Buscar

Resumo - EMBARGOS DE DECLRAÇÃO - Jorge Henrique

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 9, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

TEORIA GERAL DOS RECURSOS
NO NOVO CPC 
Meios de impugnação às decisões judiciais
TÍTULO II
DOS RECURSOS
RECURSOS EM ESPÉCIE
CAPÍTULO VIII
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
1.0) INTRODUÇÃO 
Diferente do recurso de apelação, estudado no capítulo VI, não se tem conhecimento ao certo do surgimento dos embargos de declaração, nem tanto, se vieram a existir no Direito Romano, como a apelação. 
Porém, é certo que o recurso de embargos de declaração, teve sua primeira aparição no Direito Português. 
O recurso de embargos de declaração é tomado de peculiaridade, uma vez que, é o único recurso, dentre os presentes no rol do art. 994 do NCPC, que possui prazo diferente para sua interposição, sendo o prazo de 5 dias. (Art. 1.023 do NCPC). 
Os embargos de declaração, também chamados, comumente, pela sua sigla “ED”, não possuem preparo, e são julgados sempre pelo mesmo juízo julgador da decisão proferida embargada. 
É um tipo de recurso, chamado de coringa, pois cabe ser interposto em qualquer decisão judicial, porém, sendo cabível em hipóteses determinadas. 
O recuso em questão, tem o objetivo sempre, de sanar uma omissão, uma obscuridade, uma contradição ou um erro material. 
O erro material, já era entendido no antigo CPC, como uma das hipóteses de embargos de declaração, apesar de não o prever nas hipóteses de cabimento do recurso. O Novo CPC, no entanto abarcou o erro material, o positivando como uma das hipóteses de cabimento do “ED”. (Art. 1.022, III do NCPC). 
2.0) NATUREZA JURÍDICA 
Qualquer decisão que julga os embargos de declaração se incorpora à decisão embargada, passando a fazer parte dela. 
A exemplo, da decisão que julga embargos de declaração contra uma sentença, esta decisão assumirá a natureza da decisão embargada cujo é uma sentença. 
A mesma situação se dá, no caso em que um acordão é embargado, neste caso a decisão que julgará os embargos, também será um acordão. 
No caso da sentença que julga os embargos de declaração, a sentença, será a soma do que ela foi originalmente, e do que resultou do julgamento dos embargos. 
Desde modo, a natureza dos embargos de declaração, é sempre a natureza que tiver a decisão embargada, assemelha-se, portanto, com um camaleão, pois a decisão dos embargos se incorpora a decisão a que ele embargou. 
3.0) CONCEITO 
É necessário que a tutela jurisdicional seja prestada de forma completa e clara, exatamente com o objetivo de esclarecer, complementar e aperfeiçoar as decisões judiciais existe o recurso de embargos de declaração. 
Esse recurso não tem a função de viabilizar a revisão da matéria, como também, nem tanto a anulação ou cassação das decisões judiciais, sua finalidade é a de apenas corrigir defeitos de omissão, contradição, obscuridade e erros materiais das decisões judiciais. 
4.0) CABIMENTO 
Os embargos de declaração são cabíveis em quaisquer das decisões judiciais, conforme expressa o art. 1.022 do NCPC: - “Cabem embargos de declaração contra qualquer decisão judicial”. 
Porém, apesar de os “ED”, serem cabíveis a qualquer das decisões judiciais, ele possui finalidade vinculada, ou seja, devem sempre mostrar o porquê de sua interposição. 
O recurso de embargos de declaração, é sempre interposto com 4 finalidades, estando elas expressas nos incisos: I, II, III e IV do art. 1.022 do NCPC. 
1. OBSCURIDADE OU CONTRADIÇÃO
I - esclarecer obscuridade ou eliminar contradição;
a) Decisão Obscura 
A decisão é ininteligível, pouco clara. Dela não se consegue extrair de imediato uma compreensão, devido as ideias que a norteiam não serem compreendidas de imediato.
b) Decisão Contraditória
A decisão contém proposições contraditórias, fundamentos antagônicos com outros fundamentos, a exemplo da fundamentação da sentença que diz algo e o relatório diz outra, ou Juiz, que na mesma sentença, afirma, em um momento que um fato existiu, e em outro momento, afirma que este mesmo fato não existiu. 
