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UNIVERSIDADE ESTÁCIO D SÁ Trabalho sobre o Método da Tabelinha como contraceptivo Curso: Nutrição Karina Cabral 17/04/2020 No Brasil, a prevalência do uso de métodos contraceptivos é elevada, no entanto, ainda há um percentual significativo de gravides indesejada, abortos provocados e mulheres que não querem mais ter filhos ou querem tê-los mais tarde, porém não estão usando o método contraceptivo adequado. Universidade Estácio de Sá 1 Sumário INTRODUÇÃO ................................................................................................... 2 Métodos Contraceptivos: um breve histórico ............................................... 3 Método do Ritmo (Ogino Knaus, Tabelinha ou Calendário). ........................ 6 História .............................................................................................................. 6 Como funciona o Método Ritmo? ................................................................... 6 IMPORTANTE .................................................................................................... 8 Como calcular o período fértil ......................................................................... 9 Quais são as chances de engravidar usando Tabelinha ............................ 11 Método Sintotérmico ...................................................................................... 12 Técnicas de uso ............................................................................................. 13 Método do muco/ Método de Billings ........................................................... 14 Modo de utilização/ Como funciona ............................................................. 15 Método do muco cervical .............................................................................. 18 Método de temperatura basal corporal. ....................................................... 19 Considerações Finais .................................................................................... 20 BIBLIOGRAFIA ............................................................................................... 21 Universidade Estácio de Sá 2 INTRODUÇÃO O planejamento familiar é um programa de inicio da política de assistência integral à mulher. Desta forma as unidades devem garantir o acesso aos meios para evitar ou propiciar a gravidez, o acompanhamento clínico-ginecológico e ações educativas. A escolha do método contraceptivo, que deve ser mediada por um profissional capacitado com a finalidade de promover orientações acerca da eficácia, reversibilidade, proteção contra doenças sexualmente transmissíveis e a disponibilidade do contraceptivo na unidade. A realidade da anticoncepção para a mulher brasileira tem suscitado discussões diversas nos últimos anos, as quais envolvem desde aspectos sociais – pois as mulheres estão inseridas em um quadro de desigualdade de direitos, de oportunidades e de recursos financeiros – até aspectos políticos, uma vez que os programas de atenção a sua saúde não estão efetivamente implementados (BERQUÓ, et al., 2003). O conhecimento sobre métodos anticoncepcionais pode contribuir para que as mulheres escolham o método mais adequado ao seu comportamento sexual e às suas condições de saúde, bem como, utilizem o método escolhido de forma correta. Assim, esse conhecimento deve estar relacionado à prevenção da gravidez indesejada, do aborto provocado, da mortalidade materna e de outros agravos à saúde relacionados à morbi-mortalidade reprodutiva. Universidade Estácio de Sá 3 Métodos Contraceptivos: um breve histórico A história da contracepção é muito antiga, é uma história milenar. Há registros de métodos contraceptivos dos antigos egípcios, há mais de mil anos antes de Cristo. Há milhares de anos que as mulheres usam os métodos contraceptivos de que dispõem (TAYLOR, 2006). Hipócrates (460-377 a.C.) já sabia que a semente da cenoura selvagem era capaz de prevenir a gravidez. O uso de anticoncepcionais feitos por plantas naturais parece ter sido difundido, na região do Mediterrâneo, onde no século II a.C Políbio escreveu que as famílias gregas estavam limitando-se a ter um ou dois