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INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA VIDA DAS PLANTAS

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1. INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA VIDA DAS PLANTAS (UNIDADE I)
1.1. Plantas como seres vivos
A Biologia é a ciência que estuda a vida, ou seja, as diferentes formas de manifestação da vida.
Objecto de estudo da Biologia	
A Biologia estuda os vários tipos de seres vivos.
1.2. Características do reino das plantas ou reino vegetal
Quadro comparativo das características gerais dos animais e plantas
	
Organismos
	
Alimentação
	
Locomoção
	
Reprodução
	
Crescimento
	
Presença de pigmentos fotossintéticos
	
Sensibilidade (reacção aos estímulos ambientais)
	
Plantas
	
autotróficas, pois produzem o seu próprio alimentos através da fotossíntese. 
	
Fixas, por não possuírem órgãos locomotores.
	
Sexuada e assexuada.
	
Ilimitado.
	
Presentes, como a clorofila, a xantofila, ficobilinas e carotenoides.
	
Sem sistema nervoso.
	
Animais
	
Heterotróficos, pois não produzem o seu próprio alimento.
	
Movem-se, porque tem a presença de órgãos locomotores.
	
Sexuada
	
Limitado
	 
Ausente
	
Com sistema nervoso.
2. Processos vitais das plantas
São processos vitais todos aqueles sem os quais os seres vivos não teriam vida. No caso de plantas não existiriam na natureza como seres vivos. São eles:
· Surgimento: a maioria das plantas surge a partir da germinação de uma estrutura existente na semente, chamada embrião.
· Crescimento: após germinação da semente, dia após dia, a nova planta fica maior. Portanto, o crescimento e acompanhado pelo aumento de tamanho dos seus órgãos, processo chamado desenvolvimento.
· Alimentação: é essencial para a manutenção da vida. As plantas produzem o seu próprio alimento através d fotossíntese, utilizando a agua e o dióxido de carbono.
· Respiração: nas plantas as trocas gasosas ocorrem ao nível das folhas e consiste na absorção de dióxido de carbono (CO2) e libertação de oxigénio (O2).
· Reprodução: As plantas dão origem a outras plantas através da semente, esporos, gomo ou gema, estacas e outras.
· Reacção aos estímulos do ambiente: muitas plantas abrem e fecham as suas folhas ou flores. Esse processo depende de alguns factores ambientais, a luz, a temperatura e o toque. 
A reacção da planta aos estímulos do ambiente chama-se sensibilidade. Ex: a movimentação das folhas da mimosa sensitiva depois de um toque, a movimentação o girassol em direcção ao sol
3. Diversidade das plantas
Refere-se diversidade a toda variedade encontrada entre as plantas.
As plantas diferem uma das outras, na forma, no tamanho, na cor das flores, na consistência; o tipo de habitat, sendo que algumas plantas encontra-se nas florestas, nas savanas, nas regiões desérticas, na agua doce e salgada, nos pântanos, nas montanhas, nos rochedos, etc.
3.1. Divisão do reino das plantas
O Reino das plantas, de acordo com as suas características, pode ser dividido em: plantas com flores, chamadas plantas espermatófitas e plantas sem flores, chamadas plantas criptogâmicas.
3.2.1. Plantas criptogâmicas
	Grupo
	Características
	Exemplo
	Algas
	São em geral aquáticos. Não tem raiz, caule e folhas. O seu corpo e um talo.
	Algas verdes
	Briófitas
	São terrestres ou aquáticas, pequenas e vivem em locais húmidos e sombreados (cheios de sombra). São menos evoluídos que as pteridofitas. Tem rizóides, cauloides e filoides
	Musgos
	Pteridofitas
	São terrestres e vivem em locais húmidos e sombreados. Apresentam vasos condutores. Tem raiz, caule e folhas.
	Polipódio (feto comum)
3.2.2. Plantas espermatófitas
	Grupo
	Características
	Exemplo
	Gimnospérmicas
	Plantas terrestres de clima frio ou temperado. Apresentam raiz, caule, folha e flores muito especiais, pois não se transformam em frutos mas produzem sementes.
	Pinheiro
	Angiospérmicas
	Grupo mais dos vegetais. Plantas completas com raiz, caule, folhas, flores, frutos e sementes
	Mangueira
	 (
Caro aluno: O objectivo não 
é
 saber tudo de pouca coisa, mas
 
