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RESUMO CONTROLE MOTOR (APARELHO VESTIBULAR, CEREBELO, CONTROLE MOTOR SUPRA ESPINHAL) PROF. ME. TACIELE CASSEL Controle postural: ajuste do corpo e da cabeça à posição vertical e a capacidade de manutenção do centro de massa em relação à base de suporte. Depende da propriocepção, da visão e do sistema vestibular; Marcha: Córtex fornece orientação quanto ao objetivo e controle dos movimentos; Núcleos da Base: coordena a intensidade da força necessária para o movimento; Cerebelo: coordena temporalmente o movimento, coordenação entre os membros e correção de erros; Tronco encefálico: (n. vestíbulo-espinal e reticulo-espinal) ajuste da força de contração diretamente pelas conexões com NMI (neurônio motor inferior) e, indiretamente, por ajustes das vias reflexas espinais; Alcance e apreensão: depende da visão (localização espacial, forma, tamanho) e somatossensação (propriocepção) preparando a intensidade do movimento; - O neurônio motor inferior é definido classicamente como o neurônio motor alfa. Há três níveis de comando motor: 1. Medula espinhal - integra reflexos espinhais e possui os geradores centrais de padrão (movimentos rítmicos); 2. Tronco encefálico e cerebelo - controlam os reflexos posturais e os movimentos das mãos e dos olhos; 3. Córtex motor e núcleos da base – responsáveis pelos movimentos voluntários. O tálamo retransmite e modifica os sinais que chegam da medula espinal, dos núcleos da base e do cerebelo com destino ao córtex cerebral. TRONCO ENCEFÁLICO – VIAS DESCENDENTES MEDIAIS - Controle das musculatura axial e musculatura proximal dos membros – postura e equilíbrio; - Estão envolvidos na manutenção involuntária, no ajuste da postura e no reflexo de orientação da cabeça. REFLEXOS POSTURAIS: Reflexos vestibulares ex. Cabeça virada para esquerda aumenta a sustentação postural deste lado Reação de colocação vestibular – quando animal cai, gera extensão os membros anteriores – preparação para aterrissar. Reflexos de endireitamento tendem a restaurar a posição da cabeça e do corpo ao normal. TRATO CORTICOESPINHAL - Neurônios de projeção que controlam o movimento voluntário partindo do córtex motor para a medula espinal, onde fazem sinapse diretamente com os neurônios motores somáticos - A maioria dessas vias descendentes cruza para o lado oposto do corpo em uma região do bulbo, chamada de pirâmides (trato piramidal). VIAS MOTORAS EFERENTES DO TRONCO ENCEFÁLICO PARA A MEDULA ESPINHAL. - O trato rubroespinhal (em verde) está envolvido principalmente no controle da musculatura do membro distal (medeia os movimentos hábeis e voluntários). • Também são extra-piramidais VIAS EFERENTES SOMÁTICAS: Vias eferentes, podem ser conhecidas como vias descendentes, motora (pois envolve músculos) ou piramidais; - Origem do córtex cerebral e tronco encefálico (tem função de trazer informação do SNC para o SNP); - Estímulo desce na medula espinhal faz sinapse e através dos nervos espinhais vão até os músculos; - Dois tratos principais carregam a informação motora na Medula espinhas: - Trato córtico-espinhal lateral - Trato córtico-espinhal anteior - Tem origem sempre no córtex; Trato córtico-espinhal lateral: Feixe fibras nervosas quando chega no bulbo (passam pelas pirâmides bulbares) cruzam para o lado oposto. Feixe motor do lado direito, comanda o lado esquerdo do corpo Decussação da pirâmide (fibras cruzam em sentido oblíquo); - 10-25% das fibras não cruzam o bulbo, seguem em sentido reto, estas são conhecidas como Trato córtico-espinhal anterior (não faz decussação, atravessam para o outro lado da medula e faz sinapse com o Trato córtico-espinhal anterior do outro lado). VIAS EXTRAPIRAMIDAIS (TAMBÉM SÃO MOTORAL) - Origem no tronco encefálico, não passam pelo bulbo; -São classificadas nos tratos abaixo; Trato rubro-espinhal Controla a motricidade dos músculos distais dos membros e favorece a resposta flexora. Esse trato inicia-se no núcleo rubro e cruza a linha média, passando pelo tronco encefálico e juntando- se ao trato córtico-espinhal lateral no funículo lateral da medula. Trato vestíbulo-espinhal Age na manutenção do equilíbrio, influencia a musculatura axial e favorece a resposta extensora. Seus impulsos partem da região vestibular do ouvido interno e do cerebelo e são transmitidos ao neurônio motor por fibras que descem pelo funículo ventral medial da medula. Trato retículo-espinhal Influencia os músculos axiais e proximais dos membros, ajustando a postura. A partir dos núcleos da formação reticular partem dois tratos importantes para a função motora. O trato retículo- SÃO CONHECIDOS COMO VIAS PIRAMIDAIS espinhal pontino que surge dos núcleos reticulares da ponte e desce ipsilateralmente para todos os níveis da medula pelo funículo ventral medial, sua ação é aumentar os reflexos antigravitacionais da medula, pois facilita os extensores dos membros inferiores, auxiliando na manutenção da postura ereta. O trato retículo-espinhal bulbar surge a partir do núcleo gigantocelular, no bulbo, e desce bilateralmente na medula pelas colunas brancas laterais. Esse trato se opõe aos reflexos gravitacionais. Trato tecto-espinhal Está envolvido em reflexos nos quais a movimentação da cabeça decorre de estímulos visuais. Surge no colículo superior, presente no mesencéfalo, o qual recebe fibras da retina e do córtex visual. MOVIMENTOS