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de sol. Crescimento de aguapés, vegetação aquática. Sem luz, não há fotossíntese pelos produtores. Sem oxigênio os organismos não conseguem respirar e começam a morrer. O material se acumula no fundo do corpo de água, alterando cor e odor da água. Contaminação da água e doenças associadas Em relação à água, podemos contaminar os mananciais com produtos agrícolas ou pesticidas, decorrentes da contaminação do solo. Mas também existem as doenças de veiculação hídrica, que tem a água como principal fonte de agentes infecciosos. Em grandes centros urbanos a rede de coleta de esgoto é mais ampla. Mas a política pública brasileira deixou de investir significativamente na área de saneamento básico, e muitos locais ainda possuem o seu esgoto liberado a céu aberto. A liberação de esgoto em corpos de água também é um veículo transmissor de doenças. Desequilíbrios ambientais – poluição do ar A queima de combustíveis derivados de petróleo, que foi a base do crescimento econômico, libera particulados que poluem o ar. As maiores fontes poluidoras são os automóveis e as indústrias. Os principais poluentes são: monóxido de carbono (CO); óxidos de nitrogênio (NOx); hidrocarbonetos (HC); óxidos de enxofre (Sox) e partículados. Os poluentes na atmosfera sofrem reações químicas, produzindo novos compostos chamados de poluentes secundários. Os poluentes no ar são irritantes à saúde, afetando principalmente o aparelho respiratorio. Poluição do ar e inversão térmica Em condições normais, a radiação solar em contato com o solo aquece a camada de ar próxima a ele. O aquecimento reduz a densidade do ar, provocando seu deslocamento. O ar aquecido sobe e o ar frio, acima, se desloca para baixo. O movimento do ar dispersa e dilui os poluentes. Principalmente no inverno, a camada mais próxima ao solo se resfria e o ar quente (menor densidade) fica acima. As camadas ficam invertidas. Não há movimento vertical e os poluentes ficam retidos próximos ao solo, causando efeitos na saúde. Poluição do ar – monóxido de carbono (CO) A principal fonte de emissão de monóxido de carbono é a combustão incompleta de carvão e petróleo. Um dos mais perigosos tóxicos respiratórios para o homem e outros animais. O CO tem alta afinidade química pela hemoglobina. O CO se liga no sítio de ligação do O2. A hemoglobina ligada ao CO fica impossibilitada de levar O2 pelo sangue. Altas concentrações de CO no ar podem levar a asfixia e morte. Poluição do ar – efeito estufa Causado pela emissão de gases do efeito estufa como o gás carbônico produzido pela queima de combustíveis fósseis. O metano é liberado por prática agrícolas, animais, desmatamento, aterros de lixo. O óxido nítrico é resultante das indústrias químicas e de fertilizantes. Os clorofluorcabonos (CFCs) são organoclorados que eram encontrados em refrigeradores, aerossóis e equipamentos industriais. São capazes de destruir a camada de ozônio que protege a Terra da radiação ultravioleta dos raios solares. Isso mantém o aquecimento próximo à superfície, que chamamos de aquecimento global. Poluição do ar – chuva ácida Qualquer poluente gasoso lançado na atmosfera contribui para a formação de chuva ácida (indústrias, termoelétricas, refinarias, automotores). Os principais poluentes são: óxidos de enxofre (SO2), os quais reagem com o vapor da água, produzindo ácido sulfúrico (H2SO4); o gás carbônico reage com vapor de água produzindo ácido carbônico (H2CO3). Estes ácidos são diluídos na água da chuva, dando origem à chuva ácida, com índice de acidez (pH) muito ácido: o pH da chuva normal está entre 5 a 5,6; chuvas com pH menores que 5,0 são consideradas ácidas, e causam danos à saúde, às plantações e também danos materiais. Desequilíbrios ambientais – magnificação trófica A utilização excessiva de fertilizantes e compostos não biodegradáveis pode alterar as características do solo. Tais substâncias químicas podem se acumular nos organismos vivos, tendo efeito potencializado pela cadeia trófica. As impurezas mais comuns encontradas em fertilizantes comerciais (adubos sintéticos) são: arsênio, cádmio, cromo, cobalto, cobre, chumbo, níquel, selênio, vanádio, zinco. A utilização de agrotóxicos, drenados para o solo, ataca a microbiota, reduzindo a produtividade. Alcança os lençóis freáticos e contamina a água. Desequilíbrios ambientais – resíduos sólidos Resíduos originados da atividade humana (lixo). Sujeitos à decomposição. Liberação de gases, chorume, proliferação de vetores. Contaminação do ar, solo e água. Maior incidência de doenças relacionadas ao saneamento básico. Problemas agravados pela disposição a céu aberto (lixões). Falta de controle da poluição marinha. Desequilíbrios ambientais – resíduos sólidos O desenvolvimento urbano implica situações que comprometem a água com o aumento do despejo de esgoto a céu aberto. O lixo acaba se tornando fonte de alimento para diversos vetores que causam doenças. Os vetores podem transferir um agente infeccioso de uma população animal portadora de doença aos seres humanos. O consumismo humano favorece o acúmulo de resíduos e lixo. Desequilíbrios ambientais – transgênicos Transgênicos ou organismos geneticamente modificados são seres vivos criados em laboratório por meio de cruzamentos que nunca aconteceriam naturalmente no meio ambiente. Os transgênicos são criados a partir da introdução de genes de ratos, peixes, bactérias ou vírus em arroz, milho, soja ou trigo. As novas características deixam as plantas mais resistentes a pragas, diminuindo o uso de agrotóxicos. Pesquisas indicam que alimentos transgênicos podem causar alergias, resistências aos antibióticos e toxicidade. Desequilíbrios ambientais – usinas nucleares Radiação é uma forma de energia transmitida através do espaço e propagada por meio de partículas ou ondas eletromagnéticas. A radiação é utilizada em países que não possuem estrutura geofísica para abstrair energia de outras fontes, como a hidráulica. Por exemplo, o Japão. A energia nuclear está associada a diversos custos, como enriquecimento de urânio, manutenção dos reatores nucleares, criação de processos de reprocessamento e de despejo dos resíduos radioativos. Tudo para evitar a falha do sistema e, consequentemente, grandes desastres. Desequilíbrios ambientais – usinas nucleares As ondas eletromagnéticas de radiação se propagam com a velocidade da luz. São divididas em ionizantes e não ionizantes. Radiações ionizantes: são as ondas eletromagnéticas mais rápidas, com alta frequência e que causam efeitos deletérios à saúde humana. Exemplos: radiação ultravioleta, raios X e radiação gama. Radiações não ionizantes: são ondas eletromagnéticas de propagação mais lentas e com baixa frequência, que não são capazes de afetar a saúde. Exemplos: ondas de rádio, micro-ondas, dentre outras. Desequilíbrios ambientais – usinas nucleares Utilização de radiação ionizante. Perigo de vazamento da radiação. A exposição à radiação é acumulativa, dependerá da dose recebida, do tipo de radiação e do tempo de exposição. Problemas com a disposição dos resíduos radioativos que são ativos por centenas de anos. Interatividade A camada de ozônio se localiza na camada atmosférica da estratosfera. É nesta faixa que se formam as condições adequadas para a sua formação. Assinale o desequilíbrio envolvido com a destruição da camada de ozônio: a) Magnificação trófica. b) Aquecimento global. c) Chuva ácida. d) Eutrofização. e) Radiação nuclear. Resposta b) Aquecimento global. Lembrando que: os gases do efeito estufa tem a capacidade de destruir a camada de ozônio, que protege a Terra da radiação ultravioleta; como resultado,