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CURSO DE CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL FAVENI – FACULDADE VENDA NOVA DO IMIGRANTE APOSTILA INTERNET BÁSICA ESPÍRITO SANTO 2 INTERNET http://www.infodicas.com.br/wp-content/uploads/2008/11/internet.jpg Comunicação é a melhor palavra para descrever a Internet. São serviços e facilidades que, para algumas pessoas, é o lugar onde elas encontram seus amigos, jogam, perguntam, trabalham, viajam e, muito mais. A Internet é um conglomerado de redes em escala mundial de milhões de computadores interligados que permite o acesso a informações e todo tipo de transferência de dados. A Internet é a principal das novas tecnologias de informação e comunicação (NTICs). HISTÓRICO DA INTERNET https://encrypted- tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcQzGOmHbcmd5rE3tpUlureMSG_M_KDJHBcUqqqpkhefXs3pqcvw 3 A Internet começou no início de 1969 sob o nome ARPANET (USA). Composta de quatro computadores tinha como finalidade, demonstrar as potencialidades na construção de redes usando computadores dispersos em uma grande área. Em 1972, 50 universidades e instituições militares tinham conexões. Hoje é uma teia de redes diferentes que se comunicam entre si e que são mantidas por organizações comerciais e governamentais. Mas, por mais estranho que pareça, não há um único proprietário que realmente possua a Internet. Para organizar tudo isto existe associações e grupos que se dedicam para suportar, ratificar padrões e resolver questões operacionais, visando promover os objetivos da Internet. O significado da palavra Internet. (Inter – Internacional) + (Net – Network) = (Rede Internacional de Trabalho) 1969 – Nasce a ARPANET, (Advancend Research Projetcs Network). 1971 – O Pesquisador Ray Tomlinson cria o primeiro programa de e-mail. 1988 – O Laboratório Nacional de Computação e Ciência do CNPq, no Rio de Janeiro consegue acesso à rede de mensagens Bitnet. 1989 – Surge o 1º provedor comercial do mundo, o The World, nos EUA. 1991 – O www é apresentado oficialmente em reunião do Cem. 1993 – Surge o browser Mosaic. 1994 – Surge o Yahoo 1995 – A Embratel começa a prover acesso a Web e nasce o Cadê. 1º catalogo brasileiro de sites. 4 A WORD WIDE WEB https://telecomsbrasil.files.wordpress.com/2012/05/5555.png Ao contrário do que normalmente se pensa Internet não é sinônimo de World Wide Web. Esta é parte daquela, sendo a World Wide Web, que utiliza hipermídia na formação básica, um dos muitos serviços oferecidos na Internet. A Web é um sistema de informação mais recente que emprega a Internet como meio de transmissão. O Word Wide Web (teia mundial) é conhecido também como WWW, uma nova estrutura de navegação pelos diversos itens de dados em vários computadores diferentes. O modelo da WWW é tratar todos os dados da Internet como hipertexto, isto é, vinculações entre as diferentes partes do documento para permitir que as informações sejam exploradas interativamente e não apenas de uma forma linear. INTERNET EXPLORER 5 http://3.bp.blogspot.com Programas como a Internet Explorer, aumentaram muita a popularidade da Internet graças as suas potencialidades de examinador multimídia, capaz de apresentar documentos formatados, gráficos embutidos, vídeo, som e ligações ou vinculações e mais, total integração com a WWW. Este tipo de interface poderá levá- lo a um local (site) através de um determinado endereço (Ex: http://www.uol.com.br) localizado em qualquer local, com apenas um clique, saltar para a página (home page) de um servidor de dados localizado em outro continente. BROWSER OU NAVEGADOR http://tecnologiaeredessociais.files.wordpress.com/2014/05/redes-de-sociabilidade.jpg 6 Um navegador (também conhecido como web browser ou simplesmente browser) é um programa que habilita seus usuários a interagirem com documentos hospedados em um servidor Web. Internet Explorer, também conhecido pelas abreviações IE ou MSIE, é um navegador de licença proprietária produzido inicialmente pela Microsoft em 23 de agosto de 1995. É de longe o navegador mais usado atualmente uma vez que é distribuído em cada versão do sistema operacional Windows. Em outubro de 2006, a porcentagem de usuários do IE é de cerca de 82%. As versões do Internet Explorer são: Exemplos de Browser: Primeira versão: Lançado em agosto de 1995. Segunda versão: Lançado em novembro de 1995. Terceira versão: Lançado em agosto de 1996, foi uns dos primeiros browsers, ou navegadores, a ter suporte ao CSS. Foi introduzido o suporte ao ActiveX, linguagem Java Script. As novidades são consideráveis, tanto que o Internet Explorer 3 passou a ser concorrente do Netscape, o browser mais usado na época. Quarta versão: Lançado em setembro de 1997, apresentou como novidades a integração completa com o sistema operacional e a tecnologia push, tornando-se concorrente não só do Netscape mas também de softwares como o PointCast. Quinta versão: Lançado em março de 1999, foi introduzido o suporte à linguagem XML, XSL, o formato MHTML e mais algumas coisas. O Internet Explorer 5 é encontrado no Windows 98 SE e no Windows 2000. Em julho de 2000, é lançada a Internet Explorer 5.5, juntamente com o Windows ME. 7 Pr otocolo Com ercial Sexta versão: Lançado em agosto de 2001, juntamente com o Windows XP. Nessa versão há um melhor suporte ao CSS level 1, DOM level 1 e SML 2.0. Setembro de 2002 é lançado o Service Pack 1 (SP1) para correção de bugs e em agosto de 2004 é lançado o segundo Service Pack (SP2), oferecendo maior segurança, apesar de depois dessa inovação ainda haver muitas falhas de segurança. OS ENDEREÇOS ELETRÔNICOS Nesta seção iremos aprender como são formados os endereços eletrônicos, ou seja, por que existe esse www, .com, .br, .org etc. Veja abaixo. Exemplo.: http://www.microsoft.com.br No exemplo acima mostramos um endereço (URL) situado na WWW, com fins comerciais, e localizado no Brasil, cujo o nome da empresa é Microsoft. Simples não? http:// (HyperText Transfer Protocol) Protocolo de transferência de Hipertexto, é o protocolo utilizado para transferências de páginas Web. www: Significa que esta é uma página Web ou seja, aqui é possível visualizar imagens, textos formatados, ouvir sons, músicas, participar de aplicações desenvolvidas em Java ou outro script. Resumindo é a parte gráfica da Internet org : Indica que o Website é uma organização. edu: Indica que o Website é uma organização educacional World Wide Web Nome da empresa Localidade da página http://www.microsoft.com.br/ 8 gov: Indica que o Website é uma organização governamental. com: Indica que o Website é uma organização comercial. br: Indica que o Website é uma organização localizada no Brasil, assim como na França é ".fr" e EUA ".us" PROVEDORES DE ACESSO Provedores de acesso são empresas que conectam usuários à Internet. Os provedores geralmente cobram uma taxa mensal de uso, sendo que alguns cobram pelas horas de acesso utilizadas durante o mês e outros uma taxa fixa para acesso por tempo indeterminado. Mas está sendo comum na Internet o acesso gratuito encabeçado por IG, IBEST, etc. http://portalmundohacker.blogspot.com.br 9 Barra de rolagem vertical. TELA INTERNET EXPLORER OS BOTÕES DE NAVEGAÇÕES Barra de Título: Identifica o programa navegador e o título da página que está sendo acessada no momento. Logo abaixo dessa barra, encontramos a Barra de Menu. Barra de Ferramentas: Traz os botões para as operações realizadas com mais frequência no Internet Explorer. Barra de Endereços: Onde inserimos o endereço que identifica o caminhopara acessar uma página na internet, no seu computador ou numa rede local. Ao lado dessa barra existe o botão Ir, que faz com que a Internet Explorer tente acessar a página cujo endereço foi digitado nesta barra. Área da Página: Exibe a página acessada. Barra de título. Barra de status. Área de navegação Barra de endereços Botões de navegação M enu 10 Barra de Rolagem: Para rolar pela tela, a fim de visualizar mais informações. Barra de Status: Informa a situação do processo de carregamento da página, identifica o caminho de links existentes, etc. Barra de Ferramentas Localizada na parte superior da janela, vejamos a função dos principais, respectivamente: Voltar: Retorna para a página anteriormente acessada. Avançar: Avança para a próxima página recentemente acessada. Parar: Cancela o processo de abertura de uma página. Atualizar: Se você receber uma mensagem de que uma página da Web não pode ser exibida ou se você quiser se certificar de que tem a última versão da página, clique no botão “Atualizar”. Página Inicial: Posiciona-se imediatamente na página inicial, cujo endereço foi armazenado nas propriedades do Internet Explorer. 