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Sobre o perdão, pode-se afirmar, nos termos do Código Penal: A o judicial é unilateral e o do ofendido é bilateral; ambos causas de extinção de punibilidade; B o judicial é bilateral e o do ofendido é unilateral mas apenas o primeiro é causa de extinção da pena; C o do ofendido não produz efeito se o querelando não aceita mas o judicial é bilateral; D o do ofendido independe de aceitação do querelado mas o judicial é unilateral e ambos causas de extinção de punibilidade; E o judicial é unilateral e o do ofendido depende de aceitação do querelado porém, apenas o último é causa de extinção de punibilidade; São condições objetivas para a concessão do perdão judicial segundo o art. 13 da Lei 9.807/99 (Lei de proteção a vítimas e testemunhas ameaçadas e a causados ou condenados que tenham voluntariamente prestado efetiva colaboração em investigação policial ou processo criminal), exceto: A a colaboração efetiva coma investigação e processo criminal B a identificação dos demais co-autores ou partícipes da ação criminosa C a localização da vítima com a sua integridade física preservada D a recuperação apenas total do produto do crime E natureza, circunstâncias, gravidade e repercussão social do fato criminoso indicativas da concessão do perdão judicial (art. 13, par. único). É correto afirmar: A Retratação é o ato de desdizer-se, de retirar o que foi dito. Cuida-se de ato unilateral (analisado pelo juiz e depende de aceitação por parte do ofendido B a Retratação tem por escopo buscar e resguardar a verdade – interesse superior da justiça mas a espontaneidade da declaração é relevante para sua aferição, bem como os motivos que fundara C necessário, na Retratação, sua voluntariedade, de outro lado, por tratar-se de ato de passível de comunicabilidade entre os querelados, a retratação feita por um dos querelados se aplica aos demais. D a Retratação feita antes da decisão de primeira instância é reconhecida; se, todavia, feito posteriormente não terá qualquer efeito. E a Retratação cabal e irrestrita é gesto voluntário inspirado no desejo de sanar o dano que causou. A concessão do perdão judicial nos casos da lei de proteção a vítima e testemunha (art. 13 da Lei 9.807/99) levará em conta, exceto: A o comportamento da vítima B a personalidade do beneficiado C a natureza e circunstâncias do fato delituoso D a gravidade do crime E a repercussão social do fato criminoso. Não cabe perdão judicial: A nos crime de homicídio culposo. B no crime de lesão corporal culposa. C nos crimes de trânsito. D nos crimes de calúnia e difamação. E no crime de apropriação indébita previdenciária. Nos termos do art. 13 da Lei de Proteção a Testemunha, poderá o juiz, de ofício ou a requerimento das partes, conceder o perdão judicial e a consequente extinção da punibilidade ao acusado, desde que, exceto: A réu primário e que tenha colaborado efetiva e voluntariamente com a investigação e o processo criminal; B que a colaboração tenha resultado na identificação dos demais co-autores ou partícipes da ação criminosa; C resultou na localização da vítima com a sua integridade física preservada; D resultou na recuperação total ou parcial do produto do crime; E tenha reparado o dano resultado de sua ação criminosa. A prescrição é de ordem pública, isso significa dizer: A deve ser decretada de ofício, a requerimento do Ministério Público ou do interessado. B deve ser decretada apenas a requerimento do Ministério Público, pois este é quem detém a titularidade da ação penal pública. C constitui preliminar de mérito e assim o juiz deverá enfrentar o mérito antes de ser declarada D deverá, de plano, declarar a prescrição, somente após a arguição da parte. E o momento correto e preciso para arguição dela é no primeiro momento que tiver para falar nos autos, sendo válido isso apenas para as partes; ao juiz, somente por ocasião da sentença. Contrariando a orientação contemporânea do moderno Direito Penal liberal, que prega a prescritibilidade de todos os ilícitos penais, a Constituição brasileira de 1988 (art. 5º, XLII e XLIV) declara que são imprescritíveis: I - a prática do racismo II – crimes hediondos quando envolve menores III - a ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático IV – tráfico ilícito de drogas, nacional ou internacional A apenas I e II corretas B