2. OMISSÃO
II - suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se pronunciar o juiz de ofício ou a requerimento;
A omissão de uma decisão é exemplificada pelo próprio legislador, que no paragrafo único do art. 1.022, coloca que: - “Considera-se omissa a decisão que”:
I - deixe de se manifestar sobre tese firmada em julgamento de casos repetitivos (Art. 976 – 987 do NCPC) ou em incidente de assunção de competência aplicável (Art. 947 – 950 do NCPC), ao caso sob julgamento;
a) Decisão firmada em julgamento de casos repetitivos. (Art. 976 – 987 do NCPC). 
b) Decisão que não se pronuncia sobre incidente de assunção de competência. 
II - incorra em qualquer das condutas descritas no art. 489,§1° do NCPC. 
§ 1o Não se considera fundamentada qualquer decisão judicial, seja ela interlocutória, sentença ou acórdão, que:
I - se limitar à indicação, à reprodução ou à paráfrase de ato normativo, sem explicar sua relação com a causa ou a questão decidida.
II - empregar conceitos jurídicos indeterminados, sem explicar o motivo concreto de sua incidência no caso;
III - invocar motivos que se prestariam a justificar qualquer outra decisão;
IV - não enfrentar todos os argumentos deduzidos no processo capazes de, em tese, infirmar a conclusão adotada pelo julgador;
V - se limitar a invocar precedente ou enunciado de súmula, sem identificar seus fundamentos determinantes nem demonstrar que o caso sob julgamento se ajusta àqueles fundamentos;
VI - deixar de seguir enunciado de súmula, jurisprudência ou precedente invocado pela parte, sem demonstrar a existência de distinção no caso em julgamento ou a superação do entendimento.
3. ERRO MATERIAL 
III - corrigir erro material.
São os erros minúsculos, não dotados de relevância, mas que podem, a depender do caso, na hipótese em não sejam sanados, repercutir no julgamento da decisão. Por sua natureza, podem ser conhecidos de oficio pelo juiz ou a requerimento da parte. São exemplos de erro material, o erro de calculo sobre algum valor tido na causa, erros de grafia, gramatica ou nome. 
CLT – 897-A – Erro no exame dos requisitos extrínsecos de admissibilidade do recurso. 
 Art. 897-A Caberão embargos de declaração da sentença ou acórdão, no prazo de cinco dias, devendo seu julgamento ocorrer na primeira audiência ou sessão subseqüente a sua apresentação, registrado na certidão, admitido efeito modificativo da decisão nos casos de omissão e contradição no julgado e manifesto 
equívoco no exame dos pressupostos extrínsecos do recurso
5.0) EFEITO MODIFICATIVO DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO 
Para os mais atentos, e focados profundamente nos estudos da Teoria Geral dos Recursos, podem, ter percebido, que algumas das finalidades do “ED”, poderiam ser casos de apelação. 
Uma vez que, a sentença que é omissa ou contraditória, trata-se de error in procedendo, cabível apelação com intuito de cassação da sentença. 
Porém, ressalta-se que, nestes casos, o embargo de declaração tem a finalidade de TÃO SOMENTE SANAR O VÍCIO DE OMISSÃO OU CONTRADIÇÃO. 
E não, o de cassar ou anular a sentença. Deste modo, o embargo de declaração, acaba sendo, um meio alternativo, uma via, sumária, para o inconformado acessar o seu pedido de uma forma mais rápida, uma vez que, o embargo é julgado em um prazo determinado. 
No entanto, quando o embargo de declaração, é julgado procedente, e dessa forma, acarreta a modificação da decisão, no caso aqui a sentença, verifica-se então, que o embargo de declaração possui efeito infringente.
O efeito infringente pode ser conceituado, como um efeito peculiar ao recurso de embargo de declaração, que uma vez julgado procedente, tem o condão de modificar a decisão embargada. 
6.0) PROCESSAMENTO DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO 
O procedimento dos embargos de declaração, pode variar, de acordo com cada decisão que for embargada. Analisemos cada uma delas. Porém, ressalta-se a regra geral, comum e peculiar a todo o processamento de embargos de declaração. 
Os embargos de declaração são sempre interpostos no juízo julgador da causa, sendo esta a regra geral, comum a qualquer procedimento dos embargosde declaração. Porém, não é regra, que sejam interpostos para o mesmo juiz, uma vez que, pode ocorrer o caso, de o juiz está ausente, por inúmeros motivos, a exemplo, por estar de férias. 
