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PROVA OBJETIVA FINAL DE LITERATURA PORTUGUESA

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Disciplina:
	Literatura Portuguesa 
	Avaliação:
	Avaliação Final (Objetiva) 
	
	
Parte superior do formulário
	1.
	Pobre Alencar! O naturalismo; (...) essas rudes análises, apoderando-se da Igreja, da Realeza, da Burocracia, da Finança, de todas as coisas santas, dissecando-as brutalmente e mostrando-lhes a lesão, (...) apanhando em flagrante (...) a palpitação mesma da vida; tudo isso (...), caindo assim de chofre e escangalhando a catedral romântica, sob a qual tantos anos ele tivera altar e celebrara missa, tinha desnorteado o pobre Alencar (...). O naturalismo, com as suas aluviões de obscenidade, ameaçava corromper o pudor social? Pois bem. Ele, Alencar, seria o paladino da Moral (...); então o romancista de Elvira que, em novela e drama, fizera a propaganda do amor ilegítimo, representando os deveres conjugais como montanhas de tédio, dando a todos os maridos formas gordurosas e bestiais, e a todos os amantes a beleza, o esplendor e o gênio dos antigos Apolos; então Tomás Alencar, que (...) passava ele próprio uma existência medonha de adultérios, lubricidade, orgias (...) - de ora em diante austero, incorruptível, (...) passou a vigiar atentamente o jornal, o livro, o teatro. 
No trecho acima, quem relata é o narrador em terceira pessoa que se aproveita, dentre outros recursos, do discurso indireto livre. Considerado o contexto cultural em que a obra foi produzida, sobre o uso da ironia nesse relato, assinale a alternativa CORRETA:
	
	a) Criou um discurso de natureza metalinguística: o tema é a arte de Tomás Alencar, que, embora romântico, procura compor segundo o estilo das obras de Zola.
	
	b) Permitiu que o narrador, aderindo aos sentimentos de Tomás Alencar, criticasse a estética realista/naturalista, traduzindo a visão de Eça de Queirós.
	
	c) Propiciou que fossem citadas, pela voz da personagem, as razões do juízo desfavorável de Eça de Queirós acerca das propostas da geração das Conferências do Cassino Lisbonense.
	
	d) Produziu uma inversão: o narrador, caracterizando o Realismo/Naturalismo sob a perspectiva de Tomás Alencar, deixa transparecer as convicções do realista Eça de Queirós sobre o Romantismo.
	 
	 
	2.
	Ao retomarem os valores greco-latinos, os classicistas trouxeram consigo também as diferentes características desse movimento, dentre as quais se poderiam destacar as várias formas de composição. Um dos introdutores dessas novas formas de composição foi Sá de Miranda, que passou certo tempo estudando na Itália. A introdução dos novos formatos de composição foi possível graças ao fato de Sá de Miranda conviver, no território italiano, com os grandes expoentes do Humanismo. Destes, herdou novas concepções literárias, o que lhe permitiu desfazer-se das visões medievalistas e aderir a um novo movimento, e levá-lo ao território lusitano. Acerca da nova forma introduzida em Portugal por Sá de Miranda, assinale a alternativa CORRETA:
	
	a) Sá de Miranda introduziu em Portugal o romance, aprendido com os poetas latinos.
	
	b) Sá de Miranda introduziu em Portugal a poesia épica, herdada dos poetas provençais.
	
	c) Sá de Miranda introduziu em Portugal o soneto, uma composição poética com catorze versos.
	
	d) Sá de Miranda introduziu em Portugal a crônica, uma composição essencialmente brasileira.
	 
	 
	3.
	A partir do século XII, na França e na Inglaterra, tendo em vista o desenvolvimento da vida e do amor cortesão, difundiram-se as novelas de cavalaria, cuja origem veio das canções de gesta, poemas que tratavam de aventuras de guerreiros. Tais poemas foram transformados em prosa e traduzidos para diferentes línguas, ganhando popularidade em alguns países europeus, inclusive em Portugal. Sobre as novelas de cavalaria, analise as sentenças a seguir:
I- Embora nunca se tenha encontrado o autor e o texto original em português, Amadis de Gaula foi a novela de cavalaria de maior expressão e importância escrita na Península Ibérica.
II- O texto de Amadis de Gaula aborda temas como fidelidade à mulher amada, o sentimento e a timidez do herói, o amor cortês do palácio, as lutas e o ideal guerreiro.
III- Poder-se-ia dizer que a novela Amadis de Gaula prenuncia o homem renascentista e suas inquietações.
IV- Igual às demais narrativas de cavalaria, em Amadis de Gaula, o personagem cavaleiro se vê diante de um amor adúltero, um amor que se encontra no plano idealístico e platônico. 
Assinale a alternativa CORRETA:
	
	a) As sentenças I e IV estão corretas.
	
	b) As sentenças I, II e III estão corretas.
	
	c) As sentenças I, II e IV estão corretas.
	
	d) Somente a sentença II está correta.
	 
