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1 Questão 1 Um engenheiro de produção deseja posicionar as ações estratégicas de produção em quatro zonas de prioridade de melhoramento, denotadas por Z1, Z2, Z3 e Z4, cujos pontos delimitadores são Z1: C-X-D, Z2: O-C-D-B-A, Z3: A-B-W-F-E e Z4: E-F-Y, conforme mostrado na matriz acima. O eixo horizontal representa a pontuação dada pelos clientes a cada um dos critérios identificados como competitivos pela empresa. O eixo vertical representa o desempenho da empresa frente aos seus concorrentes e também em relação a cada um desses critérios. Com relação às zonas de posicionamento de critérios na matriz acima, assinale a opção correta. A. A linha AB separa os critérios com desempenho aceitável daqueles com desempenho não aceitável, ou seja, abaixo dessa linha estão os aceitáveis e acima, os não aceitáveis. B. Critérios localizados em Z1 demandam ações urgentes de melhoramento. C. Critérios localizados em Z2 apresentam posicionamento muito bom. D. A linha EF representa uma fronteira entre critérios com posicionamento muito ruim e aqueles com posicionamento muito bom. E. Critérios localizados em Z4 apresentam posicionamento muito ruim. Jéssica Ingrid P.P Realce 2 1. Introdução teórica Melhoramento da produção Os critérios competitivos das operações de produção referem-se aos seguintes fatores: qualidade, confiabilidade no atendimento, velocidade, flexibilidade e custos. Esses fatores, associados à estratégia do negócio e à estratégia de operações, podem conferir à empresa a capacidade de sustentar vantagens competitivas ao seu negócio, se devidamente considerados na estratégia das operações. O método de análise dos fatores e extração de informações para a tomada de decisão, desenvolvido por Slack (2002), é o da matriz importância-desempenho (ID), que, segundo ele, possibilita descobrir o que é e o que não é relevante para o negócio. O seu diferencial em relação a outros métodos de análise é a capacidade de tornar possível a priorização dos fatores competitivos. Em sua essência, a matriz ID ajuda a traçar um quadro analítico entre a empresa e os seus melhores concorrentes (benchmarking), aliado à importância que os clientes conferem aos fatores qualidade, confiabilidade no atendimento, velocidade, flexibilidade e custos. A priorização dos fatores competitivos considera o desempenho da empresa em relação aos concorrentes, as necessidades dos clientes e os recursos estratégicos que a companhia possui. Na matriz ID, o eixo horizontal indica a importância dos fatores para os clientes e o eixo vertical, o desempenho do objeto da análise, em relação aos melhores concorrentes e respectivas zonas de ação. Segundo De Paulo (2006), uma matriz de importância-desempenho é uma ferramenta de controle normalmente utilizada para avaliar o desempenho de um produto ou de um processo produtivo. Ela é construída a partir do nível de importância e do nível de desempenho de critérios competitivos associados aos produtos. Os critérios competitivos podem ser: rapidez e confiabilidade na entrega dos produtos, flexibilidade no projeto ou no mix de produção dos produtos e custo reduzido dos bens fabricados (SLACK, 1999). Além da avaliação de processos produtivos, a matriz de importância-desempenho poderá ser utilizada para medir o desempenho de processos em empresas prestadoras de serviço (GIANESI & CORRÊA, 1996). O nível de importância pode ser determinado pela classificação dos critérios em qualificadores e ganhadores de pedidos. Os níveis qualificadores representam determinada pontuação mínima necessária para competir no mercado; os níveis ganhadores de pedido são aqueles nos quais o cliente baseia-se para escolher seus fornecedores. A essas duas classificações podem ser acrescentados os níveis menos importantes, que não são nem qualificadores e nem ganhadores de pedidos, não influenciando os clientes de forma significativa. Assim, o nível de desempenho poderá ser comparado ao do mercado. Slack (1999) propõe uma escala de nove pontos para avaliar o nível de importância e o nível de desempenho dos critérios competitivos. Após atribuir a pontuação relativa para cada critério competitivo, os resultados são dispostos em uma matriz importância-desempenho, dividida em quatro regiões de prioridade de melhoramento, como mostra a figura 1. Figura 1. Matriz importância-desempenho (Silva, 2005). A região adequada (região B da figura) é separada em sua margem inferior pela fronteira de aceitabilidade, que é o nível mínimo de desempenho da empresa tolerável pelo mercado. Qualquer critério competitivo que estiver na região de melhoramento é um candidato a ser aprimorado, porém, se estiver no canto inferior esquerdo da matriz, poderá ser um caso não urgente de aprimoramento. A situação mais crítica é quando um critério competitivo encontra-se na região de Material Específico – Engenharia de Produção Mecânica – Volume Único – CQA/UNIP 5 Jéssica Ingrid P.P Realce Jéssica Ingrid P.P Realce Jéssica Ingrid P.P Realce Jéssica Ingrid P.P Realce Jéssica Ingrid P.P Realce Jéssica Ingrid P.P Realce Jéssica Ingrid P.P Realce 3 ação urgente (regiões A e C da figura), exigindo, em curto prazo, a implementação de planos de melhoria. Por fim, existe também a região de excesso (região E da figura), na qual o desempenho atingido é superior ao necessário. Nesse caso, parte dos recursos poderia ser destinada à melhoria dos critérios situados na região de ação urgente. 2. Indicações bibliográficas CORRÊA, H. L., CORRÊA, C. A. Administração da produção e operações, manufatura e serviços: uma vantagem estratégica. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2006. DE PAULO, W. L.; FERNANDES, F. C.; RODRIGUES, L. G. B. Controles internos: uma metodologia de mensuração dos níveis de controle de riscos. Disponível em <http://www.congressousp.fipecafi.org/artigos62006/432.pdf>. Acesso em 30 jun. 2010. SLACK, N. Vantagem competitiva em manufatura. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2002. SLACK, N. et al. Administração da produção. São Paulo: Atlas, 1999. IMPORTANTE
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