A regra, é que sempre são interpostos no mesmo juízo julgador da causa. Após interpostos os embargos de declaração, diferentemente dos outros recursos, o juiz não deve intimar a parte embarga para apresentar contrarrazões do recurso do embargante. Os embargos de declaração devem ser apresentados em petição dirigida ao juiz, com a indicação do erro, obscuridade, contradição ou omissão. Também, não se sujeitam a preparo. (Art. 1.023 do NCPC).
Art. 1.023.  Os embargos serão opostos, no prazo de 5 (cinco) dias, em petição dirigida ao juiz, com indicação do erro, obscuridade, contradição ou omissão, e não se sujeitam a preparo.
A regra, é que o juiz julgue os embargos de declaração em 5 dias. (Art. 1.024 do NPC). 
Uma vez interposto o recurso de embargos de declaração, este em regra geral, não possui efeito suspensivo, e interrompe sempre o prazo para interposição do recurso. (Art. 1.026 do NCPC). 
Os embargos de declaração não possuem efeitos suspensivos, mas podem vim ter, consoante a mesma regra aplicada à apelação, constante no art. 1.012,§3° do NCPC, caso que o efeito suspensivo se dá por decisão judicial ope judicis.
Neste caso, lembrando a regra, o pedido de concessão de efeitos suspensivo, será feito por requerimento, dirigido ao Tribunal, caso a causa não tenha sido distribuída, ou ao juiz, caso já tenha sido distribuída. (art. 1.012,§3°, I e II do NCPC). 
Também deve conter a probabilidade de provimento do recurso, ou o fato de que, o efeito suspensivo se não concedido possa vim a causar dano grave ou de difícil reparação ao embargante. (Art. 1.012, §1° do NCPC).
Os embargos declaração, uma vez interpostos, interrompem o prazo para a interposição de qualquer outro recurso, tanto para a parte embargante quanto para embargada, no entanto, atenta-se, que caso a parte embargada já tenha interposto recurso, não será lhe concedido novo prazo para interpor um novo recurso. 
No entanto, como será analisado mais à frente, nestas hipóteses, sendo provido o recurso de embargos de declaração, e modificada for à decisão, verifica-se a ocorrência dos efeitos infringentes do embargo, devendo o juiz julgador do “ED”, intimar o embargante, caso já houvesse recorrido, para complementar seu recurso, e não para interpor um novo. (Art. 1.024, §4° do NCPC). 
1. Sentença:
A regra, comumente visualizada, é que da sentença cabe apelação (Art. 1.009 do NCPC), porém, é cabível também embargos de declaração. 
Os embargos declaração contra a sentença devem sempre ser interpostos no juízo julgador da causa. 
Caso uma das partes decida apelar, e a outra decida embargar, o julgamento dos embargos de declaração é sempre prioritário, no caso, deve sempre julgado primeiro que a apelação. 
Como analisado, a regra comum e geral a todo o processamento, é a de que os embargos de declaração, uma vez interpostos não são contrarrazoados pelo embargado. 
Desde modo, recebido os embargos de declaração pelo juiz, deverá tão somente julga-los, no prazo de 5 dias. (Art. 1.024 do NPC). 
Porém, em exceção à regra geral, o juiz, vislumbrando que, o possível acolhimento do embargo de declaração possa vim a modificar, ou seja, ainda não modificou a decisão, intimará o embargado, caso ele queira, se manifestar, no prazo de 5 dias. (Art. 1.023, §2°). 
É facultado sempre as partes, a possibilidade de embargar a sentença ou apresentar o recurso de apelação. 
Neste caso, a regra, consoante aqui, não é mesma, dada a Sófia, mãe Polessa, da segunda guerra mundial, que teve que escolher, entre dois de seus filhos, para ser entregue ao nazismo. 
Escolhendo a parte embargar, não perde o direito a futuramente apelar, por isso que, o embargo de declaração interrompe o prazo para qualquer recurso. 
Desde modo, o prazo para a interposição da apelação começa a contar a partir julgamento do “ED”.
Está interrupção do prazo é tanto para o embargante, que escolheu interpor o “ED”, quanto para a parte embargada. 
No entanto, se a parte embargada já tiver interposto apelação, não poderá apresentar uma futura, após o julgamento do “ED”. 
Ressalta-se, porém, que se o embargante conseguir o pleiteado, ou seja, for provido o seu embargo, não terá interesse recursal (pressuposto intrínseco de admissibilidade do recuso) para recorrer. 
A modificação da sentença tem efeito sempre para a parte embargada.