11 Pesquisar: Abre um painel de busca on-line à esquerda da janela. Favoritos: Abre o Painel de Favoritos à esquerda da janela. Histórico: Abre o painel histórico, com as páginas recentemente acessadas. E-mail: Abre opções relacionadas ao Gerenciador de E-mails Outlock Express. PÁGINA INICIAL A Página Inicial do Internet Explorer é o endereço de uma Home-page que é determinado nas configurações do navegador, de forma que a página ao qual o endereço faz referência, seja carregada automaticamente ao abrir o Browser. Geral, das Opções da Internet. Basta digitar o novo endereço desejado, no campo adequado: 12 TRABALHANDO COM HISTÓRICO Agora iremos ver como se exclui do internet explore os sites que ficam armazenados na barra de endereço. Vai em FERRAMENTAS e clica OPÇÕES DA INTERNET. Na parte inferir da janela de opções da internet, terá as opções de histórico, neste local você irar definir quantos dias os sites irão permanece na barra de endereços, neste local você pode definir quantos dias esses sites ficaram armazenados, ou você pode clicar em limpar histórico. Neste botão você irar excluir definitivamente os sites. COMO NAVEGAR PELA WEB? Navegar é preciso, mas para isso é bom saber como proceder em suas viagens, pois bem a primeira barreira a ser ultrapassada é a paciência. Como você irá notar a Internet é um tanto quanto devagar comparada aos serviços telefônicos etc. Pois é essa barreira não vai ser dura de enfrentar pois, já existem no mercado de hoje em dia modems com velocidades altíssimas comparadas a linhas ISDN, são os Modems de 56 Kbps, isso mesmo eles invadiram o mercado para ficar mesmo. Mas isso não é motivo para sair correndo louco para comprar um. Se o seu modem tem velocidade igual ou superior a 28.800 bps, você pode navegar tranquilamente sem maiores problemas, agora se o seu modem é inferior a essa velocidade, irá encontrar dificuldades, pois a WWW se torna cada dia mais pesada ou seja, com imagens com maior resolução e consequentemente maiores são seus tamanhos. Mas isso não quer dizer que com um modem de 14.400 bps ou um de 19.200 seja impossível navegar, pelo contrário é amplamente possível porém sua conta 13 telefônica virá maior pois você ficará mais tempo conectado para conseguir o mesmo tipo de informação que um outro usuário com um modem superior conseguiu em muito menos tempo. Esse é o problema! Bem, abaixo estão algumas regrinhas que irão ajudar na hora de navegar. Quando iniciar a baixar uma página evite trocar o endereço no mesmo momento para outra página, pois isso poderá deixar a conexão mais devagar. Quando uma página estiver demorando para ser baixada, seja paciente, não vá clicando no primeiro Link que aparece na tela do navegador, isso tornará o download da página mais lento. Espere pela mensagem de concluído na barra de status do navegador. Evite conectar nos horários de pico, pois as linhas estão cheias de pessoas conectadas no momento, isso torna a conexão mais lenta, além de você estar sujeito a perder a conexão. Sempre que possível evite páginas que contenham Java Script pois em alguns casos são páginas destinadas perturbar sua vida com Java Bombs. Ou seja, seu micro pode parar de funcionar devido ao Java bomb contido na página, que por sua vez travou seu sistema. COMO PESQUISAR NA INTERNET? https://encrypted- tbn2.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcQxhnDZY6u_sWTVW_02nx7DygV6HcUlTuJxs6mRX_FpLqc9dJoN Está seção é destinada à procura de assuntos na Internet. A partir de agora vai ser impossível você não encontrar o que você procura na rede. Onde procurar? Como já foi dito antes o IE possui um recurso muito interessante e útil, para a busca de palavras-chave. Particularmente prefiro procurar pelos sites de busca 14 propriamente ditos em suas devidas páginas, uma vez que a busca efetuada a partir do site da Microsoft com o auxílio do botão Pesquisar é menos eficiente que a procura feita através dos respectivos sites de busca. Sites de pesquisa na Internet. Procura no Brasil. Procura no exterior. Cadê http://www.cade.com.br/ Radaruol http://www.radaruol.com.br/ Surf http://www.surf.com.br/ Onde ir http://www.ondeir.com.br/ Aonde http://www.aonde.com.br/ Zeek http://www.zeek.com.br/ Bookmark http://www.bookmark.com.br Altavista http://www.altavista.com Lycos http://www.lycos.com Yahoo http://www.yahoo.com Excite http://www.excite.com Webcrawler http://www.webcrawler.com Dejanews http://www.dejanews.com Infoseek http://www.infoseek.com Como procurar? Para a procura na Internet, utilize palavras que exprimam sentido geral do assunto a ser procurado. http://www.cade.com.br/ http://www.radaruol.com.br/ http://www.surf.com.br/ http://www.ondeir.com.br/ http://www.aonde.com.br/ http://www.zeek.com.br/ http://www.bookmark.com.br/ http://www.altavista.com/ http://www.lycos.com/ http://www.yahoo.com/ http://www.excite.com/ http://www.webcrawler.com/ http://www.dejanews.com/ http://www.infoseek.com/ 15 Para procurar na Internet é preciso saber algumas regras que são básicas para que haja sucesso em suas buscas e que sejam objetivas. Caso queira procurar por uma palavra-chave simples como Futebol, não há nada mais a fazer além de digitar a palavra e mandar procurar. Caso queira procurar por palavras-chaves compostas a procura se torna diferente pois faz-se necessário o uso de aspas nos extremos da palavra tal como Spice Girls. A palavra Spice Girls por ser uma palavra-chave composta deverá estar entre “ ”. Pois dessa forma o search irá procurar pela palavra SPICE GIRLS e não mais que isso. Exemplo: “Spice Girls”, “The Beatles”, “Guarda-chuva” etc. Caso você tenha procurado por Spice Girls sem a utilização das “”, o search irá procurar por Spice e Girls tornando assim uma procura por assuntos diferentes, devido à falta das aspas. Portanto preste atenção quando for efetuar a sua procura. Exemplo1: Procura por Doenças alérgicas Procure por: Doenças alérgicas, pois por ser uma palavra composta será mais difícil de encontrar e caso encontre, não irá complicar a sua vida pois encontrará bem poucas palavras. Caso o resultado da procura não tenha sido satisfatório, tente procurar por alergia, desta vez o resultado será maior que o anterior pois é uma palavra simples e que envolve toda a categoria desde doenças a definição do assunto desejado. Exemplo2: Procura por “The Beatles” Procure por “The Beatles”, maisuma vez uma palavra composta. Utilize o mesmo método acima, ou seja, procure pelo mais difícil, logo em seguida se o resultado não for satisfatório procure por alguma palavra relacionada tal como “John Lennon” ou, “Rock”. 16 ENTRETENIMENTO http://www.gestoron.com.br/arquivos/300/conteudo/posts/108935.jpg A seção de entretenimento irá trazer até você a oportunidade de conhecer o famoso bate-papo que todos falam, o download de arquivos, escutar rádios on-line, assistir televisão on-line, fazer compras, visitar bibliotecas, ficar informado além de muitas outras tarefas costumeiras na Internet. Download. Download é nada mais que pegar para você algo que está na Internet. Download de figuras na Internet. Como é feito? 17 Clique com o botão direito em cima da figura, Salvar figura como Escolha o nome e a pasta onde o arquivo será baixado. Salvar Download de arquivos na Internet Como é feito? Geralmente os arquivos na Internet são colocados para download, a partir de links, e o procedimento é parecido com o download de figuras. Clique no respectivo link de download Aparecerá uma tela com duas opções, Abrir arquivo ou Salvar arquivo em disco.. Escolha salvar arquivo em disco. 