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A CULTURA AFRODESCENDENTE - ARTIGO

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11
FACULDADE DA REGIÃO SERRANA - FARESE
 A CULTURA AFRODESCENDENTE E SUAS MANIFESTAÇÕES
Aracruz
2019
 A CULTURA AFRODESCENDENTE E SUAS MANIFESTAÇÕES
Vagner Alves Martins
Declaro que sou autor(a)¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o mesmo foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja parcial ou integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e corretamente referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por mim realizadas para fins de produção deste trabalho.
Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de plágio ou violação aos direitos autorais. (Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do Contrato de Prestação de Serviços). 
RESUMO- Este artigo tem por objetivo contar a história e trajetória da cultura afro no país. Também tem por objetivo falar sobre a importância dessa cultura em nossa sociedade e em como a escola pode trabalhar paralelamente falando do tema. O artigo contou um uma pesquisa bibliográfica para sua construção e embasamento, vários pensamentos e olhares diferentes sobre essa cultura que é tão rica.
Conclui-se que a presença da cultura afro em nosso cotidiano foi imprescindível para a construção de nossa identidade.
PALAVRAS-CHAVE: Cultura afrodescendente. Racismo. Manifestações culturais. Cultura africana
1 INTRODUÇÃO
Comumente ouve-se falar da influência afro e a mesma está presente em nossos cotidiano, desde as aulas de história, lá no ensino fundamental, quando a professora explicava que o país foi colonizado pelos portugueses e que esses, começaram a escravizar os negros, capturados na África e trazidos para o Brasil. 
De início focávamos somente nas lutas, resistências e no trabalho escravo, mas com o decorrer dos anos, a percepção da mistura cultural e sua influência no país passou a ser vista de outra forma, afinal, grande parte da nossa cultura veio do povo africano, que mesmo em meio a tantas lutas e sofrimento mantiveram costumes como músicas, danças, comidas típicas etc.
O presente trabalho objetiva mostrar a riqueza da cultura afrodescendente em nosso meio e como essa cultura enriquece nosso cotidiano. Reavivando parte dessa história e seu itinerário de como essa cultura chegou, perpetuou e foi ganhando forças através de lutas por seu direito de reconhecimento e hoje é muito afamada.
Além de trazer as informações com outras percepções referentes a cultura afrodescendente e suas manifestações, o presente trabalho aborda à escola em si, que é onde o indivíduo passa grande parte de sua vida e busca entender como ela atua, qual o seu papel nesse tema e se possui leis que regulamentam esse ensino ou ações que são trabalhadas dentro da mesma.
2 DESENVOLVIMENTO 
A fundamentação teórica desse artigo baseou-se em uma pesquisa bibliográfica lendo sobre a trajetória desse tema desde o período colonial no Brasil.
Não se pode falar de cultura afro sem ressaltar o longo período de escravidão que o Brasil sofreu. Como já é de conhecimento, a cultura africana chegou ao Brasil com os povos escravizados que eram trazidos da África durante o período em que durou o tráfico dos navios negreiros. A diversidade cultural da África acabou se espelhando na diversidade dos escravos, pois os mesmos pertenciam as inúmeras etnias que dominavam uma rica quantidade de idiomas e em sua vinda trouxeram tradições distintas.
Os pontos chaves da cultura afro são as religiões. Os africanos que chegavam ao Brasil incluíram bantos, nagôs e jejes, cujas crenças religiosas deram origem às religiões afro-brasileiras, e os hauçás e malês, de religião islâmica e alfabetizada em árabe. Assim como a indígena, a cultura africana foi geralmente suprimida pelos colonizadores. 
Na colônia, os escravos aprendiam o português, eram batizados com nomes portugueses e obrigados a se converter ao catolicismo, mas com sua resistência conseguiram prevalecer. Hoje existem em diversos lugares do Brasil as religiões e matrizes africanas sendo praticadas no Brasil. Umbanda, candomblé, quimbanda, macumba entre outras. Todas essas e as demais são diferentes entre si.
Os africanos contribuíram também para a cultura brasileira em uma grande quantidade de aspectos: dança, música, religião, culinária e idioma. Essa influência se faz notar em grande parte do país; em certos estados como Bahia, Maranhão, Pernambuco, Alagoas, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul a cultura afro-brasileira é particularmente destacada em virtude da migração dos escravos.
