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Aula 08 - Perícia Arbitral

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Perícia contábil
8º Aula
Perícia arbitral 
Olá! Nesta aula vamos estudar a Perícia Arbitral, 
seus objetivos e a sua importância.
Fiquem atentos: Se ao final desta aula vocês 
tiverem dúvidas, tentem saná-las através das ferramentas 
“Fórum” ou “Quadro de Avisos” e “Chat”.
Comecemos, então, analisando os objetivos 
e verificando as seções que serão desenvolvidas ao 
longo desta aula.
Bom trabalho!
Boa aula!
Objetivos de aprendizagem
Ao término desta unidade, vocês serão capazes de:
• saber o conceito de perícia arbitral;
• compreender sobre os procedimentos da arbitragem;
• entender o que é e como se organiza a Sentença Arbitral.
35
1 - Perícia Arbitral
2 - Árbitros
3 - Sentença arbitral
Seções de estudo
1 - Perícia Arbitral
Esse material é sobre arbitragem. Por se tratar de um 
assunto que tem poucos autores, estudaremos essa lei mostrando 
as vantagens e desvantagens entre os tipos de perícia.
Então, vamos aprender sobre a arbitragem, pois esse 
assunto está sendo cobrado em provas e concursos.
História da Perícia Arbitral
Nas palavras de Gonçalves (2010), foi na milenária Índia 
que surgiu a figura do árbitro, eleito pelas partes que, na 
verdade, era perito e Juiz ao mesmo tempo, pois a ele era dada 
a verificação direta dos fatos, o exame do estado das coisas e 
lugar, também, a decisão “judicial” a ser homologada pelo que 
detinha o poder real, feudal, no sistema de castas e privilégios 
indianos.
Alguns autores afirmam que a arbitragem foi muito 
utilizada na Grécia Antiga e no Império Romano. O sacerdote 
dos templos romanos fazia o papel de árbitro nas questões de 
guerra e resolvia as pendências cíveis e criminais nos períodos 
de paz.
Arbitragem
A Arbitragem é uma alternativa à situação que a Justiça 
brasileira vem enfrentando com o marasmo na resolução de 
conflitos. Existem alguns processos cujos objetos são direitos 
puramente patrimoniais, ou seja, discute-se, apenas, a questão 
de bens e direitos, envolvendo o PATRIMÔNIO. Nesses casos, 
havendo pessoas capazes na relação, podem elas optar pela 
Arbitragem, que é um instituto trazido para o direito brasileiro 
através da Lei n°. 9.307/96, pelo qual as partes elegem um 
árbitro para fazer o julgamento do litígio (Barboza, 2015).
Características principais da arbitragem
Tendo em vista que a arbitragem é sempre conduzida 
por profissionais de nível superior e especializados, livremente 
escolhidos pelas partes, geralmente credenciados por uma 
instituição, utilizando técnicas específicas visando solucionar 
conflitos ou controvérsias, cujos poderes lhes são conferidos 
pelos litigantes, a arbitragem baseia-se no bom senso, na boa 
fé e na autonomia da vontade das partes. Na arbitragem, 
diferentemente da Justiça Estatal, em que as partes não têm 
qualquer ingerência, a figura do árbitro é de livre escolha das 
partes, entre profissionais de sua confiança. Caracteriza-se 
por ser um processo célere, cujo prazo máximo para prolação 
da Sentença Arbitral é de 6 (seis) meses, contado a partir da 
sua instituição. Por não tramitar na esfera estatal, os atos a ela 
relacionados são essencialmente sigilosos, não estando sujeitos 
a qualquer publicidade. É conduzida por um terceiro imparcial 
que solucionará o conflito proferindo uma Sentença Arbitral, 
e que terá efeito de suma Sentença Judicial (ASPECON-GO).
2 - Árbitros
Arbitro é qualquer pessoa capaz, que pode ser escolhida 
pelas partes, para dirimir controvérsias entre elas e investida 
da autoridade que lhe confere a lei para prolatar sentença de 
mérito idêntico à da Justiça Comum. A figura do árbitro ou 
árbitros é definida no art. 13 da Lei de Arbitragem:
Artigo 13 – Pode ser árbitro qualquer pessoa 
capaz e que tenha a confi ança das partes.
Parágrafo 1º. – As partes nomearão um ou mais 
árbitros, sempre em número ímpar, podendo 
nomear, também, os respectivos suplentes. 
Parágrafo 2º. – Quando as partes nomearem 
árbitros em número par, estes estão 
autorizados, desde logo, a nomear mais um 
árbitro. Não havendo acordo, requererão as 
partes ao órgão do Poder Judiciário a que 
tocaria, originariamente, o julgamento da 
causa a nomeação do árbitro, aplicável, no que 
couber, o procedimento previsto no artigo 7º 
desta Lei.