18 Escolha a pasta de destino e logo em seguida clique em salvar. Janela de download em execução. Radios e TV`s On-line Hoje em dia já é possível até mesmo assistir televisão de ouvir rádios de todo o mundo pela Internet, porém assistir televisão ainda é um pouco precário devido a necessidade de altas velocidades de conexão para a transmissão de áudio e vídeo. Tendo dessa forma maior abrangência aos usuários de linhas ISDN. Já as rádios mundiais, essas sim tem qualidade excelente, podendo ser comparadas as comuns difusoras que existem em todo o mundo. As rádios na Internet fazem o maior sucesso pois, lhe possibilita ouvir tipos de música de todo o lugar do planeta sem sair do conforto de sua casa ou de seu trabalho, mas para isso é necessário possuir uma placa de som e caixas de som não importando o fabricante. Confira para ver como funciona, temos certeza que irão adorar ! Abaixo o endereço mais completo para a busca de TV`s e rádios on-line. http://www.radios.com.br http://www.radios.com.br/ 19 No endereço acima você encontrará o mais completo site contendo quase todas as rádios e TV`s on-line disponíveis no mundo todo. Informação Informação é sempre muito importante para todos, pois quem é que não gosta de se sentir a par dos assuntos que estão sendo comentados? E foi pensando nisso que iremos indicar uma página com mais de 50 jornais diferentes espalhados pelo Brasil todo para que você possa se mantiver informado de qualquer notícia que esteja rolando por aí, além disso, você ainda fica sabendo primeiro que os outros. Explorer este lado da rede que vem crescendo cada vez mais com o passar dos dias. http://www.sidenet.com.br/user/flavio.sobreira/jornais.htm Bibliotecas Para quem gosta de estudar ou precisa fazer algum trabalho escolar, acabou o seu problema, pois agora você irá conhecer as bibliotecas virtuais, ou seja, são realmente centros de cultura com material muito vasto de pesquisa espalhados por todo o Brasil. Abaixo o URL para uma série de bibliotecas nacionais. http://www.sidenet.com.br/user/flavio.sobreira/bibliote.htm Compras Fazer compras na Internet está se tornando cada vez mais comum, devido as facilidades encontradas. Uma delas é que você pode comprar diretamente do conforto de sua casa ou trabalho, a outra é que as lojas on-line nunca fecham para almoço, feriado ou mesmo finais de semana e dias santos. Além de tudo é muito mais prático do que sair andando por aí pesquisando preços, basta estar conectado e procurar pela rede toda por ofertas de encher os olhos. http://www.sidenet.com.br/user/flavio.sobreira/jornais.htm http://www.sidenet.com.br/user/flavio.sobreira/biliotecas.htm 20 Porém fazer compras pela rede pode se tornar uma grande confusão caso o pagamento seja efetuado através de cartão de credito, pois é , a maioria das negociações feitas na Internet é feita através de cartões de credito assim como comprar pelo telefone como nos anúncios de TV. Funciona da mesma forma, o comprador tem de estar com seu cartão dentro da validade, indicar número do cartão, qual é o cartão e pronto, aí basta seguir a lógica do site onde está no momento. Atenção Se você é daqueles que acredita em todos e gosta de comprar muito, tome muito cuidado, pois pode lhe trazer problemas, tais como: Roubo do número de cartão de crédito, e seu nome no SPC. Para evitar este tipo de constrangimento, procure sempre comprar-nos Web sites de sua confiança como Arapuã, Mappin, UOL, Visamail etc. Nunca compre através de websites de procedência duvidosa. Abaixo alguns sites de compras na rede. Site do Universo On Line http://www.uol.com.br Site da Arapuã http://www.arapua.com.br Site do Visamail http://www.visamail.com Site da Disney http://www.disney.com http://www.uol.com.br/ http://www.arapua.com.br/ http://www.visamail.com/ http://www.disney.com/ 21 CORREIO ELETRÔNICO ON LINE http://www.paranacentro.com.br/fotos/noticias/email_964.jpg Sem sombra de dúvida a maior utilização da Internet atual é o correio eletrônico. Esse crescimento deve-se principalmente a velocidade que se tem no envio de textos, imagens ou qualquer tipo de documento de um computador ao outro, mesmo distantes vários kilômetros. A principal identificação do e-mail é o símbolo de arroba @, como por exemplo: webmaster@portal.com.br webmaster - define o nome de usuário. @ - separa o nome do usuário do servidor de hospedagem das mensagens. Portal - é o servidor para onde as mensagens estão sendo encaminhadas. Criando uma conta de correio eletrônico No início da Internet para ser ter uma conta de correio eletrônico era necessário que você tivesse conta no provedor. Mas já existem muitos sites que fornecem contas de correio eletrônico gratuitos, desde que o usuário preencha um cadastro. A renda desses sites vem de propaganda, pois os anunciantes colocam banner's, pop-us e chamadas em geral para as páginas. mailto:webmaster@portal.com.br 22 Um dos pioneiros no Brasil foi o e-mail grátis BOL, que fez uma grande propaganda nos meios de comunicação para informar os internautas sobre a novidade, criando uma onda de cadastros. Hoje em dia, no entanto, o mais popular é o HOTMAIL, hoje pertencente a Microsoft. Mas existem outros, como o YAHOO e o IG. Para criar um e-mail no hotmail, por exemplo, você deve acessar o site www.hotmail.com. A tela pede que você entre com seu e-mail e senha. Mas também disponibiliza um botão para que você CRIAR UMA CONTA MSN HOTMAIL. Este botão dá acesso a outra tela. Na próxima página, você vai optar por selecionar o crie já sua conta http://www.hotmail.com/ 23 Ao clicar na opção crie já sua conta, você verá uma página O próximo passo é realizar seu cadastro. Você deverá preencher todas as informações conforme solicitado. E ao final do preenchimento, deverá 24 Concordar com os termos de uso para efetivar a criação do seu endereço eletrônico. Acessando o Webmail Para acessar sua conta de e-mail através do site, digite o endereço e entre com seus dados de usuário e senha corretamente: Ao continuar, verá a seguinte tela: 25 Caixa de Entrada A caixa de entrada é onde ficam armazenadas as mensagens recebidas. As mensagens ainda não lidas ficarão sendo mostradas em forma de um envelope amarelo fechado e as mensagens já lidas ficarão em forma de uma carta aberta.26 Ao abrir a mensagem podemos: Excluir: Move a mensagem para a pasta de Itens excluídos. Responder: Abre a janela de resposta de mensagem respondendo para o nome autor da mensagem. Responder a todos: Esta opção envia a resposta para todos os e-mails que o autor enviou juntamente com o seu. Encaminhar: Envia a mensagem para outro endereço. Colocar na pasta: Para que você mova a mensagem para outra pasta em sua conta de e-mail. 27 IMPORTÂNCIA DA INTERNET HOJE http://www.needatechguy.com/images/Internet.jpg A Internet é o principal meio de comunicação existente na atualidade, qualquer informação hoje é compartilhada pela rede, você pode receber informações do outro lado do mundo em questões de segundos. Os meios de comunicação mais antigos como rádio, televisão e jornais, já estão disponibilizando páginas na rede com conteúdos e acessos exclusivos para os assinantes. A Internet foi o meio que mais colaborou para o surgimento da palavra globalização nos livros de geografia e história, informações ocorridas hoje podem ser visualizadas em questões de segundos, bastando apenas um aparelho que contenha um browser e acesso à Internet. Apesar da tecnologia que envolva a Internet já existir a algum tempo, só agora nos últimos anos, que começou a expandir e influenciar na vida da sociedade. Isso ocorre pois a cada dia surgem acesso cada vez mais rápidos e diversas formas de se conectar à Internet. Das formas de conexão existentes comum e a que 28 colaborou mais para o aparecimento de novos usuários foi a conexão discada, pois ela foi a primeira a expandir entre usuários domésticos. Existe também a banda larga de acesso rápido, a rede sem fio o (wirelles) e a 3G. Atualmente a Internet é o meio de comunicação, entretenimento, mais utilizada pelas pessoas. Pode ser usada também para trabalhar, estudar, e até fazer compras sem sair de casa, possibilitando pesquisar preços nas melhores lojas. A cada dia que passa, influencia mais na vida das pessoas, mesmo para aquelas pessoas que nunca utilizavam, ou ainda não sabe como ela funciona. A importância da Internet hoje é tão relevante, que se ela desaparecesse muitas pessoas ficariam perdidas, pois muitos trabalhos seriam perdidos, e assim o desemprego iria crescer mais ainda, juntamente com milhares de dívidas de quem se dedicou na Internet, como um meio de trabalho. Ela tem influência também no âmbito de conhecimento adquirido pela sociedade, pois cada dia são compartilhados e aprimorados por pessoas que disponibilizam conhecimentos sobre todos os tipos de assuntos que se possa existir. Não se pode considerar a Internet uma ferramenta perfeita, pois se não for utilizada de maneira correta acaba trazendo consequências desagradáveis que provocam vários danos tanto na vida de pessoas ou empresas. Existem pessoas que possuem um conhecimento superior de como funciona a Internet, e estes utilizam este conhecimento para prejudicar pessoas que caiam em suas "armadilhas". Estas armadilhas podem ser links que levam o usuário a ter problemas significativos, podendo causar desde prejuízos financeiros e até danos morais. 