Outro ponto de influência da cultura africana que também é evidente é na música. A cultura africana contribuiu com os ritmos que são a base de boa parte da música popular brasileira. Gêneros musicais coloniais de influência africana, como o lundu, terminaram dando origem à base rítmica do maxixe, samba, choro, bossa-nova e outros gêneros musicais atuais. Também existem instrumentos musicais brasileiros, como o berimbau, o afoxé e o agogô, que são de origem africana. O berimbau é o instrumento utilizado para criar o ritmo que acompanha os passos da capoeira, mistura de dança e arte marcial criada pelos escravos no Brasil colonial.
E para completar a vertente de diversidade é na culinária. A culinária regional, especialmente na Bahia, onde foi introduzido o dendezeiro, uma palmeira africana da qual se extrai o azeite-de-dendê. Este azeite é utilizado em vários pratos de influência africana como o vatapá, o caruru, o acarajé e a feijoada.
2.1 Manifestações afrodescendentes: Culinária a música e a religiosidade
Muitos são os elogios voltados para a culinária brasileira e o mundo rende-se aos nossos pés, afinal esse tempero especial possui uma riqueza incrível, analisada a fundo percebe-se o porquê agrada a todos os paladares, desde os mais simples aos mais apurados. O Brasil é uma mescla de culturas com origens de tradições indígenas, europeias e africanas e toda essa mistura resulta em um seletiva do que há de melhor na culinária, representado cada uma das origens em um misto único, onde cada um sente-se representado em nossa culinária e é impossível não entregar-se aos encantos e sabores que é único por ser de todos. O fator de o Brasil ser um país alvo da imigração fez com que a diversidade de culturas fosse cada vez mais crescente.
Os índios se alimentavam dos alimentos que cultivavam como a mandioca, as frutas, os peixes e das carnes de caça. Mais tarde com a chegada dos colonizadores portugueses, o pão, o queijo, o arroz, os doces e os vinhos foram se incorporando à nossa alimentação. Mas uma das contribuições mais importantes aos nossos hábitos alimentares, durante todo o período de colonização, foi aquela que veio da África, trazida pelos escravos. Os comerciantes de escravos traziam as especiarias, porém a prática e segredos quem trazia na memória eram os escravos. Eles tinham amor a sua terra e carregavam consigo onde iriam o gosto de sua terra.
Mas aí chega o questionamento, os escravos se alimentavam dos restos que os senhores das fazendas lhes entregavam. Então como se desenvolviam a pratica das comidas?
Os escravos moravam nas senzalas e lá cozinhavam em tachos de ferro e enquanto cozinhavam também cantavam e faziam assim seus momentos de lazer.
Alguns escravos conseguiam criar algum animal ou cultivar uma pequena horta. Talvez por isso, o tempero e o uso de uma grande variedade de pimentas deram um sabor especial aos seus pratos. O azeite de dendê também foi um dos ingredientes mais importantes da culinária negra. O dendezeiro é uma palmeira de origem africana, e de sua polpa se extrai o azeite que dá a cor, o sabor e o aroma de tantas receitas deliciosas como o caruru, o vatapá e o acarajé. O uso de pimentas, que já era antigo nas terras da América, se espalhou pelo Brasil no século XVIII. 
O fator religioso também ajudou a difundir a comida de origem negra. A religião africana, ocandomblé, tem uma relação muito especial com a comida. Os devotos servem para os santos comida que pertencem à tradição africana. Como as comunidades negras se espalharam pelo Brasil, a culinária que veio da África se espalhou por todo o país. Hoje em dia, os pratos e os temperos da cozinha negra fazem parte da nossa alimentação. As festas tradicionais e populares sempre trazem para nossa degustação o sabor diário e cotidiano. Os caldos, extraídos dos alimentos assados, misturados com farinha de mandioca (o pirão) ou com farinha de milho (o angu), são uma herança dos africanos. 
Dentre as manifestações mais conhecidas, tem a capoeira que é mundialmente conhecida por sua dança e gingado. Há muito tempo atrás não podia ser praticada e os seus praticantes eram conhecidos como desocupados e desordeiros e podiam ser punidos com prisão. O samba também é uma manifestação afrodescendente, é um ritmo religioso, cujo nome significa umbigada, devido à forma como era dançado. O Samba é a principal forma de música de raízes africanas surgida no Brasil.
Uma dança também muito conhecida no estado do Espírito Santo é a congada. A população faz a festa do Congo e seguem a tradição coroando um rei e uma rainha e fazem um cortejo pela cidade com muita cantoria e dança.
2.2- A cultura afrodescendente e a escola/ educação
Na escola se tem projetos durante o ano letivo que abordam a cultura afro com os alunos. Existem leis e diretrizes que amparam e estabelecem que na disciplina de história haja o ensino da cultura afro-brasileira e africana. 