Uma vez que, se, o embargo de declaração for julgado procedente e tendo modificado a decisão, verificando-se os efeitos infringentes, poderá a parte que já havia recorrido complementar seu recurso. Princípio da complementaridade: 
Garante-se, assim o direito da parte que já havia recorrido complementar o seu recurso se a decisão impugnada tiver sido modificada. 
Observa-se, a clareza do dispositivo do §4° do art. 1.024 do NCPC. Cujo ratifica, que somente será intimada a parte embargada, que já tiver apresentado recurso, anterior a interposição do embargo, para complementa-lo, e não para apresentar, aqui no caso em questão, da sentença, uma nova apelação. 
Agora se julgado improcedente o embargo, não havendo mudança da decisão, a parte embargada, que já apelou, não deverá ser intimada para complementar seu recurso de apelação. Entendimento, esse que era contrario no antigo código, pois à luz da sumula 418 STJ, ainda que o embargo de declaração não fosse provido, a parte embargada que já tivesse interposto apelação, deveria ser intimada, não para complementar, mas sim para apresentar um novo recurso, com a finalidade de confirmação e dar ciência ao Tribunal que o embargo de declaração tivesse sido improvido. No entanto, o NCPC revogou a súmula 418 do STJ, com o §5° do art. 1.024 do NCPC.
§ 5o Se os embargos de declaração forem rejeitados ou não alterarem a conclusão do julgamento anterior, o recurso interposto pela outra parte antes da publicação do julgamento dos embargos de declaração será processado e julgado independentemente de ratificação.
Por último ressalta-se que, julgado os embargos improcedentes, caberá ao embargante, ou apresentar novos embargos da decisão que julgou seu embargo, ou apelação da decisão que julgou seu embargo, ou a apelação da sentença. 
2. Decisões Interlocutórias 
3. Decisões Monocráticas 
Art. 1.024, do NCPC: § 2o Quando os embargos de declaração forem opostos contra decisão de relator ou outra decisão unipessoal proferida em tribunal, o órgão prolator da decisão embargada decidi-los-á monocraticamente.
§ 3o O órgão julgador conhecerá dos embargos de declaração como agravo interno se entender ser este o recurso cabível, desde que determine previamente a intimação do recorrente para, no prazo de 5 (cinco) dias, complementar as razões recursais, de modo a ajustá-las às exigências do art. 1.021, § 1o
4. Decisão Colegiada – Acordão
Art. 1.024,§ 1o , do NCPC: Nos tribunais, o relator apresentará os embargos em mesa na sessão subsequente, proferindo voto, e, não havendo julgamento nessa sessão, será o recurso incluído em pauta automaticamente.
7.0) PRAZO 
O prazo para a interposição de embargos é de 5 dias, exceção à regra geral, do prazo de 15 dias para todos os recursos. 
O prazo é em dobro, para os litisconsortes com procuradores diferentes de advocacia distintas, para os entes federativos, e para a defensoria pública. 
8.0) EFEITOS DO EMBARGO DE DECLARAÇÃO 
O embargo de declaração é recebido, em regra, somente no efeito devolutivo, e, por consequência, da regra geral do art. 995, não possui efeito suspensivo, porém, em exceção a regra, pode lhe ser concedido tal efeito, caso o embargante peça nas conformidades do art. 1.012,§§ 3° e 4° do NCPC, sendo lhe conferido também tal possibilidade de pedido de concessão de efeito suspensivo, pelo art. 1.026, §1° do NCPC. 
§ 1o A eficácia da decisão monocrática ou colegiada poderá ser suspensa pelo respectivo juiz ou relator se demonstrada à probabilidade de provimento dorecurso ou, sendo relevante à fundamentação, se houver risco de dano grave ou de difícil reparação. 
9.0) EMBARGOS DE DECLARAÇÃO PROTELATÓRIOS 
Julgado o embargo de declaração improcedente, três são as condutas que o embargante poderá adotar. 
Sendo que, o embargante poderá interpor recurso cabível contra a decisão que julgou improcedente o embargo, a exemplo de uma sentença que é embargada, a decisão que julgou improcedente o embargo, também será uma sentença, podendo ser apelada. 
Poderá também, esquecer-se do seu embargo, e interpor o recurso cabível contra a decisão embargada, ou seja, no caso da sentença, poderá agora se valer da apelação que não interpôs. 
Ou, por ultimo, poderá embargar a decisão que julgou improcedente seu embargo. Esta última hipótese, o embargante poderá fazer quantas vezes quiser, desde que demonstre sempre a finalidade do seu embargo de declaração, ou seja, desde que aponte corretamente, a omissão, a obscuridade, a contradição ou o erro material. 