29 BIBLIOGRAFIA ALVES(2000), L. R. G. Conhecimento e Internet: uma construção possível? Acessado em Julho de 2002. Reacessado em 30 de Julho de 2003 URL: http://www.ufba.br/~lynn/feba.htm. Artigo publicado na Revista da Faculdade de Educação da Bahia. Ano I, no. 1, jan/jun 2000. pg. 92-107 ANDRADE(2003), A.F. e BEILER, A. Análise de ferramentas computacionais colaborativas visando aprendizagem à distância. Acessado em Janeiro de 2003. Reacessado em 4 de Novembro de 2003 às 8:47. URL: http://enlaces.c5.cl/tise99/memoriatise99/html/papers/ferramentas/. BARTOLOMÉ (2002), A. Mensagem Pessoal enviada para o autor. Assunto: Repuesta a. Data: 20 de outubro de 2002 às 21h30. CASTRO, C. M. A prática da pesquisa. São Paulo: McGraw Hill do Brasil, 1977. CATANI, D.B. Formar professores em contextos sociais em mudança Prática reflexiva e participação crítica. – Artigo traduzido por Denice B. Revista Brasileira de Educação, set-dez, n° 12. pp. 5-12. 1999. CLARK, R.E. Reconsidering Research on Learning from Media. Review of Educational Research, 1983. DEMO, P. A Nova LDB: Ranços e Avanços. Campinas: Papirus, 1997.111p DEMO, P. Educação e qualidade. Campinas: Papirus, 1994.212p FORTE, S.H.A.C. Manual de elaboração de Tese, Dissertação e Monografia. Fundação Edson Queiroz, Universidade de Fortaleza, Fortaleza – CE, 2003, 42p. FRANCO, M. A; SAMPAIO, C.S. Linguagens, comunicação e cibercultura: novas formas de produção do saber. Acessado em Maio de 2003. Reacessado em 19 de novembro de 2003 às 11h. MORAN (1997), J.M. Como utilizar a Internet na Educação. Artigo publicado na Revista Ciência da Informação, Vol 26, n.2, maio-agosto 1997, pág. 146-153. MORAN (2002), J.M. Educar o Educador. Acessado em 2002. Reacessado em Fevereiro de 2003. URL: . Moran (2002). 30 PEREIRA (2002), A.C.B.G. Educadores e novas tecnologias: combinação possível? Acessado em 12 de Setembro de 2002. Reacessado em 01 de agosto de 2003. RAMÍREZ (2003), S.U. Informática e teoria da aprendizagem. Acessado em 18 de Novembro de 2003 às 16h59. Nome do autor: José Manuel Moran Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100- 19651997000200006 Data de acesso: 19/05/2016 Como utilizar a Internet na educação Resumo Relato e análise de experiências pessoais e institucionais que utilizam a Internet na educação presencial como pesquisa, apoio ao ensino e como comunicação. Avalia os avanços e problemas que estão acontecendo atualmente e mostra que a Internet é mais eficaz, quando está inserida em processos de ensino- aprendizagem e de comunicação que integram as dimensões pessoais, as comunitárias e as tecnológicas. Palavras-chave Internet; Educação; Pesquisa; Comunicação. INTRODUÇÃO A Internet está explodindo como a mídia mais promissora desde a implantação da televisão. É a mídia mais aberta, descentralizada, e, por isso mesmo, mais ameaçadora para os grupos políticos e econômicos hegemônicos. Aumenta o número 31 de pessoas ou grupos que criam na Internet suas próprias revistas, emissoras de rádio ou de televisão, sem pedir licença ao Estado ou ter vínculo com setores econômicos tradicionais. Cada um pode dizer nela o que quer, conversar com quem desejar, oferecer os serviços que considerar convenientes. Como resultado, começamos a assistir a tentativas de controlá-la de forma clara ou sutil. A distância hoje não é principalmente a geográfica, mas a econômica (ricos e pobres), a cultural (acesso efetivo pela educação continuada), a ideológica (diferentes formas de pensar e sentir) e a tecnológica (acesso e domínio ou não das tecnologias de comunicação). Uma das expressões claras de democratização digital se manifesta na possibilidade de acesso à Internet e em dominar o instrumental teórico para explorar todas as suas potencialidades. A Internet também está explodindo na educação. Universidades e escolas correm para tornar-se visíveis, para não ficar para trás. Uns colocam páginas padronizadas, previsíveis, em que mostram a sua filosofia, as atividades administrativas e pedagógicas. Outros criam páginas atraentes, com projetos inovadores e múltiplas conexões. A educação presencial pode modificar-se significativamente com as redes eletrônicas. As paredes das escolas e das universidades se abrem, as pessoas se intercomunicam, trocam informações, dados, pesquisas. A educação continuada é otimizada pela possibilidade de integração de várias mídias, acessando-as tanto em tempo real como assincronicamente, isto é, no horário favorável a cada indivíduo, e também pela facilidade de pôr em contato educadores e educandos.Na Internet, encontramos vários tipos de aplicações educacionais: de divulgação, de pesquisa, de apoio ao ensino e de comunicação. A divulgação pode ser institucional - a escola mostra o que faz - ou particular - grupos, professores ou alunos criam suas home pagespessoais, com o que produzem de mais significativo. A pesquisa pode ser feita individualmente ou em grupo, ao vivo - durante a aula - ou fora da aula, pode ser uma atividade obrigatória ou livre. Nas atividades de apoio ao ensino, podemos conseguir textos, imagens, sons do tema específico do programa, utilizando-os como um elemento a mais, junto com livros, revistas e vídeos. A comunicação ocorre entre professores e alunos, entre professores e professores, entre alunos e outros colegas da mesma ou de outras cidades e países. A 32 comunicação se dá com pessoas conhecidas e desconhecidas, próximas e distantes, interagindo esporádica ou sistematicamente. As redes atraem os estudantes. Eles gostam de navegar, de descobrir endereços novos, de divulgar suas descobertas, de comunicar-se com outros colegas. Mas também podem perder-se entre tantas conexões possíveis, tendo dificuldade em escolher o que é significativo, em fazer relações, em questionar afirmações problemáticas. A INTERNET NA EDUCAÇÃO CONTINUADA O artigo 80 da Nova LDB/96 incentiva todas as modalidades de ensino à distância e continuada, em todos os níveis. A utilização integrada de todas as mídias eletrônicas e impressas pode ajudar-nos a criar todas as modalidades de curso necessárias para dar um salto qualitativo na educação continuada, na formação permanente de educadores, na reeducação dos desempregados. Estamos em uma etapa de transição quantitativa e qualitativa das mídias eletrônicas. Estamos passando de uma fase de carência de canais para uma outra de superabundância. Na TV a Cabo e por Satélite, podemos aumentar o número de canais pela compressão digital até várias centenas. Mesmo a televisão aberta (VHF) vai poder proximamente, com a TV digital, multiplicar por cinco o número de canais ofertados até agora. Há uma clara aproximação da televisão, do computador e da Internet. O Netputer, a WEBTV, a tela em que trabalhamos e vemos televisão aproxima áreas tecnológicas que até agora estavam separadas. A chegada da Internet à TV a cabo sem dúvida é um marco decisivo para visualizar imagens em movimento e sons, integrando o audiovisual, a hipermídia, o texto "linkado" e a narrativa do cinema e da TV. Estamos, em consequência, diante de um panorama poderoso para integrar todas estas mídias no ensino à distância e continuado. A Internet, ao tornar-se mais e mais hipermídia, começa a ser um meio privilegiado de comunicação de professores e alunos, já que permite juntar a escrita, a fala e proximamente a imagem a um custo barato, com rapidez, flexibilidade e interação até há pouco