sab
er 
pouca coisa de tudo!
)Texto de Apoio-Biologia - 9ª Classe
	2014
TEXTO DE APOIO - DISCIPLINA DE BIOLOGIA-9ª CLASSE/2014 ESG – I E II CICLOS DE PEBANE	Página 10
DOCENTE: IEREVA E-mail: psiereva@gmail.com
4. Importância das plantas
As plantas são indispensáveis a vida na Terra, pois todos os outros seres vivos dependem delas, directa ou indirectamente, devido ao facto de estarem na base da cadeia alimentar, não só como também na alimentação, na medicina, na economia e na cultura.
Importância económica
· As plantas são uma fonte de matéria-prima para a indústria de mobiliário;
· Fabrico de carvão, combustível, papel;
· Construção de casas, barcos;
Importância alimentar
· As plantas são uma fonte de alimentação para o Homem e outros animais.
Importância medicinal
· As plantas produzem substâncias usadas na preparação de medicamentos. Eis alguns princípios activos das plantas:
- Antibióticos, como o alho;
- Cardiovasculares (fortalecimento do coração), como o cacto;
- Sedativos (calmantes), como a papoila;
- Anti-reumaticos (cura ou melhora o estado do reumatismo), como o alho, pimentão e morangueiro.
Importância ecológica
· As plantas são uma fonte de 02. Elas ao consumirem C02 e libertarem 02 para atmosfera, asseguram a qualidade do ar (restauradoras do ar);
· Protegem o solo contra a erosão.
Importância cultural
· As plantas são um elemento cultural e artístico.
Ex: produção de estátua, esculturas de pau-preto, pinturas e gravuras.
· Fabrico dos instrumentos musicais. Ex: timbila, xigovia, xitende.
5. MICROSCOPIA E DESCOBERTA DA CÉLULA (UNIDADE II)
A história da célula começa com a invenção do microscópio pelos cientistas Hans e Zacharias Janssen, no sec. XVI. Estes descobriram que as lentes permitiam a observação de alguns objectos, invisíveis ao olho nu.
A descoberta da célula foi feita pelo cientista Robert Hooke, em 1665. Interessado em conhecer a estrutura da cortiça, tirou fatias de casca de uma árvore e observou-as em microscópio tendo constatado que esta era perfurada e porosa, assemelhando-se a um favo de mel, os quais lembram pequenas caixas vazias, o que chamou célula (do latim, cella).
5.1. Teoria celular 
Um pouco mais tarde, no sec. XIX, Mathias Schleiden e Theodor Schwann, os seus estudos resultaram na formulação da teoria celular, que defende o seguinte:
· A célula é a unidade básica estrutural e funcional de todos os seres vivos;
· Todos os seres vivos, do mais simples aos mais complexos, são constituídos por c é lulas;
· Todas as células provem de células preexistentes;
· A célula é a unidade de reprodução e desenvolvimento dos seres vivos;
· A célula é a unidade hereditária de todos os seres vivos.
A Teoria Celular foi uma das mais importantes definições da história da Biologia. Apesar das diferenças quanto a forma e a função, conclui-se que todos os seres vivos tem em comum o facto de serem formados por células. 
5.2. Tipos de microscópios
Existem basicamente dois (2) tipos de microscópios:
Microscópio óptico: utiliza a luz como tipo de radiação. É formado por dois (2) conjuntos de lentes: a objectiva e a ocular. Portanto, este tipo de microscópio aumenta a nossa visão cerca de 1000 vezes. A nossa visão pode observar estruturas celulares, que variam de 1000 μm a 0.2 μm, como as células, tecidos e bactérias.
Microscópio electrónico: Utiliza como tipo de radiação, um feixe de electrões. Tem um poder de resolução cerca de 200 000 vezes superior a do óptico. Este permite examinar as ultra-estruturas celulares, que variam de 100 μm a 1Å, pequenos componentes celulares, vírus, ADN, ARN e arranjos de átomos.
Correspondências entre unidades:
· 1 milímetro 0,001m ou 1mm= 10-3m observação a olho nu ou por intermédio de lentes simples;
· 1 micrómetro = 0,001 mm ou 1 μm = 10-3mm = 10-6m, para o microscópio óptico e; 
· 1 manómetro = 0,001 μm ou 1nm = 10-3μm= 10-6mm = 10-9m para o microscópio electrónico, ou ainda;
· 1 Angstron = 0,1 nm ou 1 Å = 10-1nm = 10-4 μm = 10-7mm = 10-10m, para o m. electrónico.
· 
5.3. Constituição e funcionamento composto do microscópio óptico
O microscópio óptico é constituído essencialmente por duas (2) partes: a parte óptica e a parte mecânica.
Parte Mecânica:· Base ou Pé: Placa de apoio do microscópio que assenta sobre a mesa garantindo-lhe estabilidade.
· Coluna ou Braço: Haste vertical ou inclinável, fixada à base, que suporta as restantes partes componentes do microscópio. Parte por onde se pega no microscópio.
· Platina: Plataforma onde se colocam as preparações a observar. Tem no centro uma abertura – janela da platina – destinada à passagem dos raios luminosos. A preparação é fixada por duas molas ou pinças.
· Revólver: Suporte de objectivas, fixado à extremidade inferior do tubo, que serve para facilitar a substituição de uma objectiva por outra, colocando-as por rotação em posição de observação.
· Tubo ou Canhão: Suporte cilíndrico da ocular.
Parafuso Macrométrico ou das
 