Parágrafo 3º. – As partes poderão, de comum 
acordo, estabelecer o processo de escolha 
dos árbitros, ou adotar as regras de um órgão 
arbitral institucional ou entidade especializada. 
Parágrafo 4º. – Sendo nomeados vários árbitros, 
estes, por maioria, elegerão o presidente do 
Tribunal Arbitral. Não havendo consenso, será 
designado presidente o mais idoso. 
Parágrafo 5º. – O árbitro ou o Presidente do 
tribunal designará, se julgar conveniente, um 
secretário, que poderá ser um dos árbitros. 
Parágrafo 6º. – No desempenho de sua função, 
o árbitro deverá proceder com imparcialidade, 
independência, competência, diligência e discrição. 
Parágrafo 7º. – Poderá o árbitro ou o Tribunal 
Arbitral determinar às partes o adiantamento 
de verbas para despesas e diligências que julgar 
necessárias.
Quem não pode ser árbitro
1. Os incapazes; 
2. Os analfabetos;
3. Os legalmente impedidos conforme o CPC.
Impedimento e suspeição do árbitro
 As situações que caracterizam impedimentos e suspeição 
do árbitro são de extrema importância, pois poderão ser 
a razão posterior para anulação da arbitragem. Pela Lei de 
Arbitragem, árbitros são igualados a juízes em atividade e as 
responsabilidades e deveres destes estão previstas no Código 
de Processo Civil. O impedimento ou suspeição é definido no 
art. 14 da Lei de Arbitragem:
Art. 14. Estão impedidos de funcionar como 
árbitros as pessoas que tenham, com as partes 
ou com o litígio que lhes for submetido, 
algumas das relações que caracterizam os 
casos de impedimento ou suspeição de juízes, 
aplicando-se-lhes, no que couber, os mesmos 
deveres e responsabilidades, conforme 
Perícia contábil 36
3 - Sentença arbitral
previsto no Código de Processo Civil.
§ 1º As pessoas indicadas para funcionar 
como árbitro têm o dever de revelar, antes da 
aceitação da função, qualquer fato que denote 
dúvida justifi cada quanto à sua imparcialidade 
e independência.
§ 2º O árbitro somente poderá ser recusado 
por motivo ocorrido após sua nomeação. 
Poderá, entretanto, ser recusado por motivo 
anterior à sua nomeação, quando:
a) não for nomeado, diretamente, pela parte; 
ou
b) o motivo para a recusa do árbitro for 
conhecido posteriormente à sua nomeação.
O Compromisso Arbitral
O compromisso arbitral é o documento que dá início à 
Arbitragem. Diferentemente da cláusula compromissória, o 
compromisso arbitral é posterior ao surgimento do conflito, 
isto é, se este não vier a acontecer, mesmo que haja cláusula 
compromissória, o compromisso arbitral não terá que ser 
lavrado. Mas, mesmo que não haja cláusula compromissória, é 
possível se realizar a Arbitragem se o compromisso for firmado.
O compromisso arbitral pode ser judicial, caso a parte não 
compareça espontaneamente para responder à arbitragem, se 
houver cláusula compromissória. Nesse caso, será necessário 
ajuizar o pedido de instauração ao juiz estatal, que determinará 
a citação da outra parte para firmar o compromisso arbitral. 
Caso não compareça, o juiz decretará a revelia da parte e a 
sentença valerá como compromisso arbitral. Assim, o que se 
entende é que não haverá “revelia” na arbitragem enquanto 
não houver sido lavrado o compromisso arbitral, pois é 
esse documento que dá início à arbitragem (Barboza, 2015). 
O compromisso arbitral é definido no art. 09 da Lei de 
Arbitragem:
Conceito
Art. 9º O compromisso arbitral é a convenção 
através da qual as partes submetem um litígio à 
arbitragem de uma ou mais pessoas, podendo 
ser judicial ou extrajudicial.
§ 1º O compromisso arbitral judicial celebrar-se-á 
por termo nos autos, perante o juízo ou tribunal, 
onde tem curso a demanda.
§ 2º O compromisso arbitral extrajudicial será 
celebrado por escrito particular, assinado por 
duas testemunhas, ou por instrumento público.
Art. 10. Constará,obrigatoriamente, do 
compromisso arbitral:
I - o nome, profi ssão, estado civil e domicílio das 
partes;
II - o nome, profi ssão e domicílio do árbitro, ou 
dos árbitros, ou, se for o caso, a identifi cação da 
entidade à qual as partes delegaram a indicação 
de árbitros; 
III - a matéria que será objeto da arbitragem; e
IV - o lugar em que será proferida a sentença 
arbitral.
