombar. 5.3 – Testes de mobilidade Após a inspeção dinâmica o avaliador deve realizar a palpação local e na seqüência os testes de mobilidade. O quick scann com o paciente sentado e o springing test com o paciente em decúbito ventral servem como testes de mobilidade global para buscar restrições na dobradiça T12 –L1. Encontradas restrições na região, devem-se buscar assimetrias nas referências palpatórias. As rotações vertebrais se manifestam com posterioridade de processo transverso/lâmina da vértebra, que podem ser conseqüências de disfunção isolada unilateral (ERS ou FRS), disfunções neutras em grupo (NSR) quando as posterioridades são encontradas em mais vértebras supra ou infrajacentes. Lembrar que as disfunções bilaterais em grupo torácicas que podem chegar até T12 não apresentam posterioridades por não ter rotação como parâmetro disfuncional. O teste de Mitchell deve ser aplicado quando existem posterioridades presentes, para buscar as ERSs, FRSs ou NSRs. Deve ser feita a palpação das décima – segundas, e também o teste de Mitchell para saber se as assimetrias costais são primárias ou secundárias à assimetria vertebral. Quando suspeitamos de disfunções bilaterais, Dobradiça toraco-lombar e diafragma COLÉGIO BRASILEIRO DE OSTEOPATIA Página 9 devemos aplicar os testes analíticos de flexão e extensão testando o comportamento dessas vértebras. Também é interessante aplicar testes analíticos em inclinação lateral e rotação para buscar os parâmetros mais importantes da disfunção. Encontrada a disfunção e suas restrições mecânicas, devemos buscar confirmar a tríade metamérica. O esclerótomo é palpado nas próprias vértebras, o dermátomo é palpado nas regiões de inervação cutânea descritas anteriormente e o miótomo pode ser testado através do tônus de algum músculo inervado por T12-L1, sendo sugerido o psoas pela facilidade de teste. 5.4 – Repercussões das disfunções toracolombares - dorsalgias baixas; - lombalgias; - hipermobilidades supra ou subjacentes; - dor no quadril, sacro-ilíaca ou inguinal (inervação sensitiva); - manutenção de disfunções nos ilíacos: anterior (quadrado lombar, ilíaco), posterior (reto abdominal, psoas). - manutenção de disfunções do sacro: psoas. - manutenção de problemas no púbis: reto abdominal. - manutenção de problemas na articulação coxofemoral (psoas-ilíaco); - repercussão funcionais sobre os rins e glândulas supra-renais que têm relações anatômicas e recebem inervação simpática desta região; - repercussão sobre o sistema digestivo pela relação que tem com o plexo celíaco; - repercussões vasculares funcionais nos membros inferiores; - repercussões tensionais sobre o diafragma. Dobradiça toraco-lombar e diafragma COLÉGIO BRASILEIRO DE OSTEOPATIA Página 10 6 - TÉCNICAS DE TRATAMENTO DA TRANSIÇÃO TORACOLOMBAR 6.1 – Técnica de thrust semi-direta com contato pisiforme Paciente em decúbito lateral com posterioridade para cima. Osteoapta em pé na altura da pelve do paciente. Colocar parâmetros de flexão e rotação pela alavanca superior e deixar o paciente com as mãos sobrepostas no final do gradil costal. Pela alavanca inferior, colocar os parâmetros de flexão e rotação sendo que o membro inferior do paciente fica flexionado sobre o membro que está em contato coma a maca. O Osteopata posiciona sua mão superior no sulco delto-peitoral do paciente. A mão inferior toma contato pisiforme na vértebra que será manipulada (faceta, lâmina ou transversa), direciona o antebraço para a cabeça do paciente e posiciona o antebraço na pelve do paciente. A perna superior do terapeuta fica em contato com a maca para dar estabilidade e a perna inferior fica flexionada sobre a perna do paciente em posição de “kick”. A redução do slack é feita aumentando um pouco a rotação pela alavanca superior e levando o pisiforme na direção cefálica e levemente para anterior. O thrust é realizado no final da expiração com um movimento de “kick” e impulso rápido com pisiforme na direção cefálica e anterior. Técnica de thrust para T12-L1 com contato pisiforme Dobradiça toraco-lombar e diafragma COLÉGIO BRASILEIRO DE OSTEOPATIA Página 11 6.2 – Técnica de lift-off para T12-L1 A técnica é executada da mesma forma que para dorsais baixas, só que as mãos do paciente ficam em contato com a região de T12-L1. 