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FICHAMENTO
PSICOLOGIA SOCIAL
Prof° Dr. Sérgio Luiz Ribeiro
	Tipo: 
Livro: PSICOLOGIA: CIÊNCIA E PROFISSÃO, 2012, 32 (2), 484-495 - Artigo PDF
	Tema: 
Psicologia Comunitária e a Saúde: Relato de Experiência da Prática Psi em uma Unidade de Saúde da Família
	Referência Bibliográfica:
 AMARAL, Marília dos Santos; et al.. . Psicologia Comunitária e a Saúde Pública: Relato de Experiência da Prática Psi em uma Unidade de Saúde da Família. Aprovado em Janeiro/2012. Psicol. cienc. prof. [online]. 2012, vol.32, n.2, pp.484-495. ISSN 1414-9893.
	Resumo/ conteúdo de interesse:
A Psicologia precisou se adaptar e se reprogramar uma vez que inserido em contextos diferentes do que um atendimento clínico estava acostumado. Fora das clínicas, foi possível presenciar e experienciar as realidades vividas em comunidade, logo, entendê-las, estudá-las e traçar novas formas de ajudar uma nova demanda.
O modelo clínico tratava-se apenas do indivíduo/ individualmente. Quando se trata desse cenário (comunidade/grupo), é preciso pensar como um todo. 
O local estudado pelos autores do artigo é uma USF (Unidade de Saúde da Família) que antes de ser inserido o programa, em 2004, era popularmente conhecido como posto de saúde, pelos moradores. Infelizmente as condições estruturais e técnicas da unidade não eram suficientes até o momento do estudo, encontrando-se em situação precária, em contrapartida a demanda era muito alta, pois atendiam três bairros grandes da cidade de Santa Maria / RS, prestando auxílio para mais de nove mil moradores no ano (dados do ano de 2008) e apesar da equipe que prestava atendimento possuir mais de dez profissionais, a demanda ainda era muito alta para a oferta e por isso, muitos usuários, apesar de terem madrugado no local para receberem atendimento, não conseguiam ao menos, pegar as fichas distribuídas no início do dia, logo, precisavam esperar pelo próximo dia, para uma nova tentativa.
Os autores propõe rever a forma de se trabalhar no contexto da Psicologia Comunitária, pois acreditam que é necessário utilizar seu conhecimento com bases nas abordagens psicológicas, concomitante com conhecimento em relação àquela comunidade que está sendo atendida, utilizam em seu artigo, várias bases teóricas de autores como Cezar Góis, Vasconcelos, e Dimenstein. Conhecer suas dificuldades, suas fraquezas, suas formas de vivência, o que é importante para aquele grupo, como se relacionam entre si, saber e entender como eles se enxergam/ se veem é essencial.
Para que o trabalho de estágio pudesse ser iniciado, foi necessário um rapport, onde foi possível apresentar os novos estagiários e fazer a finalização/despedida dos antigos estagiários. Foi possível e necessário se socializar com aquele grupo, fazer visitas em casas e conhecer um pouco mais sobre a comunidade.
Em seguida, os estagiários envolvidos deram continuidade aprofundando-se nas situações vividas dentro da comunidade, instalações públicas como escolas e áreas de lazer, meios de transportes também foram levados em conta, enfim, tudo que era pertinente àquela comunidade e volto a dizer, a percepção que eles tinham de toda essa situação/ cenário encontrado.
Também foi encontrado no cenário, certa resistência com a intervenção oferecida. Foi identificado uma necessidade de modificar a aplicação da psicologia nesse âmbito e, de forma inesperada a não aceitação partiu dos próprios profissionais da unidade, uma vez que estavam acostumados com o modelo clínico imposto nos atendimentos, mesmo ele não sendo o método mais eficaz e eficiente para as situações encontradas, pois focava-se muito na ideologia de tratar a doença, sem a importância de preveni-la, pois se esta fosse antecipada, logo, não ocorreria e os casos extremos de atendimento, diminuiriam, sem contar que a qualidade de vida daquele grupo aumentaria de forma significativa.