Art. 11. Poderá, ainda, o compromisso arbitral 
conter:
I – local, ou locais, onde se desenvolverá a 
arbitragem;
II - a autorização para que o árbitro ou os árbitros 
julguem por equidade, se assim for convencionado 
pelas partes;
III - o prazo para apresentação da sentença arbitral;
IV - a indicação da lei nacional ou das regras 
corporativas aplicáveis à arbitragem, quando assim 
convencionarem as partes;
V - a declaração da responsabilidade pelo 
pagamento dos honorários e das despesas com a 
arbitragem; e
VI - a fi xação dos honorários do árbitro, ou dos 
árbitros.
Parágrafo único. Fixando as partes os honorários do 
árbitro, ou dos árbitros, no compromisso arbitral, 
este constituirá título executivo extrajudicial; não 
havendo tal estipulação, o árbitro requererá ao 
órgão do Poder Judiciário que seria competente 
para julgar, originariamente, a causa que os fi xe 
por sentença.
Cláusula compromissória 
É a convenção, por escrito, mediante a qual as partes 
escolhem a justiça arbitral para dirimir possíveis desavenças 
futuras. Ela não pode, por si só, desencadear o procedimento 
de arbitragem. Para que esta ocorra, será necessário o 
compromisso arbitral. A cláusula pode tanto estar estipulada 
no contrato de negócio entre as partes como também poderá 
estar inserida em documento separado. Em caso de documento 
separado, aconselha-se que tenha clareza e detalhes suficientes 
acerca daquilo a que se refere (ASPECON-GO).
O objeto principal da cláusula compromissória será a 
escolha da arbitragem como meio de solução de conflitos. A 
cláusula detém características próprias, tais como:
1. caráter genérico e aleatório – visto que 
estipula a previsão de solucionar, por meio da 
arbitragem, um número não-defi nido de litígios, 
oriundos do contrato, sem que seja possível 
estabelecer, temporalmente, se ela será aplicada;
2. formal – deve ser inserida no contrato 
mediante forma escrita;
3. bilateralidade – ambas as partes se vinculam 
à cláusula, assumindo os direitos e deveres a ela 
inerentes;
4. típica – não existindo a possibilidade de 
agastamento da jurisdição estatal sem expressa 
previsão legal do sistema jurídico competente.
 A decisão arbitral é expressa pela sentença arbitral, 
também denominada por outros autores de laudo arbitral. 
A Lei de Arbitragem utiliza esses termos como sinônimos, 
mas alguns autores preferem empregar sentença arbitral, por 
entenderem que o laudo arbitral se constitui na sentença da 
jurisdição estatal. A sentença é o resultado do procedimento 
arbitral e produz entre as partes e seus sucessores os mesmos 
efeitos de uma sentença judicial.
37
Conceito
Da Sentença Arbitral
Art. 23. A sentença arbitral será proferida no 
prazo estipulado pelas partes. Nada tendo sido 
convencionado, o prazo para a apresentação da 
sentença é de seis meses, contado da instituição 
da arbitragem ou da substituição do árbitro.
Parágrafo único. As partes e os árbitros, de 
comum acordo, poderão prorrogar o prazo 
estipulado.
Art. 24. A decisão do árbitro ou dos árbitros 
será expressa em documento escrito.
§ 1º Quando forem vários os árbitros, a decisão 
será tomada por maioria. Se não houver acordo 
majoritário, prevalecerá o voto do presidente 
do tribunal arbitral.
§ 2º O árbitro que divergir da maioria poderá, 
querendo, declarar seu voto em separado.
Art. 25. Sobrevindo no curso da arbitragem 
controvérsia acerca de direitos indisponíveis 
e verifi cando-se que de sua existência, ou 
não, dependerá o julgamento, o árbitro ou o 
tribunal arbitral remeterá as partes à autoridade 
competente do Poder Judiciário, suspendendo 
o procedimento arbitral.
Parágrafo único. Resolvida a questão prejudicial 
e juntada aos autos a sentença ou acórdão 
transitados em julgado, terá normal seguimento 
a arbitragem.
Art. 26. São requisitos obrigatórios da sentença 
arbitral:
I - o relatório, que conterá os nomes das partes 
e um resumo do litígio;
II - os fundamentos da decisão, onde serão 
analisadas as questões de fato e de direito, 
mencionando-se, expressamente, se os árbitros 
julgaram por eqüidade;
III - o dispositivo, em que os árbitros resolverão 
as questões que lhes forem submetidas e 
estabelecerão o prazo para o cumprimento da 
decisão, se for o caso; e
IV - a data e o lugar em que foi proferida.
