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1 Dimensionamento de Pessoal em Enfermagem Profª Fernanda Coelho Dimensionamento de pessoal de enfermagem: “etapa inicial do processo de provimento de pessoal, que tem por finalidade a previsão da quantidade de funcionários por categoria requerida para suprir as necessidades de assistência de enfermagem direta ou indiretamente prestada aos pacientes. Entretanto, considerando que o processo de dimensionar pessoal de enfermagem possibilita também a avaliação da carga de trabalho existente nas unidades já em funcionamento, esse conceito pode ser ampliado, sendo compreendido como um processo sistemático que fundamenta o planejamento e a avaliação da quantidade e da qualidade de enfermagem para prover a assistência de acordo com a singularidade dos serviços de saúde e que garanta a segurança dos pacientes e dos trabalhadores”. (Lima et al, 2016) 2 Dimensionamento de pessoal em enfermagem Previsão da quantidade de funcionários por categoria para suprir as necessidades de assistência direta ou indireta Avaliação da carga de trabalho em unidade em funcionamento Planejamento e avaliação da quantidade e qualidade de enfermagem para prover a assistência Etapa inicial do provimento de pessoal Considera as características do serviço de saúde e garante a segurança dos pacientes e profissionais Impacto do dimensionamento do pessoal de enfermagem Qualidade, eficácia e custo Prestação da assistência em condições de maior ou menor segurança Pacientes com necessidades cada vez mais complexas adequar qualiquantitativo do pessoal para novas demandas, melhoria da qualidade e racionalizar os custos Sobrecarga de trabalho, com dificuldade na implantação de medidas que aumentem a qualidade 3 Resolução Cofen 543/2017 Considerações iniciais: “CONSIDERANDO a prerrogativa estabelecida ao Cofen no artigo 8º, incisos IV, V e XIII, da Lei nº 5.905/73, de baixar provimentos e expedir instruções, para uniformidade de procedimento e bom funcionamento dos Conselhos Regionais, dirimir as dúvidas suscitadas pelos Conselhos Regionais e exercer as demais atribuições que lhe são conferidas por lei;” CONSIDERANDO que o artigo 15, inciso II, III, IV, VIII e XIV, da Lei nº 5.905/73, dispõe que compete aos Conselhos Regionais de Enfermagem: disciplinar e fiscalizar o exercício profissional, observadas as diretrizes gerais do Conselho; fazer executar as instruções e provimentos do Conselho Federal; manter o registro dos profissionais com exercício na respectiva jurisdição; conhecer e decidir os assuntos atinentes à ética profissional impondo as penalidades cabíveis; e exercer as demais atribuições que lhes forem conferidas por esta Lei ou pelo Conselho Federal; (COFEN, 2017). lei 5905/73: dispõe sobre a criação dos Conselhos Federal e Regionais de Enfermagem e dá outras providências. • CONSIDERANDO a Lei nº 7.498, de 25 de junho de 1986, e o Decreto nº 94.406, de 08 de junho de 1987, que regulamentam o exercício da Enfermagem no país;” • CONSIDERANDO o Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem; • CONSIDERANDO a Resolução Cofen nº 358, de 15 de outubro de 2009, que dispõe sobre a Sistematização da Assistência de Enfermagem e a implementação do Processo de Enfermagem em ambientes públicos, privados e filantrópicos, e dá outras providências • CONSIDERANDO o Regimento Interno da Autarquia aprovado pela Resolução Cofen nº 421/2012 • CONSIDERANDO Resolução Cofen nº 429, de 30 de maio de 2012, que dispõe sobre o registro das ações profissionais no prontuário do paciente e em outros documentos próprios da enfermagem, independente do meio de suporte – tradicional ou eletrônico Essa resolução torna obrigatório o registro de todas as atividades de enfermagem, quer sejam assistenciais, quer gerenciais (informações sobre recursos humanos, materiais e processo de trabalho) 4 CONSIDERANDO as recomendações do relatório das atividades realizadas pelo Grupo de Trabalho – GT do Coren-SP, indicadas no Processo Administrativo Cofen nº 0562/2015 Entre elas, a adequação da classificação de pacientes pediátricos como sendo de cuidados intermediários, independente da presença de acompanhante; a conclusão de que não é suficiente incluir meia hora de enfermagem para os pacientes antes classificados como de cuidados intermediários sem acompanhante (o tempo a mais não garantia a qualidade da assistência) e passar a utilizar a classificação de pacientes de cuidados de alta dependência. CONSIDERANDO as pesquisas que validaram as horas de assistência de enfermagem preconizadas na Resolução COFEN nº 293/2004 e aquelas que apontam novos parâmetros para áreas especificas. CONSIDERANDO os avanços tecnológicos e as necessidades requeridas pelos gestores, gerentes das instituições de saúde, dos profissionais de enfermagem e da fiscalização dos Conselhos Regionais, para revisão e atualização de parâmetros que subsidiem o planejamento, controle, regulação e avaliação das atividades assistenciais de enfermagem. CONSIDERANDO que o quantitativo e o qualitativo de profissionais de enfermagem interferem, diretamente, na segurança e na qualidade da assistência ao paciente; CONSIDERANDO que compete ao enfermeiro estabelecer o quadro quantiqualitativo de profissionais necessário para a prestação da Assistência de Enfermagem; 5 CONSIDERANDO a necessidade de atingir o padrão de excelência do cuidado de enfermagem e favorecer a segurança do paciente, do profissional e da instituição de saúde; (COFEN,2017). CONSIDERANDO as sugestões e recomendações emanadas da Consulta Pública no período de 09/07/2016 à 16/09/2016 no site do Conselho Federal de Enfermagem; CONSIDERANDO as deliberações do Plenário do Cofen em sua 481ª Reunião Ordinária, ocorrida em 27 de setembro de 2016, na cidade do Rio de Janeiro; CONSIDERANDO tudo o que mais consta do PAD Cofen nº 562/2015; (FCC- 2015) Órgão: TRT 3ª Região (MG). Prova: Analista Enfermagem: (adaptada) O Conselho Federal de Enfermagem por meio da Resolução COFEN nº 543/2017, atualizou e estabeleceu parâmetros para Dimensionamento do Quadro de Profissionais de Enfermagem nos serviços/locais em que são realizadas atividades de enfermagem, considerando, entre outras: a) a necessidade requerida pelos administradores de hospitais, face a dificuldade dos enfermeiros em definir tais parâmetros. 