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Mascaramento Auditivo

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Sumário
Resumo	4
Introdução	5
Mascaramento auditivo	6
Atenuação interaural e audição contralateral	7
Níveis de mascaramento	8
Mascaramento Central	8
Efeito de Oclusão	8
Banda crítica	9
Ruídos de banda larga	9
Métodos de mascaramento	11
Conclusão	12
Referência Bibliográfica	13
Resumo
	Durante a avaliação audiológica, é possível que ocorra interferências vindas da orelha contralateral a que está sendo testada. Para impedir que o resultado seja alterado, é necessário o uso de mascaramento onde um som deixa de ser percebido quando outro é apresentado em maior intensidade, reduzindo a sensibilidade da orelha - que não está sendo testada - ao estímulo, utilizando-se de ruídos.
	Há três tipos de mascaramento: mínimo, máximo e supermascaramento. Sendo, mínimo o menor nível necessário para impedir a orelha não testada de responder ao estímulo, máximo o maior e super quando o ruído mascarante é forte a ponto de interferir na orelha testada.
	Também há três métodos de mascaramento: psicoacústico (baseados em mudanças possíveis de observar dos limiares), acústico (utilizam-se de fórmulas para o cálculo do nível de mascaramento) e o método de platô (que assegura mascaramento suficiente sem supermascarar).
	
Introdução
Um dos principais objetivos da avaliação audiológica básica é verificar a função auditiva de cada orelha de forma separada e independente. No entanto, existem situações durante a obtenção de limiares seja por via aérea ou por via óssea, nas quais tal fato pode não ocorrer. Embora os estímulos sejam apresentados por meio de um transdutor diretamente para a orelha sob teste, a orelha contralateral pode contribuir parcial ou totalmente para as respostas obtidas. Desta forma, sempre que houver esse tipo de suspeita, um ruído mascarante deve ser aplicado na orelha não testada para eliminar a sua participação. Sendo assim, a necessidade de usar o mascaramento na avaliação audiológica acontece quando temos que avaliar um paciente com perda auditiva unilateral ou com perdas bilaterais assimétricas.
Mascaramento auditivo
Mascaramento é o fenômeno psicoacústico no qual um som deixa de ser percebido quando outro é apresentado simultaneamente em intensidade superior. Um mascaramento efetivo é aquele o qual o nível de ruído de maior intensidade é capaz de provocar a maior mudança no limiar do indivíduo. Tons puros mais próximos da frequência a ser mascarada são mais efetivos do que aqueles mais distante desta além disso, um tom puro mascara tons de alta frequência mais eficientemente do que tons de baixa frequência. Ademais, quanto maior a intensidade do tom mascarante, mais larga é a faixa de frequências que ele pode mascarar e se dois tons são amplamente separados em frequência, ocorrerá pouco ou nenhum mascaramento.
Clinicamente há o uso de um ruído mascarante para elevar o limiar da orelha não testada para que esta não interfira ou influencie os resultados audiométricos da orelha sob teste, ou seja, há uma diminuição da percepção de um som pela introdução de um ruído para evitar a ocorrência de audição contralateral ou lateralização durante a avaliação audiológica. O mascaramento reduz a sensibilidade da orelha não testada ao estimulo utilizado para possibilitar a obtenção dos limiares da orelha sob teste.
O uso adequado do mascaramento é essencial na avaliação audiológica que vise à determinação precisa dos limiares tonais. Sua aplicação deve ser criteriosa e somente efetuada, quando realmente se fizer necessária, pois pode gerar desconforto para o paciente, dificuldade de concentração na atividade proposta e confusão quanto ao sinal para o qual a resposta deve ser dada. A seleção dos critérios para o uso, aplicação e procedimento clinico do mascaramento exige diversos conhecimentos que podem tanto dar confiabilidade aos resultados audiológicos quanto levar a erro graves na avaliação os quais podem comprometer os resultados obtidos e acarretar implicações serias para o diagnóstico audiológico. 
Atenuação interaural e audição contralateral
Atenuação interaural é a redução de energia sonora entre as orelhas, ou seja, o decréscimo em dB na intensidade do sinal acústico apresentado a uma orelha que passa para a cóclea da outra orelha. Os sons de baixa frequência, por exemplo, apresentam menor atenuação interaural do que os de alta frequência. Os valores de atenuação interaural dependem da frequência do sinal de teste, do tipo de sinal acústico utilizado, do tipo de transdutor empregado e das características individuais do paciente. 