filhos. (MARTINS, et al., 2006). Em Atenas (500 a.C.), eram utilizados óvulos vaginais feitos à base de produtos ácidos e poções mágicas. Na bíblia há referência ao coito interrompido e nos registros do Egito antigo existem descrições de duchas de mel e de preparados espermicidas feitos com excrementos de crocodilo (TAYLOR, 2006). Entre as primeiras tentativas, encontra-se a descrita num papiro egípcio de há 3850 anos, onde se explica como evitar a gravidez. A receita era a misturar mel com cinza da barrilheira e excremento de crocodilo, juntar substâncias resinosas, aplicar uma dose do produto na entrada da vagina, penetrando um pouco nela (MARTINS, et al., 2006). Com o avanço dos conhecimentos sobre o funcionamento do corpo, especialmente sobre os hormônios, associados às novas tecnologias, sugiram os anticoncepcionais orais e os métodos de esterilização. Mas as primeiras formas de prevenir a gravidez e a contaminação por doenças sexualmente transmissíveis iniciaram com os métodos de barreira, especialmente a camisinha (FREGUGLIA & FONSECA, 2006). A camisinha não tem uma história precisa. Parece ter surgido há muito tempo, pois há pinturas pré-históricas, com mais de 10 mil anos, que mostram homens usando algo parecido com a camisinha durante o ato sexual (SOS CORPO, 2007) Universidade Estácio de Sá 4 Porém historiadores afirmam que o preservativo masculino data do século XVI e a sua invenção é atribuída ao médico italiano Gabriel Hallopio, professor de Anatomia da Universidade de Pádua. Não tinha fins anticoncepcionais, mas, sim, o propósito mais moderno de evitar contágios venéreos, como o da sífilis, que, na altura, causava sérios danos (OMS, 2005). Há séculos atrás os egípcios e os chineses também usavam camisinha. Gregos e romanos parecem ter sido os primeiros a utilizar tripas de animais como preservativos. Há uma hipótese de que o inglês Condom, médico pessoal do rei Carlos II de Inglaterra tenha inventado o preservativo em meados do século XVII. Certa vez, o monarca expressara a sua preocupação por a cidade de Londres estar a encher-se de bastardos reais e, ao que parece, foi isso que levou o médico da corte a produzir aquele dispositivo. Daí o nome – condom – para os atuais preservativos (OMS, 2005). Em 1702, outro médico inglês, John Marten, assegurava ter encontrado um método eficaz, simultaneamente anticoncepcional e profilático: um saco de linho, impregnado de um produto cuja fórmula se negou sempre a divulgar, graças ao qual se evitava o contágio venéreo e se impedia o acesso do esperma ao óvulo feminino (OMS, 2005). Mas a idéia da anticoncepção é anterior à idéia da profilaxia. Só se teve consciência de que o coito podia ser uma via de contágio de doenças já quando o século XV ia adiantado. Contudo, a necessidade de se evitar a gravidez fez-se sentir no mundo civilizado quase desde os alvores da civilização (OMS, 2005). Foi sempre a mulher quem mais sofreu com o problema da contracepção. E, desde tempos imemoriais, utilizou-se, para o fim descrito, uma série de produtos que iam desde o sumo de limão ao vinagre, a salsa, a mostarda e soluções salinas e saponáceas. Mas foi na metade do século XIX que Charles Goodyear inventou o processo de vulcanização da borracha. Isso tornou possível a fabricação de objetos de borracha de boa qualidade. Com ele nasceu o profilático de borracha e a camisinha de borracha que foi sendo aperfeiçoada até atingir a qualidade dos preservativos atuais. Universidade Estácio de Sá 5 O preservativo, tal como hoje o conhecemos, foi popularizado por ele. Portanto, o primeiro preservativo apareceuem 1842, porém, foi o desenvolvimento da pílula anticonceptiva, em 1960, que na realidade revolucionou as práticas contraceptivas (MOURA & SILVA, 2005). Os chineses conheceram o diafragma, feito à base de cascas de citrino, que a mulher tinha de introduzir na vagina e em 1860, foi reinventado nos EUA, era o 22 capuz cervical. Seu inventor, Dr. Foote, viu nele um anticoncepcional eficaz, mas foi esquecido. A ideia foi retomada pelo austríaco Dr. Kafka, que o popularizou na Europa Central. Era uma espécie de dedal, fabricado com diversos materiais: celuloide, ouro, prata, platina (WANG, et al., 2005). Com o