6 b) avanços tecnológicos e as necessidades requeridas pelos gestores, gerentes das instituições de saúde, dos profissionais de enfermagem e da fiscalização dos Conselhos Regionais, para revisão e atualização de parâmetros que subsidiem o planejamento, controle, regulação e avaliação das atividades assistenciais de enfermagem c) o grande número de matéria regulamentando as unidades de medida e a relação de horas de enfermagem por leito ocupado. d) o caráter educativo e fiscalizatório dos sindicatos das categorias de enfermagem. e) a necessidade de garantir ao profissional de enfermagem uma reserva de mercado, atualmente ameaçada por outros profissionais. Questão 2: FCC,2015. Órgão: TRT 3 ª Região (MG) Prova: Analista Enfermagem- adaptada O Conselho Federal de Enfermagem por meio da Resolução COFEN nº 543/17, fixou e estabeleceu parâmetros para o dimensionamento do quadro de profissionais de enfermagem nas Unidades Assistenciais das Instituições de Saúde e Assemelhados, considerando dentre outras, a) A Resolução Cofen nº 429, de 30 de maio de 2012, que dispõe sobre a sistematização da Assistência de Enfermagem . 7 b) a necessidade de atingir o padrão de excelência do cuidado de enfermagem e favorecer a segurança do paciente, do profissional e da instituição de saúde, bem como a redução de custos da assistência prestada; c) A competência do Enfermeiro para estabelecer o quadro quantiqualitativo de profissionais necessário para a prestação da Assistência de Enfermagem ; d) o caráter educativo e fiscalizatório dos sindicatos das categorias de enfermagem. e) a necessidade de garantir às Instituições de saúde um quantitativo mínimo de enfermagem, garantindoa continuidade da assistência e a saúde ocupacional e reduzindo os custos a um mínimo necessário “Art. 1º Estabelecer, na forma desta Resolução e de seus anexos I e II (que poderão ser consultados no endereço eletrônico: www.cofen.gov.br), os parâmetros mínimos para dimensionar o quantitativo de profissionais das diferentes categorias de enfermagem para os serviços/locais em que são realizadas atividades de enfermagem Parágrafo único – Os referidos parâmetros representam normas técnicas mínimas, constituindo-se em referências para orientar os gestores, gerentes e enfermeiros dos serviços de saúde, no planejamento do quantitativo de profissionais necessários para execução das ações de enfermagem” Artigo 1º 8 Art. 2º O dimensionamento do quadro de profissionais de enfermagem deve basear-se em características relativas: I – ao serviço de saúde: missão, visão, porte, política de pessoal, recursos materiais e financeiros; estrutura organizacional e física; tipos de serviços e/ou programas; tecnologia e complexidade dos serviços e/ou programas; atribuições e competências, específicas e colaborativas, dos integrantes dos diferentes serviços e programas e requisitos mínimos estabelecidos pelo Ministério da Saúde; II – ao serviço de enfermagem: aspectos técnico-científicos e administrativos: dinâmica de funcionamento das unidades nos diferentes turnos; modelo gerencial; modelo assistencial; métodos de trabalho; jornada de trabalho; carga horária semanal; padrões de desempenho dos profissionais; índice de segurança técnica (IST); proporção de profissionais de enfermagem de nível superior e de nível médio e indicadores de qualidade gerencial e assistencial; III – ao paciente: grau de dependência em relação a equipe de enfermagem (sistema de classificação de pacientes – SCP) e realidade sociocultural” (COFEN, 2017) Artigo 2º Serviço de saúde •missão, visão, porte, política de pessoal, recursos materiais e financeiros; • estrutura organizacional e física; tipos de serviços e/ou programas; • tecnologia e complexidade dos serviços e/ou programas; • atribuições e competências, específicas e colaborativas, dos integrantes dos diferentes serviços • e programas e requisitos mínimos estabelecidos pelo Ministério da Saúde Serviço de enfermagem • aspectos técnico‐científicos e administrativos: • dinâmica de funcionamento das unidades nos diferentes turnos; •modelo gerencial; modelo assistencial; métodos de trabalho; • jornada de trabalho; carga horária semanal; • padrões de desempenho dos profissionais; • índice de segurança técnica (IST); • proporção de profissionais de enfermagem de nível superior e de nível médio e • indicadores de qualidade gerencial e assistencial Paciente • grau de dependência em relação a equipe de enfermagem (sistema de classificação de pacientes – SCP) e • realidade sociocultural 9 FCC, 2014 Órgão: TRT 13ª Região (PB)Prova: Analista Judiciário Enfermagem – adaptada O enfermeiro gestor de um serviço de enfermagem, ao estabelecer o quadro quantiqualitativo de profissionais necessários para a prestação da assistência de Enfermagem, de acordo com a Resolução do COFEN no 543/17, deve basear-se em características relativas: a) aos critérios da Acreditação Hospitalar, aos indicadores sociais e gerenciais. b) ao dissídio coletivo da categoria, à região onde está localizada. c) à realização do Processo de Enfermagem, à clientela e familiares. d) ao serviço de saúde, ao serviço de enfermagem, ao paciente. e) aos processos de trabalho, aos acordos sindicais e à qualificação profissional. CONSULPLAN, 2017 - TRF 2ª REGIÃO Prova: Analista Judiciário Enfermagem – adaptada Tomasi et al (2001) afirma que “o dimensionamento de pessoal de enfermagem é a etapa inicial do processo de provimento de recursos humanos que tem como objetivo definir a previsão da quantidade de funcionários para o atendimento das necessidades de assistência de enfermagem prestada à clientela”. Para dimensionar o quantitativo mínimo dos diferentes níveis de formação dos profissionais de enfermagem para a cobertura assistencial nas instituições de saúde, o Conselho Federal de Enfermagem estabeleceu, através da Resolução COFEN nº 543/2017, alguns parâmetros, e entre eles estão as características da instituição/empresa. Entre essas características estão, EXCETO: a) Missão. b) Natureza do capital. c) Estrutura organizacional e física. d) Tipo de serviços e/ou programas prestados. 