Caso o embargante, embargue novamente da decisão que julgou improcedente seu embargo, e não consiga comprovar a finalidade do embargo, não tendo por tanto causa de pedir vinculada à omissão, obscuridade, contradição ou erro material, o juízo competente para o julgamento do embargo, poderá considera-lo protelatório, afirmando que, a sua interposição tem o objetivo de procrastinar o andamento do processo. 
Uma vez considerado o embargo de declaração protelatório, o juiz, ou a depender do caso o Tribunal, em decisão fundamentada, condenará ao embargante ao pagamento de multa não excedente a 2% do valor atualizado da causa. (Art. 1.026, §2° do NCPC). 
Observa-se que, ainda que considerado seu embargo de declaração protelatório, é facultado ainda ao embargante, interpor novamente outro embargo, devendo, no entanto, sempre comprovar a sua finalidade. 
Se, o embargante decide interpor novamente outro embargo, tendo o anterior sido julgado protelatório, e seu novo “ED” também é considerado protelatório pelo juiz ou tribunal, a multa será elevada de 2%, para até 10% do valor atualizado da causa. (Art. 1.026, §3° do NCPC).
Duas são as punições, além da nova multa, para o embargante que possui dois embargos de declaração considerados protelatórios, sendo elas:
a) Caso não pague a multa cumulada, ou seja, a multa do primeiro “ED” protelatório de 2%, e a multa do segundo “ED” protelatório de 10%, o embargante não poderá apresentar outro recurso, caso não pague a multa. Esta punição não se aplica a Fazenda pública e nem ao beneficiário de gratuidade da justiça. (Art. 1.026, §3° do NCPC).
b) Se, o embargante tiver dois embargos de declaração julgados seguidos como protelatórios pelo juiz ou tribunal, não poderá apresentar um terceiro embargo de declaração. (Art. 1.026, §4° do NCPC).
10.0) EMBARGOS DE DECLARAÇÃO COMO MEIOS DE PRÉ-QUESTIONAMENTO 
Para acessar os órgãos superiores, é necessário que a matéria a se discutida esteja “Pré-questionada”. Desta forma, a matéria precisa ter sido de debatida nas instâncias ordinárias e está estampada no acórdão recorrido. 
Se alguma questão suscitada na apelação não houver sido apreciada e decidida pelo Tribunal, para que se possa da decisão do Tribunal, ou seja, acórdão, recorrer, por recurso ordinário, ou a depender do caso, recurso especial ou extraordinário, é necessário que o Tribunal tenha se manifestado destas materiais. 
Uma vez que, por regra, o Supremo Tribunal Federal e o Superior Tribunal de Justiça, não manifestam sobre matéria não explicita pelo Tribunal, ainda que o recorrente tenha trago à matéria anteriormente. 
Uma das formas de pré-questionar a matéria, fazendo o Tribunal manifestar-se sobre ela, é embargando a decisão. 
O embargo de declaração neste caso possui o fim de pré-questionamento, preparando a matéria para ser analisada para uma possível interposição de recurso especial e extraordinário. 
Sobre esta prática de utilizar os embargos de declaração como maneira de fazer com que o Tribunal manifestasse-se de uma matéria que não havia solucionado. STJ e STF tinham posições diferentes anteriores ao NCPC. 
O Supremo Tribunal Federal adotava a posição “FICTA”, ou seja, bastava apenas a interposição do embargo de declaração, ainda que o Tribunal viesse a julga-lo improcedente, estaria manifestando-se da matéria ao qual deixou de analisar, e por tanto, a matéria estaria pré-questionada, sendo cabível a interposição de Recurso Especial ou Extraordinário. 
Já o Superior Tribunal de Justiça, tinha posição diferente, adotava a posição “REAL”, na qual, para que considerasse-se a matéria pré-questionada, o embargo de declaração deveria ser julgado procedente, pois se o embargo foi julgado improcedente, significa que o Tribunal não se manifestou sobre a decisão. 
Com o novo código de processo civil, a discussão em questão teve fim, uma vez que no art. 1.025 do NCPC, coloca que, considerarão incluídos no acórdão os elementos que o embargante suscitou, para fins de pré-questionamento, ainda que os embargos sejam inadmitidos ou rejeitados. O NCPC adotou, no entanto, a posição “REAL” do STF. 
Art. 1.025.  Consideram-se incluídos no acórdão os elementos que o embargante suscitou, para fins de pré-questionamento, ainda que os embargos de declaração sejam inadmitidos ou rejeitados, caso o tribunal superior considere existentes erro, omissão, contradição ou obscuridade.