avanço da ciência os métodos contraceptivos estão mais modernos, práticos, acessíveis, eficazes e com menores efeitos colaterais. Tais métodos são classificados em naturais ou comportamentais, hormonais, intrauterinos, de barreira e definitivos (MS, 2002). Estes métodos podem ser definidos como o uso de medicamentos ou recursos que impedem a gravidez, impossibilitando a penetração dos gametas, ou seja, é a interrupção do ato de gerar seres humanos, como também evitar doenças sexualmente transmissíveis. Universidade Estácio de Sá 6 Método do Ritmo (Ogino Knaus, Tabelinha ou Calendário). História Dr Hermann Knaus da Austria e Dr Kyusaku Ogino do Japão estavam trabalhando independentemente. Ambos, Knaus e Ogino, em 1929 e 1930 respectivamente, afirmaram que o momento da ovulação está relacionado com o final do ciclo menstrual. Este conhecimento e o tempo de sobrevivência dos espermatozoides e do óvulo foram usados para o desenvolvimento deste método. Em 1930, Johannes Smulders, um médico católico romano da Holanda, usou as descobertas de Knaus e Ogino para criar um método para evitar a gravidez. Smulders publicou seu trabalho com a Associação Médica Holandesa Católica Romana, e este foi o Método do Ritmo oficialmente promovido ao longo das próximas décadas. Como funciona o Método Ritmo? Com base em cálculos do calendário, usando a duração de ciclos anteriores, o casal faz uma previsão de quando a mulher estará infértil nos ciclos futuros. Os ciclos deverão ser relativamente regulares para se projetar as estimativas com precisão. O Método do Ritmo não tem sido promovido como um método de PNF há muitos anos: Não pode ser usada em ciclos irregulares, amamentação, pré- menopausa. A eficácia deste método para adiar a gravidez é menor do que em outros métodos. Envolve mais abstinência É menos utilizado para conseguir uma gravidez. Universidade Estácio de Sá 7 Muitas pessoas ainda pensam que este método é o ÚNICO método natural de regulação da natalidade, inclusive entre alguns profissionais médicos, algumas pessoas ainda pensam que o método é confiável. Universidade Estácio de Sá 8 IMPORTANTE Não existem condições médicas que restringem o uso da tabelinha. Entretanto, é fundamental conhecer a forma correta de usá-la, para isso, é extremamente importante procurar orientação em um serviço de saúde para a correta utilização dos critérios de elegibilidade médica! Este método necessita de controle constante das datas de menstruação que devem ser anotadas, em calendário, todos os meses, por um período mínimo de Seis (6) meses, para conhecer o ciclo menstrual. Esse método não pode ser feito quando a mulher está usando qualquer contraceptivo hormonal, que faz alterar o ciclo menstrual e fértil da mulher. Nos 2 primeiros anos de início de menstruação não deve ser um método adotado por adolescentes, pois elas ainda estão com o ciclo menstrual inconstante e em fase de regularização. O período menstrual pode durar de 2 a 7 dias, assim como o ciclo menstrual normal (tempo entre uma menstruação e a seguinte) pode levar de 21 a 35 dias. O mais comum é que ele dure 28 dias (assim como o ciclo da lua), mas isso não é uma regra absoluta. Da mesma forma, nem toda mulher tem ciclos menstruais regulares. Assim, o período fértil em um ciclo regular de 28 dias dura entre 6 e 7 dias. Mas, a duração do período fértil também vai variar conforme a extensão do ciclo menstrual. Se o seu período menstrual dura mais de sete dias, ou se seu ciclo é muito irregular, procure um profissional de saúde. https://www.astrocentro.com.br/blog/lua/como-energia-fases-lua-influenciam-sua-vida/ Universidade Estácio de Sá 9 Como calcular o período fértil Verifique a duração dos seus seis últimos ciclos menstruais, determine o mais longo e o mais curto. Calcule quando ocorrem os dias férteis, seguindo as instruções a seguir: Em seguida deverá aplicar uma fórmula e, com isso, identificar seu período fértil. Calculando o ciclo menstrual Para começar a usar a tabelinha, você precisa responder às seguintes perguntas: Quando começou sua última menstruação? Quantos dias duraram? Qual a duração do seu ciclo menstrual? Do número total de dias no seu ciclo mais curto, subtraia 18. Isto