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FILME VERSÕES DE UM CRIME

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Disciplina: Linguística Jurídica
Estudante: Luiz Monteiro 
Curso: Direito 
Filme: Versões de um crime
 Antes de nos referi ao conteúdo especifico da linguagem jurídica, iremos nos debruçar em um pequeno resumo para que possamos ter uma visão do ambiental e entendermos melhor a trama e o drama que vivem os personagens e consequentemente como o advogado uso a linguagem jurídica, especificamente a persuasão, durante o processo de julgamento do réu. 
 O filme versões de um crime é basicamente em um tribunal, pois a maior parte das cenas são feitas nesse ambiente, apresentando uns flashbacks para situarmos e melhor entendermos as ações e reações dos personagens durante a história. Vamos caracterizar de forma superficial os principais personagens envolvidos e expor alguns informações adicionais para que possamos ter uma visão mais ampla e profunda da narrativa desenvolvida no filme, após, iremos explanar a argumentação jurídica exposta na obra cinematográfica, sem grande aprofundamentos e detalhes para não tornar cansativo e intediante a leitura. 
 O filme narra a história de um jovem ( Mike) de aproximadamente 17 anos que está sendo julgado por cometer parracídio (assassinar o próprio pai) na residência. O adolescente é apresentado pela testemunha (amigo e vizinho da família), como um rapaz bastante inteligente e que desde a infância demonstrou um profundo interesse por assuntos e temas ligados ao campo do direito (profissão do pai) e especificamente no ramo forense, chegando a relatar que, quando criança, o acusado, tinha solucionado um caso de um cachorro que tinha sido envenenado próximo de sua residência. Também relatou que participava de uma espécie de acampamento forense que consistia em descobrir e solucionar pequenos casos dados aos grupos que participavam durante o camping. Quando o advogado, Richard, ao perguntar sobre a relação entre pai e filho, a testemunha, foi bem categórica em afirmar que era excelente, mas que ocorreu alguns meses antes do crime, uma pequena discussão numa festa entre amigos na própria casa do advogado, no momento em que seu pai humilhou sua mãe na frente de todos presentes, tendo reagido gritando com o pai que parasse. Depois, desse fato, percebeu que as coisas mudaram entre os dois. 
 Quanto à sua genitora (Loretta), apresenta-se como dedicada esposa e mãe. Um cena bem simbólica e que nos revela o que sofria ao convívio de seu marido Boone. É constatado no momento ao contar a Richard, que leu num artigo que o cérebro registra agressão verbal da mesma forma que a agressão física, uma forma de confessar, mesmo sem as palavras exatas e diretas, os abusos que sofria dentro de sua própria casa (40’26”).
 Com o passar das cenas e dos depoimentos, o telespectador começa, mesmo de forma nebulosa, a revela que a vítima do crime, talvez seja mais culpada do que o próprio assassino, pois começa a revelar o verdadeiro caráter agressivo e possessivo de Boone, apesar de ser pai presente, mas também um marido abusivo, causando um certa ação de proteção a sua mãe e, desta forma, fazendo com que possamos sentir um certo perdão interno por parte dos telespectadores, apesar do ato praticado pelo acusado, tento esfaqueado no peito o próprio pai.
 Com o passar do filme, o advogado insiste que o acusado fale com ele, e informa que não poderá defendê-lo de forma eficiente no tribunal, caso permaneça em silêncio (12’55”). Então começa a usar a estratégia de não fazer perguntas as testemunhas apresentadas pela acusação - estratégia de persuasão a Mike nº01 - , como forma de força a dizer algo e em seu benefício pra não ser condenado a prisão perpétua, mas Mike permanece em isolamento em seus pensamentos e desenhos durante o julgamento. Assim, Richard, começa a executar a estratégia das cordas, ou seja, a deixar que as coisas ocorram sem interferência (que as provas apareçam ) com o objetivo de transmitir ao júri uma imagem que estava tudo muito bom demais e começar a torce pelo mais fraco – estratégia de persuasão do advogado ao júri nº 02.
 A mãe ao depor no julgamento do tribunal, ficou numa situação muito difícil entre denunciar os abusos cometidos pelo marido e acusar o próprio filho de assassinar seu pai. E durante o depoimento, ela fala das agressões sofridas pelo marido, mas aponta o filho como assassino, uma vez que a própria perícia já tinha detectado as digitais no punhal gravado no peito e perfurando a aorta, detendo a vítima morrido entre um ou dois minutos, com base no depoimento do legista no tribunal. 
 Após a genitora ter feito o seu depoimento, o réu ( Mike) pede pra depor no tribunal. É evidente que o advogado Richard, não aceita, mas termina cedendo, uma vez que é um direito constitucional do acusado de requerer depor em tribunal em sua defesa. A questão é a falta de conhecimento por parte da defesa (Richard) o que exatamente, o acusado iria falar durante o julgamento, o que causou uma apreensão tanto de Richard, como também da própria mãe. E essa aflição dos dois, só será esclarecida, no final do filme, quando a verdade vem à tona a todos os telespectador e percebendo que ocorreu toda uma estratégia armada mentalmente pelo acusado e, agora, seria hora de dar a catada final de persuadir todo o jurado em sua defesa, através de seu depoimento que seria em estado emocional de justificativa para ter sido levado a cometer o crime de parracídio. Durante o depoimento, com bastante tom emocional, relata ao júri que era abusado pelo pai, desde dos 12 anos. Isso faz com que o advogado de acusação enxergue que não iria vencer no julgamento, apesar de todos os depoimentos anteriores cheguem a apontar uma condenação certa ao acusado do crime. Não tinha a promotoria outra saída a não ser desacreditar o depoimento de abuso por parte do réu. E para isso, convocou novamente a aeromoça para depor. Neste momento, foi decidido que a defesa iria ser feita pela assistente de Richard, por ele ter sido um pouco incisivo com a depoente.

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