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Rinossinusite Introdução: • Definição: é uma inflamação dos seios paranasais e da mucosa nasal; • Sintomatologia: ↪ Congestão nasal; ↪ Dor facial e periorbital; ↪ Sensação de plenitude e pressão na face e no nariz; ↪ Hiposmia ou anosmia; ↪ Gotejamento nasal de substância serosa ou mucopurulenta; • Classificação: ↪ Aguda: < 4 semanas. Pode ser viral ou bacteriana; ↪ Crônica: > 12 semanas sem interrupção; ↪ Sinusite aguda recorrente: 4 ou mais casos de sinusite aguda bacteriana em 1 ano. Sem sinais e sintomas entre os episódios; • Origem: infecção, alergia, trauma, agentes poluentes, problemas estruturais; • Diagnóstico: ↪ Essencialmente clínico; ↪ TC sem contraste em caso de pré-operatório de sinusite aguda recorrente ou para confirmação em sinusite crônica; ↪ Se houver suspeita de possível complicação orbital e intracranial: TC; ↪ Ressonância para diferenciar estruturas obstrutivas (não é primeira opção); ↪ Em caso de sinusite fúngica: RM; ↪ Rinoscopia anterior e endoscopia nasal possuem o mesmo valor diagnóstico da TC; • Complicações: ↪ Existem quando a inflamação vai além dos seios paranasais; ↪ Imunossupressão e anomalias anatômicas favorecem o surgimento de complicações; 1. Complicações orbitais: ↪ Mais comuns; ↪ Risco de cegueira – nervo óptico; ↪ Distúrbios inflamatórios: conjuntivite, ceratite, uveíte e esclerite; ↪ Mucocele exteriorizada em direção a órbita: retenção de muco na cavidade sinusal por processo inflamatório sinusal crônico ou por sequela traumática; ↪ Celulite orbital: 1. Celulite pré-septal ou palpebral: edema; 2. Celulite retroseptal ou orbital: inflamação difusa da órbita com dor e exoftalmia; 3. Abscesso subperiosteal: exoftalmia, dor, distúrbios da oculomotricidade; IESPC I 4. Abscesso intra orbital: diminuição da acuidade visual, de origem multifatorial (pressão intraocular, redução do retorno venoso, neurite, tração do nervo óptico); 5. Trombose do seio cavernoso e envolvimento do SNC: sinais neurológicos. Sinais orbitais são bilaterais: oftalmoplegia, abolição dos reflexos fotomotores diretos e consensuais e redução da acuidade visual; 2. Complicações endocranianas: ↪ Osteomielite, meningite, empiema extra e subdural, abscesso cerebral; ↪ Dor de cabeça, febre, distúrbios da consciência, sinais neurológicos focais, sinais de hipertensão intracraniana; ↪ Tratamento: drenagem sinusal cirúrgica e antibioticoterapia prolongada; Drenagem intracraniana; ↪ Observação: empiema x abscesso: ▪ Empiema: coleção de pus dentro de uma cavidade natural; ▪ Abcesso: coleção de pus dentro de uma cavidade recém formada; • Fisiopatologia: ↪ Infecção viral: mais recorrente; ▪ Duração de até 10 dias; ▪ Não viral: aumento dos sintomas após 5 dias e persiste após 10 dias; ↪ Infecção bacteriana: ▪ Febre > 38º; ▪ Dor intensa; ▪ Rinorreia purulenta; ↪ Seios paranasais são cavidades aeradas revestidas por epitélio respiratório que possui a função de filtrar o ar inspirado (através de imunoglobulinas e batimento ciliar) pelos óstios; ▪ Muco; ▪ Revestimento ciliar; ▪ Abertura dos óstios; ▪ Se um dos 3 fatores estiverem comprometidos = rinossinusite! ▪ Exemplo: • Tratamento: ↪ Aguda: 1. Espera vigilante (sem complicações). Antibiótico para mais de 10 dias (se sintomas graves durarem mais de 3 dias ou se agravarem depois de 3 dias); 2. Amoxicilina + clavulanato; 3. Doxicilina; 4. Levofloacina; 5. Monofloxacina; 6. Terapia adjuvante com irrigação salina intranasal ou corticosteroides intranasais; ↪ Crônica: 1. Tratamento local de corticosteroides (spray de mometasona, spray de beclometasona, inibidor de leucotrienos, gotas nasais de esteroides); 2. Administração oral de corticoides (prednisona, prednisona + tratamento local de corticosteroides); 3. Macrolídeos; 4. Omalizumabe (se houver associação com asma); 5. Esteroides + cirurgia endoscópica (grau de recomendação B); Rinossinusite aguda (SRA): • Definição: é a inflamação sintomática da cavidade nasal e seios paranasais, com duração inferior a quatro semanas; • Etiologia mais comum: infecção viral; • Rinossinusite viral aguda (AVRS): ↪ Tratamento concentra-se no tratamento sintomático, uma vez que geralmente se resolve em 7 a 10 dias; ↪ História natural da doença: pode não se resolver dentro de 10 dias, mas é esperado que os sintomas melhore. Pacientes que não melhoram após 10 dias, têm maior probabilidade de ter Rinossinusite bacteriana aguda (ABRS) e devem ser tratados como pacientes com ABRS; ↪ Terapias sintomáticas: visa alívio dos sintomas de obstrução nasal e rinorreia e os sinais e sintomas sistêmicos, como febre e fadiga. Quando necessário, indica-se analgésicos e antipiréticos de venda livre (OTC), irrigação com solução salina e glicocorticoides intranasais para tratamento sintomático em pacientes com SRA; ▪ Analgésicos e antipiréticos: os analgésicos e antipiréticos de balcão, como os anti- inflamatórios não