	
	
	
	
	Fig. 1 - Microscópio Óptico Composto Óptico
	
 
 
 
· Parafuso Macrométrico : Permite movimentos de grande amplitude, rápidos, por deslocação vertical da platina.
· Parafuso Micrométrico ou de focagem lenta: Permite movimentos lentos da deslocação da platina para focagens mais precisas.
 
Parte óptica:
 
· Sistema de ampliação: Consiste na associação de dois sistemas de lentes (objectiva e ocular) constituindo um sistema óptico composto.
· Objectiva: É uma associação de lentes, situada no revólver, que é colocada na extremidade mais próxima do objecto, ampliando a imagem do objecto (projecta uma imagem real, ampliada e invertida).
· Objectiva de imersão: (100x) A lente frontal da objectiva é mergulhada num óleo de imersão ( de cedro ou anisol). A imersão tem por fim aumentar o valor da abertura numérica e portanto, o poder de resolução da objectiva. Quanto maior for o índice de refracção, maior é a abertura numérica.
· Ocular: É uma associação de lentes que é colocada na extremidade do tubo, mais próxima do olho do observador e que recebe a imagem da objectiva, ampliando-a e tornando-a visível (fornece uma imagem ampliada, direita e virtual).
· Sistema de iluminação: consiste na associação destas três peças fundamentais:
· Espelho Duplo ou Fonte de Luz: O espelho destina-se a reflectir a luz que recebe da fonte luminosa para a platina (usa-se a face plana  para reflectir luz natural e a face côncava para reflectir luz artificial).
· Diafragma: Regula a quantidade de luz que vai atingir o campo do microscópio.
· Condensador: É um sistema de duas lentes que distribui regularmente no campo visual do microscópio, a luz reflectida pelo espelho ou directamente da fonte luminosa. 
 
5.3.1. Cuidados Gerais na Utilização do Microscópio Óptico Composto
  
1. Antes de pegar na caixa do microscópio verifica sempre se está fechada.
2. Transporta o microscópio com ambas as mãos apoiando uma sob a base e outra segurando o braço.
3. O microscópio deve ser colocado na mesa, suficientemente afastado do bordo desta. Sobre a mesa deve apenas permanecer o material estritamente necessário.
4. Mantém sempre o microscópio em perfeito estado de limpeza e conservação:
· Evita molhá-lo;
· Protege-o das poeiras, humidades ou vapores de reagentes utilizados em laboratório;
· Tem especial cuidado na limpeza das suas lentes. As lentes devem ser limpas com um pincel ou papel apropriado ou com um pano limpo ou macio. A objectiva de imersão, quando utilizada, deve ser limpa com um pano levemente embebido em benzina ou xilol.
                5.       Antes de arrumar o microscópio, verifica se tem colocado a objectiva de menor ampliação no prolongamento do tubo.
 
 
5.3.2. Manuseamento do Microscópio Óptico Composto
    Iluminação
     Antes de iniciar qualquer observação é necessário proceder à iluminação do campo microscópico.
    Verifica se a objectiva de menor poder ampliador está em posição de observação, se o diafragma está completamente aberto e se o condensador está completamente subido.
    Se o microscópio tiver uma fonte de iluminação própria liga-a; se não utiliza o espelho – face côncava para a luz artificial e face lisa para luz natural. Orienta o espelho de modo a que o campo microscópico fique completamente iluminado.
    