tempo impossíveis. As grandes universidades e instituições educacionais norte-americanas, canadenses e 33 européias estão investindo maciçamente em todo tipo de cursos que utilizam também a Internet. A Home Page do INED traz dezenas de artigos em português e inglês sobre ensino à distância e muitos endereços de instituições que estão oferecendo programas de ensino à distância no mundo inteiro. O endereço é: http://www.ibase.org.br/~ined/. Neste artigo, vou concentrar-me em como utilizar a Internet no ensino presencial, no ensino que está organizado para o encontro físico em salas de aula. Nele, podemos introduzir formas de pesquisa e comunicação não presenciais, que nos ajudarão a renovar a forma de dar aula, de investigar, de relacionar-nos dentro e fora da sala de aula. PROJETOS DE INTERNET NA EDUCAÇÃO PRESENCIAL Na impossibilidade de descrever e analisar, neste artigo, os muitos projetos que estão sendo desenvolvidos atualmente na Internet, trago alguns projetos da Grande São Paulo que tenho acompanhado com mais atenção e aponto alguns endereços mais significativos de instituições educacionais para consultaI. A Escola do Futuro [ http://www.futuro.usp.br ] - grupo de pesquisas da Universidade de São Paulo - é pioneira na implantação de uso de redes eletrônicas no ensino fundamental e médio no Brasil. Desenvolve projetos de ensino de ciências e de humanidades com redes telemáticas desde 1990. Exemplos de projetos: Fast Plant (comparação do crescimento rápido das plantas em climas e com adubos diferentes). Projeto Ecologia das águas (coleta e análise de amostras de águas próximas às escolas conveniadas). Projeto Biogás (produção de mistura de gases; biodigestão com três temperaturas diferentes). Projeto Energia Solar (comparação do consumo de energia; coleta de energia solar, transformando-a em energia elétrica). Projeto de Plantas Carnívoras (em 1996, com 23 escolas). Projeto Sky (observar o céu e trocar informações com alunos do hemisfério Norte). Projeto Brasil/Portugal (Des)encontros de culturas (professores e alunos de geografia, história e português de duas escolas brasileiras e duas portuguesas). Projeto Educando para a Cidadania (com alunos da sexta série de vários colégios). Os projetos são coordenados por professores-pesquisadores, com bolsas de estudo. Começam com encontros presenciais para dominar as ferramentas das redes, http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-19651997000200006#not1 34 os conceitos fundamentais e as etapas do projeto. Os projetos encontram-se em fase final de avaliação. Os resultados são desiguais. Aumentam a motivação dos alunos, o interesse pela pesquisa e por participar em grupos. Há mais sensibilidade para uso das novas tecnologias de comunicação. Ganha maior importância o ensino de inglês. Os alunos desenvolvem contatos pessoais e amizades por meio da rede. As dificuldades maiores são a continuidade entre os professores, principalmente na rede pública. Também há, às vezes, dificuldade de contato com os monitores dos projetos na USP. Algumas escolas se queixam de falta de retorno dos resultados finais de cada projeto ao seu término. Colégio Municipal Alcina de São Caetano do Sul, na Grande São Paulo [http://eu.ansp.br/~cimpadf/ ] começou com dois computadores XT e atualmente desenvolve 14 projetos, alguns na área de ciências vinculados à Escola do Futuro (Ecologia das Águas, Biogás, Fast-plant, Sky, Plantas Carnívoras). Outro projeto é sobre o ensino de inglês com escolas estaduais e particulares da mesma cidade. Também um projeto de ensino da informática para alunos do curso de magistério. E um projeto de Livro Eletrônico com crianças do interior da Suécia, escrevendo capítulos alternados sobre como crianças das quintas e sextas séries vivem no Brasil e na Suécia. EXPERIÊNCIAS PESSOAIS DE ENSINO NA INTERNET Tenho desenvolvendo algumas experiências no ensino de graduação e de pós- graduação na Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo. Criei uma página pessoal na Internet, com dois endereços: http://www.eca.usp.br/eca/prof/moran/mor.htm e http://ww w.geo citi es.com/TelevisionCity/7815/index.html . Nela constam as disciplinas de pós- graduação (Redes Eletrônicas na Educação e Novas Tecnologias para uma Nova Educação) e três de graduação (Novas Fronteiras da Televisão, Legislação e Ética do Radialismo e Mercadologia de Rádio e Televisão), com o programa e alguns textos meus e dos meus alunos. O roteiro básico é o seguinte: no começo do semestre, cada aluno escolhe um assunto específico dentro da matéria, vai pesquisando-o na Internet e na biblioteca; ao mesmo tempo, pesquisamos também temas básicos do curso; o 35 aluno apresenta os resultados da sua pesquisa específica na classe e depois pode divulgá-los, se quiser, através da Internet. Disponho de uma sala de aula com 10 computadores ligados à Internet por fibra ótica, para 20 alunos, em média. Utilizamos essa sala a cadaduas ou três semanas. As outras aulas acontecem na sala convencional. O fato de ver o seu nome na Internet e a possibilidade de divulgar os seus trabalhos e pesquisas exerce forte motivação nos alunos, estimula-os a participar mais em todas as atividades do curso. Enquanto preparam os trabalhos pessoais, vou desenvolvendo com eles algumas atividades. Começamos com uma aula introdutória para os que não estão familiarizados com a Internet. Nela, aprendemos a conhecer e a usar as principais ferramentas. Fazemos pesquisa livre, em vários programas de busca. Cadastramos cada aluno para que tenha o seu e-mail pessoal (na própria universidade ou em sites que oferecem endereços eletrônicos gratuitamente). Em um segundo momento, todos pesquisamos o mesmo tópico do curso nos programas de busca (como o Altavista, Yahoo, Lycos, Infoseek, Galaxy, Cadê). Eles vão gravando os endereços, artigos e imagens mais interessantes em disquete e também fazem anotações escritas, com rápidos comentários sobre o que estão salvando. As descobertas mais importantes são comunicadas aos colegas. Os resultados são socializados, discutidos, comparados. O meu papel é o de acompanhar cada aluno, incentivá-lo, resolver suas dúvidas, divulgar as melhores descobertas. No fim da aula, fazemos um rápido balanço e peço que sintetizem o que foi mais importante e que estudem com mais calma o material gravado, para descobrir as principais coincidências e divergências no material encontrado. Na aula seguinte, esse material é trocado, discutido, junto com outros textos trazidos pelo professor que são retirados de revistas, livros e da própria Internet. As aulas na Internet se alternam com as aulas habituais. Posteriormente, cada aluno desenvolve o seu tema específico de pesquisa, sob a minha supervisão. Estou junto com eles, dando dicas, tirando dúvidas, anotando descobertas. Esses temas específicos são mais tarde apresentados em classe para os colegas. O professor complementa, questiona, relaciona essas apresentações com a matéria como um todo. Alguns alunos criam suas páginas pessoais, e outros 36 entregam somente os resultados das suas pesquisas para colocá-los na minha página. Além das aulas, ocorre um estimulante processo de comunicação virtual, junto com o presencial. Eles podem pesquisar em uma sala especial em qualquer horário, se houver máquinas livres. Os alunos me procuram mais para atendimento específico na minha sala e também enviam mensagens eletrônicas. Como todos têm e-mail, de vez em quando envio sugestões pela rede, lembro-os de datas de leituras de textos. Estou começando a enviar alguns artigos pela própria rede. Na pós-graduação, estou fazendo algumas experiências de discussões virtuais com programas em tempo real, escrevendo ao mesmo tempo (programas em IRC como o Mirc). Neste momento, também estamos começando a experimentar programas de som e de imagem, interagindo com outras pessoas - fora da Universidade -, em tempo real, discutindo assuntos da matéria. Adapto esse processo também aos meus orientandos de graduação (trabalhos de conclusão de curso), de mestrado e de doutorado. Os que não moram em São Paulo se comunicam com mais frequência comigo pela Internet, enviam-me capítulos das suas teses eletronicamente e eu as devolvo da mesma forma. Os que já terminaram têm uma