identifica o primeiro dia fértil do seu ciclo. Do número total de dias no seu ciclo mais longo, subtraia 11. Isto identifica o último dia fértil do seu ciclo. Exemplo: Ciclo mais Curto: 26 dias menos 18= 8 Ciclo mais longo: 30 dias menos 11 = 19 Seu período fértil é calculado como começando no oitavo dia do ciclo e terminando no décimo nono dia do seu ciclo (12 dias de abstinência são necessários para evitar a gravidez). Universidade Estácio de Sá 10 Vantagens Pode ser usado para evitar ou alcançar uma gravidez; não apresenta efeitos colaterais físicos por ser um método não hormonal; grátis; aumenta o conhecimento da mulher sobre o seu sistema reprodutivo; retorno imediato da fertilidade. Desvantagens Este método exige disciplina da mulher nas anotações mensais de seu ciclo menstrual e necessita de abstinência ou uso de camisinha nos dias férteis. Universidade Estácio de Sá 11 Quais são as chances de engravidar usando Tabelinha A tabelinha não é considerada um método anticoncepcional seguro pelos ginecologistas, pois as chances de erro são altas. Até porque existem vários fatores que podem mudar a data da menstruação, como fatores de emoções, estresse, usam de alguns remédios e até mesmo um simples resfriado. E isso muda a data da ovulação, atrapalhando o método. No entanto, eles costumam indica- lá quando o desejo é engravidar, já que ajuda a ter tentativas mais assertivas. Eficácia: 76 á 88% com uso recomendado; Disponibilidade: Qualquer lugar; Esforço: acompanhar o ciclo todos os dias; Infecções: Não oferece proteção; Hormônios: Nenhum. Universidade Estácio de Sá 12 Método Sintotérmico O método sintotérmico, é um dos muitos métodos contraceptivos do ritmo. Esse método se baseia nas alterações do ciclo menstrual da mulher e depende da abstinência de relações durante determinada fase do mês, que é o período fértil onde a probabilidade de engravidar é maior. Este método baseia-se na combinação de múltiplos indicadores da ovulação, com a finalidade de determinar o período fértil com maior precisão. Ele combina a observação dos sinais e sintomas relacionados à temperatura corporal e muco cervical, que aponta o período fértil da mulher quando secretado em grande quantidade em uma consistência mais aquosa, associada a parâmetros físicos ou psicológicos que indicam possível ovulação. Outros parâmetros relacionados com a ovulação são: Dor abdominal; Sensação de peso nas mamas; Mamas inchadas ou doloridas; Variações de humor ou libido; Enxaqueca; Náuseas; Acne Aumento de Apetite; Ganho de Peso; Sensação de distensão abdominal; Sangramento Intermenstrual. A mulher que desejar fazer uso deste método deve estar familiarizada com as técnicas de cada um dos métodoscomportamentais. Universidade Estácio de Sá 13 Técnicas de uso 1. Registrar diariamente em um gráfico apropriado, os dados sobre as características do muco cervical, temperaturas e sintomas que eventualmente possa sentir. 2. Identificar o início do período fértil por meio de: Cálculos – O ciclo mais curto dos últimos 6 a 12 ciclos menos 18 dias. Método de ovulação de Billings – primeiro dia de muco. Combinação de ambos. 3. Identificar o término do período fértil por meio de: Método temperatura base corporal: 4 dias após a manutenção da temperatura elevada. Método do muco cervical: Quarta noite após o ápice do muco. Quarta noite após o ápice do muco. Combinação de ambos. 4. Abster-se de relações sexuais durante o período fértil, para evitar a gravidez. OBS: A mulher deve aplicar as regras de acordo com cada método reiniciando as relações sexuais com aquele que lhe der maior segurança. Universidade Estácio de Sá 14 Método do muco/ Método de Billings É um método que se baseia na sensação de secura ou humidade na vulva e na observação das alterações sofridas pelo muco, que se forma, devido ás glândulas do colo do útero que segregam hormônios sexuais femininas ao longo do ciclo menstrual, o que se toma perceptível á mulher aquando das secreções presentes na vagina, mais propriamente, na vulva. Por norma, o colo uterino está coberto por uma mucosidade espessa que serve de barreira para impedir que a substâncias exteriores penetrem na vagina e possam entrar na cavidade uterina, provocando