esteroides e o acetaminofeno, podem ser usados para alívio da dor e febre, conforme necessário; ▪ Irrigação salina: a irrigação mecânica com solução salina tamponada, fisiológica ou hipertônica pode reduzir a necessidade de medicação para dor e melhorar o conforto geral do paciente, principalmente naqueles com infecções sinusais frequentes; ▪ Glicocorticoides intranasais: pequenos benefícios sintomáticos e efeitos adversos mínimos com o uso a curto prazo. É mais benéfico para pacientes com rinite alérgica subjacente. Teoricamente, diminuiria a inflamação da mucosa, o que permite melhor drenagem sinusal; ▪ Spray salino intranasal: pode melhorar temporariamente a permeabilidade da passagem nasal, hidratando e afrouxando as secreções. Pode ser útil em combinação com glicocorticoides intranasais; ▪ Descongestionantes orais: podem ser úteis quando a disfunção da trompa de Eustáquio é um fator para pacientes com AVRS. Curto uso ( 3 a 5 dias). Devem ser usados com cautela em pacientes com doença cardiovascular, hipertensão, glaucoma de ângulo fechado ou obstrução do colo da bexiga; ▪ Descongestionantes intranasais: são frequentemente usados como terapia sintomática pelos pacientes. Esses agentes, como a oximetazolina, podem fornecer uma sensação subjetiva de melhor permeabilidade nasal, mas sem comprovação científica. Preocupação de que os próprios descongestionantes intranasasis possam provocar inflamação da mucosa. Devem ser usados com moderação, por não mais do que 3 dias consecutivos, para evitar congestão por rebora, dependência e danos nas mucosas; ▪ Anti-histamínicos: usados para aliviar os sintomas devido aos seus efeitos de secagem, mas sem comprovação científica. A secagem excessiva da mucosa pode levar a mais desconforto; ▪ Mucolíticos: servem para diluir as secreções e podem promover a facilidade de drenagem e depuração do muco, mas sem comprovação científica. Exemplo: mucolíticos; • Rinossinusite bacteriana aguda (ABRS): ↪ História natural da doença: muitos pacientes com ABRS têm doença autolimitada que desaparece sem antibioticoterapia. Raramente há complicações de infecção bacteriana além da cavidade nasal, como no SNC, órbita ou tecidos circundantes. Pacientes tratados com antibióticos podem ter um curso mais curto da doença; ↪ Indicações para encaminhamento urgente: pacientes com sintomas preocupantes para ABRS complicado (febre alta - >38,8° C - e persistente, edema periorbital, inflamação ou eritema, paralisia do nervo craniano, movimentos extraoculares anormais, proptose, alterações da visão, dor de cabeça severa, estado mental alterado ou sinais meníngeos) ou com evidências de complicações na imagem; ↪ Observação e manejo sintomático: observação por 7 dias com manejo sintomático (mesmo que para AVRS) para pacientes imunocompetentescom ABRS, se houver garantia de que a antibioticoterapia pode ser iniciada se o paciente não melhorar ou piorar. Para pacientes que não têm bom acompanhamento, iniciamos a antibioticoterapia no momento do diagnóstico; ↪ Antibióticos: inicia-se a antibioticoterapia após o diagnóstico em pacientes que não apresentam bom acompanhamento e em pacientes que foram tratados com observação, com piora dos sintomas ou que não melhoram dentro de um período de 7 dias; ↪Terapia oral inicial: maioria dos pacientes não possui dados de cultura para orientar a antibioticoterapia e o tratamento é iniciado empiricamente. A escolha do antibiótico é baseada nas bactérias mais comuns associadas ao ABRS. Patógeno Incidência (%) Streptococcus pneumoniae 22 a 43 Haemophilus influenzae 22 a 36 Moraxella catarrhalis 2 a 16 Staphylococcus aureus 10 a 13 Staphylococcus pyogenes 3 ▪ Apesar da prevalência da colonização estafilocócica no meato médio em adultos saudáveis, S. aureus continua sendo uma causa incomum de ABRS; ▪ Maioria dos pacientes: tratamento empírico com amoxicilina ou amoxicilina + clavulanato; ▪ Pacientes com fatores de risco para resistência (regiões geográficas com resistência de Streptococcus pneumoniae à penicilina superior a 10%, idade maior que 65 anos, hospitalização nos últimos 5 dias, uso de antibióticos no mês anterior, imunocomprometido, múltiplas comorbidades – ex: diabetes ou doença cardíaca, hepática ou renal crônica, infecção grave – ex: evidência de toxicidade sistêmica com T > 38,8° C) são tratados com altas doses de amoxicilina + clavulanato; 1. Cloridrato de amoxicilina em altas doses (comprimidos de liberação prolongada de 2g/125mg VO, 2x ao dia); ▪ Pacientes sem fatores de risco para resistência: A adição de clavulanato à amoxicilina melhora a cobertura de Haemophilus influenzae resistente à ampicilina, bem como de Moraxella catarrhalis; 1. Amoxicilina 500mg VO, 3x ao dia ou 875mg VO, 2x ao dia; ou 2. Amoxicilina/clavulanato 500mg/125mg VO, 3x ao dia ou 875mg/125mg VO, 2x ao dia; ▪ Pacientes com alergia à penicilina: 1. Doxicicilina 100mg, VO, 2x ao dia; ou 2. Doxiciclina 