página na rede com o resumo da tese e outras informações que julguem convenientes. Ensinar utilizando a Internet exige uma forte dose de atenção do professor. Diante de tantas possibilidades de busca, a própria navegação se torna mais sedutora do que o necessário trabalho de interpretação. Os alunos tendem a dispersar-se diante de tantas conexões possíveis, de endereços dentro de outros endereços, de imagens e textos que se sucedem ininterruptamente. Tendem a acumular muitos textos, lugares, ideias, que ficam gravados, impressos, anotados. Colocam os dados em sequência mais do que em confronto. Copiam os endereços, os artigos uns ao lado dos outros, sem a devida triagem. Creio que isso se deve a uma primeira etapa de deslumbramento diante de tantas possibilidades que a Internet oferece. É mais atraente navegar, descobrir coisas novas do que analisá-las, compará-las, separando o que é essencial do acidental, hierarquizando idéias, assinalando coincidências e divergências. Por outro lado, isso reforça uma atitude consumista dos jovens diante da produção cultural audiovisual. Ver eqüivale, na cabeça de muitos, a compreender e há um certo ver 37 superficial, rápido, guloso, sem o devido tempo de reflexão, de aprofundamento, de cotejamento com outras leituras. Os alunos se impressionam primeiro com as páginas mais bonitas, que exibem mais imagens, animações, sons. As imagens animadas exercem um fascínio semelhante às do cinema, vídeo e televisão. Os lugares menos atraentes visualmente costumam ser deixados em segundo plano, o que acarreta, às vezes, perda de informações de grande valor. É importante que o professor fique atento ao ritmo de cada aluno, às suas formas pessoais de navegação. O professor não impõe; acompanha, sugere, incentiva, questiona, aprende junto com o aluno. Ensinar utilizando a Internet pressupõe uma atitude do professor diferente da convencional. O professor não é o "informador", o que centraliza a informação. A informação está em inúmeros bancos de dados, em revistas, livros, textos, endereços de todo o mundo. O professor é o coordenador do processo, o responsável na sala de aula. Sua primeira tarefa é sensibilizar os alunos, motivá-los para a importância da matéria, mostrando entusiasmo, ligação da matéria com os interesses dos alunos, com a totalidade da habilitação escolhida. A Internet é uma tecnologia que facilita a motivação dos alunos, pela novidade e pelas possibilidades inesgotáveis de pesquisa que oferece. Essa motivação aumenta, se o professor a faz em um clima de confiança, de abertura, de cordialidade com os alunos. Mais que a tecnologia, o que facilita o processo de ensino- aprendizagem é a capacidade de comunicação autêntica do professor, de estabelecer relações de confiança com os seus alunos, pelo equilíbrio, competência e simpatia com que atua. A PESQUISA NA INTERNET A Internet está trazendo inúmeras possibilidades de pesquisa para professores e alunos, dentro e fora da sala de aula. A facilidade de, digitando duas ou três palavras nos serviços de busca, encontrar múltiplas respostas para qualquer tema é uma facilidade deslumbrante, impossível de ser imaginada há bem pouco tempo. Isso traz grandes vantagens e também alguns problemas. Podemos partir, na pesquisa, do geral para o específico, dos grandes tópicos para os subtópicos. Em um primeiro momento, procuramos nos programas de busca 38 as palavras-chave mais abrangentes, mais amplas. Por exemplo, televisão, televisão e educação. As palavras podem ser buscadas em serviços norte-americanos como o Altavista, digitando-as, além de em inglês, em português ou em espanhol, o que apontará os endereços predominantemente nessas línguas. As primeiras buscas mostrarão milhares de resultados. Escolheremos alguns das primeiras páginas. Gravamos alguns endereços, anotamos por escrito também as observações principais. O estudante iniciante na Internet se deixa, primeiramente, deslumbrar quando vê que uma pesquisa apresenta 100 mil resultados. Depois desanima, ao constatar que não pode esgotá-la, que há inúmeras repetições, muitas indicações equivocadas. Convém procurar mais de um programa de busca, porque os resultados não são idênticos. Em um segundo momento, dirigimos mais a busca para temas específicos, por exemplo, televisão por cabo, televisão de acesso público, televisão comunitária, televisão interativa. Fazemos essa pesquisa em vários programas de busca. Vamos abrindo alguns endereços. Com a prática, desenvolvemos a habilidadede descobrir onde estão os melhores endereços, aqueles nos quais vale a pena aprofundar-se. Fazemo-lo, observando a organização dos tópicos, a riqueza e variedade de artigos, a respeitabilidade da instituição e dos pesquisadores. Podemos coordenar pesquisas com objetivos bem específicos, monitorando de perto cada etapa da busca, pedindo que anotem os dados mais importantes e que reconstruam ao final os resultados. É importante sensibilizar o aluno antes para o que se quer conseguir neste momento, neste tópico. Se o aluno tem claro ou encontra valor no que vai pesquisar, procederá com mais rapidez e eficiência. O professor precisa estar atento, porque a tendência na Internet é para a dispersão fácil. O intercâmbio constante de resultados e a supervisão do professor podem ajudar a obter melhores resultados. Na pesquisa com objetivos bem específicos, podemos fazer uma busca "uniforme", isto é, todos pesquisam os mesmos endereços previamente indicados pelo professor ou fazem uma busca mais aberta sobre o mesmo assunto. Vale a pena alternar as duas formas. Na primeira, há menos variedade de lugares pesquisados, mas podem-se aprofundar mais os resultados. Na segunda, ao deixar menos definidos os lugares, e sim o tema, as possibilidades de encontrar resultados inesperados aumentam. 39 Podemos fazer pesquisas de temas diferentes, individualmente ou em pequenos grupos. É interessante que os alunos escolham algum assunto dentro do programa que esteja mais próximo do que eles valorizam mais. Essas pesquisas podem ser realizadas dentro e fora do período de aula. Durante a aula, o professor acompanha cada aluno, tira dúvidas, dá sugestões, incentiva, complementa os resultados, aprende com as informações que os alunos passam. Essas pesquisas são depois apresentadas para os demais colegas e para o professor. Este complementa, problematiza, adapta à realidade local, os resultados trazidos pelos alunos. Como há tantas possibilidades de pesquisa e facilidade de dispersão, o educador estará atento, na aula-pesquisa, a escolher o melhor momento de cada aluno comunicar os seus resultados para a classe. A comunicação de resultados pode ser espontânea: o professor pede que, quando alguém encontre algo significativo, que o comunique a todos. Isso ajuda a que os colegas possam avançar mais, aprofundar os melhores sites, os mesmos assuntos. Pode-se também, ao final do período da aula-pesquisa, pedir aos alunos que relatem a síntese do que encontraram de mais significativo. Os alunos terão gravadas as principais páginas, junto com um roteiro de anotações, para esclarecer a navegação feita e encontrar melhores relações, ao final. Um aprofundamento dos resultados pesquisados pode ser deixado para a próxima aula. Os alunos fazem, fora da aula, a análise das páginas encontradas. Procuram o que houve demais significativo. Esses dados são colocados em comum na aula seguinte. Professor e alunos relacionam as coincidências e divergências entre os resultados encontrados e as informações já conhecidas em reflexões anteriores, em livros e revistas. Essa discussão maior é importante, para que a Internet não se torne só uma bela diversão e que esse tempo de pesquisa se multiplique pela difusão em comum, pela troca, discussão, síntese final. A comunicação dos resultados ao grupo é cada vez mais relevante pela quantidade, variedade e desigualdade de dados, informações contidas nas páginas da Internet. Há muitos pontos de vista diferentes explicitados. A colocação em comum facilita a comparação, a seleção, a organização hierárquica de idéias, conceitos, valores. A tendência dos alunos é a de quantificar, mais do que analisar. Juntam inúmeras páginas. Se não estivermos atentos, não explorarão todas as possibilidades nelas contidas. 