6.3 – Técnicas de Dog para T12-L1 Esta técnica também é realizada da mesma forma que para outras vértebras torácicas, só que neste caso o contato é mais caudal e para que a redução do slack chegue neste nível é necessário baixar bem os cotovelos do paciente para que o impulso seja realizado no nível da transição toracolombar. Também é recomendado que o paciente deixe seus membros inferiores flexionados para que as vértebras desse nível entrem em contato com a maca. Técnica de lift-off para T12-L1 Técnica de Dog para ERS à esquerda Técnica de Dog para FRS à direita Dobradiça toraco-lombar e diafragma COLÉGIO BRASILEIRO DE OSTEOPATIA Página 12 Técnica de Dog para extensão bilateral Técnica de Dog para flexão bilateral Técnica de Dog para NSR à esquerda Dobradiça toraco-lombar e diafragma COLÉGIO BRASILEIRO DE OSTEOPATIA Página 13 6.4 – Técnica articulatória para T12-L1 Paciente em decúbito ventral. Osteopata em pé na altura da coluna lombar do paciente contralateralà posterioridade. A mão superior toma contato pisiforme na posterioridade, leva na direção da maca e fixa nesta posição. A mão inferior toma contato na EIAS do mesmo lado. A técnica é realizada levando o contato da mão inferior na direção do teto, fazendo movimentos articulatórios rítmicos. 6.5 – Técnica de thrust balística para transição toracolombar Paciente sentado com cotovelos em “v”. Osteopata em pé, finta anterior contralateral à faceta imbricada. A mão anterior controla o tronco do paciente sendo que o braço fica entre os MMSS do paciente e a mão toma contato no ombro contralateral. A mão posterior toma contato pisiforme na faceta imbricada sendo que o antebraço fica perpendicular ao eixo da coluna. Colocar os parâmetros em flexão, latero-flexão e rotação contralateral ao nível a ser tratado. O Osteopataa muda a direção da finta girando sobre seu próprio eixo. Reduzir o slack em rotação e no final da expiração o thrust é realizado com aumento da rotação e impulso do pisiforme para desimbricar a faceta. Técnica articulatória para T12-L1 Dobradiça toraco-lombar e diafragma COLÉGIO BRASILEIRO DE OSTEOPATIA Página 14 7 – TÉCNICAS DE TRATAMENTO PARA O DIAFRAGMA 7.2 – Técnica de inibição do centro frênico Paciente em decúbito dorsal, com os membros inferiores flexionados e travesseiro sob a cabeça para relaxar os tecidos do plano anterior do abdome e permitir o aprofundamento da técnica. O osteopata fica em pé ao lado do paciente (qualquer lado), voltado para o abdome do paciente. A mão cefálica toma contato no esterno deixando os dedos apontando na direção caudal. A mão caudal toma contato na região epigástrica (logo abaixo do processo xifóide) deixando os dedos apontando na direção cefálica. Solicitar respirações profundas e nas expirações aproximar as duas mãos, aprofundando a mão caudal. Na inspiração a mão cefálica acompanha os movimentos do tórax, enquanto a mão caudal se mantém profunda. Realizar vários ciclos respiratórios, aprofundando cada vez mais a mão caudal. Técnica de thrust balística para T12-L1 Dobradiça toraco-lombar e diafragma COLÉGIO BRASILEIRO DE OSTEOPATIA Página 15 7.2 – Técnica neuromuscular para o diafragma Paciente em decúbito dorsal, com os membros inferiores flexionados e travesseiro sob a cabeça para relaxar os tecidos do plano anterior do abdome e permitir o aprofundamento da técnica. O osteopata