200mg, VO, 1x ao dia; ▪ Pacientes com alergia à penicilina que podem tolerar cefalosporinas: cefalosporinas de 3ª geração com u sem clindamicina é outra opção. A adição de clindamicina fornece uma cobertura melhorada para produtos resistentes a beta-lactâmicos S. pneumoniae, mas apresenta risco aumento de efeitos adversos; 1. Cefixima 400mg, VO, 1x ao dia; ou 2. Cefpodoxima 200,mg VO, 2x ao dia; 3. Clindamicina 300mg, VO, a cada 6h; ▪ Pacientes com alergia à penicilina e sem opções alternativas de tratamento: fluoroquinolona respiratória. Mas, os efeitos adversos graves geralmente superam os benefícios; 1. Levofloxacina 750mg ou 500mg, VO, 1x ao dia; ou 2. Moxifloxacina 400mg, VO, 1x ao dia; ▪ Macrolídeos (claritromicina ou azitromicina) e trimetoprim-sulfametoxazol não são recomendados devido às altas taxas de resistência de S. pneumoniae; ▪ Duração do tratamento: pacientes que estão melhorando com a terapia inicial: 5 a 7 dias; ▪ Falha na terapia oral inicial: devem ter o diagnóstico de ABRS confirmado (clinicamente ou por imagem em pacientes que falham na terapia inicial, principalmente se usou fluoroquinolona respiratória, e cujos sintomas não são completamente consistentes com o ABRS ou preocupam-se com possíveis complicações para confirmar sinusite e/ou para avaliação de diagnóstico alternativo); - Em geral, as opções de tratamento para pacientes que não melhoram com a terapia inicial devem ter um espectro mais amplo de atividades e/ou estar em uma classe de medicamentos diferente do agente utilizado inicialmente; - Opções razoáveis incluem: 1. Amoxicilina-clavulanato 2g/125mg comprimidos de liberação prolongada, VO, 2x ao dia; 2. Levofloxacina 500mg ou 750mg, VO, 1x ao dia; 3. Moxifloxacina 400mg, VO, 1x ao dia; - Para pacientes alérgicos à penicilina, são opções: 1. Doxiciclina 100mg, VO, 2x ao dia ou 200mg, VO, 1x ao dia; 2. Levofloxacina 500 ou 750mg, VO, 1x ao dia; 3. Moxifloxacina 400mg, VO, 1x ao dia; ▪ Se houver melhora nos 7 dias após o início da terapia, o tratamento com antibióticos deve ser continuado por um período total de 7 a 10 dias; ▪ Falhas em vários cursos de antibióticos orais: os pacientes devem responder a um segundo curso de antibioticoterapia dentro de 7 dias após o início. Pacientes que falham em um segundo curso de tratamento devem ter imagem e ser encaminhados para avaliação posterior. TC: avaliação de sinusite resistente ao tratamento para avaliação de bloqueio anatômico. Cultura sinusais por aspirado direto ou endoscopia do meato médio; ▪ Recaída após terapia oral: recorrência dos sintomas dentro de 2 semanas da resposta ao tratamento oral geralmente indica erradicação inadequada da infecção. Pacientes que tiveram boa resposta à terapia oral inicial e que apresentam sintomas leves podem ser tratados com um curso mais longo do mesmo antibiótico. Pacientes cuja recidiva é moderada a grave são mais propensos a ter organismos resistentes e requerem uma mudança na droga selecionada; Tratamento por pelo menos 7 a 10 dias. Se os sintomas persistirem, encaminhar; ▪ Glicocorticoides sistêmicos: não utilizar. Quando administrados em adição aos antibióticos, os glicocorticoides orais podem reduzir o tempo para resolução ou melhora dos sintomas, mas com benefícios pequenos e grandes efeitos colaterais; Rinossinusite crônica (RSC): • Definição: distúrbio inflamatório dos seios paranasais e revestimento das passagens nasais que duram 12 semanas ou mais; • O diagnóstico requer evidencia objetiva de inflamação da mucosa; • Ocorre em crianças e adultos, embora seja tipicamente diagnosticada em adultos jovens ou de meia idade; • Manifestações clínicas: pode apresentar-se abruptamente, começar como uma infecção respiratória superior inespecífica ou sinusite aguda que não resolve, ou se desenvolver lenta e insidiosamente ao longo de meses ou anos; ↪ Ocasionalmente, a primeira manifestação da RSC pode ser uma apresentação relativamente aguda com fortes dores de cabeça ou dor fácil ou alterações visuais (como diplopia); ↪ Existem quatro sinais/sintomas cardinais da RSC em adultos: ▪ Drenagem mucopurulenta nasal anterior e/ou posterior; ▪ Obstrução nasal; ▪ Dor facial, pressão e/ou plenitude; ▪ Redução ou perda do olfato; ↪ Nas crianças, o quarto sinal/sintoma cardinal é a tosse em vez de redução/perda do olfato; ↪ Outros sintomas: fadiga, mal-estar, tosse, distúrbio do sono, dor ou pressão no ouvido, tontura, halitose, dor dentária, disfonia ou irritação nasal ou na garganta (nenhum deles é específico o suficiente para diagnóstico); ↪ Drenagem nasal mucopurulenta anterior e/ou posterior: geralmente é branca opaca ou amarela claro. Pode ocorrer muco espesso amarelo, verde ou marrom, embora seja mais característico da Rinossinusite aguda recorrente, Rinossinusite fúngica alérgica e Rinossinusite eosinofílica de mucina (Rinossinusite não-fúngica eosinofílica); ↪ Obstrução nasal: pode possuir significados