Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE ROVUMA EXTENSÃO DO NIASSA Nome do estudante: Salvador Maurício Quirimo Resolução do exercício da cadeira de Introdução ao Estudo de Direito II 1.Diferencie o Direito subjectivo do Direito potestativo R.: A diferença existente entre direito subjectivo e potestativo é o direito subjectivo consiste no poder atribuído a qualquer titular (activo/passivo) da relação jurídica e o direito potestativo o poder pertence ao titular activo da relação jurídica cabendo ao titular passivo apenas uma sujeição. 2.Apresente dois exemplos do Direito potestativo, em que um se refere ao Direito Potestativo extintivo e outro a Direito Potestativo modificativo. R.: Extintivos: a denúncia de arrendamento (art. 1055° C.C) e o direito de obter o divórcio (art. 1773° CC). Modificativos: o direito dos cônjuges à separação judicial de pessoas e bens (art. 1794° C.C) e simples separação judicial de bens (art. 1767° C.C). 3.Formule uma hipótese que se encaixa na relação jurídica complexa. R.: O contrato de compra e venda de uma residência em que tanto o comprador assim com o vendedor tem direitos e poderes. 4.De exemplo de um exemplo negócio jurídico bilateral e um negócio jurídico unilateral. R.: uniliteral: testamento (art. 2178.°). bilateral: a doação (art. 940.°). 5.Dê um exemplo de um facto involuntário R.: o nascimento 6.Dê um exemplo de um facto jurídico voluntário ilícito R.: o furto 7.Quais são os elementos que constituem a pessoa colectiva. R.: o substrato e o reconhecimento 8.Comente. A personalidade jurídica é um facto e não um Direito. R.: porque facto jurídico é todo acontecimento da sociedade que produz efeitos jurídicos (voluntários/involuntário) e a personalidade jurídica inicia com o nascimento completo e com vida (art.. °68 C. Civil) e o nascimento constitui um facto jurídico involuntário e não um direito. 9. Diferencie a presunção por comoriéncia da presunção por premoriéncia R.: a presunção por premoriencia é uma situação que descreve a situação em que o marido pré-morreu à esposa ou por outra a precedência entre a morte de um dos desenvolvidos em uma ocasião tendo em conta (casal sem filhos) e presunção por comoriência descreve uma situação em que certo efeito jurídico depende da sobrevivência de uma a outra pessoa, presume-se em casos de divida, que uma e outra pessoa faleceram ao mesmo tempo. 10. Diga quais são espécies de interpretação das leis. R.: Autentica: realizada pelo próprio pelo próprio órgão com competência legislativa Doutrinal: efectuada por jurisconsultos outras pessoas não revestidas de autoridade. 11.Entre as espécie de interpretação existira uma mais importante que a outra? R.: Sim! A espécie mais importante é a interpretação autêntica porque vincula todos os cidadãos que se encontrem na mesma situação, e a interpretação doutrinal é menos importante porque vincula apenas a posição assumida face a um determinado caso concreto 12. Quando é que nos recorremos a integração de lacunas. R.: nos recorremos na integração de lacunas quando uma determinada situação merecedora de tutela jurídica não se encontra prevista na lei. 13. No Direito penal há espaço para a integração de lacunas? R.: não há espaço para integração de lacunas porque o juiz quando confrontado com uma lacuna da lei num caso cível recorre analogia como o método de resolução deste caso (art. 10.° do C.Civil) e em Direito Penal não é admitido o uso da analogia com base no artigo 9.° do C. Penal que diz Não é admissível a analogia ou indução por paridade, ou maioria de razão, para qualificar qualquer facto como crime, sendo sempre necessário que se verifiquem os elementos essencialmente constitutivos do facto criminoso, que a lei criminal declarar , porque para este ramo de Direito existe dois princípios: o princípio da legalidade (art. 07.° do C. Penal) e o princípio da tipicidade (art. 01.° do C. Penal), de acordo com os quais só é crime aquilo que estiver definido na lei como tal (principio da legalidade), cumprindo a lei especificar de modo claro e simples as situações que integram o tipo legal de crime (principio da tipicidade). 14. No Direito Fiscal há espaço para a integração de lacunas? R: não espaço da integração de lacunas porque não é permitida a analogia em relação às de " incidência" e às que definem "garantias contribuintes" devido ao preceito contido no n.°2 do art. 126.° da C.R.M. Essas normas não são susceptíveis de aplicação da analogia em virtude do principio da legalidade do imposto definido no n.°3 do mesmo artigo, pois o recurso à analogia traduzir-se-ia na formulação de uma nova norma destinada a regular a situação omissa. Esta nova norma, não tendo sido criada por via legal contrariava o preceituado na constituição. 