assim infecções. Se o muco continuasse sempre espesso e desapropriado á fecundação durante todo ciclo menstrual, os espermatozoides não conseguiriam penetrar e progredir com facilidade. Para evitar esta situação, o organismo dispõe de um sistema hormonal, que faz com que uns dias antes da ovulação essa mucosidade espessa se torne Universidade Estácio de Sá 15 mais fluida, e assim, em caso de relações sexuais nesse período, os espermatozoides podem penetrar na vagina e fecunde o óvulo com maior facilidade. Modo de utilização/ Como funciona A mulher deve observar o muco e suas respetivas caraterísticas, retirando da vagina se necessário. O muco, em fase infértil da mulher, é pouco elástico quando distendido entre os dedos. (Altura em que não há possibilidade ainda de fecundação, logo não é “necessário” tornar o meio propicio aos espermatozoides e expor-se mais facilmente a infecções). Na fase fértil, ao contrario, o muco torna-se bastante elástico (como na teoria sabemos em altura fértil o organismo da mulher começa a produzir hormônios que induzem à alteração das características do muco, ficando ela mais elástico, transparente e fluido, tornando assim o “meio” mais apropriado aos espermatozoides o que levará à fecundação). É a observação do muco e atenta de evolução das suas características, que irá permitir à mulher identificar os dias férteis, durante os quais não devera ter relações sexuais desprotegidas. Vantagens Não necessita da utilização de qualquer substância química ou um dispositivo. Não interfere com o mecanismo normal com ciclo sexual. De todos os métodos contraceptivos, este é um dos que é aceito pela igreja católica. Seguido à regra tem um elevado grau de eficiência. Universidade Estácio de Sá 16 Desvantagem Não protege conta as doenças sexualmente transmissíveis. Há sempre risco, não previne a 100%. Exige determinado grau de sabedoria para saber interpretar as características do muco. Grau de eficácia Como sabemos os métodos naturais, por sua própria causa (serem naturais), de não serem “medicamente trabalhados” não garantem a 100% uma prevenção de gravidez. A organização Mundial de Saúde estabeleceu que, quando se utiliza corretamente, a sua fiabilidade pode chegar a ser da ordem de 97,8%. Isto quer dizer que, por cada cem casais que utilizarem o método, 3 a 4 mulheres num ano, podem eventualmente ficar gravida. O muco cervical é uma secreção liquida produzida pelo colo do útero que impede que as bactérias da região íntima da mulher consigam entrar no útero, mantendo saudável. Esta secreção pose ser expelido através da vagina, aparecendo na roupa intima como uma secreção transparente, branco ou levemente amarelada, sem odor, sendo uma reação natural do corpo. Universidade Estácio de Sá 17 Além disso, o muco cervical também tem o objetivo de ajudar o espermatozoide a alcançar o útero durante o período fértil da mulher, por isso fica mais espesso e elástico à medida que a ovulação se aproxima, como mostrado na foto, pois este é o período fértil da mulher, havendo mudanças hormonais e no útero para facilitar gravidez. Universidade Estácio de Sá 18 Método do muco cervical Como o espessamento do muco cervical indica que a mulher está ovulando, a análise das características deste muco é bastante utilizada para indicar que a mulher está no período fértil. Esta análise é chamada de método do muco cervical, ou método de bilings, e é considerado um anticoncepcional natural, já que a mulher pode evitar ter relações sexuais neste período para evitar engravidar. Assim, no método do muco cervical a mulher deve observar diariamente a presença ou ausência de muco, assim como suas características. Normalmente, o período de ovulação acontece cerca de 4 dias depois do muco cervical grosso, pegajoso e de coloração esbranquiçada passar a ser um liquido transparente e elástico. Apesar das vantagens de ser um método barato, fácil de fazer e que não faz mal a saúde, ele tem muita desvantagens e não garante que a mulher não ira engravidar, porque a evolução das características do muco pode sofrer pequenas variações ao longo do ciclo, tornando difícil a sua exata avaliação. Universidade Estácio de Sá 19 Método de temperatura basal