fica em pé na altura do quadril do paciente (qualquer lado), voltado para sua cabeça. A técnica se inicia tomando contato com os polegares ao lado do processo xifóide logo abaixo do gradil costal. O osteopata deve realizar deslizamentos lentos e profundos de medial para lateral logo abaixo das últimas costelas. Realizar o número de traços necessários para diminuir a densidade tecidual e conseqüentemente obter o relaxamento do diafragma. Técnica de inibição do centro frênico Dobradiça toraco-lombar e diafragma COLÉGIO BRASILEIRO DE OSTEOPATIA Página 16 7.3 – Técnica de streching do diafragma Paciente em decúbito dorsal, com os membros inferiores flexionados e travesseiro sob a cabeça para relaxar os tecidos do plano anterior do abdome e permitir o aprofundamento da técnica. O osteopata fica em pé na altura da cabeça do paciente e voltado para seus pés. Toma contato com as duas mãos na borda inferior das últimas costelas buscando um contato firme. Solicita respirações profundas. Nas inspirações acompanha e aumenta a elevação do gradil costal, levando as mãos na direção da cabeça do paciente. Na expiração retorna a posição neutra e nas próximas inspirações busca aumentar a barreira, alongando as fibras do músculo diafragma. Técnica neuromuscular para o diafragma Dobradiça toraco-lombar e diafragma COLÉGIO BRASILEIRO DE OSTEOPATIA Página 17 7.4 – Técnica de streching de hemicúpula diafragmática Esta é uma variação da técnica anterior, que é realizada para uma hemicúpula diafragmática. O paciente fica em decúbito lateral com o lado a ser tratado para cima. Quadril e joelho com 90 graus de flexão, ombro em abdução máxima (para elevar o gradil costal) e cabeça apoiada em travesseiro. O osteopata fica em pé atrás do paciente, na altura de sua cabeça e voltado para seus pés. Toma contato amplo com as duas mãos na borda inferior das últimas costelas. Solicita respirações profundas. Nas inspirações acompanha e aumenta a elevação do gradil costal, levando as mãos na direção da cabeça do paciente. Na expiração retorna a posição neutra e nas próximas inspirações busca aumentar a barreira, alongando as fibras do músculo diafragma. Técnica de streching do diafragma Dobradiça toraco-lombar e diafragma COLÉGIO BRASILEIRO DE OSTEOPATIA Página 18 7.5 – Técnica de liberação fascial do diafragma Paciente em decúbito dorsal. Otseopata sentado ao lado do tronco do paciente (qualquer lado) e voltado para sua cabeça. Sua mão cefálica toma contato amplo na região toraco-lombar e primeiras vértebras lombares (pilares diafragmáticos). Sua mão caudal toma contato amplo na região epigástrica, logo abaixo do processo xifóide. Deve-se exercer breve compressão entre as mãos para que a tensão chegue ao tecido fascial. A partir daí, a técnica pode seguir dois princípios: funcional e estrutural. No princípio funcional as mãos são levadas na direção da facilidade, enquanto no princípio estrutural as mãos são levadas na direção da restrição. O osteopata deve testar os movimentos de deslizamento cefálico ou caudal, deslizamento para direita ou esquerda, e rotação horária ou anti-horária. Seguindo os princípios da técnica escolhida (funcional ou estrutural) o osteopata deve manter a posição tridimensional de tensão (estrutural) ou relaxamento (funcional) e mantê-la até que obtenha o relaxamento dos tecidos encontrados sob suas mãos. Técnica de streching de hemicúpula do diafragma Dobradiça toraco-lombar e diafragma COLÉGIO BRASILEIRO DE OSTEOPATIA Página 19 8 – REFERÊNCIAS BILIOGRÁFICAS American Association of Colleges of Osteopathic Medicine (AACOM).Glossary of Osteopathic terminology. Nov 2011. CHILA, A. G. Foundations of osteopathic medicine, 3 ed. Philadelphia: Lippincott Williams & Wilkins; 2010. DIGIOVANNA, E; SCHIOWITZ, S. 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