apenas II e III corretas C apenas I e III corretas D apenas I, III e IV corretas E apenas I, II, III corretas Acerca da prescrição, é correto negar: A pode-se definir prescrição como “a perda do direito de punir do Estado, pela ocorrência da inércia, em razão do seu não exercício, dentro do prazo previamente fixado”. B Para alguns autores, a prescrição é instituto de direito material; para outros, é direito processual. C Para o ordenamento jurídico brasileiro, contudo, é instituto de direito processual, pois envolve prazo, o que dá movimento ao processo e não ao direito penal. D é regulado pelo Código penal e seu prazo, para fins de contagem, obedece as regras de direito material. E diferentemente de outros prazos, computa-se o dia do começo e exclui-se o dia do vencimento. São imprescritíveis: A a prática do racismo e os crimes hediondos B a prática do racismo e a ação de grupos armados, civis ou militares contra a ordem constitucional e o Estado Democrático C o terrorismo e a tortura D o terrorismo, tortura e o racismo E a tortura, terrorismo contra a ordem constitucional e o Estado Democrático e o crimes hediondos A regra geral de prescritibilidade de todas as infrações penais: I - não é absoluta. II - é absoluta III - é relativa e quem a relativisa é o ordenamento penal IV - Constituição Federal é a responsável por torná-la não absoluta A I e III corretas B apenas I correta C apenas II correta D II e IV corretas E I e IV corretas A prescrição em abstrato (ou propriamente dita) recebe este nome porque: A leva em consideração a possibilidade ou não de vir a ser condenado o réu no processo crime, diante do princípio da presunção de inocência. B leva em conta uma pena sem uma certeza do crime que praticou. C leva em consideração a pena máxima em abstrato prevista no tipo, já que não se sabe a pena que será aplicada ao sujeito. D há uma pena imposta em sentença, porém pendente de apreciação de recurso em instancia superior. E porque sem uma sentença penal condenatória com trânsito em julgado nada há de concreto no caso sob “judice”. É incorreto afirmar: A A prescrição regula-se pela pena concretizada, quando não há recurso de acusação. B A prescrição retroativa leva em consideração a pena aplicada, in concreto, na sentença condenatória, contrariamente à prescrição in abstrato, que tem como referência o máximo de pena cominada ao delito. C A prescrição intercorrente, como subespécie da prescrição da pretensão punitiva, constitui exceção à contagem dos prazos do art. 109 CP. D a prescrição intercorrente, segundo Damásio de Jesus – tem “por fundamento o princípio da pena justa”. E aplica-se sobre o cálculo da pena em abstrato e assim seguindo a regra do art. 109, CP. A prescrição retroativa, com a nova legislação em vigor – Lei 12.234 de 5 de maio de 2010, deve ser considerada: A entre o recebimento da denúncia e a publicação da sentença condenatória ou seja, em relação à etapa de investigação criminal B o período compreendido entre a data do crime e a do recebimento da denúncia C entre o oferecimento da queixa-crime e o fato praticado D entre a publicação da sentença com transito em julgado e a data do fato E entre a data de prolação de sentença de primeiro grau e o recebimento da denuncia Segundo o art. 111, CP, a prescrição da pretensão punitiva lato sensu começa a correr: I – do dia em que o crime se consumou; II - no caso de tentativa, do dia em que cessou a atividade criminosa; III – nos crimes permanentes, do dia em que cessou a permanência; IV – nos de bigamia e nos de falsificação ou alteraçãode assento do registro civil, da data em que se casou ou do assentamento no cartório. A I e II corretas, apenas B II e III corretas, apenas C I e III corretas, apenas D I a III corretas E I e IV corretas, apenas Sobre os institutos da suspensão e interrupção do prazo prescricional pode-se afirmar que: A suspende-se para retomar o seu curso depois de suprimido ou desaparecido, assim como a interrupção. B suspende-se para iniciar novamente o seu curso do início. C interrompe-se para retomar seu curso do início. D interrompe-se o prazo para retomar o seu curso daquilo que falta E na interrupção o prazo já decorrido é computado depois de suprimido ou desaparecido. O mesmo não ocorre com a suspensão. Nos últimos anos vêm sendo construída pelos tribunais e parte da doutrina uma nova modalidade de