15. A comprou verbalmente uma viatura do B numa data em para tal a lei não exigia documentos escritos. Entretanto, entrou em vigor uma lei que faz depender a validade desses contratos da respectiva redução por escrito. A referida compra devera ser considerada valida por se lhe dever aplicar a lei velha ou não será, por dever aplicar-se a lei nova. R.: a referida compra será valida. Porque estamos diante da aplicação da lei no tempo, neste caso chamamos o princípio da não retroactividade da lei, de harmonia com o preceituado no artigo 12° do código civil, que a lei só dispõe para o futuro, ainda que lhe seja atribuída a eficácia retractiva presume-se que ficam ressalvados os efeitos já produzidos pelos factos que a lei destina a regular. 16. Fale das regras de contagem de prazos. R.: as regras de contagem de prazos estão fixados nos artigos 279.° à 296.° do código civil. Segundo o artigo 283.° n.°2 do CPC os prazos judicias não ocorrem enquanto a instância estiver suspensa. Seguindo a jurisprudência o prazo para a pratica do acto começa a correr a partir do dia seguinte aquele em que ocorreu a notificação, conforme dispõe al. b) do art. 279.° do C. Civil (Ac. De 22.02.1997). a pratica de acto cujo termo coincida com o sábado pode ser praticado validamente no primeiro dia útil seguinte (2ª feira) desde que se efectue o pagamento imediato de uma multa no montante de 25% do imposto devido à final, de acordo com as disposições combinadas do art. 144.° n.°3 e 145.° n.°5, ambos do CPC. E por o prazo que termine em dia a que corresponda férias judiciais transfere-se para o primeiro dia útil após o termo das férias, com base no a al. e) do art. 279.° do C. Civil (ac. De 04.03.1998 da Ap. 58/97). 17. Um cidadão Angolano casou com uma cidadã Moçambicana na Franca e vão fixar um domicílio nos EUA onde tem lá todos os bens. O cidadão Angolano morre na Espanha, qual é a lei aplicável para efeitos de sucessão? R.: estamos diante de um caso que precisamos invocar a lei reguladora das sucessões. A lei competente de acordo com o artigo 62° do código civil diz que a sucessão por morte é regulada pela lei pessoal do autor da sucessão ao tempo do falecimento deste, competindo-lhe também definir os poderes do administrador da herança e do executor do testamentário conjugado com o número 1 do artigo 31° do mesmo código que diz que a lei pessoal é da nacionalidade do individuo. Nesta perspectiva a lei aplicável para este caso é do cidadão Angolano (ordenamento jurídico Angolano), 18.Qual é a diferença entre um Advogado e um consultor jurídico. R.: a diferença que existe entre um advogado e um consultor jurídico é Advogado é um profissional de Direito que aconselha ou as partes litigantes em juízo ou certos interessados em processos jurídicos enquanto o consultor jurídico emite pareceres de carácter jurídico. 19. Qual é diferença existente entre o magistratura do ministério publico e magistrado judicial é a magistratura do ministério publico. R.: a diferença existente é a magistratura do ministério público tem a função de representar o Estado, incertos, incapazes ou ausentes nos tribunais, dirigir a investigação criminal, exercer a acção penal enquanto a magistratura judicial tem apenas a função de apreciar e julgar os casos. 20.Qual é a diferença entre conservador do registo notarial e conservadordo registo Civil. R.: a diferença é o conservador do notório tem a função de dar a forma legal dos actos e conferindo-lhes a autenticidade e o conservador do registo civil efectuam os actos de registo do estado das pessoas, como o nascimento, o casamento, filiação, o óbito. 21. Qual é a diferença entre o magistrado do tribunal comum e do tribunais especial R.: os tribunais comuns são constituídos pelos juízes profissionais e juízes eleitos enquanto que o os tribunais especiais são constituídos pelos juízes conselheiros. 22.Fale das modalidades de tutela existente R.: Tutela privada: aquela assegurada pelo próprio titular do direito violado, tendo em vista reparar essa violação, e só é admitida pela lei do título excepcional (art. 1° e 2° do C.PC) Tutela pública: aquela assegurada pelo Estado com o objectivo de garantir a boa aplicação das normas jurídicas podem ser: preventiva, compulsiva ou repreensiva ou sancionatória. 23. Diferencie as garantias gerais, pessoas e reiais R.: as garantias gerais traduzem-se na responsabilidade do património (do devedor) pelo cumprimento da obrigação e na consequente sujeição dos bens que integram aos fins específicos da execução, as garantias reais incidem para bens móveis e bens não móveis as garantias pessoas são obrigações que o individuo assume perante+ ao credo. 24. Fale da organização hierárquica dos tribunais. R.: Os tribunais estão organizados hierarquicamente da seguinte maneira: a) Tribunal Supremo; b) Tribunal Administrativo; e c) Os tribunais Judiciais. 25. A diferencie a acção directa e legitima defesa R.: acção directa é uso da forca com o fim de realizar ou assegurar o próprio direito enquanto que a legitima defesa é destinada para afastamento de qualquer agressão actual e contraria a lei contra a pessoa ou património do agente ou de terceiro. 26. Encontre semelhança entre direito de resistência e direito de retenção R.: Não existe nenhuma semelhança entre estes dois direitos vistos que o direito de retenção é autotutela em que o credor pode manter sob sua posse directa, bem do devedor, até que este compre com a sua obrigação
Compartilhar