diferentes entre os pacientes – bloqueio nasal, congestão nasal, sensação de pressão ou presença de secreções excessivas que precisam ser limpas com frequência/necessidade de assoar o nariz. Diagnóstico diferencial de congestão nasal inclui várias formas de rinite: rinite alérgica, rinite crônica, não alérgica (idiopática), rinite associada ao uso de medicamentos e rinite atrófica secundária (síndrome do nariz vazio). O congestionamento na RSC é bilateral. O bloqueio unilateral levanta a suspeita de problema anatômico local ou tumor; ↪ Dor facial, pressão e/ou plenitude: a pressão facial e a dor de cabeça sãorelatadas pela maioria dos pacientes (83%) com RSC. Esses sintomas podem ser observados em todos os subtipos de RSC, mas são menos comuns na RSC com polipose nasal (RSC com PN) porque o espessamento da mucosa nessa condição geralmente não está associado à infecção crônica. Os sintomas faciais são os menos específicos dos sintomas cardinais. A dor facial focal e aguda em uma ou mais áreas do seio é menos característica da RSC e normalmente não está associada à evidência radiográfica da doença do seio; ↪ Diminuição do olfato: hiposmia ou anosmia. A anosmia é frequentemente associada ao espessamento da mucosa ou à opacificação da fenda olfativa entre o septo e a concha média e é mais comum na RSC com polipose nasal do que na sem. Pacientes com anosmia também relatam frequentemente uma capacidade reduzida de provar alimentos (ageusia); • Sinais de complicações de perigo: febre alta, visão dupla ou reduzida, proptose, edema periorbital dramático, oftalmoplegia, outros sinais neurológicos focais, dor de cabeça intensa, sinais meníngeos ou epistaxe significativa ou recorrente. Indicação urgente de envolvimento de otorrinolaringologista, cirurgião de cabeça e pescoço e oftalmologista; • Pode ser dividida em três síndromes clínicas distintas, com características clínicas relevantes, uma vez que possuem fatores de risco, distúrbios contribuintes e resposta ao tratamento médico ou cirúrgico substancialmente diferentes entre as três condições; RSC com polipose nasal (RSC com PN): 20 a 33%; Rinossinusite fúngica alérgica (AFRS): 8 a 12%; RSC sem polipose nasal (RSC sem PN): 60 a 65%; Recursos AFRS SRC com PN SRC sem PN Pólipos nasais bilaterais Sim (na maioria dos casos) Sim – necessário para diagnóstico Não – é necessária a exclusão de pólipos para o diagnóstico Mucina alérgica Sim – necessário para o diagnóstico Pode estar presente Pode estar presente Doença respiratória associada à aspirina Pode estar presente Asma presente em aproximadamente 40%. Intolerância à aspirina e asma presentes em aproximadamente 15% Raro Evidência de alergia mediada por IgE a fungos Sim – necessário para diagnóstico Pode estar presente Pode estar presente • RSC com polipose nasal: é caracterizada pela presença de pólipos nasais bilaterais no meato médio; ↪ Pólipos nasais são massas translúcidas, cinza- amareladas a brancas, brilhantes, compostas por material inflamatório gelatinoso, que pode se formar na cavidade nasal ou nos seios paranasais; ↪ A cor branca acinzentada é devido à natureza relativamente avascular do tecido do pólipo; ↪ Apresentação característica: piora gradual da congestão nasal, plenitude e pressão do seio, fadiga, drenagem nasal posterior e hiposmia ou anosmia; ↪ Febre e dor facial intensa são incomuns; ↪ Exame físico: pólipos grandes geralmente são visíveis na rinoscopia anterior, enquanto pólipos menores requerem endoscopia nasal ou imagem. Os cornetos nasais inchados às vezes são confundidos com pólipos nasais, mas os turbinados são de cor rosa, aparência semelhante ao restante da mucosa nasal e muito sensíveis ao toque; ↪ Os pólipos nasais geralmente começam a se formar ao redor do complexo ostiomeatal, embora possam eventualmente ser encontrados em todas as cavidades nasais e seios; ↪ Afeta pacientes imunocompetentes e é associada à asma e a reações adversas à aspirina e outros anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) que inibem a COX-1. As reações envolvem alguma combinação de rinite, irritação conjuntival e/ou sintomas asmáticos que ocorrem dentro de 1 a 4 horas após a ingestão de um AINE que inibe a COX-1; ↪ A combinação de asma, RSC com PN e a sensibilidade à aspirina é chamada de doença respiratória exacerbada pela aspirina (AERD)/tríade asma/síndrome de Samter; ↪ Entre 30 a 40% dos pacientes com RSC com PN relatam chiado e desconforto respiratório; ↪ Imagem: ▪ TC: o espessamento da mucosa é caracteristicamente marcado e bilateral. A densidade dos pólipos na TC é semelhante à da mucosa espessada, embora os pólipos sejam diferenciados do espessamento da mucosa não polipóide por sua forma e contornos. Os pólipos aparecem como saliências arredondadas da mucosa nas cavidades nasais ou sinusais; ▪ Opacificação sinusal + ausência de dor/pressão no rosto/dor de cabeça = típica de pacientes com RSC com PN e