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INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA VIDA DAS PLANTAS

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1. INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA VIDA DAS PLANTAS (UNIDADE I)
1.1. Plantas como seres vivos
A Biologia é a ciência que estuda a vida, ou seja, as diferentes formas de manifestação da vida.
Objecto de estudo da Biologia	
A Biologia estuda os vários tipos de seres vivos.
1.2. Características do reino das plantas ou reino vegetal
Quadro comparativo das características gerais dos animais e plantas
	
Organismos
	
Alimentação
	
Locomoção
	
Reprodução
	
Crescimento
	
Presença de pigmentos fotossintéticos
	
Sensibilidade (reacção aos estímulos ambientais)
	
Plantas
	
autotróficas, pois produzem o seu próprio alimentos através da fotossíntese. 
	
Fixas, por não possuírem órgãos locomotores.
	
Sexuada e assexuada.
	
Ilimitado.
	
Presentes, como a clorofila, a xantofila, ficobilinas e carotenoides.
	
Sem sistema nervoso.
	
Animais
	
Heterotróficos, pois não produzem o seu próprio alimento.
	
Movem-se, porque tem a presença de órgãos locomotores.
	
Sexuada
	
Limitado
	 
Ausente
	
Com sistema nervoso.
2. Processos vitais das plantas
São processos vitais todos aqueles sem os quais os seres vivos não teriam vida. No caso de plantas não existiriam na natureza como seres vivos. São eles:
· Surgimento: a maioria das plantas surge a partir da germinação de uma estrutura existente na semente, chamada embrião.
· Crescimento: após germinação da semente, dia após dia, a nova planta fica maior. Portanto, o crescimento e acompanhado pelo aumento de tamanho dos seus órgãos, processo chamado desenvolvimento.
· Alimentação: é essencial para a manutenção da vida. As plantas produzem o seu próprio alimento através d fotossíntese, utilizando a agua e o dióxido de carbono.
· Respiração: nas plantas as trocas gasosas ocorrem ao nível das folhas e consiste na absorção de dióxido de carbono (CO2) e libertação de oxigénio (O2).
· Reprodução: As plantas dão origem a outras plantas através da semente, esporos, gomo ou gema, estacas e outras.
· Reacção aos estímulos do ambiente: muitas plantas abrem e fecham as suas folhas ou flores. Esse processo depende de alguns factores ambientais, a luz, a temperatura e o toque. 
A reacção da planta aos estímulos do ambiente chama-se sensibilidade. Ex: a movimentação das folhas da mimosa sensitiva depois de um toque, a movimentação o girassol em direcção ao sol
3. Diversidade das plantas
Refere-se diversidade a toda variedade encontrada entre as plantas.
As plantas diferem uma das outras, na forma, no tamanho, na cor das flores, na consistência; o tipo de habitat, sendo que algumas plantas encontra-se nas florestas, nas savanas, nas regiões desérticas, na agua doce e salgada, nos pântanos, nas montanhas, nos rochedos, etc.
3.1. Divisão do reino das plantas
O Reino das plantas, de acordo com as suas características, pode ser dividido em: plantas com flores, chamadas plantas espermatófitas e plantas sem flores, chamadas plantas criptogâmicas.
3.2.1. Plantas criptogâmicas
	Grupo
	Características
	Exemplo
	Algas
	São em geral aquáticos. Não tem raiz, caule e folhas. O seu corpo e um talo.
	Algas verdes
	Briófitas
	São terrestres ou aquáticas, pequenas e vivem em locais húmidos e sombreados (cheios de sombra). São menos evoluídos que as pteridofitas. Tem rizóides, cauloides e filoides
	Musgos
	Pteridofitas
	São terrestres e vivem em locais húmidos e sombreados. Apresentam vasos condutores. Tem raiz, caule e folhas.
	Polipódio (feto comum)
3.2.2. Plantas espermatófitas
	Grupo
	Características
	Exemplo
	Gimnospérmicas
	Plantas terrestres de clima frio ou temperado. Apresentam raiz, caule, folha e flores muito especiais, pois não se transformam em frutos mas produzem sementes.
	Pinheiro
	Angiospérmicas
	Grupo mais dos vegetais. Plantas completas com raiz, caule, folhas, flores, frutos e sementes
	Mangueira
	 (
Caro aluno: O objectivo não 
é
 saber tudo de pouca coisa, mas
 