Foi utilizado no procedimento um roteiro de entrevista semiestruturada e neste foi possível perceber que as pessoas focavam muito nos pontos negativos pessoais e de sua comunidade. Os autores também enfatizam a importância da humanização nos atendimentos, uma vez que os pacientes se encontram totalmente debilitados no sentido de se enxergarem e enxergarem o ambiente em que vivem. A escuta é o primeiro passo para que a pessoa consiga transferir um pouco do seu sentimento, de como enxerga as coisas ao seu redor e iniciar um processo de autoconhecimento, e a partir daí, o psicólogo poderá auxiliá-lo para que encontre suas respostas e consiga se ver e ver a comunidade que vive, com melhores olhos, aspirando perspectiva de vida, de mudança, tendo expectativas e poder se engajar em um ação social, fazendo com que possam sair de um estado decadente em direção à um crescimento na construção social do seu e eu (identidade social) e de seu grupo.
As visitas domiciliares ocorriam duas vezes por semana, podendo durar de 30 a 60 minutos. Estas, eram feitas pelo estagiários, acompanhados pelos responsáveis da USF (os agentes comunitários) e os mesmos, também eram responsáveis pela escolha e ordem das famílias a serem visitadas. Como critério, eram atendidas as pessoas com mais queixas de suas vidas e demonstrações de emoção. Também foi levado em consideração os encaminhamentos dos profissionais que atuavam dentro da USF (médicos entre outros) e pessoas em situações de limitações físicas. Os realizadores do artigo, destacam que essa forma de intervenção, vem da área social mesmo, onde a psicologia não tem créditos como pioneira.
Também foi ressaltado pelos idealizadores o quão importante foram essas visitas, uma vez que se estreita os laços com os pacientes, ganhando sua confiança e estes, sentindo-se cada vez mais confortáveis e dispostos a aceitação e cooperação com o que está sendo proposto.
Em algumas visitas foi possível que estudantes, de outros cursos da mesma escola dos estagiários, participassem. O que foi objetivado para essa visita era levar aos pacientes um informativo de como era importante seguir as prescrições médicas, dadas em receitas/consultas, logo, nesse contexto, a atuação do psicólogo deve ser em entender os motivos que levam o paciente a não querer/ poder seguir a prescrição.
Ao final do artigo, os estudantes que conseguiram experienciar essa vivência com psicologia comunitária informaram que infelizmente grande parte da intervenção que a Psicologia Comunitária propõe e dispõe não foi possível ser posta em prática, pois o modelo clínico já estava muito enraizado no local, onde foi preciso entrar em acordo com os profissionais que atuavam ali para que até mesmo a intervenção do estágio, pudesse acontecer. Foi levado em consideração que a resistência tem o pressuposto de que os focos eram diferentes: os estagiários interventores chegaram com a proposta prevenir e de promover a saúde enquanto os profissionais existentes no local estavam focados na doença daquela comunidade, porém os estagiários se interessaram muito pela prática e crentes no quão significativo seriam os resultados, continuaram a atuar, da forma possível, dentro dessa comunidade, a fim de instalar ali o conhecimento e perspectiva, que era possível sim, uma mudança na qualidade de vida daquele povo.
	Citações 
	Páginas
	“ A Psicologia, ao se inserir nesse espaço, buscou adaptar os seus 
modelos de atuação, que, em geral,estavam voltados para os contextos 
clínicos nos consultórios particulares (Dimenstein,2000). No decorrer de 
sua inserção no campo”
	
486
	“[...] no ano 2008, aproximadamente 9.700 usuários, um número excessivo e muito acima de suas capacidades estruturais e técnicas, principalmente se se levar em conta a precária estrutura oferecida: uma pequena sala de espera, com banheiros constantemente interditados, e salas de consultas visitadas por ratos e baratas.”
	
487
	“ Percebeu-se que os moradores, nos primeiros contatos,vcentralizavam os aspectos negativos de sua vida e da sua comunidade, principalmente
os que se relacionavam à doença”
	
490
	“ A ênfase em um modelo de Psicologia clínica centrada no atendimento individualde usuários que apresentavam um comprometimento maior na saúde dificultou o planejamento de ações mais voltadas para a prevenção e para a promoção de saúde [...]
	
493
	Por fim, a inserção da Psicologia comunitária nessa USF mostrou-se um desafio, por tratar-se de uma perspectiva ainda pouco conhecida pelos demais profissionais da saúde e pela predominância do modelo de atendimento clínico individual. 
	
494
	Local do arquivo: 
Arquivo em PDF disponível em: https://www.redalyc.org/html/2820/282022965015/. Acessado dia 26/05/2019 as 05h12.

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