As observações devem ser iniciadas rodando o revólver de modo a colocar a objectiva de menor poder ampliador sobre a preparação. Para efectuares uma observação correcta da tua preparação deverás utilizar sucessivamente as objectivas partindo da de menor ampliação até à de maior ampliação. Se utilizares a objectiva de maior ampliação (100x – imersão) deverás ter o cuidado de aplicar sobre a preparação uma gota de óleo de imersão, no local
Poder Ampliador
        As imagens microscópicas podem estar sujeitas a diferentes ampliações. No microscópio (m.o.c. – com dois sistemas de ampliação) utilizado deves ter um ocular de várias ampliações (5x, 10x e 15x) e quatro lentes objectivas que terão ampliações de 5x, 10x, 40x e 100x.
 O valor total da ampliação de uma imagem é dado pela seguinte fórmula:
	Valor da ampliação da Ocular x Valor da Ampliação da Objectiva
Poder Resolvente ou
Poder 
de Resolução
 O poder de resolução traduz a capacidade de distinguir com nitidez dois pontos muito próximos.
A distância mínima a que esses pontos devem estar para que o microscópio ainda tenha poder de resolução, chama-se limite de resolução.
 
5.4. A célula
Os organelos e estruturas celulares 
As células apresentam três componentes fundamentais:
· Membrana plasmática: película que delimita o conteúdo celular e controla o trânsito de substâncias que entram e saem da célula.
5.4.1. Tipos de células
Existem dois tipos celulares básicos, as células eucariotas e as procariontes:
Células procarióticas: são as células das bactérias e arqueas. Em termos de complexidade, são as mais simples. Não possuem envelope nuclear e, normalmente, também não possuem organelas membranosas no citoplasma. Vamos admitir que as entidades mais complexas são aquelas possuidoras de mais componentes.
· Material genético: moléculas de DNA, onde estão inscritas as informações biológicas/genéticas.
· Citoplasma: porção gelatinosa onde ocorre a maioria das reacções metabólicas.
Células eucarióticas: células mais complexas, possuidoras de envelope nuclear e várias outras organelas membranosas. Por sua vez, as células eucariotas subdividem-se em animais e vegetais. 
fig.: células eucariotas
A célula vegetal e a célula animal possuem a mesma estrutura básica: membrana plasmática, citoplasma, e núcleo. Entretanto, num exame detalhado ao microscópio, evidenciam-se certas diferenças nessa estrutura.
5.4.2.  Comparação entre célula animal e célula vegetal
	Estruturas
	Célula Vegetal
	Célula Animal
	Membrana Plasmática
	Presente
	Presente
	Citoplasma
	Presente
	Presente
	Núcleo
	Presente
	Presente
	Reticulo Endoplasmático
	Presente
	Presente
	Mitocôndrias
	Presente
	Presente
	Complexo de Golgi
	Presente
	Presente
	Lisossomos
	Presente
	Presente
	Centríolos
	Presente
	Presente
	Parede Celular
	Presente
	Ausente
	Plastídios
	Presente
	Ausente
	Vacúolos
	Presente
	Ausente
Membrana Plasmática: película que reveste, protege e delimita a célula. Tem a função de controlar a entrada e saída de substâncias dentro da célula.
Citoplasma: material líquido localizado entre a membrana e o núcleo.
Núcleo: responsável pelo material genético, controla e coordena todas as actividades celulares.
Reticulo endoplasmático: transporta substâncias dentro da célula e sintetiza proteínas
Mitocôndrias: libertação da energia ou respiração celular.
Complexo de golgi: armazena as proteínas.
Lisossomos: função – digestão intracelular.
Centríolos: participam da divisão celular.
Parede celular: tem a função de proteger e sustentara célula. É composta por uma substancia chamada celulose que forma uma rede de fibras, que confere pouca elasticidade ao contorna da célula vegetal, contribuindo com a manutenção de sua forma.
Plastídios ou Plastos: são capazes de realizar diversas funções. As mais importantes são os cloroplastos, dotados de clorofila e relacionados com uma função importante: a fotossíntese.
Vacúolos: armazena líquidos e pigmentos, além de diversas outras substancias produzidas pelas células.
5.4.3. Composiçãoquímica da célula