é improvável que represente infecção bacteriana crônica; ↪ Achados histológicos: a biópsia do tecido mucoso mostra características de tecido edemaciado e uma escassez de glândulas submucosas e fibrosa estromal. Infiltrados mistos de células mononucleares e eosinófilos geralmente estão presentes, com predominância de eosinófilos. Pode estar presente hiperplasia das células caliciformes epiteliais; ↪ Fisiopatologia: o tecido do pólipo geralmente contém altos níveis de citocinas auxiliares T tipo 2 (Th2), interleucinas (IL-5 e IL-13) e altos níveis de histamina; ▪ Evidências de hiper responsividade alérgica localizada à colonização de Staphylococcus aureus – produção local de IgE contra enterotoxinas estafilocócias, que funcionam como superantígenos e ativam amplamente os linfócitos T. Pacientes com RSC sem PN não parecem produzir IgE para enterotoxinas estafilocócicas; • Rinossinusite fúngica alérgica (AFRS): resultado de inflamação alérgica crônica intensa, direcionada contra fungos colonizadores (não invasivos); ↪ Pacientes com AFRS são imunocompetentes e mostram evidências de alergia a um ou mais fungos; ↪ Normalmente apresenta-se sutilmente ao longo dos anos, com sintomas semelhantes à RSC com PN, uma vez que esses pacientes geralmente apresentam PN; ↪ Febre é incomum; ↪ Pode apresentar obstrução nasal completa, assimetria facial grosseira e/ou alterações visuais (mais comum em crianças); ↪ Distingue-se da RSC com PN pela presença de mucina alérgica que contém hifas fúngicas viáveis e evidência de alergia mediada por IgE a um ou mais fungos; ↪ Rinossinusite de mucina eosinofílica (EMRS): também chamada de mucina eosinofílica alérgica sem fungo; ▪ Semelhante ao AFRD, apresenta RDC com PN com mucina alérgica nos seios paranasais, mas hifas fúngicas não estão presentes; ▪ Os pacientes frequentemente também não apresentam alergia tipo I demonstrável a fungos; ▪ É considerado um subtipo de SRC com NP; • RSC sem polipose nasal: ↪ É a forma mais comum de Rinossinusite crônica, sendo responsável por 60 a 65% dos casos; ↪ Descreve a presença de RSC sem os achados específicos que definem as outras duas síndromes (por exemplo, polipose nasal ou mucina alérgica com hifas fúngicas); ↪ Apresentação típica: sintomas persistentes com exacerbações periódicas caracterizadas por aumento da dor/pressão facial e/ou aumento da drenagem anterior ou posterior; ↪ A fadiga é um sintoma frequente de acompanhamento; ↪ A febre é geralmente ausente ou de baixo grau; ↪ É heterogênea e pode incluir pacientes com rinite alérgica e não alérgica, anormalidades estruturais e/ou imunodeficiência; ↪ Imagem: a TC geralmente mostra opacificação sinusal ou obstrução ostial sinusal, com espessamento mucoso não polipóide da cavidade sinusal associada; ↪ Histologia: a biópsia do tecido mucoso mostra caracteristicamente uma infiltração de células mononucleares e neutrófilos misturados, com um aumento das glândulas submucosas e fibrose estromal. Pode estar presente hiperplasia das células caliciformes epiteliais. Eosinófilos podem estar presentes, mas geralmente representam menos de 10% das células inflamatórias infiltrativa. Bactérias patogênicas podem ou não estar presentes no muco. A mucina alérgica está presente em alguns casos, embora os pacientes com RSC sem PN não apresentem um ou mais critérios para AFRS, como coloração positiva parafungos ou evidência de IgE específica para fungos por testes cutâneos ou imunoensaios de IgE in vitro; ↪ Fisiopatologia: na maioria dos casos, o processo da doença provavelmente começa com a obstrução de um óstio sinusal, levando a rinossinusite bacteriana aguda. Se a obstrução não for resolvida, ocorre um processo inflamatório crônico. Também é proposta uma resposta inflamatória mediada por fungos através de Th2 e IgE; ↪ Papel da infecção bacteriana: ▪ A rinossinusite bacteriana pode não resolver, levando a uma infecção crônica em um ou mais seios; ▪ As bactérias podem formar biofilmes no epitélio sinusal, o que permite resistir ao tratamento com antibióticos e persistir como uma infecção de baixo grau na mucosa sinusal; ▪ A colonização bacteriana por S. aureus produtora de enterotoxina é encontrada com maior prevalência na RSC com PN e está associada à produção local de anticorpos IgE; ▪ Infecção resistente a medicamentos pode ocorrer com bactérias gram-negativas ou S. aureus resistente à meticilina. A infecção por bactérias resistentes a medicamentos deve ser considerada em pacientes com infecções nosocomiais e em indivíduos que trabalham em serviços de saúde; ▪ A infecção bacteriana aguda pode levar a osteíte do osso subjacente e infecção persistente em alguns casos; • Fatores de risco e condições associadas: ↪ Rinite alérgica: pacientes com RSC são tipicamente sensibilizados a alérgenos perenes e não sazonais (pólen, ácaros da poeira doméstica, esporos de fungos, pelos de animais, baratas e penas). Além disso, os esporos