A atenuação interaural para a fala corresponde à diferença entre o nível de apresentação do sinal na orelha testada e a via óssea da orelha não testada. Existem basicamente duas medidas de sensibilidade para a fala sendo elas o limiar de detecção da fala (LDF) e o limiar de reconhecimento da fala (LRF). 
Quando um vibrador ósseo é colocado no mastoide ou na fronte, sua vibração estimulará ambas as cócleas igual e simultaneamente, o que significa que a melhor cóclea responderá prontamente. Dessa forma a atenuação interaural para a via óssea é essencialmente igual a 0dB.
Na avaliação audiológica, é possível ocorrer a audição contralateral, isto é, quando há a participação da orelha não testada na resposta ao som apresentado, ocasionando, assim, a curva de sombra. A existência dessa curva acontece quando os limiares obtidos na orelha pior, sem o mascaramento da orelha contralateral, podem representar a curva de audição da orelha boa.
Níveis de mascaramento
	
Mascaramento mínimo equivale a menor quantidade de mascaramento necessária para impedir a orelha não testada de responder ao sinal apresentado na orelha testada. Enquanto, mascaramento máximo é o nível máximo de ruído mascarante que pode ser utilizado na orelha não testada, sem provocar mudanças nos limiares da orelha testada. Supermascaramento é quando o ruído mascarador é apresentado na orelha não testada em uma intensidade suficientemente forte para interferir na resposta da orelha testada.
 Existem dois fatores que influenciam o nível máximo de mascaramento durante a realização da audiometria, sendo eles o limiar de via óssea da orelha testada e a atenuação interaural do estimulo mascarante por via óssea. Quanto melhores forem os limiares de via óssea na orelha testada maior a chance de ocorrer supermascaramento, desta forma, quando piores forem os limiares de via óssea na orelha testada, níveis de mascaramento maiores poderão ser utilizados sem risco de ocorrência de supermascaramento. 
Mascaramento Central
Fenômeno que ocorre em decorrência do mascaramento contralateral produzindo uma alteração de 5dB para pior no limiar da orelha testada, em decorrência da introdução do ruído na orelha contralateral, mesmo quando a intensidade do mascaramento estiver em intensidade inferior à necessária para produzir mascaramento contralateral. (Wegel e Lane, 1924) 
Efeito de Oclusão
	Ocorre quando o meato acústico externo é coberto ou ocluído, e existe um aumento do nível de pressão sonora em direção à cóclea. Caso a orelha não testada possua um problema condutivo, tal efeito pode causar melhora na percepção do som por condução óssea.
Banda crítica
A largura da banda de frequências responsável pelo mascaramento de um tom puro é denominada crítica. Se a banda é estreitada sem que a sua intensidade seja aumentada, o efeito mascarante é diminuído. Em contrapartida, se a largura da banda é aumentada para valores acima da banda crítica, a eficiência do mascaramento também será diminuída porque, aumenta também a intensidade geral sem produzir uma mudança correspondente no limiar.
 O mascaramento por ruído de banda estreita mostra quase as mesmas características mascarantes de um tom puro já que tons de frequência mais alta são mascaradores mais eficientes do que tons de frequência mais baixa. O mascaramento por ruído de banda larga mostra uma relação proporcional entre o nível de mascaramento e o nível de ruído, isto é, aumentando o nível de ruído o limiar auditivo é elevado na mesma proporção. O mascaramentopor banda larga mascara tons de todas as frequências.
Ruídos de banda larga
O Ruído Branco é um sinal de banda larga que contem energia acústica em todas as frequências do espectro audível em intensidades aproximadamente iguais. É considerado mais eficiente que o ruído complexo pois mantém energia nas altas frequências até 6000Hz.
O Ruído Rosa é uma filtragem do ruído branco abrangendo uma largura de banda mais reduzida e contem energia igualmente distribuída na faixa de 500 a 4000Hz. Por apresentar energia concentrada em uma largura de banda mais estreita é mais eficiente que o ruído branco para mascarar os sons da fala, necessitando assim de menor intensidade que o ruído branco.