Todos os seres vivos possuem moléculas e elementos que são essenciais para a sua composição e para o seu metabolismo.  É uma grande variedade de substâncias orgânicas e inorgânicas que fazem parte dessa composição. Aqui iremos conhecer um pouco dessas substâncias.
Substâncias Orgânicas
Proteínas: presentes em todas as estruturas celulares. São formadas por aminoácidos e sua presença é indispensável para o metabolismo do organismo. As proteínas formam as enzimas.
Vitaminas: podem ser hidrossolúveis (solúveis em água) ou lipossolúveis (solúveis em lipídeos). São necessárias em pequenas quantidades pelo organismo, sua falta pode causar doenças. As vitaminas são adquiridas por meio de uma alimentação variada.
Carboidratos ou Glicídios ou Açúcares: são fundamentais, pois dão energia às células e ao organismo. São de três tipos: monossacarídeos, dissacarídeos e polissacarídeos. Alguns têm função estrutural, como celulose e quitina; e de reserva, como o amido e glicogénio.
Lipídios: insolúveis em água, actuam como reserva de energia, isolante térmico etc. São classificados em glicerídeos, ceras, esteroides, fosfolipídios e carotenoides. Compõem estruturas celulares.
Substâncias inorgânicas
Sais minerais: formados por iões. Algumas de suas funções são: formar o esqueleto, participar da coagulação sanguínea, transmissão de impulsos nervosos. Sua falta pode afectar o metabolismo e levar à morte.
Água: substância encontrada em maior quantidade nos seres vivos. Pode dissolver diversas substâncias, por isso é classificada como solvente universal. No corpo humano representa cerca de 70% do peso corporal. Participa de inúmeras reacções químicas em nosso organismo. A água é fundamental para a vida!
6. Morfologia e Fisiologia das plantas (unidade III)
Morfologia: é a parte da Biologia que estuda a forma e transformações dos seres vivos ou dos seus constituintes.
Fisiologia: é a parte da Biologia que estuda as funções dos órgãos e sistemas dos seres vivos.
6.1. Estudo da raiz
Raiz: é o órgão da planta, geralmente subterrâneo e a suporta.
6.2. Classificação da raiz
Quanto a situação, refere-se ao meio físico em que esta se encontra.
· Aquática: encontra-se submersa na água. Ex: nenúfar
· Aérea: Encontra-se exposta ao ar livre. Ex: figueira
· Subterrânea: encontra-se debaixo da terra. Ex: mangueira, cajueiro.
Quanto a consistência, refere-se a maior ou menor resistência.
· Herbácea: quando e mole, fácil de esmagar. Ex: tomateiro
· Lenhosa: quando e dura resistente. Ex: mafureira.
Quanto a forma
· Aprumada: tem uma raiz principal, bem desenvolvida, de onde partem outras raízes laterais, menos desenvolvidas. Ex: acácia, laranjeira.
· 
· Fasciculada: Não apresenta raiz principal, todas as raízes tem a mesma espessura, formando um feixe de raízes todas do mesmo tamanho. Ex: milho. 
· Tuberculosa: são dilatadas por acumularem substâncias de reserva. Elas podem ser: 
-aprumadas tuberculosa: quando uma raiz carnuda apresenta raiz principal. Ex: cenoura 
-fasciculada tuberculosa: quando a raiz carnuda apresenta raízes todas do mesmo tamanho. Ex: mandioca, batata-doce. 
6.3. Constituintes da raiz
Externamente a raiz e constituída por cinco (5) partes principais, sendo:
· Coifa: Na ponta da raiz, tecido que protege o meristema da raiz (tecido embrionário de crescimento.
· Região de crescimento ou Zona Lisa: onde se nota o crescimento da raiz. 
· Região ou Zona Pilífera (pilosa): onde se encontram os pelos absorventes, região de maior absorção de água.
· Região ou Zona de ramificação: de onde surgem as raízes late ais ou secundárias.
· Colo: transição entre o caule e a raiz
6.4. Estrutura primaria e secundaria da raiz 
6.4.1. Estrutura primária da raiz
A estrutura primaria da raiz é aquela que resulta do primeiro crescimento da raiz, ou seja, do crescimento em comprimento. Para a observação dos tecidos e sua disposição na planta, realizam-se cortes na posição transversal e na posição longitudinal ( corte ao comprimento) do órgão usando o microscópio.
A estrutura primaria da raiz é constituída por: rizoderme com pelos absorventes, córtex parenquimatoso, periciclo, feixes condutores e meristema subapical, todos estes tecidos estão especializados em determinadas funções:
· Rizoderme: é a epiderme na raiz, com função protectora. Os pelos absorventes absorvem a água contendo sais minerais dissolvidos.
· Córtex parenquimatoso: é o tecido que armazena substancias de reserva e permite a circulação de ar.
· Periciclo: origina raízes secundárias.
· Feixes condutores: transportam as seivas.
· Meristema subapical: tecido responsável pelo crescimento da raiz em comprimento.
NB: o crescimento em comprimento é conhecido por crescimento primário. Ocorre em todas as plantas.
6.4.2. Estrutura secundária da raiz
A estrutura secundaria da raiz resulta do seu crescimento secundário, que e o segundo a ocorrer. Ocorre em plantas que vivem mais do que um ano. Esse crescimento deve-se a actividade de meristemas, localizados, um, próximo dos feixes condutores, chamado câmbio e outro, no córtex, perto da epiderme, chamado felogenio. 
O câmbio produz anualmente novos tecidos condutores e o felogenio origina o suber, tecido protector constituído por células mortas. A existência de novos tecidos na raiz permite o seu crescimento em espessura, ou seja, em diâmetro.
A disposição dos tecidos no interior da raiz, bem como a sua estrutura, relacionam-se com a sua função principal, que é a absorção. Desde aos pêlos absorventes, através dos quais a água entra para o interior da planta, são os fenómenos de difusão e osmose que estão envolvidos no seu trajecto até aos feixes condutores que a transportam.
6.5. Adaptações da raiz as condições ambientais
As raízes adaptam-se para melhor se adequarem se adequarem a condições específicas. Há plantas parasitas que penetram no caule de outras plantas para extraírem nutrientes, por sua vez, as plantas desérticas tem raízes profundas para poderem absorver a água a grandes profundidades. As plantas dos mangais possuem raízes respiratórias, capazes de captar o ar atmosférico, para sua respiração.
6.6. Importância da raiz
Na economia
· As raízes servem como produtos de exportação;
Na alimentação
· Algumas raízes são importantes na alimentação, como a mandioca e cenoura. Estas fornecem nutrientes como carboidratos (açucares) e vitaminas, respectivamente.
Na medicina
· Servem de medicamentos convencionais no tratamento de algumas doenças.
Ex: a raiz do beijo-da-mulata e da abacateira tratam dores de barriga; a mandioca quando comida com casca, alivia as cólicas.
Na ecologia
· Combatem o solo contra a erosão, ajudando a fixar as areias. É vulgar plantarem-se pinheiros, casuarinas, outras árvores junto a costa para defender o solo contra a erosão e o consequente avanço das areias da praia.
7. Estudo do caule
7.1. Caule: é o órgão da planta que estabelece a comunicação entre a raiz e as folhas;
7.2. Funções do caule
· Suporta as restantes partes da planta, como os ramos, as folhas, as flores e os frutos;
· Mantém a posição da planta;
· Transporta as seivas elaborada da raiz ate ao caule e a seiva elaborada das folhas as restantes partes da planta;
· Armazena as substâncias de reserva.
7.3. Constituição do caule
As partes do caule
 (
Figure 
1
: constituintes do caule
)Gema apical ou terminal: localiza-se na extremidade do caule ou dos ramos e é formada por células que se reproduzem intensamente, que promovem o crescimento do mesmo. Na gema apical é produzida uma substância que promove o crescimento do caule em altura. Para que uma árvore tenha crescimento lateral, basta podar as pontas dos ramos na sua parte superior.
Gema lateral ou axial: originam os brotos, folhas ou flores.
Nó: local de onde partem as folhas ou ramos laterais.
Entre nó ou gomo: local que fica entre dois nós sucessivos.
7.4. Diversidade de caules
Existem diferentes tipos de caules. Os mais comuns são os aéreos, mas há também caules subterrâneos e aquáticos.
• Caules aéreos
Tronco: caule bem resistente que, geralmente, apresentamaior desenvolvimento na base. À medida que vai crescendo, vai se ramificando. Árvores como a mangueira, entre tantas outras, possuem caules desse tipo.
Estipe: é um caule longo, geralmente recto, sem ramificações. As folhas se desenvolvem apenas na extremidade superior. Exemplos: palmeiras, coqueiros.