prescrição da pretensão punitiva. Esta é o reconhecimento da prescrição retroativa, tomando-se por base a pena que possível ou provavelmente seria imposta ao réu no caso de condenação. Está se falando da modalidade de: A Prescrição jurisprudencial B Prescrição retroativa especial C Prescrição futurista D Prescrição virtual E Prescrição pré anunciada Assinale a incorreta: A a prescrição intercorrente avalia atos posteriores à sentença e é calculada a partir da pena fixada, ou seja, a pena em concreto. B aplicada a pena na sentença e não havendo recurso da acusação, a partir da data da publicação da sentença começa a correr o prazo da prescrição intercorrente C reconhece-se a prescrição retroativa se entre a data do fato e do recebimento da denúncia ou queixa-crime já excedeu o prazo previsto no art. 109 CP. D a prescrição intercorrente é também chamada de prescrição superveniente. E verificada após o transito e julgado, verifica-se a pena concreta e a partir dela chega-se no prazo da prescrição retroativa. É correto afirmar, exceto: A Ocorrendo uma causa interruptiva, o curso da prescrição interrompe-se, desaparecendo o lapso temporal já decorrido. B ocorrendo a interrupção da prescrição há o recomeço de sua contagem desde o início. C com a ocorrência da interrupção da prescrição, esta volta a correr novamente, por inteiro, do dia da interrupção, até atingir seu termo final, ou até que ocorra novamente nova causa interruptiva. D O lapso prescricional que foi interrompido desaparece, como se nunca tivesse existido. E por se tratar de um instituto de direito público, não há exceções previstas para se aplicar a interrupção da prescrição. Assinale a incorreta: A A reincidência, a rigor, tem dois efeitos: aumentar o prazo prescricional e interromper o seu curso B a reincidência, na realidade, ela mantém o prazo prescricional, mas suspende o seu curso, dando a impressão que houve aumento do mesmo C A sentença absolutória não interrompe a prescrição, porém, o prazo a ser considerado (art. 109) será o indicado pelo máximo da pena cominada ao delito. D Com o advento da Lei n. 10.684/03, que trata do Refis, o legislador ordinário alterou o posicionamento tradicional de nosso ordenamento jurídico, passando a considerar que o pagamento integral do débito, mesmo após o recebimento da denúncia, é causa extintiva da punibilidade do autor do delito contra a ordem tributária. E As penas mais leves prescrevem com as mais graves Com o advento da Lei n. 10.684/03, que trata do Refis, o legislador ordinário alterou o posicionamento tradicional de nosso ordenamento jurídico, passando a considerar que: A o pagamento integral do débito, antes do recebimento da denúncia ou em qualquer fase do processo, é causa extintiva da ação fiscal do autor do delito contra a ordem tributária. B o pagamento integral do débito, mesmo após o oferecimento da denúncia, é causa extintiva da ação fiscal de punibilidade do autor do delito contra a ordem tributária. C o pagamento integral do débito, mesmo após o recebimento da denúncia, é causa extintiva da punibilidade do autor do delito contra a ordem tributária. D o pagamento parcial do débito, mesmo após o recebimento da denúncia, é causa extintiva da punibilidade do autor do delito contra a ordem tributária. Neste caso, o prazo prescricional regular-se-á e será proporcional ao percentual feito pelo pagamento parcial E o pagamento integral ou parcial do débito, mesmo após o recebimento da denúncia, é causa de extinção do processo de execução fiscal do autor do delito contra a ordem tributária. Não é causa de interrupção da prescrição, nos termos do art. 117, CP: A pelo recebimento da denúncia ou da queixa; B pela pronúncia; C pela decisão confirmatória da pronúncia; D pela publicação da sentença ou acórdão condenatórios recorríveis; E pela citação válida efetuada pelo oficial de justiça ou postal; São consideradas “causas redutoras do prazo prescricional” A a gravidade do ato realizado. B se o crime é doloso ou culposo. C a idade dos agentes. D se o crime é qualificado ou simples. E a idade das vítimas. A pena de multa, quando aplicada cumulativamente com a pena privativa de liberdade: A prescreve em dois anos. B prescreve em três anos. C prescreve em quatro anos. D segue as regras do Direito Tributário e, portanto em cinco anos E prescreve junto a pena privativa de liberdade.