10 IF-PE, 2016 Órgão: IFPE Prova: Enfermeiro Geral – adaptada Nas últimas décadas a demanda de atendimentos da clientela, associada às necessidades de cuidados de enfermagem cada vez mais complexos, tem imposto à equipe de enfermagem uma sobrecarga de trabalho, influenciando na qualidade da assistência prestada. Portanto, o Conselho Federal de Enfermagem COFEN publicou a Resolução 543/2017, que estabelece os parâmetros de dimensionamento de pessoal de enfermagem nos serviços de saúde. Em se tratando de dimensionamento de pessoal, assinale a alternativa CORRETA. a) O dimensionamento de pessoal constitui-se a etapa inicial do processo de provimento de pessoal, cuja finalidade é a previsão da quantidade de funcionários por categoria, requerida para suprir as necessidades da assistência de enfermagem. b) A temática “dimensionamento de pessoal de enfermagem” constitui-se, ao longo dos anos, foco de atenção dos enfermeiros e administradores dos serviços de saúde, uma vez que interfere diretamente, com a eficácia, na qualidade e impacta muito pouco nos custos da assistência à saúde. c) O dimensionamento de pessoal, por estar atualmente definido em Resolução fundamentado em parâmetros consistentes, constitui-se elemento de consenso entre profissionais de enfermagem e administradores de serviços de saúde, minimizando-se, assim, os conflitos no que tange à gestão de recursos humanos. d) O dimensionamento de pessoal é compreendido enquanto um processo sistemático que fundamenta o planejamento e avaliação do quantitativo e qualitativo do pessoal de enfermagem necessário para prover a assistência, tornando-se, portanto, desnecessária a avaliação da carga de trabalho. e) Para determinar a quantidade média de usuários/clientes assistidos, a Resolução 543/2017 estabelece, enquanto parâmetro, o Sistema de Classificação de Pacientes SCP por categorias ou grupos de cuidados, classificados em cuidados intensivos, cuidados semi-intensivos, cuidados intermediários e cuidados mínimos. 11 INSTITUTO AOCP, 2015 Órgão: EBSERH Prova: Enfermeiro O Enfermeiro, ao realizar o dimensionamento e a adequação quantiqualitativa de profissionais de enfermagem do setor da clínica médica, leva em consideração, dentre os aspectos técnicos-administrativos citados a seguir, EXCETO a) o índice de segurança técnica. b) a taxa de absenteísmo. c) a dinâmica de funcionamento da unidade nos diferentes turnos. d) o piso salarial dos profissionais de nível médio. e) o modelo assistencial. Ano: 2015 Banca: FUNCERN Órgão: IFRN Prova: Enfermeiro – adaptada De acordo com a Resolução nº 543/2017 do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN), o dimensionamento e a adequação quantiqualitativa do quadro de profissionais de enfermagem devem basear-se em características relativas a) ao serviço de enfermagem, no que concerne à fundamentação legal do exercício profissional, à política de pessoal e à tecnologia e complexidade dos serviços e programas. b) à instituição/empresa, no que concerne, entre outros elementos, à missão, ao porte e à estrutura organizacional e física. c) à clientela, no que concerne, entre outros elementos, ao índice de segurança técnica (IST) e à realidade sociocultural e econômica. d) ao serviço administrativo da empresa, no que concerne à dinâmica de funcionamento das unidades nos diferentes turnos, ao modelo gerencial e ao modelo assistencial. 12 Banca: AOCP Órgão: EBSERH Prova: Enfermeiro Nefrologia A resolução do COFEN nº 543/2017 afirma que a finalidade do dimensionamento é a) a previsãode quantidade e qualidade de profissionais de enfermagem que atendam às necessidades de assistência aos pacientes. b) a previsão apenas da quantidade de profissionais de enfermagem para cada turno de diálise. c) não prever a qualificação dos profissionais de enfermagem para qualquer tipo de assistência. d) ser somente uma ferramenta administrativa, que não compete ao enfermeiro e) não ser, para o enfermeiro, uma ferramenta importante a ser seguida. FCC, 2014 Órgão: TRT 13 ª Região (PB)Prova: Analista Judiciário Enfermagem – modificada. O enfermeiro gestor de um serviço de enfermagem, ao estabelecer o quadro quantiqualitativo de profissionais necessários para a prestação da assistência de Enfermagem, de acordo com a Resolução do COFEN no 543/2017, deve basear-se em características relativas ao serviço de enfermagem como a) missão, realidade sociocultural e modelo gerencial b) dinâmica da unidade nos diferentes turnos, modelo assistencial e complexidade dos serviços ou programas. c) atribuições e competências específicas e colaborativas dos integrantes dos diferentes serviços, índice de segurança técnica e realidade sociocultural. d) jornada de trabalho, padrão de desempenho dos profissionais e índice de segurança técnico. e) modelo gerencial, modelo assistencial e complexidade dos serviços ou programas. 13 Ano: 2013 Banca: IBFC Órgão: SEPLAG- MG Prova: Enfermeiro – adaptada Considerando o dimensionamento de pessoal da equipe de enfermagem, leia as frases abaixo e assinale a alternativa que corresponde à resposta correta. I. O método de dimensionamento de pessoal deve considerar exclusivamente a carga de trabalho da unidade e o tempo de trabalho do profissional. II. O sistema de classificação de pacientes é a forma de determinar o grau de dependência de um paciente em relação à equipe de enfermagem, objetivando estabelecer o tempo despendido no cuidado direto e indireto, bem como o qualitativo de pessoal, para atender as necessidades do paciente. III. De acordo com a Resolução do COFEN n° 543/2017, a assistência do paciente é classificada em cinco categorias: mínima, intermediária, de alta dependência, semi-intensiva e intensiva. Estão corretas as frases a) As frases II e III estão corretas. b) As frases I e II estão corretas. c) Apenas a frase I está correta. d) Apenas a frase II está correta. 