	 
	4.
	No que se refere ao Romantismo no ambiente lusitano, no século XVII, é importante que ele seja compreendido como uma explosão da modernidade estética. Este estilo novo revolta-se contra o racionalismo, passando a conceber o mundo, a realidade, as coisas, o ser humano, a natureza, na ótica da subjetividade. O Romantismo, então, exalta a imaginação, o sonho, o espírito de criação, o "eu". Mais do que isso, ele exalta a capacidade cognitiva, a busca pelo impossível via criação, sonho. A estética romântica toma por base o misticismo, a magia, o amor, o pecado, a evasão no tempo, no espaço, volta ao passado, revela-se visionária. Sobre algumas das características do Romantismo, associe os itens, utilizando o código a seguir:
I- Imaginação criadora.
II- Subjetivismo.
III- Evasão.
IV- Retorno ao passado.
(  III  ) O artista, via obra literária, procura fugir para outros mundos, presentes na sua imaginação.
(  I  ) Pelas vias da imaginação, o artista consegue criar outros universos, localizando-os no passado e no futuro.
(  II  ) O autor romântico expõe seu eu interior. Por isso, ele trabalha com as questões sentimentais na poesia e na prosa.
(  IV  ) Pelas vias da criação imaginativa, os românticos revelam o saudosismo, a busca pelas suas origens.
Agora, assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
	
	a) IV - I - II - III.
	
	b) II - IV - I - III.
	
	c) III - I - II - IV.
	
	d) I - III - II - IV.
	 
	 
	5.
	Uma das marcas do período clássico português poderia ser tomada como o movimento religioso com o qual conviveu a sociedade da época, ou seja, o período da reforma religiosa, a qual se subdividiu em Reforma Protestante e Contrarreforma, esta última empreendida pela Igreja Católica. Com isso, o pensamento popular, principalmente dos intelectuais da época, não mais estava embasado na fé, mas, ao contrário, na razão, o que permitiu grande desenvolvimento do espírito da pesquisa. Com relação ao Classicismo português, assinale a alternativa CORRETA:
	
	a) O período clássico português tinha como marca a imitação dos clássicos greco-latinos, a chamada mimese.
	
	b) O período clássico português foi marcado pelo teocentrismo, que olhava mais para o homem, sendo este exaltado, seja nos estudos ou na sua natureza.
	
	c) Durante o Classicismo português, houve um grande desenvolvimento das narrativas, geralmente romances e contos, cujo destaque foi dado a autores como Sófocles e Gil Vicente.
	
	d) No período clássico português, os autores buscaram sua inspiração nos textos dos autores do Romantismo brasileiro para escreverem suas obras, geralmente tragédias.
	 
	 
	6.
	A partir da segunda metade do século XIX, a Europa começa a dar mostra de mudanças muito significativas, especialmente no que se refere aos ideais de liberalismo e democracia. As ciências naturais começam a desenvolver-se e os métodos experimentais e de observação da realidade começam a ser vistos como possíveis para explicar racionalmente o mundo físico. No que se refere à literatura dessa época, assinale a alternativa CORRETA:
	
	a) O surgimento das doutrinas científicas e filosóficas não influenciou a produção escrita, pois a literatura é a arte da palavra.
	
	b) O desenvolvimento científico não interessava aos intelectuais, ou seja, este tema não era bem aceito porque eles lidam com o subjetivismo.
	
	c) Com base no cientificismo e no materialismo, os escritoresse opõem à metafísica, à religião e a tudo o que fugisse dos limites da matéria.
	
	d) Para os escritores dessa época, a Teologia e a Metafísica não poderiam ser substituídas por uma realidade concreta.
	 
	 
	7.
	Observe os versos que seguem:
Na messe, que enlourece, estremece a quermesse...
O sol, o celestial girassol, esmorece...
E as cantilenas de serenos sons amenos
Fogem fluidas, fluindo à fina flor dos fenos.
Os versos em questão são do poema "Um sonho", do poeta lusitano, Eugênio de Castro, que fazia parte de um grupo de escritores, cuja poesia enfatizava a forma, argumento mais presente na estética simbolista, pelo culto à palavra. Seus poemas eram a expressão da linguagem em relação ao concreto e abstrato, ao material e o ideal. Sobre a estética simbolista e com base nos versos apresentados, classifique V para as sentenças verdadeiras e F para as falsas:
(  ) Sonoridade das palavras e assonância, pela repetição de vogais.
(  ) Minuciosa descrição e repetição do fato ou espaço.
(  ) Sinestesia pela fusão de várias sensações.
(  ) Rimas e  aliteração,pela repetição da consoante f, por exemplo.
Agora, assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
FONTE: CASTRO, Eugênio de. Um sonho. In: ABDALA Jr., B.; PASCHOALIN, M. A. História social da literatura portuguesa.
São Paulo: Ática, 1994.
	
	a) V - F - V - V.
	
	b) F - F - F - V.
	
	c) V - V - F - F.
	
	d) V - V - F - V.
	 