de fungos podem germinar no muco sinusal, aumentando, assim, o estímulo alergênico; ↪ Asma: aproximadamente 20% dos pacientes com RSC têm asma concomitante e aproximadamente 2/3 dos pacientes asmáticos têm evidências de espessamento da mucosa sinusal crônica ou opacificação sinusal; ↪ Doença respiratória exacerbada por aspirina: asma + RSC com polipose nasal + sensibilidade à aspirina = doença respiratória exacerbada por aspirina. Anormalidade bioquímica subjacente nos tecidos das vias aéreas (superprodução de cisteinil leucotrienos); ↪ Depressão: prevalência entre 11 a 40% em pacientes com rinossinusite crônica; ↪ Tabagismo; ↪ Irritantes e poluentes: a exposição prolongada a outras substâncias nocivas ou ciliostáticas do ambiente pode contribuir para a inflamação da mucosa nasal e sinusal e a diminuição da função mucociliar, predispondo à infecção sinusal; ↪ Imunodeficiência: produção defeituosa ou deficiente de anticorpos, hipogamaglobulinemia e deficiência específica de anticorpos. A maioria desses pacientes possuem padrão de episódios agudos recorrentes de infecção purulenta. Podem ter um histórico de infecções pulmonares concomitantes ou de otite média recorrente. ↪ Defeitos na depuração mucociliar: aumentam drasticamente o risco de desenvolver SRC. Ex: fibrose cística e discinesia ciliar primária. Toda criança diagnosticada com polipose nasal deve ser avaliada quanto à fibrose cística; ↪ Infecções virais: alguns pacientes parecem desenvolver SRC após um período de exposição repetida a infecções respiratórias superiores virais. Caracteristicamente observado em pacientes de instituições de saúde, creches, escolas ou casa com crianças pequenas. Ainda carece de mais estudos; Doenças sistêmicas: a RSC pode ser a característica de apresentação de uma síndrome vasculítica sistêmica subjacente, como granulomatose com poliangiite (GPA/granulomatose de Wegener) ou granulomatose eosinofílica com polangiite (EGPA/ vasculite de Churg-Strauss). Os pólipos nasais estão associados ao EGPA, enquanto a destruição óssea e a erosão septal ao muito mais comumente associadas ao GPA. Raramente, a sasrcoidose pode se apresentar com RSC. Sinais e sintomas que sugerem a presença dessas condições: febre, sinais de vasculite, sintomas visuais ou outros achados neurológicos, dores de cabeça severas ou sinais de inflamação meníngea. Os achados sinonasais que devem suscitar suspeita incluem doença sinusal unilateral, secreção nasal persistentemente com sangue, lesões nasais não cicatrizantes, perfuração do septo nasal com sangramento e crosta e colapso da ponte nasal; ↪ Infecções dentárias: sinusite odontogênica deve ser considerada em pacientes com sinusite maxilar que tiveram infecções dentárias, cirurgia dentoalveolar, cirurgia periodontal ou que apresentam sinusite maxilar recorrente ou crônica refratária ao tratamento padrão. TC: fístula oroantral, abscesso apical/periapical, doença periodontal ou raiz dentária projetada no antro maxilar; ↪ Anormalidades anatômicas: desvio septal, concha bolhosa ou processo uncinado deslocado foram sugeridas como predisponentes à obstrução da unidade ostiomeatal; ↪ Umidade interna e exposição a fungos; • História clínica: o histórico inicial deve incluir informações sobre o seguinte: ↪ Presença dos quatro sintomas cardinais; ↪ Duração dos sintomas; ↪ Presença de condições e fatores causadores/contribuintes; ↪ Tratamento anterior; ↪ Imagem anterior; ↪ Intervenções cirúrgicas anteriores; ↪ Exposição potencial a alérgenos internos em casa, escola ou trabalho; • Demonstração de doença da mucosa: ↪ O diagnóstico da rinossinusite crônica requer documentação objetiva da inflamação da mucosa, conforme evidenciado por um ou mais dos seguintes achados: ▪ Muco ou edema purulento (não claro) no meato médio ou nas regiões etmóides; ▪ Pólipos na cavidade nasal ou no meato médio; ▪ Imagem radiográfica demonstrando espessamento da mucosa ou opacificação parcial ou completa dos seios paranasais; • Rinoscopia e endoscopia: ↪ A rinoscopia anterior pode ser realizada com espéculo nasal ou otoscópio – avaliação do estado da mucosa nasal, presença de pólipos que se projetam para a cavidade nasal,as possui visualização limitada das estruturas principais. ↪ As cavidades nasais são primeiro pulverizadas com uma solução de oximetazolina ou fenilefrina para encolher o tecido da concha; ↪ A endoscopia pode visualizar diretamente as cavidades nasais, avaliar a perviedade/permeabilidade dos óstios principais, documentar a drenagem purulenta dos óstios, facilitar a obtenção de culturas bacterianas ou fúngicas nos seios ou identificar pólipos nos seios; ↪ O endoscópio só pode entrar nos seios maxilar, etmóide, frontal e esfenoidal se o paciente tiver sido submetido a uma cirurgia sinusal prévia. Caso contrário, é necessária uma imagem sinusal para avaliar essas áreas. ↪ Em pacientes que não foi submetido a cirurgia anterior, o