40 A pesquisa na Internet requer uma habilidade especial devido à rapidez com que são modificadas as informações nas páginas e à diversidade de pessoas e pontos de vista envolvidos. A navegação precisa de bom senso, gosto estético e intuição. Bom senso para não deter-se, diante de tantas possibilidades, em todas elas, sabendo selecionar, em rápidas comparações, as mais importantes. A intuição é um radar que vamos desenvolvendo ao "clicar" o mouse nos links que nos levarão mais perto do que procuramos. A intuição nos leva a aprender por tentativa, acerto e erro. Às vezes, passaremos bastante tempo sem achar algo importante e, de repetente, se estivermos atentos, conseguiremos um artigo fundamental, uma página esclarecedora. O gosto estético nos ajuda a reconhecer e a apreciar páginas elaboradas com cuidado, com bom gosto, com integração de imagem e texto. Principalmente para os alunos, o estético é uma qualidade fundamental de atração. Uma página bem apresentada, com recursos atraentes, é imediatamente selecionada, pesquisada. Com frequência, encontram-se assuntos novos, diferentes dos buscados e que também podem interessar a alguém em particular. O educador não deve simplesmente dizer ao aluno que aquele assunto não faz parte da aula. Pode pedir- lhe que grave rapidamente o que achar mais importante e que deixe para outro momento o aprofundamento desse novo assunto, para voltar mais que logo ao tema específico da aula. Não podemos deslumbrar-nos com a pesquisa na Internet e deixar de lado outras tecnologias. A chave do sucesso está em integrar a Internet com as outras tecnologias - vídeo, televisão, jornal, computador. Integrar o mais avançado com as técnicas já conhecidas, dentro de uma visão pedagógica nova, criativa, aberta. A COMUNICAÇÃO NA INTERNET Todos procuram na rede seus semelhantes, seus interesses. Cada um busca a sua "turma"; busca pessoas que tenham gostos, valores, expectativas parecidos; pessoas fisicamente próximas e distantes, conhecidas e desconhecidas. A comunicação torna-se mais e mais sensorial, mais e mais multidimensional, mais e mais não-linear. As técnicas de apresentação são mais fáceis hoje e mais atraentes do que anos atrás, o que aumentará o padrão de exigência para mostrar qualquer trabalho pelos sistemas multimídia. O som não será um acessório, mas uma 41 parte integral da narrativa. O texto na tela aumentará de importância, pela sua maleabilidade, facilidade de correção, de cópia, de deslocamento e de transmissão. Na educação, professores e alunos praticam formas de comunicação novas. Encontram colegas com os quais podem comunicar-se facilmente por correio eletrônico, por listas de discussão, por comunicação instantânea em IRC. Atualmente começam a comunicar-se por intermédio de voz (programas como o Iphone) e também de imagem (programas como o CuSeeme ou a última versão do Iphone). Aumenta a procura pelos chats ou bate-papos. Muitos estudantes passam horas seguidas em conversas aleatórias, fragmentadas, em um autêntico jogo de cena, de camuflagem de identidade, de meias-verdades. Mas o chat tem um grande potencial democrático, por ser aberto, multidimensional. Nessas trocas, realizam-se encontros virtuais, criam-se amizades, relacionamentos inesperados que começam virtualmente e muitas vezes levam a contatos presenciais. Começamos a ser nossos próprios editores de textos e diretores de imagens na Internet. Há centenas de jornais escolares na rede. Quem tem algo a dizer pode fazê-lo sem depender da autorização de emissoras, jornais ou conselhos editoriais; basta colocá-lo na sua página pessoal. Os estudantes podem mostrar sua capacidade on-line, ao vivo, sem ter de esperar anos pelo ingresso formal dentro do mercado de trabalho. O artista está podendo divulgar suas obras para o mundo inteiro imediatamente. O pesquisador consegue publicar na rede os resultados do seu trabalho instantaneamente, sem depender do julgamento de especialistas e sem demora na publicação. Isso torna mais difícil a seleção do que vale ou não vale a pena ser lido. Nem semprehá um conselho editorial de notáveis para filtrar os melhores artigos. Com isso, há muito lixo cultural, mas também se amplia imensamente o número e a variedade de pessoas que se expõem ao julgamento público. As profissões ligadas à informação e à comunicação estão experimentando um grande desenvolvimento. Cada vez temos menos tempo para procurar tantas informações necessárias. Por isso, precisamos de mediadores, de pessoas que saibam escolher o que é mais importante para cada um de nós em todas as áreas da nossa vida, que garimpem o essencial, que nos orientem sobre as suas consequências, que traduzam os dados técnicos em linguagem acessível e contextualizada. 42 Avaliação da utilização da Internet na educação presencial Nos projetos brasileiros que temos acompanhado, podemos observar algumas dimensões positivas e alguns problemas. Aumenta a motivação, o interesse dos alunos pelas aulas, pela pesquisa, pelos projetos. Motivação ligada à curiosidade pelas novas possibilidades, à modernidade que representa a Internet. Há uma primeira etapa de deslumbramento, de curiosidade, de fascínio diante de tantas possibilidades novas. Depois vem a etapa de domínio da tecnologia, de escolha das preferências. Mais tarde, começa-se a enxergar os defeitos, os problemas, as dificuldades de conexão, as repetições, a demora. Comparando as minhas aulas, agora e antes da Internet, posso afirmar que aumentou significativamente a motivação, o interesse e a comunicação com os alunos e a deles entre si. Estão mais abertos, confiantes. Intercambiamos mais materiais, sugestões, dúvidas. Trazem-me muitas novidades. Já me aconteceu de, em alguns seminários, apresentarem resultados com informações que eu desconhecia sobre tópicos do meu programa, por estarem extremamente atualizadas, o que traz novas perspectivas para a matéria. O aluno aumenta as conexões lingüísticas, as geográficas e as interpessoais. As lingüísticas, porque interage com inúmeros textos, imagens, narrativas, formas coloquiais e formas elaboradas, com textos sisudos e textos populares. As geográficas, porque se desloca continuamente em diferentes espaços, culturas, tempos e adquire uma visão mais ecológica sobre os problemas da cidade. As interpessoais, porque se comunica e conhece pessoas próximas e distantes, da sua idade e de outras idades, on-line e off line. O aluno desenvolve a aprendizagem cooperativa, a pesquisa em grupo, a troca de resultados. A interação bem-sucedida aumenta a aprendizagem. Em alguns casos, há uma competição excessiva, monopólio de determinados alunos sobre o grupo. Mas, no conjunto, a cooperação prevalece. A Internet ajuda a desenvolver a intuição, a flexibilidade mental, a adaptação a ritmos diferentes. A intuição, porque as informações vão sendo descobertas por acerto e erro, por conexões "escondidas". As conexões não são lineares, vão "linkando-se" por hipertextos, textos interconectados, mas ocultos, com inúmeras possibilidades diferentes de navegação. Desenvolve a flexibilidade, porque a maior parte das 43 seqüências é imprevisível, aberta. A mesma pessoa costuma ter dificuldades em refazer a mesma navegação duas vezes. Ajuda na adaptação a ritmos diferentes: a Internet permite a pesquisa individual, em que cada aluno vai no seu próprio ritmo, e a pesquisa em grupo, em que se desenvolve a aprendizagem colaborativa. Na Internet, também desenvolvemos formas novas de comunicação, principalmente escrita. Escrevemos de forma mais aberta, hipertextual, conectada, multilingüística, aproximando texto e imagem. Agora começamos a incorporar sons e imagens em movimento. A possibilidade de divulgar páginas pessoais e grupais na Internet gera uma grande motivação, visibilidade, responsabilidade para professores e alunos. Todos se esforçam por escrever bem, por comunicar melhor as suas idéias, para serem bem aceitos, para "não fazer feio". Alguns dos endereços mais interessantes ou visitados da Internet no Brasil são feitos por adolescentes ou jovens. O interesse pelo estudo de línguas aumenta. A aprendizagem de línguas, principalmente do inglês, é um dos motivos principais para o sucesso dos projetos. Os alunos enviam e recebem mensagens, o que exige uma boa fluência em língua estrangeira. Com programas de comunicação na Internet em tempo real, a necessidade de domínio de línguas estrangeiras é mais percebida. Em programas de IRC, de audiofone (como o Iphone), de videoconferência, os alunos escrevem ou falam ao vivo, com rapidez. Outro resultado comum à maior parte dos projetos na Internet confirma a riqueza de interações que surgem, os contatos virtuais, as amizades, as trocas constantes com outros colegas, tanto por parte de professores como dos alunos. Os contatos virtuais se transformam, quando é possível, em presenciais. A comunicação afetiva, a criação de amigos em diferentes países se transforma em um grande resultado individual e coletivo dos projetos. ALGUNS PROBLEMAS Criam-se todos os dias mais de 140 mil novas páginas de informações e serviços na rede. Há informações demais e conhecimento de menos no uso da Internet na educação. E há uma certa confusão entre informação e conhecimento. Temos muitos dados, muitas informações disponíveis. Na informação, organizamos os dados dentro de uma lógica, de um código, de uma estrutura determinada. 