corporal. Esse método fundamenta-se nas alterações da temperatura basal que ocorre na mulher ao longo do ciclo menstrual. A temperatura basal corporal é a temperatura do corpo em repouso. Antes da ovulação, a temperatura basal corporal permanece em nível baixo, após a ovulação ela se eleva ligeiramente permanecendo nesse nível até a próxima menstruação. Esse aumento de temperatura é resultado da elevação dos níveis de progesterona, que tem um efeito termo gênico permitindo por meio da menstruação diária da temperatura basal, a determinação da fase infértil pós- ovulatória. Técnica de uso do método 1. A partir do primeiro dia do ciclo menstrual verificar a temperatura basal diariamente, pela manhã antes de realizar qualquer atividade e após um período de repouso de no mínimo 5 horas procedendo da seguinte forma: 2. Usar um termômetro para a medida: 3. O termômetro deve ser sempre o mesmo. 4. Abaixar o nível de marcação do termômetro a véspera. 5. A temperatura pode ser verificada por via oral, retal ou vaginal. Universidade Estácio de Sá 20 Considerações Finais O governo deveria incentivar através de campanhas, cursos, palestras e encartes, etc, os profissionais de saúde a aconselhar as mulheres de acordo com a sua situação de vida, fazendo uma pesquisa dos hábitos sexuais dessas mulheres, para então destinar os recursos específicos conforme a demanda de cada comunidade. Faz-se necessário que considerem a individualidade de cada mulher, dado que cada uma possui sua história de vida, condições econômicas e bens sociais específicos. Também é preciso, a cada dia, fortalecer a importância dos programas de PF e PAISM nas comunidades, com fornecimento de subsídios para que se possam planejar ações de saúde para as mulheres e a implementação dos programas em âmbito local. Só assim, estas mulheres, poderão usar eescolher métodos contraceptivos, conforme os conhecimentos adquiridos. A sociedade e seus dirigentes devem efetivamente voltar seus esforços para garantir a consolidação destes programas de atenção à saúde da mulher, enfatizando a informação, a orientação e o acesso à anticoncepção, tomando em conta os princípios dos direitos reprodutivos. Universidade Estácio de Sá 21 BIBLIOGRAFIA https://www.todamateria.com.br/metodos-contraceptivos/ https://brasilescola.uol.com.br/biologia/tabelinha.htm https://www.minhavida.com.br/saude/tudo-sobre/32216-tabelinha https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/biologia/metodo-tabelinha.htm https://minutosaudavel.com.br/tabela-chinesa/ https://pt.slideshare.net/P3droLima_/mtodos-anticoncepcionais-naturais https://www.passeidireto.com/arquivo/59096881/trababalho-metodos- comportamentais https://www.tuasaude.com/muco-cervical/ https://www.cenplafam.com.br/blank-13 https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/problemas-de-sa%C3%BAde- feminina/planejamento-familiar/m%C3%A9todos-de- contracep%C3%A7%C3%A3o-de-reconhecimento-de-fertilidade http://bvsms.saude.gov.br/bvs/folder/10006001847.pdf https://brasilescola.uol.com.br/biologia/metodo-ovulacao-billings-mob.htm https://brasilescola.uol.com.br/biologia/metodo-temperatura-basal.htm https://www.todamateria.com.br/metodos-contraceptivos/ https://brasilescola.uol.com.br/biologia/tabelinha.htm https://www.minhavida.com.br/saude/tudo-sobre/32216-tabelinha https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/biologia/metodo-tabelinha.htm https://minutosaudavel.com.br/tabela-chinesa/ https://pt.slideshare.net/P3droLima_/mtodos-anticoncepcionais-naturais https://www.tuasaude.com/muco-cervical/ https://www.cenplafam.com.br/blank-13 https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/problemas-de-sa%C3%BAde-feminina/planejamento-familiar/m%C3%A9todos-de-contracep%C3%A7%C3%A3o-de-reconhecimento-de-fertilidade https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/problemas-de-sa%C3%BAde-feminina/planejamento-familiar/m%C3%A9todos-de-contracep%C3%A7%C3%A3o-de-reconhecimento-de-fertilidade https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/problemas-de-sa%C3%BAde-feminina/planejamento-familiar/m%C3%A9todos-de-contracep%C3%A7%C3%A3o-de-reconhecimento-de-fertilidade
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