Todas as escolas públicas e particulares da educação básica devem ensinar aos alunos conteúdos relacionados à história e à cultura afro-brasileiras. Desde o início da vigência da Lei nº 10.639, em 2003, a temática afro-brasileira se tornou obrigatória nos currículos do ensino fundamental e médio.
A Lei 10.639/03 propõe novas diretrizes curriculares para o estudo da história e cultura afro-brasileira e africana. Os professores devem acentuar em sala de aula a cultura afro-brasileira como constituinte e formadora da sociedade brasileira, na qual os negros são vistos como sujeitos históricos, valorizando-se, portanto, o pensamento e as ideias de importantes intelectuais negros brasileiros, a cultura (música, culinária, dança) e as religiões de matrizes africanas.
Com a Lei 10.639/03 também foi instituído o dia Nacional da Consciência Negra (20 de novembro), como forma de homenagear ao dia da morte do líder quilombola negro Zumbi dos Palmares. O dia da consciência negra é marcado pela luta contra o preconceito racial no Brasil.
O conteúdo programático diz que o ensino da história da África, a chegada da cultura afro, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional, resgatando a contribuição do povo negro nas áreas social, econômica e política pertinentes à História do Brasil estão inclusas nos currículos das escolas e tem maior foco nas áreas de arte, história e até mesmo em literatura que se é trabalhado no ensino médio.
A escola tem papel ativo e mediador para acabar com discriminações e o racismo, quando a escola põe em prática o conhecimento que é absorvido pela ciência pode acabar com os grupos discriminados e aumentar o índice de igualdade entre os mesmos. Dar valor aos registros culturais diferenciados, à conquista de racionalidade que rege as relações sociais e raciais, a conhecimentos avançados, trazendo assim o costume de uma sociedade que busca a equidade.
Para embasamento da teoria que a escola age com papel mediador instruindo os alunos, os Parâmetros Nacionais Curriculares diz que:
[...] valorizar a pluralidade do patrimônio sociocultural brasileiro, bem como aspectos socioculturais de outros povos e nações, posicionando-se contra qualquer discriminação baseada em diferenças culturais, de classe social, de crenças, de sexo, de etnia ou outras características individuais e sociais [...]  (PCN, p. 7).
Antes a cultura afro era deixada de lado nas escolas, a única parte dita era o folclore que é trabalhado no mês de agosto, a escola trabalhava em cima de projetos que não se aprofundavam na real história, mostrando que as lendas são de origem africanas. Hoje com o conhecimento sendo espalhado diariamente é perceptível que vedar os olhos para essa riqueza cultural e essa diversidade de etnias é um grande erro. 
3 CONCLUSÃO
Conclui-se que o processo de construção de identidade do nosso país é criado diariamente, muitas vezes os cidadãos não enxergam os pontos de destaque e não conhecem a história por trás da construção dessa identidade. Somos agraciados com uma cultura rica e abundante, porém ler as histórias e investigar a fundo sobre cada manifestação mostra com clareza a importância dessa cultura em nosso cotidiano.
A cultura afro veio em um momento de grande importância na história do país e a chegada das manifestações com sua música, comida e religião são destaques em nossa cultura hoje. Percebe-se que a chegada dessa cultura transformou os costumes existentes e agregou novos costumes e tradições a elas, porem ressalta-se como falha, que muitos ainda não tem o conhecimento dos feitos da cultura afro como componente de extrema importância para o que temos hoje como cultura brasileira. 
É de suma importância a conquista abraçada pela escola com o direito de falar sobre o tema sem barreiras e ensinar os educandos as raízes da cultura e a história. É imprescindível que todos os indivíduos tomem o conhecimento do itinerário dessa cultura. 
Enfim, uma ação afirmativa que poderia ajudar, é a promoção por parte dos governantes de campanhas de conscientização sobre a presença da cultura afro em nosso meio e também como conscientização contra o racismo, que ainda permanece impregnando em nosso povo, cuja a ignorância veda os olhos e impendem que se reconheçam como sujeitos pertencentes a um misto de etnias, que fazem todos nos extremamente uns iguais aos outros. 
4 REFERÊNCIAS
BRASIL. MEC. Parâmetros Curriculares Nacionais – Documento Introdutório. Versão Preliminar. Brasília: MEC/SEF, nov., 1995.
MOREIRA, Rodrigo. Um pouco da cultura afrodescendente. Disponível em: < http://leaosampaio.edu.br/blog/cultura-afrodescendente/> 
Portal da cultura Afrobrasileira. Ultimo acesso em 05/11/2019. Disponível em < https://www.faecpr.edu.br/site/portal_afro_brasileira/2_I.php>
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