14 Unidade de internação: local com infraestrutura adequada para a permanência do paciente em um leito hospitalar por 24 horas ou mais. Sistema de classificação de pacientes (SCP): forma de determinar o grau de dependência de um paciente em relação à equipe de enfermagem, objetivando estabelecer o tempo dispendido no cuidado direto e indireto, bem como o qualitativo de pessoal para atender às necessidades biopsicosocioespirituais do paciente – Paciente de cuidados mínimos (PCM): paciente estável sob o ponto de vista clínico e de enfermagem e autossuficiente quanto ao atendimento das necessidades humanas básicas; – Paciente de cuidados intermediários (PCI): paciente estável sob o ponto de vista clínico e de enfermagem, com parcial dependência dos profissionais de enfermagem para o atendimento das necessidades humanas básicas; – Paciente de cuidados de alta dependência (PCAD): paciente crônico, incluindo o de cuidado paliativo, estável sob o ponto de vista clinico, porém com total dependência das ações de enfermagem para o atendimento das necessidades humanas básicas; 15 – Paciente de cuidados semi-intensivo (PCSI): paciente passível de instabilidade das funções vitais, recuperável, sem risco iminente de morte, requerendo assistência de enfermagem e médica permanente e especializada; – Paciente de cuidados intensivos (PCIt): paciente grave e recuperável, com risco iminente de morte, sujeito à instabilidade das funções vitais, requerendo assistência de enfermagem e médica permanente e especializada Total de horas de enfermagem (THE): é o somatório das cargas médias diárias de trabalho necessárias para assistir os pacientes com demanda de cuidados mínimos, intermediários, alta dependência, semi-intensivos e intensivos (COFEN,2017) O cálculo do THE aparece na resolução Cofen 543/17 com a seguinte equação: ATENÇÃO!!! 16 É o mais cobrado pelas bancas!!! Art. 3º O referencial mínimo para o quadro de profissionais de enfermagem, para as 24 horas de cada unidade de internação (UI), considera o SCP, as horas de assistência de enfermagem, a distribuição percentual do total de profissionais de enfermagem e a proporção profissional/paciente. Para efeito de cálculo, devem ser consideradas: I – como horas de enfermagem, por paciente, nas 24 horas: 1) 4 horas de enfermagem, por paciente, no cuidado mínimo; 2) 6 horas de enfermagem, por paciente, no cuidado intermediário; 3) 10 horas de enfermagem, por paciente, no cuidado de alta dependência (2); 4) 10 horas de enfermagem, por paciente, no cuidado semi-intensivo; 5) 18 horas de enfermagem, por paciente, no cuidado intensivo. ARTIGO 3º II – A distribuição percentual do total de profissionais de enfermagem, deve observar: a) O SCP e as seguintes proporções mínimas: 1) Para cuidado mínimo e intermediário: 33% são enfermeiros (mínimo de seis) e os demais auxiliares e/ou técnicos de enfermagem; 2) Para cuidado de alta dependência: 36% são enfermeiros e os demais técnicos e/ou auxiliares de enfermagem; 3) Para cuidado semi-intensivo: 42% são enfermeiros e os demais técnicos de enfermagem; 4) Para cuidado intensivo: 52% são enfermeiros e os demais técnicos de enfermagem. ARTIGO 3º 17 III – Para efeito de cálculo devem ser consideradas: o SCP e a proporção profissional/paciente nos diferentes turnos de trabalho respeitando os percentuais descritos na letra “a” do item II: 1) cuidado mínimo: 1 profissional de enfermagem para 6 pacientes; 2) cuidado intermediário: 1 profissional de enfermagem para 4 pacientes; 3) cuidado de alta dependência: 1 profissional de enfermagem para 2,4; 4) cuidado semi-intensivo: 1 profissional de enfermagem para 2,4; 5) cuidado intensivo: 1 profissional de enfermagem para 1,33. ARTIGO 3º § 1º A distribuição de profissionais por categoria referido no inciso II, deverá seguir o grupo de pacientes que apresentar a maior carga de trabalho. § 2º Cabe ao enfermeiro o registro diário da classificação dos pacientes segundo o SCP, para subsidiar a composição do quadro de enfermagem para as unidades de internação. § 3º Para alojamento conjunto, o binômio mãe/filho deve ser classificado, no mínimo, como cuidado intermediário. § 4º Para berçário e unidade de internação em pediatria todo recém-nascido e criança menor de 6 anos deve ser classificado, no mínimo, como cuidado intermediário, independente da presença do acompanhante. § 5º Os pacientes de categoria de cuidados intensivos deverão ser internados em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) com infraestrutura e recursos tecnológicos e humanos adequados. § 6º Os pacientes classificados como de cuidado semi-intensivo deverão ser internados em unidades que disponham de recursos humanos e tecnologias adequadas. ARTIGO 3º 18 C. Mínimos •4h de enfermagem/pte nas 24h •33% do total de profissionais são enfermeiros (min 6); demais são Tec/aux de enfermagem •1 profissional/ 6ptes por turno. Respeitando a % C. Intermediários •6h de enfermagem/pte nas 24h •33% do total de profissionais são enfermeiros; demais são tec/aux de enfermagem •1 profissional/ 04 ptes por turno. Respeitando a % Alta dependência •10h de enfermagem/pte nas 24h •36% do total de profissionais são enfermeiros; demais são tec/aux de enfermagem •1 profissional/ 2,4 ptes por turno. Respeitando a % Semi‐intensivos •10h de enfermagem/pte nas 24h •42% do total de profissionais são enfermeiros; demais são técnicos de enfermagem •1 profissional/ 2,4 ptes por turno. Respeitando a % Intensivos •18h de enfermagem/pte nas 24h •52% do total de profissionais são enfermeiros; demais são técnicos de enfermagem •1 profissional/1,33 ptes por turno. Respeitando a % Dias da Semana (DS): sete dias completos em unidades de assistência ininterrupta. Carga horária semanal (CHS): assume os valores de 20h.; 24h.; 30h.; 36h.; 40h. ou 44h. nas unidades assistenciais. Lembre-se que cada instituição pratica uma carga horária. Na SESDF, por exemplo, os enfermeiros podem optar pela carga horária de 20h ou 40h semanais. Índice de segurança técnico (IST): percentual a ser acrescentado ao quantitativo de profissionais para assegurar a cobertura de férias e ausências não previstas. IST merece atenção especial, devido às implicações que a redução de pessoal de enfermagem