Colmo: nesses caules é possível identificar nitidamente os nós e os entre nós. Há colmos cheios, como o caule da cana-de-açúcar, e colmos vazios, como o do bambu.
Caules aéreos: tronco (mangueira), estirpe (coqueiro) e colmo (cana-de-açúcar).
• Caules subterrâneos
Muitos caules crescem em baixo do solo e alguns se desenvolvem bastante, armazenando substâncias nutritivas. Conheça alguns exemplos:
Tubérculos: são caules que possuem uma grande reserva de substâncias nutritivas e, por isso, são muito utilizados como alimentos.
Um exemplo típico desse tipo de caule é a batatinha (Solanum tuberosum), também conhecida por batata-inglesa. Em sua superfície, é possível observar as gemas, popularmente conhecidas por "olhos". Essas gemas presentes nos tubérculos podem brotar facilmente e produzir novos caules e folhas.
Rizomas: São caules subterrâneos que crescem horizontalmente, podendo se ramificar bastante. Deles surgem folhas aéreas, como é o caso da bananeira: o que vemos para fora da terra são folhas enroladas. O gengibre e a samambaia também possuem caule do tipo rizoma.
Bolbos: São formados por caules e folhas subterrâneos, como é o caso da cebola, que possui uma parte central, chamada prato, muito pequena. Da parte inferior do prato partem as raízes e, da parte superior, saem folhas modificadas que possuem reservas nutritivas.
Caules subterrâneos: Tubérculos (batata), rizoma (gengibre) e bolbo (cebola)
• Caules aquáticos
São caules que se desenvolvem dentro da água. Geralmente são clorofilados, realizam a fotossíntese. Podemos citar a elódea, planta ornamental muito utilizada em aquários, como exemplo de caule aquático
7.5. Estrurura primária e secundária do caule
7.5.1. Estrutura primária do caule
Nas plantas, como nos cereais, em que a semente apresenta um cotilédone ( plantas monocotiledóneas), o caule apresenta uma epiderme, um parênquima em que se encontram vários feixes condutores espalhados e de tamanho variável.
Esta disposição dos feixes condutores não permite a distinção no parênquima da zona cortical e da medular. Na estrutura interna do feijoeiro, por exemplo, planta cuja semente apresenta dois cotilédones (planta dicotiledónea), o caule apresenta também uma epiderme e um parênquima mas apresenta duas zonas distintas: o córtex e a medula. Isso acontece pelo facto de os feixes condutores estarem dispostos de modo a formar um anel. Os feixes são grandes, pouco numerosos e de tamanho regular. Entre os feixes localiza-se um meristema, o procambio, responsável pela formação do câmbio em plantas que vivem vários anos.
7.5.2. Estrutura secundária do caule
A estrutura secundária resulta do crescimento secundário de um órgão a partir do segundo ano da vida da planta. Este crescimento permite o engrossamento do caule.
Tal como na raiz, o crescimento secundário do caule deve-se a activiade de dois meristemas: o câmbio vascular e o felogenio. O câmbio origina novos tecidos condutores e o felogenio origina o suber (casca ou cortiça).
7.6. Adaptações do caule às condições ambientais
A semelhança do que acontece nas raízes também nos caules precisam de desenvolver características especiais para viverem em certos habitats que não são os habituais.
O caule da videira apresenta gavinhas, estruturas enroladas que aparecem ao longo do caule e que servem de fixação da planta durante o crescimento. Os cactos, por viverem em regiões secas, armazenam grandes quantidades de água no caule, e, os caules subterrâneos acumulam substâncias de reserva.
7.7. Importância do caule
Importância económica
· É uma matéria-prima para a produção de papel, madeira e carvão vegetal e o fabrico da borracha;
Importância alimentar
· Serve de alimento ao homem, como a batata, cana-de-açúcar;
Importância medicinal
· O caule de algumas plantas é usado na medicina para extracção de substâncias que fazem parte dos ingredientes dos sedativos.
“estudemos, estudemos até morrer, mesmo que
possamos morrer sem saber”
Constituição do microscópio

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