endoscópio nasal fornece excelente visualização do septo, concha inferior e média com seus respectivos meatos inferior e médio, o recesso esfenoetmoidal e, ocasionalmente, o óstio esfenoidal e nasofaringe. ↪ Culturas bacterianas ou fúngicas podem ser obtidas endoscopicamente a partir dessas áreas; ↪ Os recursos consistentes com a RSC incluem muco purulento (figura) emanando do meato médio, mucosa hiperêmica edemaciada, alterações da mucosa polipóide ou polipose franca; • Imagem sinusal: ↪ TC sinusal sem contraste (mais comum) ou RM pode ser usada para demonstrar doença da mucosa, mas a TC é a modalidade preferida devido à melhor resolução da doença da mucosa e à oclusão ostial do seio; ↪ A RM é preferida se for necessária a resolução de tecidos moles ou quando houver preocupação com a extensão da doença além das cavidades sinusais; ↪ RM: sensibilidade excessiva (diagnóstico excessivo); ↪ RX simples da cavidade e dos seios paranasais: não são adequadas para diagnosticar a RSC, porque as anormalidades detectadas nos filmes simples não são sensíveis, nem específicas para sinusite; ↪ Transiluminação e US dos seios da face: não recomendadas devido à falta de sensibilidade e especificidade para rinossinusite; • TC do seio: ↪ TC do seio multiplanaré a modalidade de imagem preferida para avaliar a SRC; ↪ Também é necessária para o planejamento cirúrgico e avaliação da antomia exclusiva do paciente, a fim de evitar complicações; ↪ Em crianças, geralmente não é realizada durante a avaliação diagnóstica inicial. Deve ser reservada para avaliação daqueles que falharam no tratamento médico e/ou na adenoidectomia ou que estão apresentando complicações; ↪ As células aéreas etmoidais anteriores, em particular, são um foco comum de infecção ou inflamação persistente. ↪ As imagens de TC de seio coronal fornecem excelente visualização dos seios etmoidais, mas, às vezes, podem ser difíceis de interpretar devido ao pequeno tamanho das células aéreas etmoides e à existência de septos etmoides que se orientam no plano coronal; ↪ Imagens multiplanares nos planos coronal, axial e sagital facilitam um exame mais detalhado da opacificação etmóide questionável e a análise da via de drenagem do seio frontal; ↪ Achados mais comuns: espessamento da mucosa, obstrução ostial sinusal, pólipos e opacificação sinusal; • Espessamento da mucosa: ↪ É sugestivo de inflamação da mucosa, infecção da mucosa e/ou obstrução de um óstio sinusal (abertura óssea distinta pela qual cada seio é drenado); • Obstrução do complexo ostiomeatal: ↪ Graus variáveis de obstrução são comuns; ↪ O complexo ostiomeatal é uma área onde várias estruturas interagem, através das quais os seios etmoidais anteriores e seios maxilares são drenados; ↪ A obstrução do complexo ostiomeatal predispõe a infecções recorrentes dos seios nasais e espessamento crônico da mucosa; • Opacificação sinusal: ↪ É o preenchimento completo de um seio com material ou fluido inflamatório; ↪ Pode ser observada com infecção bacteriana persistente, secreções purulentas, inspeção de muco, espessamento da mucosa polipóide ou acúmulo de mucina alérgica; ↪ Examinar imagens de TC em janelas “ósseas” x “tecidos moles” pode ser útil no reconhecimento de hiper densidades. ↪ A TC combinada à RM é útil na diferenciação entre as diferentes causas de opacificação sinusal; • Outros achados na TC de seio: ↪ Cistos de retenção de mucos: são mais frequentemente observados no seio maxilar. Resultam da obstrução dos ductos das glândulas mucosas serosas e/ou mucinosas. Eles geralmente são pequenos e clinicamente silenciosos, embora raramente aumentem o suficiente para preencher uma cavidade sinusal; ↪ Mucoceles: são cistos revestidos de epitélio, cheios de muco, que também podem aparecer como lesões císticas na TC sinusal; ↪ Alterações ósseas: achados menos comuns incluem esclerose da parede do seio, septações ósseas incomuns, erosões ósseas e curvatura de estruturas ósseas associadas à opacificação do seio; ↪ Envolvimento esfenoidal isolado: pouco comum, os pacientes apresentam sintomas de RSC e sinusite esfenoidal isolada na TC sinusal. Geralmente apresentam sintomas de dor de cabeça retro-orbital ou frontal ou distúrbio visual, mas podem ter sintomas menos comuns, como dores de cabeça occipitais ou vértices. ▪ Como os sintomas do envolvimento do seio esfenoidal são atípicos e insidiosos, existe o risco de o paciente apresentar um processo mais avançado da doença; ▪ Erosão óssea e extensão extra-síncrona de doença ou infecção podem estar presentes; ▪ Lesões que causam distorção anatômica da parede sinusal na TC justificam a avaliação por RM; ▪ Avaliar outras patologias que não sejam agudas ou RSC (rinossinusite fúngica, bola fúngica, mucocele, displasia fibrosa, meningoencefalocele, papiloma invertido, carcinoma epidermóide, fístula liquórica, rabdomiossarcoma, cordoma e pseudoaneurisma da artéria carótida); ▪ Após tratamento da