traz à quantidade e qualidade da assistência prestada, principalmente em unidades de funcionamento ininterrupto. As ausências previstas são as folgas semanais e férias. As não previstas, são as faltas e licenças. CONCEITOS PARA OS PRÓXIMOS PASSOS 19 Constante de Marinho (KM): Coeficiente deduzido em função do tempo disponível do trabalhador e cobertura de ausências. A fórmula utilizada pelo COREN para o cálculo dessa constante em unidades de assistência ininterrupta é a seguinte: CONCEITOS PARA OS PRÓXIMOS PASSOS Constante de Marinho (KM): Cálculos feitos baseando-se num IST de 15% (0,15) CONCEITOS PARA OS PRÓXIMOS PASSOS 20 CONCEITOS PARA OS PRÓXIMOS PASSOS FCC, 2011 Órgão: TREAPProva: Analista Judiciário Enfermagem – adaptada De acordo com a Resolução do COFEN 543/2017, para efeito de cálculo devem ser consideradas como horas de Enfermagem, por leito, nas 24 horas, na assistência mínima: a) 2 horas de Enfermagem, por cliente. b) 3,5 horas de Enfermagem, por cliente. c) 4 horas de Enfermagem, por cliente. d) 8 horas de Enfermagem, por cliente. e) 10 horas de Enfermagem, por cliente. 21 cuidados mínimos 4h cuidados intermediários 6h cuidados de alta dependência e semi‐intensivos 10h cuidados intensivos 18h horas de enfermagem por paciente nas 24h FCC,2007 Órgão: ANSProva: Especialista em Regulação Enfermagem – adaptada A coordenação calculou que seriam necessários 100 (cem) profissionais de enfermagem em uma instituição de saúde prestadora de assistência mínima e intermediária. Ao utilizar as recomendações da Resolução COFEN 543/2017, o número de enfermeiros deverá ser de: a) 18. b) 24. c) 31. d) 33. e) 46. cuidados mínimos e intermediários: 33% enfermeiros (mínimo de seis). cuidados de alta dependência: 36% enfermeiros cuidados semi‐ intensivos 42% enfermeiros cuidados intensivos 52% enfermeiros distribuição percentual dos profissionais de enfermagem 22 FCC, 2007. Órgão: MPUProva: Analista de Saúde Enfermagem – adaptada Ao dimensionar o quadro de profissionais de enfermagem em uma unidade de saúde que presta assistência a pacientes de cuidados de alta dependência, deve-se respeitar a Resolução COFEN 543/2017. De acordo com essa legislação, considera-se como horas de enfermagem, por leito, nas 24 (vinte e quatro) horas: a) 4 horas de enfermagem, por cliente. b) 8 horas de enfermagem, por cliente. c) 10 horas de enfermagem, por cliente. d) 18 horas de enfermagem, por cliente. e) 6 horas de enfermagem, por cliente. CONSULPLAN,2017. TRF 2ª REGIÃOProva: Analista Judiciário Enfermagem Uma maneira de calcular a quantidade de profissionais de enfermagem para uma unidade de internação é utilizando a fórmula: QP = Km x THE, onde QP é a quantidade de profissionais de Enfermagem, THE é o total de horas de enfermagem e Km a Constante Marinho. A Constante Marinho é um coeficiente baseado: a) Nos dias do mês, na jornada mensal de trabalho e na taxa de ocupação. b) Nos dias da semana, na jornada mensal de trabalho e na taxa de ocupação. c) Nos dias do mês, na jornada diária de trabalho e no índice de segurança técnica. d) Nos dias da semana, na jornada semanal de trabalho e no índice de segurança técnica. 23 IADES, 2017. Órgão: Fundação Hemocentro de Brasília DF Prova: Enfermeiro – adaptada Quanto à Resolução COFEN nº 543/2017, assinale a alternativa que indica, para efeito de cálculo, o número de horas de enfermagem que devem ser consideradas, por cliente, nas 24 horas. a) 2 horas na assistência de pacientes independentes. b) 3 horas na assistência mínima. c) 6 horas na assistência intermediária. d) 12 horas na assistência semi-intensiva. e) 17 horas na assistência intensiva. 24 IBADE, 2017. Órgão: SEJUDH MT Prova: Enfermeiro - adaptada Considerando os parâmetros recomendados para o dimensionamento dos profissionais de enfermagem nas instituições de saúde, analise as alternativas a seguir. I. O quadro de profissionais de uma unidade de internação composto por 50% ou mais de pessoas com idade superior a 50 anos, deve ser acrescido de 10% ao índice de segurança técnica (IST). II. A criança menor de 6 anos internada na pediatria, independente da presença de acompanhante, deve ser classificada com necessidades de cuidados intermediários. III. Na assistência semi-intensiva, o percentual de enfermeiros deve ser de 33% (mínimo de seis) e os demais, auxiliares e/ou técnicos de enfermagem. Está correto apenas o que se afirma em: a) I e II. b) III c) II. d) II e III. e) I. REIS & REIS, 2016 Órgão: Prefeitura de Cipotânea MG Prova: Enfermeiro - adaptada Os aspectos quantitativos dos profissionais de enfermagem nas instituições de saúde são enfatizados para que haja a garantia da segurança e da qualidade de assistência prestada ao cliente. Uma unidade assistencial com 27 leitos de pacientes nos diferentes turnos, sendo que 18 são pacientes com cuidados intermediários e 09 com cuidados mínimos cuja ocupação da unidade é de 90% para uma a jornada de trabalho de 30 horas semanais necessita de X profissionais de enfermagem. Qual das alternativas está correta: KM (20) = 0,4025; KM (24) = 0,3354; KM (30) = 0,2683; KM(32,5) = 0,2476; KM(36) = 0,2236; KM(40) = 0,2012. 25 SCP/Horas Assistência Mínima: 4hrs Assistência Intermediária: 6hrs Assistência de Alta Dependência: 10hrs Assistência Semi-intensiva: 10hrs Assistência Intensiva: 18 hrs a) 29 profissionais de enfermagem. b) 35 profissionais de enfermagem. c) 36 profissionais de enfermagem. d) 28 profissionais de enfermagem. FAUEL,2016 Órgão: CISMEPAR PR Prova: Enfermeiro - adaptada A Resolução COFEN Nº 543/2017 estabelece os parâmetros para dimensionar o quantitativo mínimo dos diferentes níveis de formação dos profissionais de Enfermagem para a cobertura assistencial nas instituições de saúde. De acordo com essa resolução, devem ser consideradas como horas de enfermagem, por leito, nas 24 horas, e distribuição percentual do total de profissionais de enfermagem: a) 10 horas de Enfermagem, por cliente, na assistência semi-intensiva. Para assistência intensiva: de 52% são Enfermeiros e os demais, Técnicos e auxiliares de Enfermagem. b) 3 horas de Enfermagem, por cliente, na assistência mínima. Para assistência intensiva: de 60% são Enfermeiros e os demais, Técnicos de Enfermagem. c) 6 horas de Enfermagem, por cliente, na assistência intermediária. Para assistência mínima e intermediária: 33% são enfermeiros (mínimo de seis) e os demais, Auxiliares e/ou Técnicos de Enfermagem. d) 12 horas de Enfermagem, por cliente, na assistência semi-intensiva. Para assistência intensiva: de 52% são Enfermeiros e os demais, Técnicos de Enfermagem. 