44 Conhecer é integrar a informação no nosso referencial, no nosso paradigma, apropriando-a, tornando-a significativa para nós. O conhecimento não se passa, o conhecimento se cria, constrói-se. Há facilidade de dispersão. Muitos alunos se perdem no emaranhado de possibilidades de navegação. Não procuram o que está combinado, deixando-se arrastar para áreas de interesse pessoal. É fácil perder tempo com informações pouco significativas, ficando na periferia dos assuntos, sem aprofundá-los, sem integrá-los em um paradigma consistente. Conhecer se dá ao filtrar, selecionar, comparar, avaliar, sintetizar, contextualizar o que é mais relevante, significativo. Há informações que distraem, que pouco acrescentam ao que já sabemos, mas que ocupam muito tempo de navegação. Perde-se muito tempo na rede. Onde mais se percebe isso é ao observar a variedade de listas de discussão e newsgroups sobre qualquer tipo de assunto banal. Mas, em contrapartida, a Internet espelha nessas listas os desejos reais de cada um de nós, sem termos o controle do Estado ou de outras instituições, que, em outras mídias, sempre estão "orientando-nos", oferecendo-nos os "melhores" produtos econômicos e culturais. Constato também a impaciência de muitos alunos por mudar de um endereço para outro. Essa impaciência os leva a aprofundar pouco as possibilidades que há em cada página encontrada. Os alunos, principalmente os mais jovens, "passeiam" pelas páginas da Internet, descobrindo muitas coisas interessantes, enquanto deixam por afobação outras tantas, tão ou mais importantes, de lado. É difícil avaliar rapidamente o valor de cada página, porque há muita semelhança estética na sua apresentação, há muita cópia da forma e do conteúdo: copiam-se os mesmos sites, os mesmos gráficos, animações, links. Nem sempre é fácil conciliar os diferentes tempos dos alunos. Uns respondem imediatamente. Outros demoram mais, são mais lentos. A lentidão pode permitir maior aprofundamento. Na pesquisa individual, esses ritmos diferentes podem ser respeitados. Nos projetos de grupo, depende muito da forma de coordenar e do respeito entre seus membros. A participação dos professores é desigual. Alguns se dedicam a dominar a Internet, a acompanhar e supervisionar os projetos. Outros, às vezes por estarem sobrecarregados, acompanham à distância o que os alunos fazem e vão ficando para trás no domínio das ferramentas da Internet. Esses professores terminam pedindo aos 45 alunos as informações essenciais.Em avaliações dos projetos educacionais que utilizam a Internet, há queixas de que muitos professores vão deixando de estar atentos aos projetos dos alunos, que não se atualizam, não mexem no computador e empregam mal o tempo de aula e de pesquisa. Professores e alunos se relacionam com a Internet, como se relacionam com todas as outras tecnologias. Se são curiosos, descobrem inúmeras novidades nela como em outras mídias. Se são acomodados, só falam dos problemas da lentidão, das dificuldades de conexão, do lixo inútil, de que nada muda. INTEGRAR A INTERNET EM UM NOVO PARADIGMA EDUCACIONAL Ensinar na e com a Internet atinge resultados significativos quando se está integrado em um contexto estrutural de mudança do processo de ensino- aprendizagem, no qual professores e alunos vivenciam formas de comunicação abertas, de participação interpessoal e grupal efetivas. Caso contrário, a Internet será uma tecnologia a mais, que reforçará as formas tradicionais de ensino. A Internet não modifica, sozinha, o processo de ensinar e aprender, mas a atitude básica pessoal e institucional diante da vida, do mundo, de si mesmo e do outro. A palavra-chave é integrar. Integrar a Internet com as outras tecnologias na educação _ vídeo, televisão, jornal, compu-tador. Integrar o mais avançado com as técnicas convencionais, integrar o humano e o tecnológico, dentro de uma visão pedagógica nova, criativa, aberta. Há um pouco de confusão entre tecnologias interativas - que permitem participação - e processos interativos. Uma tecnologia pode ser profundamente interativa, como, por exemplo, o telefone, que permite o intercâmbio constante entre quem fala e quem responde. Isso não significa que automaticamente a comunicação entre pessoas, pelo telefone, seja interativa no sentido profundo. As pessoas podem manter formas de interação autoritárias, dependentes, contraditórias, abertas. O telefone facilita a troca, não a realiza sempre. Isso depende das pessoas envolvidas. A mesma situação acontece com a Internet. Fala-se das inúmeras possibilidades de interação, de troca, de pesquisa. Elas existem. Mas, na prática, se uma escola mantém um projeto educacional autoritário, controlador, a Internet não irá modificar o processo já instalado. A Internet será uma ferramenta a mais que reforçará 46 o autoritarismo existente: a escola fará tudo para controlar o processo de pesquisa dos alunos, os resultados esperados, a forma impositiva de avaliação. Os alunos, eventualmente, ou alguns professores poderão estabelecer formas de comunicação menos autoritárias, mas, para isso, precisam contrariar a filosofia da escola, mudando- a por conta própria, sem o endosso institucional. Compreendo perfeitamente que a Internet é uma ferramenta fantástica para buscar caminhos novos, para abrir a escola para o mundo, para trazer inúmeras formas de contato com as pessoas. Mas essas possibilidades só se concretizam, se, na prática, elas estão atentas, preparadas, motivadas para querer saber, aprofundar, avançar na pesquisa, na compreensão do mundo. Quem está acomodado em uma atitude superficial diante das coisas pesquisará de forma superficial. Nossa mente é a melhor tecnologia, infinitamente superior em complexidade ao melhor computador, porque pensa, relaciona, sente, intui e pode surpreender.Faremos com as tecnologias mais avançadas o mesmo que fazemos conosco, com os outros, com a vida. Se somos pessoas abertas, nós as utilizaremos para comunicar-nos mais, para interagir melhor. Se somos pessoas fechadas, desconfiadas, utilizaremos as tecnologias de forma defensiva, superficial. Se somos pessoas autoritárias, utilizaremos as tecnologias para controlar, para aumentar o nosso poder. O poder de interação não está fundamentalmente nas tecnologias, mas nas nossas mentes. Ensinar com a Internet será uma revolução, se mudarmos simultaneamente os paradigmas do ensino. Caso contrário, servirá somente como um verniz, um paliativo ou uma jogada demarketing para dizer que o nosso ensino é moderno e cobrar preços mais caros nas já salgadas mensalidades. A profissão fundamental do presente e do futuro é educar para saber compreender, sentir, comunicar-se e agir melhor, integrando a comunicação pessoal, a comunitária e a tecnológica. 47 BIBLIOGRAFIA DODGE, Bernis. WebQuests: a technique for Internet-based learning. The Distance Educator. San Diego, vol 1, n.2, p.10-13, Summer 1995. GILDER, George. Vida após a televisão; vencendo na revolução digital. Rio de Janeiro, Ediouro, 1996. ELLSWORTH, Jill. Education on the Internet. Indianápolis, Sams Publishing, 1994. 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