sinusite esfenoidal isolada, repetir a imagem para garantir que não haja evidências de patologia persistente; • RM sinusal: ↪ Combinada com TC pode fornecer uma diferenciação mais precisa do acúmulo de muco e do espessamento da mucosa nas cavidades sinusais. É particularmente útil para distinguir a mucina alérgica da rinossinusite fúngica alérgica de outro material em um seio opacificado. ↪ A mucina alérgica produz hiper densidades características na TC, que aparecem como áreas hipoatenuadas (ou hipotensas) nas RM ponderadas em T2; • Culturas sinusais: ↪ Em pacientes com sintomas persistentes, apesar do tratamento antibiótico anterior, a possibilidade de infecção por bactérias gram- negativas ou resistentes a medicamentos deve ser considerada; • Avaliação de alergias: ↪ Segundo as diretrizes práticas, o teste de alergias em pacientes com SRC era opcional; • Considerar a avaliação imunológica: ↪ Na maioria dos pacientes com RSC, a avaliação da imunodeficiência não é justificada; ↪ Exceção: pacientes com padrão de episódios recorrentes de sinusite purulenta aguda; ↪ História de infecções pulmonares concomitantes ou otite média recorrente sugere possível imunodeficiência subjacente – avaliar quanto a imunodeficiências humorais (anticorpos); • Considerar a avaliação de doenças sistêmica: certos sinais e sintomas devem levantar suspeitas sobre doenças associadas (citadas anteriormente). ↪ Se houver sinais ou sintomas preocupantes, os laboratórios iniciais devem incluir o seguinte: ▪ Hemograma completo com diferencial; ▪ Taxa de sedimentação de eritrócitos; ▪ Anticorpos citoplasmáticos antineutrófilos (40 a 60% dos pacientes com EGPA e 60 a 90% dos pacientes com GPA); ▪ Estudos de imagem do peito e medição de cloreto no suor ou teste de triagem genética para fibrose cística em pacientes com suspeita; ▪ Radiografia de tórax e nível sérico da enzima de conversão da angiotensina (elevada em 75% dos pacientes não tratados com sarcoidose); ▪ Medição do óxido nítrico exalado nasal (normalmente baixo), imagem pulmonar e possivelmente uma biópsia nasal ou brônquica para análise da ultraestrutura ciliar em pacientes com suspeita de discinesia ciliar primária; • Diagnóstico: ↪ Essencialmente clínico – baseado na presença de sintomas sugestivos (pelo menos 2 dos 4 sinais cardinais por 12 semanas ou mais) em combinação com evidência objetiva de inflamação da mucosa (TC ou endoscopia – 1 ou mais dos seguintes achados: muco ou edema purulento (não claro) no meato médio ou nas regiões etmoides, pólipos na cavidade nasal ou no meato médio, imagem radiográfica demonstrando espessamento da mucosa ou opacificação parcial ou completa dos seios paranasais); ↪ TC sem contraste em caso de pré-operatório de sinusite aguda recorrente ou para confirmação em sinusite crônica; ↪ Se houver suspeita de possível complicação orbital e intracranial: TC; ↪ Ressonância para diferenciar estruturas obstrutivas (não é primeira opção); ↪ Em caso de sinusite fúngica: RM; ↪ Rinoscopia anterior e endoscopia nasal possuem o mesmo valor diagnóstico da TC; ↪ Determinando o subtipo da doença: uma vez estabelecido o diagnóstico de rinossinusite crônica, o subtipo de doença deve ser definido da forma mais clara possível; ▪ RSC com PN: presença de polipose nasal bilateral; ▪ AFRS: na TC, espessamento da mucosa polipóide, um ou mais seios opacificados, apesar da terapia médica extensa e hiper densidade características nos seios opacificados (não específica e não necessária para diagnóstico). Evidências de alergia mediada por IgE a um ou mais fungos, com teste cutâneo ou imunoensaios de IgE; ▪ Rinossinusite de mucina eosinofílica: pacientes com polipose nasal bilateral difusa e opacificação bilateral do seio com hiper densidades nos seios opacificados, especialmente em pacientes com asma e doença respiratória exacerbada pela aspirina; ▪ RSC sem PN: caracterizada por opacificação sinusal ou obstrução ostial sinusal com espessamento mucoso não polipóide da cavidade sinusal associada. A infecção crônica deve ser consideradaquando esses achados estão presentes; • Diagnóstico diferencial: ↪ Síndromes da dor: dores de cabeça de enxaqueca, dores de cabeça tensionais, dores de cabeça em cluster e outras síndromes de dor fácil pouco compreendidas; ↪ Rinite sem sinusite: rinite alérgica sazonal ou perene, rinite vasomotora não alérgica (ou idiopática), rinite medicamentosa e rinite associada ao uso de medicamentos, rinorreia do líquido espinhal cerebral, tumores secretores nasais e sinusais, papiloma invertido e corpos estranhos nasais. ↪ Refluexo laringofaríngeo: uma variante do refluxo gastroesofágico, na qual os fluidos gástricos ácidos se refletem na laringe e/ou faringe; ↪ Distúrbios da olfação: doença do seio nasal/paranasal, trauma na cabeça e perda do olfato relacionados a infecções do trato respiratório superior ou idade;
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