26 Art. 4º Para assistir pacientes de saúde mental, considerar: a) Como horas de enfermagem: 1) CAPS I – 0,5 horas por paciente (8 horas/dia); 2) CAPS II (CAPS Adulto e CAPS Álcool e Drogas) – 1,2 horas por paciente (8 horas/dia); 3) CAPS Infantil e Adolescente – 1,0 hora por paciente (8 horas/dia); 4) CAPS III (Adulto e CAPS Álcool e Drogas) – 10 horas por paciente, ou utilizar SCP, (24 horas); 5) UTI Psiquiátrica – aplicar o mesmo método da UTI convencional – 18 horas por paciente, ou utilizar SCP (24 horas); 6) Observação de paciente em Pronto Socorro Psiquiátrico e Enfermaria Psiquiátrica – 10 horas por paciente, ou utilizar SCP (24 horas); 7) Lar Abrigado/Serviço de ResidênciaTerapêutica – deve ser acompanhado pelos CAPS ou ambulatórios especializados em saúde mental, ou ainda, equipe de saúde da família (com apoio matricial em saúde mental). b) Como proporção profissional/paciente, nos diferentes turnos de trabalho, respeitando os percentuais descritos na letra “a” do item II: 1) CAPS I – 1 profissional para cada 16 pacientes; 2) CAPS II 9 (Adulto e CAPS Álcool e Drogas) – 1 profissional para cada 6,6; 3) CAPS Infantil e Adolescente – 1 profissional para cada 8 pacientes; 4) CAPS III (Adulto e CAPS Álcool e Drogas) -1 profissional para cada 2,4; 5) UTI Psiquiátrica – 1 profissional para cada 1,33 pacientes; 6) Observação de paciente em Pronto Socorro Psiquiátrico e Enfermaria Psiquiátrica – 1 profissional para cada 2,4. 27 c) A distribuição percentual do total de profissionais de enfermagem deve observar as seguintes proporções mínimas: 1) CAPS I – 50% de enfermeiros e os demais técnicos e/ou auxiliares de enfermagem; 2) CAPS II (Adulto e CAPS Álcool e Drogas) – 50% de enfermeiros e os demais técnicos e/ou auxiliares de enfermagem; 3) CAPS Infantil e Adolescente – 50% de enfermeiros e os demais técnicos e/ou auxiliares de enfermagem; 4) CAPS III (Adulto e CAPS Álcool e Drogas) – 50% de enfermeiros e os demais técnicos de enfermagem, ou percentual relativo a maior carga de trabalho obtida do SCP; 5) UTI Psiquiátrica – 52% de enfermeiros e os demais técnicos de enfermagem, ou percentual relativo a maior carga de trabalho obtida do SCP; 6) Observação de pacientes em Pronto Socorro Psiquiátrico e Enfermaria Psiquiátrica – 42% de enfermeiros e os demais técnicos e/ou auxiliares de enfermagem, ou percentual relativo a maior carga de trabalho obtida do SCP. Art. 5º Para Centro de Diagnóstico por Imagem (CDI), as horas de assistência de enfermagem por paciente em cada setor, deverá considerar o tempo médio da assistência identificado no estudo de Cruz: (*)Nos setores de Mamografia e Rx Convencional a participação do enfermeiro se faz indispensável em situações pontuais de supervisão da assistência de enfermagem, urgência e emergência. 28 Nota: 1) O cálculo do THE das diferentes categorias profissionais deverá ser realizado separadamente, uma vez que os tempos de participação são distintos. 2) O Serviço de Diagnóstico por Imagem deverá garantir a presença de no mínimo um enfermeiro durante todo período em que ocorra assistência de enfermagem. Conceitos Os centros de diagnóstico imagem são classificados no Anexo I como Unidades Assistenciais, de Apoio, Diagnóstico e Terapêutica (UA). Essas unidades foram definidas como “locais onde são desenvolvidos procedimentos, intervenções/atividades de enfermagem e que não é possível aplicar o método de dimensionamento baseado no SCP, mas há estudos/pesquisas com referência de tempo médio de procedimento, intervenções/atividades, tais como: Central de Material (CME) e Centro de Diagnóstico por Imagem (CDI)” (COFEN, 2017). Nessas unidades, o total de horas de enfermagem é baseado no número médio diário de procedimentos ou intervenção/atividade e no tempo médio gasto em cada procedimento ou intervenção/atividade. 1 – Atividade: ações especificas realizadas pela enfermagem para implementar uma intervenção que auxilie o paciente a obter o resultado desejado, conforme definição da Nursing Intervention Classification (NIC). 2 – Intervenção: tratamento que o enfermeiro realiza para melhorar os resultados do paciente, com base no julgamento e no conhecimento clínico, de acordo com Nursing Intervention Classification (NIC). 29 Para essas unidades, o quantitativo de pessoal continua sendo dado pela fórmula O que muda um pouco é o cálculo da constante de Marinho: Art. 6º O referencial mínimo para o quadro dos profissionais de enfermagem em Centro Cirúrgico (CC) considera a Classificação da Cirurgia, as horas de assistência segundo o porte cirúrgico, o tempo de limpeza das salas e o tempo de espera das cirurgias, conforme indicado no estudo de Possari. Para efeito de cálculo devem ser considerados: I – Como horas de enfermagem, por cirurgia no período eletivo: 1) 1,4 horas de enfermagem, por cirurgia de Porte 1; 2) 2,9 horas de enfermagem, por cirurgia de Porte 2; 3) 4,9 horas de enfermagem, por cirurgia de Porte 3; 4) 8,4 horas de enfermagem, por cirurgia de Porte 4. ARTIGO 6º 30 II – Para cirurgias de urgência/emergência, e outras demandas do bloco cirúrgico (transporte do paciente, arsenal/farmácia, RPA entre outros), utilizar o Espelho Semanal Padrão. III – Como tempo de limpeza, por cirurgia: 1) Cirurgias eletivas – 0,5 horas; 2) Cirurgias de urgência e emergência – 0,6 horas. ARTIGO 6º IV – Como tempo de espera, por cirurgia: 1) 0,2 horas por cirurgia. V – Como proporção profissional/categoria, nas 24 horas: a) Relação de 1 enfermeiro para cada três salas cirúrgicas (eletivas); b) Enfermeiro exclusivo nas salas de cirurgias eletivas e de urgência/emergência de acordo com o grau de complexidade e porte cirúrgico; c) Relação de 1 profissional