O Ruído de fala assim como o ruído rosa, é outra filtragem do ruído branco, destinado a mascarar o espectro de longo termo dos sons da fala, contendo a distribuição de energia na faixa de frequências de 250 a 4000Hz. Por apresentar uma largura de banda que corresponde à da faixa de frequências do espectro da fala que concentram maior energia, necessita de menor intensidade do que os ruídos branco e rosa. 
O 	‘’Babble noise’’ ou ruído ‘’babble’’ é constituído por múltiplos falantes, apresenta espectro acústico semelhante ao do ruído branco e tem sido utilizado em testes de percepção de fala ou de processamento auditivo central.
O ‘’Cocktail party noise’’ ou ‘’caffeteria noise’’ é constituído pelos sons de uma festa, onde não é possível discriminar de forma clara os sons que o compõem, tem um espectro sonoro que se assemelha ao do som de banda larga, apresentando picos de intensidade em frequência alta, mas de forma aleatória, esse ruído é usado em testes de processamento auditivo central. 
Métodos de mascaramento
	Os Métodos Psicoacústicos são aqueles baseados em mudanças observáveis dos limiares, medidos em função da presença de níveis de mascaramento efetivos na orelha não testada. Já os Métodos Acústicos são aqueles que recomendam o uso de fórmulas para o cálculo dos níveis de mascaramento a serem utilizados em cada caso. De um modo geral, podemos dizer que os procedimentos psicoacústicos são considerados apropriados para mensurações de limiares, enquanto que os acústicos se mostram mais eficientes nas avaliações supra liminares. 
	Um procedimento de método psioacústico, que assegura mascaramento suficiente, sem supermascarar é o método de platô, descrito por Hood (1960). Na aplicação dessa técnica o mascaramento deverá ser utilizado na orelha não testada quando os limiares não mascarados demonstram um diferencial entre via aérea e óssea. Além disso o limiar deverá ser restabelecido na presença de mascaramento e se houver alguma alteração, novo limiar deverá ser obtido à medida que o mascaramento é incrementado em 5db para via óssea ou 10dB para via aérea. Neste caso será considerado o limiar que se mantém mesmo após mudanças sucessivas de pelo menos duas vezes no mascaramento. 
Na técnica de platô há a utilização de diferentes níveis de mascaramento. Quanto piores forem os limiares da via aérea na orelha não testada mais elevados serão os níveis de mascaramento mínimo necessários. Por outro lado, os limiares de via óssea da orelha testada afetam o nível máximo de mascaramento pois quanto melhor a condução óssea na orelha testada, menos o valor de mascaramento máximo permitido. 
Conclusão
Chegamos à conclusão que mascaramento é um fenômeno psicoacústico no qual um som deixa de ser percebido quando outro é apresentado simultaneamente em intensidade superior e o uso adequado do mascaramento é essencial na avaliação audiológica que irá visar à determinação precisa dos limiares tonais.
Atenuação interaural é a redução de energia sonora entre as orelhas. Os sons de baixa frequência, apresentam menor atenuação interaural do que os de alta frequência. Para a fala corresponde à diferença entre o nível de apresentação do sinal na orelha testada e a via óssea da orelha não testada.
Mascaramento mínimo equivale a menor quantidade de mascaramento para impedir a orelha não testada de responder ao sinal apresentado na orelha testada. Mascaramento máximo é o nível máximo de ruído mascarante que pode ser utilizado na orelha não testada. O limiar de via óssea da orelha testada e a atenuação interaural do estimulo mascarante por via óssea, são fatores que influenciam o nível máximo de mascaramento durante a realização da audiometria.
O Ruído Branco é um sinal de banda larga que contem energia acústica em todas as frequências. O Ruído Rosa é uma filtragem do ruído branco abrangendo uma largura de banda mais reduzida. O Ruído de fala, é outra filtragem do ruído branco, destinado a mascarar o espectro de longo termo dos sons da fala.
Referência Bibliográfica:
O Uso do Mascaramento em Audiologia In: M. M. S., Teresa; C. P. R., Iêda. Prática da audiologia clínica 8ª Ed. São Paulo: Cortez, 2011
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