Parágrafo único. A sentença arbitral será 
assinada pelo árbitro ou por todos os árbitros. 
Caberá ao presidente do tribunal arbitral, 
na hipótese de um ou alguns dos árbitros 
não poder ou não querer assinar a sentença, 
certifi car tal fato.
Art. 27. A sentença arbitral decidirá sobre a 
responsabilidade das partes acerca das custas e 
despesas com a arbitragem, bem como sobre 
verba decorrente de litigância de má-fé, se for 
o caso, respeitadas as disposições da convenção 
de arbitragem, se houver. 
Art. 28. Se, no decurso da arbitragem, as 
partes chegarem a acordo quanto ao litígio, o 
árbitro ou o tribunal arbitral poderá, a pedido 
das partes, declarar tal fato mediante sentença 
arbitral, que conterá os requisitos do art. 26 
desta Lei.
Art. 29. Proferida a sentença arbitral, dá-se por 
fi nda a arbitragem, devendo o árbitro, ou o 
presidente do tribunal arbitral, enviar cópia da 
decisão às partes, por via postal ou por outro 
meio qualquer de comunicação, mediante 
comprovação de recebimento, ou, ainda, 
entregando-a diretamente às partes, mediante 
recibo.
Art. 30. No prazo de cinco dias, a contar 
do recebimento da notifi cação ou da ciência 
pessoal da sentença arbitral, a parte interessada, 
mediante comunicação à outra parte, poderá 
solicitar ao árbitro ou ao tribunal arbitral que:
I - corrija qualquer erro material da sentença 
arbitral;
II - esclareça alguma obscuridade, dúvida 
ou contradição da sentença arbitral, ou se 
pronuncie sobre ponto omitido a respeito do 
qual devia manifestar-se a decisão.
Parágrafo único. O árbitro ou o tribunal 
arbitral decidirá, no prazo de dez dias, aditando 
a sentença arbitral e notifi cando as partes na 
forma do art. 29.
Art. 31. A sentença arbitral produz, entre as 
partes e seus sucessores, os mesmos efeitos 
da sentença proferida pelos órgãos do Poder 
Judiciário e, sendo condenatória, constitui 
título executivo.
Art. 32. É nula a sentença arbitral se:
I - for nulo o compromisso;
II - emanou de quem não podia ser árbitro;
III - não contiver os requisitos do art. 26 desta Lei;
IV - for proferida fora dos limites da 
convenção de arbitragem;
V - não decidir todo o litígio submetido à 
arbitragem;
VI - comprovado que foi proferida por 
prevaricação, concussão ou corrupção passiva;
VII - proferida fora do prazo, respeitado o 
disposto no art. 12, inciso III, desta Lei; e
VIII - forem desrespeitados os princípios de 
que trata o art. 21, § 2º, desta Lei.
Art. 33. A parte interessada poderá pleitear 
ao órgão do Poder Judiciário competente a 
decretação da nulidade da sentença arbitral, 
nos casos previstos nesta Lei.
§ 1º A demanda para a decretação de nulidade 
da sentença arbitral seguirá o procedimento 
comum, previsto no Código de Processo Civil, 
e deverá ser proposta no prazo de até noventa 
dias após o recebimento da notifi cação da 
sentença arbitral ou de seu aditamento.
§ 2º A sentença que julgar procedente o 
pedido:
I - decretará a nulidade da sentença arbitral, 
nos casos do art. 32, incisos I, II, VI, VII e 
VIII;
II - determinará que o árbitro ou o tribunal 
arbitral profi ra novo laudo, nas demais 
hipóteses.
§ 3º A decretação da nulidade da sentença 
arbitral também poderá ser argüida mediante 
ação de embargos do devedor, conforme o art. 
741 e seguintes do Código de Processo Civil, 
se houver execução judicial.
Perícia contábil38
Referências bibliográfi cas
Câmara de mediação e arbitragem 
É o local que, destinado à instauração e tramitação de 
processos, trata de resolução de conflitos, gerenciado por 
segmento organizador da sociedade civil, em que as partes 
litigantes comparecem para manifestar o desejo de solução por 
via não estatal. Arbitragem e Mediação, embora integrantes 
da mesma família, são diferentes na forma de solução. 
Independentemente dos métodos de negociação para solução 
dos conflitos, ambas são modalidades de justiça privada.