técnico/auxiliar de enfermagem para cada sala como circulante (de acordo com o porte cirúrgico); d) Relação de 1 profissional técnico/auxiliar de enfermagem para a instrumentação (de acordo com o porte cirúrgico). ARTIGO 6º 31 Classificação das cirurgias segundo o porte/tempo de duração (Possari, 2001 e 2011) 1. Porte 1 - Cirurgias com tempo de duração de até 2 horas; 2. Porte 2 - Cirurgias com tempo de duração entre 2 e 4 horas; 3. Porte 3 - Cirurgias com tempo de duração entre 4 e 6 horas; 4. Porte 4 - Cirurgias com tempo de duração superior a 6 horas. O próximo conceito é o tempo médio por cirurgia ELETIVA, de acordo com o porte. Essa fórmula só deve ser utilizada se o circulante não for da equipe de enfermagem. A depender do porte da cirurgia, pode ser necessário calcular o número de profissionais, incluindo o instrumentador e o circulante 32 33 Art 7º - A Carga de trabalho dos profissionais de enfermagem para a unidade Central de Materiais e Esterilização (CME), deve fundamentar-se na produção da unidade, multiplicada pelo tempo padrão das atividades realizadas, nas diferentes áreas, conforme indicado no estudo de Costa Essa unidade tem dimensionamento próprio, baseado nas atividades desenvolvidas, no tempo para cada atividade e na quantidade de procedimentos, de modo que para cada instituição esse dimensionamento varia. 1) A tabela a seguir se refere aos procedimentos executados pelo técnico/auxiliar de enfermagem, portanto, o quantitativo total refere-se a estes profissionais. 2) Para o cálculo do quantitativo de enfermeiros utiliza-se o espelho semanal padrão, adequando-se à necessidade do serviço, respeitando-se o mínimo de um enfermeiro em todos os turnos de funcionamento do setor, além do enfermeiro responsável pela unidade. ARTIGO 7º 34 Art. 8º Nas Unidades de Hemodiálise convencional, considerando os estudos de Lima(9), o referencial mínimo para o quadro de profissionais de enfermagem, por turno, de acordo com os tempos médios do preparo do material, instalação e desinstalação do procedimento, monitorização da sessão, desinfecção interna e limpeza das máquinas e mobiliários, recepção e saída do paciente, deverá observar: 1) 4 horas de cuidado de enfermagem/paciente/turno; 2) 1 profissional para 2 pacientes; 3) Como proporção mínima de profissional/paciente/turno, 33% dos profissionais devem ser enfermeiros e 67% técnicos de enfermagem; 4) O quantitativo de profissionais de enfermagem para as intervenções de Diálise Peritoneal Ambulatorial Continua – CAPD, deverão ser calculadas com aplicação do Espelho Semanal Padrão. ARTIGO 8º Art. 9º Para a Atenção Básica, considerar o modelo, intervenções e parâmetros do estudo de Bonfim(10) – (anexo II). Conforme os dados de produção de cada unidade ou do município, ou ser extraídos no site do Departamento de Atenção Básica do Ministério da Saúde. ARTIGO 9º - ATENÇÃO BÁSICA 35 36 37 O TTD para ausências por feriado, férias, licença saúde e ausênciaem razão de outras licenças, deverá ser obtido pela média anual. Esses quadros de modelos de dimensionamento mostrados na Resolução 543/17 foram retirados do estudo citado na própria resolução: o de Bonfim (2016). Esse estudo conta com a participação de Fugulin, Gadzinski, Lauss e Peduzzi e foi utilizado para dar parâmetros para dimensionar o pessoal de enfermagem na atenção primária. Ele é um instrumento baseado na adaptação do workload indicators of staffing need (WISN) da Organização Mundial de Saúde (2010) workload indicators of staffing need (WISN) “uma ferramenta que permite determinar quantos trabalhadores de saúde de uma determinada categoria profissional são necessários para atender a carga de trabalho de uma determinada unidade de saúde, bem como avaliar a pressão da carga de trabalho sobre os profissionais de saúde na referida unidade”. O objetivo é realizar o dimensionamento baseado nas características de cada unidade, considerando o perfil do território e a heterogeneidade encontrada entre as diferentes populações atendidas. 38 O WISN considera que há atividades diretas e indiretas envolvidas e que cada categoria de profissionais (enfermeiros, técnicos e auxiliares) executam essas atividades. O tempo de trabalho disponível, que é aquele tempo de trabalho por ano deduzido das folgas semanais, feriados, férias, licenças, etc e multiplicado pelas horas de trabalho diárias (colocaremos a fórmula para você não sofrer), é dividido entre a execução desses dois tipos de atividades: direta e indireta. As atividades ou intervenções de saúde de cuidado direto são aquelas que requerem interação direta com o usuário/família/comunidade e são realizadas por todos os membros de uma categoria profissional. Também são aquelas que identificam a especificidade do trabalho na atenção primária em saúde. Em geral, a produção dessas Intervenções Diretas é registrada. Exemplos: consulta de enfermagem, vacinação, grupos educativos, visita domiciliar 39 Atividades ou intervenções indiretas são aquelas que “não requerem interação direta com o usuário/família/comunidade, mas que dão suporte para o cuidado. São realizadas por todos os membros de uma categoria profissional. Geralmente não tem a sua produção rotineiramente registrada. Exemplos: reunião de equipe, educação permanente, documentação, 40 41 Para as atividades diretas, calcula-se a quantidade de profissionais (q) para cada atividade verificando-se a produção anual de cada intervenção, por meio dos registros de enfermagem. Isso é multiplicado pelo tempo gasto em cada uma dessas intervenções. O COFEN já colocou o quadro com o tempo médio das principais atividades na resolução. Após obter-se o produto da produção anual de determinada intervenção pelo tempo gasto para executá-la, o resultado é dividido pelo tempo de trabalho disponível. E isso vai ter que ser feito com cada uma das intervenções desenvolvidas pela equipe e para cada categoria profissional. 