Deve-se, contudo, ressaltar que, NÃO É CONDIÇÃO para interposição de recurso especial ou extraordinário, ter antes, tido manejado embargos de declaração. Desta forma, o embargo de declaração não é condição para a interposição de recurso especial e extraordinário. 
QUESTÕES
1.0) De acordo com o Código de Processo Civil, os embargos de declaração contra sentença de primeira instância devem se opostos, em regra, em petição dirigida ao:
a) Juízo que prolatou a sentença, no prazo de 5 dias, prestando-se a sanar omissão, obscuridade ou contradição, não estando sujeitos a preparo.
b) Tribunal, no prazo de 5 dias, prestando-se a sanar omissão, obscuridade ou contradição, não estando sujeitos a preparo. 
c) Tribunal, no prazo de 5 dias, prestando-se à reforma das questões impugnadas pelo recurso, estando sujeito a preparo.
d) Juízo que prolatou a sentença, no prazo de 15 dias, prestando-se a sanar omissão, obscuridade ou contradição, estando sujeitos a preparo.
e) Tribunal, no prazo de 15 dias, prestando-se a sanar omissão, obscuridade ou contradição, estando sujeitos a preparo.
2.0) A respeito dos embargos de declaração, considere:
I. Têm por finalidade revisar ou anular decisões judiciais.
II. Podem ser opostos quando, na sentença, houver contradição.
III. Não são cabíveis quando houver obscuridade em acórdão.
Está correto o que consta APENAS em: 
a) I e III
b) I e II
c) II
d) II e III
e) I 
3.0) JULGUE A SEGUIR OS SEGUITES ITENENS COMO VERDADEIRO OU FALSO 
a) Os embargos de declaração têm efeito infringente como finalidade e regra geral. ( ).
b)  Publicada a sentença contendo inexatidão material, somente a requerimento da parte poderá o juiz corrigi-la. ( ). 
c) Serão considerados protelatórios os embargos de declaração manejados com exclusiva função de prequestionamento. ( )
d) Como regra geral, os embargos de declaração não têm caráter infringente, não sendo meio adequado para reexame da prova já apreciada expressamente. 
e)  Em regra, os embargos de declaração interrompem o prazo para interposição de outros recursos. ( );
f) Um dos vícios de congruência da sentença consiste em o juiz omitir-se em julgar um dos pedidos formulados pelo autor. Para corrigir esse vício, faz-se obrigatória a interposição de embargos de declaração, como condição prévia ao recurso de apelação, a fim de que o juiz tenha oportunidade de suprir a omissão. Em caso negativo, o recorrente reiterará a questão na apelação, permitindo, assim, que o órgão fracionário supra, ou não, a omissão da sentença monocrática. ( ). 
4.0) Miguel ajuizou ação de indenização por danos morais e materiais contra Rodolfo,julgada procedente em primeiro grau de jurisdição. Interposto recurso de apelação por Rodolfo, o E. Tribunal de Justiça do Maranhão, por intermédio de uma de suas câmaras de direito privado, manteve na íntegra a sentença de primeiro grau. Rodolfo, identificando eventual contradição no v. acórdão, deverá opor embargos declaratórios no prazo de 
a) 5 dias, suspendendo o prazo para interposição de outros recursos. 
b) 10 dias, suspendendo o prazo para interposição de outros recursos.
c) 15 dias, suspendendo o prazo para interposição de outros recursos. 
d) 5 dias, interrompendo o prazo para interposição de outros recursos.
e) 10 dias, interrompendo o prazo para interposição de outros recursos.
5.0) Quanto aos embargos de declaração, segundo o CPC, assinale a opção correta.
a) Para que sejam conhecidos, faz-se necessário que o embargante efetue o pagamento das custas processuais e comprove esse pagamento quando da interposição do recurso.
b) O juiz terá 10 dias para julgar os embargos de declaração, a contar da data em que lhe foram conclusos.
c) Quando os primeiros embargos de declaração apresentados forem manifestamente protelatórios, poderá o julgador, de imediato, aplicar multa de 10% sobre o valor da condenação. 
d) Os embargos declaratórios apresentados nos tribunais devem ser levados pelo relator a julgamento na sessão subsequente a sua interposição, oportunidade em que o magistrado proferirá seu voto.

Outros materiais

Materiais relacionados

Perguntas relacionadas

Perguntas Recentes