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Resenha Crítica do Case "A PAYWALL DO THE NEW YORK TIMES"

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
MBA EM COMUNICAÇÃO E MARKETING EM MÍDIAS DIGITAIS
Resenha Crítica de Caso 
Cassio Neves Pereira
Trabalho da disciplina Design de Interação e Interfaces Digitais
 Tutor: Prof. Rogerio Leitão Nogueira
Vitória, Espírito Santo 
2020
A “PAYWALL” DO THE NEW YORK TIMES
REFERÊNCIA: (KUMAR, Vineet; et al. A “Paywall do The New York Times. Harvard Business School. 25 de junho de 2012. Disponível em: http://pos.estacio.webaula.com.br/Biblioteca/Acervo/Basico/POS579/Biblioteca_48633/Biblioteca_48633.pdf. Acesso em: 03 de maio de 2020.
O case proposto nos conta um pouco do processo de implantação do modelo de cobrança do jornal The New York Times. Antes deste sistema ser implementado, as notícias eram distribuídas de forma gratuita no portal online do jornal, o que, com a crescente queda na venda dos jornais impressos, fez com que a empresa tomasse algumas medidas para reverter a perda no sentido financeiro.
Mas antes, precisamos entender o que é Paywall. Paywall é o nome que é dado quando tentamos acessar determinada matéria em algum portal de notícia e somos redirecionados a uma página de pagamento digital para poder dar continuidade à leitura. No caso do The New York Times, os autores dizem que em 28 de março de 2011 foi quando esse método foi implementado no jornal. A página inicial e as primeiras páginas continuavam acessível de forma gratuita, porém para ter acesso aos demais conteúdos, era necessário fazer essa assinatura.
O projeto piloto foi feito no Canadá em 17 de março de 2011, como uma forma de detectar e resolver possíveis erros que poderiam ocorrer durante a experiência do usuário. O site do The Times sempre esteve disponível de forma gratuita durante esse período de existência.
Após o lançamento do novo método, algumas pesquisas foram feitas para saber como estava sendo a experiência do usuário e como a paywall impactou a vida do usuário e concluiu-se que em dezembro de 2011 os assinantes da versão do The Times já eram 390.000 e Arthur Sulzberger Jr, presidente do Conselho da empresa já considerava a paywall um sucesso. Porém, o futuro ainda era incerto, pois esses assinantes foram atraídos pelo preço promocional inicial que eram quatro semanas por U$ 0,99 e considerando a experiência anterior em 2007 que foi abandonada com 227.000 assinantes.
O estudo nos traz um pouco da história do The New York Times, que é uma parte importante para que possamos entender os rumos que vêm sendo tomado pela empresa no atual cenário. The New York Times Company era uma das principais empresas de notícias e informações multimídia do planeta e o The New York Times, principal jornal diário da empresa foi fundado em 18 de setembro de 1851 pelo jornalista e político Henry Jarvis Raymond e pelo ex-banqueiro George Jones. Para se ter uma ideia, até 2011 o jornal possuía 106 prêmios Pulitzer, que é um prêmio estadunidense outorgado a pessoas que realizem trabalhos de excelência na área do jornalismo, literatura e composição musical. É administrado pela Universidade de Colúmbia, em Nova Iorque.
Por mais premiado que fosse, o The New York Times passava por um momento em que suas receitas e assinaturas vinham caindo significamente. As receitas publicitárias em 2011 eram 6% menores do que em 2010 e mesmo com todos os cortes o lucro operacional de 2011 teve uma queda 76% se comparado com o ano de 2010. Essa era uma crise que assolava não só o The Times, mas sim toda a indústria do jornal
Com a ascensão da internet, a indústria jornalística passou a ter algumas oportunidades. A forma como a sociedade se comunicava vinha sendo mudada com o passar dos anos. E a forma como elas consumiam notícias também não ficaria isenta dessas mudanças. Com um celular na mão e o fácil acesso à internet, todos têm as notícias a sua disposição, 24h por dia, sem necessariamente precisar pagar por aquilo.
Apesar de toda a ameaça da internet, os jornais ainda se defendiam e davam novas maneiras para que seu público fosse atingido. A maioria dos jornais disponibilizaram o seu conteúdo de forma gratuita na internet, o que fez com que seu público online tivesse um aumento expressivo. Contudo, um problema ainda era realidade para a indústria jornalística: a nova fonte de receita vinda da publicidade online não era suficiente controlar a queda de venda das suas edições impressas. A publicidade online ainda era muito pequena se comparada com a publicidade impressa e em 2009, a receita obtida com a publicidade online representava apenas 8,2% de todas as receitas publicitárias do jornal.
Contudo, nem toda a tecnologia é sinônimo de medo para as empresas produtoras de notícias. Em 2010 com a chegada do iPad, da Apple, uma nova e revolucionária plataforma de consumo de notícias foi lançada: o aplicativo do The Times para iPad, anunciado por Neisenholtz e Steve Jobs. Segundo uma pesquisa do Reynolds Journalism Institute, lançada em 2010, afirmava que 99% dos usuários de iPad consumiam notícias através do aplicativo.
Apesar do atual sucesso da sua paywall anteriormente o The New York Times já havia feito outras tentativas de implementar o sistema, mas não obteve sucesso. A primeira experiência ocorreu em 1996 quando na época do site do Times, com uma cobrança de U$35 mensais para usuários estrangeiros, sendo abandonada dois anos depois.
A segunda experiência, chamada TimesSelect foi lançada em setembro de 2005 e cobrava U$49,95 ao ano para que o leitor pudesse ter acesso a textos e análises de importantes colunistas. A paywall oferecia descontos a universitários e alguns outros tipos de leitores, permanecendo gratuita para os assinantes da versão impressa. Muitas críticas acerca do método vinham crescendo cada vez o que ocasionou o término do TimesSelect em 19 de setembro de 2007.
Todo esse tempo trouxe até 2011 a nova versão da paywall. Após muita pesquisa, reflexão e com o aprendizado das experiências anteriores, foi escolhido então o novo método: de acordo com o dispositivo utilizado e o de contagem, além de leitura gratuita de 20 artigos por mês. 
O novo paywall é focada nos usuários que são redirecionados dos sites buscadores como o Google, Yahoo etc. e das redes sociais. A companhia criou o que denominou de “paywall com frestas”, ou seja, aqueles usuários que vinham redirecionados dos buscadores estavam sujeitos a um limite de 5 artigos diários, ao invés de um “paywall” a prova de balas, como foi escolhido por outras publicações como Financial Times e o The Wall Street Journal, que não permitiam o acesso de qualquer usuário, somente daqueles que fossem registrados.
Dado o sucesso da Paywall, o método se disseminou pelo mundo e hoje diversas empresas de comunicação já adotam o método e aplicaram em seus sites, visto o êxito alcançado pelo The New York Times. Recentemente, no Espírito Santo, um dos maiores jornais do Estado anunciou a suspensão da sua tiragem mensal de jornal impresso e vem investindo cada vez mais na sua versão online. O jornal A Gazeta se tornou agora um jornal impresso semanal, e as notícias diárias foram redirecionadas para o seu portal que agora conta com as notícias grátis e algumas notícias ficam restritas somente para assinantes.

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