42 “Para as Unidades de Saúde da Família (USF) recomenda-se que o levantamento seja realizado considerando não somente a demanda que chega até a unidade (produção anual da unidade), mas também o território (famílias cadastradas). Para isso, o enfermeiro deve conhecer o perfil do território e projetar a produção anual baseada nos Parâmetros do Ministério da Saúde (Brasil, 2015) e/ou protocolos existente no município” (COFEN,2017). A quantidade de profissionais para as atividades indiretas é utilizada em percentual na fórmula do quantitativo total. “O valor percentual da participação dos profissionais de enfermagem da categoria, em estudo, na execução de todas as intervenções/atividades indiretas é obtido mediante a soma dos percentuais de participação da categoria em estudo no tempo médio de execução de cada intervenção/atividade indireta. Recomenda-se o uso da soma do valor percentual do tempo médio que os profissionais da categoria em estudo levam para a execução de cada intervenção/atividade indireta encontrados por Bonfim et al (2016)” (COFEN,2017). 43 44 45 Quando se aplica o WISN, chega-se a um número ideal de profissionais de cada categoria para a unidade Esse número é comparado ao quantitativo de pessoal existente na unidade de duas formas: a diferença e a razão. Diferença: ao se comparar a diferença entre os níveis de pessoal atual e necessário, identificam-se as unidades de saúde que estão com falta ou com excesso relativo de pessoal. Pega-se o número de funcionários existentes na unidade e, desse valor, subtrai-se o quantitativo encontrado pelo WISN. Se o número for positivo, isso quer dizer que há mais funcionários que o necessário na unidade; e se o resultado for negativo, isso indica que há déficit de trabalhadores para o local. 46 Razão: ao se usar a razão entre os níveis de pessoal atual e necessário, avalia-se a pressão de trabalho que os profissionais de saúde sofrem no trabalho diário, em uma unidade de saúde. Ou seja: divide-se o número de profissionais atual pelo obtido com o WISN e verifica-se o resultado. - Razão próxima de um (~1) o quadro de pessoal atual que está em equilíbrio com as demandas de pessoal para a carga de trabalho da unidade de saúde; - Razão maior que um (>1) evidencia excesso de pessoal em relação à carga de trabalho; - Razão inferior a um (<1) indica que o número atual de profissionais é insuficiente para lidar com a carga de trabalho. Artigos 10 a 16 Art. 10 Ao quantitativo de profissionais estabelecido deverá ser acrescido o índice de segurança técnica (IST) de no mínimo 15% do total, dos quais 8,3% são referentes a férias e 6,7% a ausências não previstas. Art. 11 Para o serviço em que a referência não pode ser associada ao leito- dia, a unidade de medida será o sítio funcional (SF), devendo ser considerado as variáveis: intervenção/atividade desenvolvida com demanda ou fluxo de atendimento, área operacional ou local da atividade e jornada diária de trabalho. 47 Essas unidades citadas no artigo 11 são chamadas Unidades Assistenciais Especiais (UAE) e são definidas como locais onde são desenvolvidas intervenções/atividades de enfermagem que não é possível aplicar o método de dimensionamento baseado no sistema de classificação de pacientes (SCP) e não há referência/estudo de horas de intervenção/atividade. Exemplos dessas unidades são: pronto-socorro, unidade de pronto atendimento (UPA), centro obstétrico, ambulatório, serviços de hematologia. Essas unidades não possuem um número definido de pacientes que possa ser dividido entre pacientes de cuidados mínimos, intermediários, de alta dependência, semi-intensivos e intensivos. Assim, a forma de se calcular o quantitativo de pessoal é o Sítio Funcional. 1 – Sitio funcional (SF): unidade de medida baseada na experiência profissional, que considera a(s) atividade(s) desenvolvida(s), a área operacional ou local da atividade e a carga semanal de trabalho. 2 – Espelho semanal padrão (ESP): representação gráfica da distribuição das áreas operacionais com dias da semana, turnos de trabalho e categoria profissional. 48 Nota: Sugere-se a utilização de uma série histórica de espelhos semanais, com a capacidade instalada e demandas atendidas, por no mínimo 4 a 6 semanas. 3 - Área Operacional: local onde são realizadas as intervenções/atividades de enfermagem (consultórios, sala de procedimento, sala de vacina, sala de medicação, sala de inalação, sala de curativo, etc.). 4- Período de tempo (PT): tempo da jornada que varia de acordo com a Carga horária diaria, para realizar os procedimentos da área operacional. 49 Art. 12 Para efeito de cálculo deverá ser observada a cláusula contratual quanto à carga horária semanal (CHS). Art. 13 O responsável técnico de enfermagem deve dispor de no mínimo 5% do quadro geral de profissionais de enfermagem da instituição para cobertura de situações relacionadas à rotatividade de pessoal e participação em programas de educação permanente. Parágrafo único – O quantitativo de enfermeiros para o exercício de atividades gerenciais,educacionais, pesquisa e comissões permanentes, deverá ser dimensionado, à parte, de acordo com a estrutura do serviço de saúde. Art. 14 O quadro de profissionais de enfermagem de unidades assistenciais, composto por 50% ou mais de pessoas com idade superior a 50 (cinquenta) anos ou 20% ou mais de profissionais com limitação/restrição para o exercício das atividades, deve ser acrescido 10% ao quadro de profissionais do setor. Art. 15 O disposto nesta Resolução aplica-se a todos os serviços/locais em que são realizadas atividades de enfermagem. Art. 16 Esta Resolução entra em vigor 60 (sessenta) dias após sua publicação, revogando as disposições em contrário, em especial as Resoluções Cofen nº 293 de 21 de setembro de 2004 e a nº 527 de 03 de novembro de 2016 . 50 IADES, 2017. Órgão: Fundação Hemocentro de Brasília DF Prova: Enfermeiro – adaptada Quanto à Resolução COFEN nº 543/2017, assinale a alternativa que indica, para efeito de cálculo, o número de horas de enfermagem que devem ser consideradas, por cliente, nas 24 horas. a) 2 horas na assistência de pacientes independentes. b) 3 horas na assistência mínima. c) 6 horas na assistência intermediária. d) 12 horas na assistência semi-intensiva. e) 17 horas na assistência intensiva.
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