RÍTMICOS – LOCOMOÇÃO - Locomoção é desencadeada por comandos superiores ao centro locomotor do mesencéfalo. Há mistura de movimentos voluntários e reflexos, com um padrão de repetição – ex.: andar MOVIMENTOS VOLUNTÁRIO Plano sequencial do movimento voluntário • Percepção – representação do mundo (onde estou?) – propriocepção • Cognição - tomada de decisão e planejamento do curso de ação (o que farei? Como farei?) – córtex motor • Iniciação - plano motor é transmitido para os sistemas motores • Execução – implementação pelos executores Aprendizado – área pré-motora (brincar para filhotes). -Ao longo do tempo, com a precisão do movimento há menor necessidade de influxo sensorial e ajuste – automatismo - ”Memória muscular" - Dependem das interações entre as áreas motoras do córtex cerebral, cerebelo e núcleos da base. CÓRTEX MOTOR Está no sulco cruzado nos mamíferos subprimatas • Córtex motor primário (ordenador – comanda força e direção do movimento) • Área pré-motora (planejamento - movimentos da face e membros) • Córtex motor suplementar (planejamento) CEREBELO Divisão funcional: • 1) espino-cerebelo: equilíbrio, postura e suavidade movimentos • 2) vestíbulo-cerebelo: posição da cabeça • 3) cerebro-cerebelo: modulação da movimentação voluntária • Regula os movimentos e postura • Influencia a velocidade, amplitude, força e direção dos movimentos. • Lesões não impedem movimento, mas a coordenação dos movimentos • Recebe muitas aferênciassensoriais e as compara com o planejamento motor - correção de erros • Aprendizagem motora • Maior concentração de neurônios/ área do SN - situado atrás do cérebro está o cerebelo, que é primariamente um centro para o controle dos movimentos iniciados pelo córtex motor (possui extensivas conexões com o cérebro e a medula espinhal). Como o cérebro, também está dividido em dois hemisférios. Porém, ao contrário dos hemisférios cerebrais, o lado esquerdo do cerebelo está relacionado com os movimentos do lado esquerdo do corpo, enquanto o lado direito, com os movimentos do lado direito do corpo. - O cerebelo recebe informações do córtex motor e dos gânglios basais de todos os estímulos enviados aos músculos. A partir das informações do córtex motor sobre os movimentos musculares que pretende executar e de informações proprioceptivas que recebe diretamente do corpo (articulações, músculos,áreas de pressão do corpo, aparelho vestibular e olhos), avalia o movimento realmente executado. Após a comparação entre desempenho e aquilo que se teve em vista realizar, estímulos corretivos são enviados de volta ao córtex para que o desempenho real seja igual ao pretendido. Dessa forma, o cerebelo relaciona-se com os ajustes dos movimentos, equilíbrio, postura e tônus muscular. - Uma vez iniciado, o movimento passa a ser controlado pelo cerebelo, que é informado das características do movimento em execução e promove as correções devidas. O cerebelo também participa da manutenção do tônus muscular, pois alguns de seus núcleos mantêm certo nível de atividade espontânea, que chega ao neurônio motor. Até pouco tempo as estruturas que compunham as vias eferentes estavam agrupadas em sistema piramidal e extrapiramidal. Nessa divisão, o sistema piramidal é o único responsável pelos movimentos voluntários, algo questionável, uma vez que núcleos do corpo estriado, parte do sistema extrapiramidal, exercem influência sobre os neurônios motores. Esses termos, no entanto, são ainda muito usados, sobretudo na área clínica. Assim, em vez de serem divididas em sistemas, as vias eferentes são classificadas de acordo com o trato ao qual pertence. APARELHO VESTIBULAR: - O aparelho vestibular, também chamado sistema vestibular ou labirinto, é constituído por três canais semicirculares e dois órgãos otolíticos (sáculo e o utrículo). Essa estrutura está localizada dentro do osso temporal e faz parte, juntamente com a cóclea, do ouvido interno e está relacionada à função de equilíbrio do organismo. - o aparelho vestibular é constituído por três canais circulares, utrículo e sáculo, denominados de órgãos otolíticos, preenchidos por um fluido denominado endolinfa, além de uma substância gelatinosa. Essas estruturas são divididas em três partes, o labirinto ósseo, o membranoso e um espaço entre eles, que é preenchido pela perilinfa. - No utrículo e no sáculo, são encontradas também células sensoriais, denominadas esterocílios, e os otólitos, que são partículas de carbonato de cálcio. Nos canais semicirculares, há regiões dilatadas denominadas de ampolas, onde se encontram as células sensoriais. Os sistemas sensoriais atuam em conjunto na manutenção do equilíbrio corporal, e a informação sensorial recebida influencia na resposta motora. A disposição dos canais do aparelho vestibular permite que eles recebam informações dos três planos dos movimentos da cabeça no espaço. Quando a cabeça movimenta-se, o líquido e os otólitos presentes, respectivamente, nos canais circulares e órgãos otolíticos também movimentam-se, pressionando e estimulando as células sensoriais ali existentes. Sugestão de vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=IEXjzftF1zA https://www.biologianet.com/anatomia-fisiologia-animal/cinco-sentidos.htm https://www.biologianet.com/anatomia-fisiologia-animal/cinco-sentidos.htm https://www.youtube.com/watch?v=IEXjzftF1zA
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