Diferença entre perícia contábil e arbitragem
A Arbitragem é um procedimento de julgamento de 
um litígio, realizado de forma pacífica, isto é, de acordo com 
a vontade das partes, diferentemente do que ocorre com 
o processo no Judiciário, pois aqui a situação é totalmente 
diferente: uma parte deseja o litígio e a outra resiste. Na 
Arbitragem, as partes entendem conjuntamente que devem 
proceder para a solução do litígio (Barboza, 2015).
A perícia contábil, ainda que vise ao mesmo fim que o 
julgamento arbitral atingirá, não tem qualquer conotação de 
julgamento, podendo até proceder à arbitragem de valores, 
com base em juízos formados pelo profissional da perícia. 
Mas, essa arbitragem, proferida no bojo do laudo pericial 
não terá qualquer peso de julgamento do mérito da demanda 
arbitral (ou mesmo judicial), pois o julgador poderá, até 
mesmo com base no próprio laudo pericial julgar de forma 
diferente (Barboza, 2015).
Retomando a aula
Parece que estamos indo bem. Então, para encerrar esta 
aula, vamos recordar os assuntos aqui contemplados!
1 - Perícia Arbitral
A Arbitragem é uma alternativa à situação que a Justiça 
brasileira vem enfrentando com o marasmo na resolução de 
conflitos. Existem alguns processos cujos objetos são direitos 
puramente patrimoniais, ou seja, discute-se, apenas, a questão de 
bens e direitos, envolvendo o PATRIMÔNIO (Barboza, 2015).
2 - Árbitros 
Arbitro é qualquer pessoa capaz que pode ser escolhida 
pelas partes para dirimir controvérsias entre elas e investida 
da autoridade que lhe confere a lei para prolatar sentença de 
mérito idêntico ao da Justiça Comum.
3 - Sentença arbitral
A decisão arbitral é expressa pela sentença arbitral, 
também denominada por outros autores de laudo arbitral. 
A Lei de Arbitragem utiliza esses termos como sinônimos, 
mas alguns autores preferem empregar sentença arbitral, por 
entenderem que o laudo arbitral se constitui na sentença da 
jurisdição estatal. A sentença é o resultado do procedimento 
arbitral e produz entre as partes e seus sucessores os mesmos 
efeitos de uma sentença judicial.
SÁ, Antônio Lopes de. Perícia Contábil. 7ª ed. São Paulo: 
Atlas, 2007.
BARBOZA, Jovi. Perícia Contábil e Arbitragem. 8ª. Ed. 
Maringá, PR : Projus, 2015. 
Norma brasileira de contabilidade – NBC PP 01, de 27 de 
fevereiro de 2015.
Norma brasileira de contabilidade – NBC TP 01, de 27 de 
fevereiro de 2015.
CRC-GO/ASPECON-GO Manual de Procedimentos 
Periciais. Disponível em: http://crcgo.org.br/novo/wp-
content/uploads/2014/09/Livro_pericia.pdf , Acesso em 
01/07/2015.
Vale a pena
Vale a pena ler
http://www.cfc.org.br
http://www.peritoscontabeis.com.br/
Vale a pena assistir
ALBERTO, Valder Luiz Palombo. Perícia Contábil. 2. ed. 
São Paulo: Atlas, 2000.
Código de processo civil brasileiro. 
Constituição brasileira
Conselho federal de contabilidade. Resolução CFC nº 1243/09, 
de 10 dezembro de 2009. Aprova a NBC TP 01 – Perícia Contábil. 
Brasília, DF, 2009. Disponível em: <http://www.cfc.org.
br/sisweb/sre/detalhes_sre.aspx?Codigo=2009/001243>. 
Acessado em 21 out. de 2010.
______. Resolução CFC nº 1244/09, de 18 dezembro 
de 2009. Aprova a NBC PP 01 – Perito Contábil. Brasília, DF, 
2009. Disponível em: <http://www.cfc.org.br/sisweb/sre/
detalhes_sre.aspx?Codigo=2009/001243>. Acessado em 21 
out. de 2010.
LEI Nº 9.307, DE 23 DE SETEMBRO DE 1996.
MAGALHÃES, A. D. F.; SOUZA, C.; FAVERO, H. L.; 
e LONARDONI, M. Perícia Contábil. 3. ed. São Paulo: Atlas, 
2001. 
MOURA, Ril. Perícia contábil e extrajudicial. 2. ed. Rio de 
Janeiro: Bastos Freitas, 2007.
ORNELAS, Martinho Maurício Gomes de. Perícia Contábil. 
4. ed. São Paulo: Atlas, 2003.
SÁ, Antônio Lopes de. Perícia Contábil. 7ª ed. São Paulo: 
Atlas, 2007.

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