	 
	8.
	A literatura é essencial ao homem. É a arte da palavra que adquire função literária. Na literatura, as palavras são carregadas de significado, que vão além de sua significação, que permite interpretações distintas e que, por isso, requer um trabalho criativo do leitor na tentativa de interpretar e compreender o texto. Com base no exposto, analise as sentenças a seguir:
I- O escritor escolhe as palavras para que elas possam produzir um efeito imaginário.
II- O escritor, a partir da sua visão, com base em seus sentimentos, seus pontos de vista e suas técnicas narrativas, recria.
III- O que caracteriza um texto literário é a sua função poética da linguagem.
IV- Para o escritor, apenas o aspecto formal é significativo na composição de uma obra literária.
Assinale a alternativa CORRETA:
	
	a) As sentenças I e IV estão corretas.
	
	b) Somente a sentença I está correta.
	
	c) Somente a sentença II está correta.
	
	d) As sentenças I, II e III estão corretas.
	
	 
	9.
	O Humanismo é uma corrente filosófica e artística que surgiu no século XV na Europa. Na literatura portuguesa, o movimento teve foco na prosa, na poesia e no teatro, transitando do Trovadorismo para o Classicismo. Sobre as características do Humanismo, classifique V para as sentenças verdadeiras e F para as falsas:
(    ) Antropocentrismo, o homem no centro do conhecimento.
(    ) Cientificismo e o racionalismo, a razão ganha espaço.
(    ) Demonstração da figura humana, suas expressões e detalhes das proporções.
(    ) Centralização do conhecimento no divino, a Igreja tem o monopólio da informação.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
	
	a) F - F - V - V.
	
	b) V - F - V - F.
	
	c) V - F - F - V.
	
	d) V - V - V - F.
	 
	 
	10.
	Um dos importantes períodos literários de Portugal foi o Humanismo, tempo em que o olhar mais acurado recaiu sobre o ser humano, ou seja, o centro passou a ser o homem e não mais Deus (visão teocêntrica). O movimento humanista teve sua origem na Itália, durante o século XV, mas se espalhou nas diferente regiões da Europa. Em Portugal, ele passou a exercer sua influência durante a dinastia de Avis, cujas ideias chegavam através das obras dos grandes autores italianos. Assinale a alternativa CORRETA que apresenta os autores do humanismo italiano:
	
	a) Dante Alighieri, Giovanni Boccaccio, Francesco Petrarca.
	
	b) Francesco Petrarca, Homero e Luís Vaz de Camões.
	
	c) Bocage, Dante Alighieri e Camões.
	
	d) Luís Vaz de Camões, Homero e Dante Alighieri.
	 
	 
	11.
	(ENADE, 2008)
Canção
Nunca eu tivera querido
Dizer palavra tão louca:
bateu-me o vento na boca,
e depois no teu ouvido.
Levou somente a palavra,
Deixou ficar o sentido.
O sentido está guardado
no rosto com que te miro,
neste perdido suspiro
que te segue alucinado,
no meu sorriso suspenso
como um beijo malogrado.
Nunca ninguém viu ninguém
que o amor pusesse tão triste.
Essa tristeza não viste,
e eu sei que ela se vê bem...
Só se aquele mesmo vento
fechou teus olhos, também.
FONTE: MEIRELES, C. Poesias completas. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1993.
Com base no poema acima, assinale a opção correta no que diz respeito à especificidade da linguagem literária:
	
	a) A palavra, de acordo com o poema, não revela toda a força do sentimento que habita o eu lírico.
	
	b) Sem os versos de sete sílabas e as rimas, a literariedade estaria ausente do poema.
	
	c) Da linguagem denotativa do texto depreende-se que o poema é uma declaração de amor à pessoa amada.
	
	d) Embora o texto seja um poema, sua linguagem não revela transfiguração artística nem opacidade.
	 
	 
	12.
	(ENADE, 2005) O crítico José Guilherme Merquior, ao analisar a questão da literatura na Modernidade, afirma:
[...] a partir de Flaubert e Baudelaire, instala-se nas letras o senso da "vacuidade do ideal"; emerge a tradição moderna como literatura crítica. O ideal esvaziado de conteúdo, assinalado pelo crítico, no texto de Eça de Queirós:
	
	a) É considerado causa da ação de "celebrar missa durante tantos anos".
	
	b) Pode ser associado à "escangalhada catedral romântica".
	
	c) É tido como consequência da "propaganda do amor ilegítimo".
	
	d) Constitui a busca do "paladino da moral".

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