sab
er 
pouca coisa de tudo!
)Texto de Apoio-Biologia - 9ª Classe
	2014
TEXTO DE APOIO - DISCIPLINA DE BIOLOGIA-9ª CLASSE/2014 ESG – I E II CICLOS DE PEBANE	Página 10
DOCENTE: IEREVA E-mail: psiereva@gmail.com
4. Importância das plantas
As plantas são indispensáveis a vida na Terra, pois todos os outros seres vivos dependem delas, directa ou indirectamente, devido ao facto de estarem na base da cadeia alimentar, não só como também na alimentação, na medicina, na economia e na cultura.
Importância económica
· As plantas são uma fonte de matéria-prima para a indústria de mobiliário;
· Fabrico de carvão, combustível, papel;
· Construção de casas, barcos;
Importância alimentar
· As plantas são uma fonte de alimentação para o Homem e outros animais.
Importância medicinal
· As plantas produzem substâncias usadas na preparação de medicamentos. Eis alguns princípios activos das plantas:
- Antibióticos, como o alho;
- Cardiovasculares (fortalecimento do coração), como o cacto;
- Sedativos (calmantes), como a papoila;
- Anti-reumaticos (cura ou melhora o estado do reumatismo), como o alho, pimentão e morangueiro.
Importância ecológica
· As plantas são uma fonte de 02. Elas ao consumirem C02 e libertarem 02 para atmosfera, asseguram a qualidade do ar (restauradoras do ar);
· Protegem o solo contra a erosão.
Importância cultural
· As plantas são um elemento cultural e artístico.
Ex: produção de estátua, esculturas de pau-preto, pinturas e gravuras.
· Fabrico dos instrumentos musicais. Ex: timbila, xigovia, xitende.
5. MICROSCOPIA E DESCOBERTA DA CÉLULA (UNIDADE II)
A história da célula começa com a invenção do microscópio pelos cientistas Hans e Zacharias Janssen, no sec. XVI. Estes descobriram que as lentes permitiam a observação de alguns objectos, invisíveis ao olho nu.
A descoberta da célula foi feita pelo cientista Robert Hooke, em 1665. Interessado em conhecer a estrutura da cortiça, tirou fatias de casca de uma árvore e observou-as em microscópio tendo constatado que esta era perfurada e porosa, assemelhando-se a um favo de mel, os quais lembram pequenas caixas vazias, o que chamou célula (do latim, cella).
5.1. Teoria celular 
Um pouco mais tarde, no sec. XIX, Mathias Schleiden e Theodor Schwann, os seus estudos resultaram na formulação da teoria celular, que defende o seguinte:
· A célula é a unidade básica estrutural e funcional de todos os seres vivos;
· Todos os seres vivos, do mais simples aos mais complexos, são constituídos por c é lulas;
· Todas as células provem de células preexistentes;
· A célula é a unidade de reprodução e desenvolvimento dos seres vivos;
· A célula é a unidade hereditária de todos os seres vivos.
A Teoria Celular foi uma das mais importantes definições da história da Biologia. Apesar das diferenças quanto a forma e a função, conclui-se que todos os seres vivos tem em comum o facto de serem formados por células. 
5.2. Tipos de microscópios
Existem basicamente dois (2) tipos de microscópios:
Microscópio óptico: utiliza a luz como tipo de radiação. É formado por dois (2) conjuntos de lentes: a objectiva e a ocular. Portanto, este tipo de microscópio aumenta a nossa visão cerca de 1000 vezes. A nossa visão pode observar estruturas celulares, que variam de 1000 μm a 0.2 μm, como as células, tecidos e bactérias.
Microscópio electrónico: Utiliza como tipo de radiação, um feixe de electrões. Tem um poder de resolução cerca de 200 000 vezes superior a do óptico. Este permite examinar as ultra-estruturas celulares, que variam de 100 μm a 1Å, pequenos componentes celulares, vírus, ADN, ARN e arranjos de átomos.
Correspondências entre unidades:
· 1 milímetro 0,001m ou 1mm= 10-3m observação a olho nu ou por intermédio de lentes simples;
· 1 micrómetro = 0,001 mm ou 1 μm = 10-3mm = 10-6m, para o microscópio óptico e; 
· 1 manómetro = 0,001 μm ou 1nm = 10-3μm= 10-6mm = 10-9m para o microscópio electrónico, ou ainda;
· 1 Angstron = 0,1 nm ou 1 Å = 10-1nm = 10-4 μm = 10-7mm = 10-10m, para o m. electrónico.
· 
5.3. Constituição e funcionamento composto do microscópio óptico
O microscópio óptico é constituído essencialmente por duas (2) partes: a parte óptica e a parte mecânica.
Parte Mecânica:
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