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ESTOMATOLOGIA B1 QUEILITE ACTÍINCA Lesão semelhante a leucoplasia, mas de ocorrência na pele e lábio inferior. Placas ceratóticas na região exposta do lábio. Lesão pré-maligna podendo evoluir para carcinoma. Sua etiologia se dá pela radiação solar. Observa em homens acima de 40 anos, devido a exposição crônica que essa área sofre incidência direta dos raios. Quimioterapia local com acido tricloro acético (ATA) fluorouracils creme a 5%. Lesão de potencial maligno TRATAMENTO Obtém se o diagnostico final pelos aspectos clínicos citologia esfoliativa, e biopsia incisional ou excisional, conforme o caso. Prevenção utiliza protetores solares, chapéus de abas largas, cremes e batons protetores. QUEILITE ANGULAR Fissuras eritematosas, descamativas e dolorosas em um ou ambos ângulos da boca. A saliva tende a se acumular nessa região, deixando a área úmida e provocando o crescimento de fungo. As causas mais frequentes são: perda de dimensão vertical, candidíase e deficiência vitamínica do complexo B. TRATAMENTO Antibióticos Quando a área está infectada, a infecção subjacente requer tratamento. É importante diagnosticar a causa da infecção, uma vez que as infecções por fungos, por exemplo, não respondem aos antibióticos. Higiene Enchimentos e injeções LESÕES NA ESTOMATOLOGIA https://www.opas.org.br/o-que-sao-antibioticos/ GRÂNULOS DE FORDYCE (AMARELAS) São glândulas sebáceas ectópicas que se desenvolvem na mucosa oral. Estas glândulas apresentam-se como lesões papulares múltiplas de 2mm, amareladas ou esbranquiçadas, comumente localizadas na mucosa labial e semimucosa do lábio e na mucosa jugal. Podem também aparecer na área retromolar e no pilar amigdaliano anterior. O aspecto clínico corresponde a pápulas brancas ou amareladas, sente rugosidade e sua caraterística e marcante. TRATAMENTO Nenhum tratamento e indicado, não ser nos casos de estética. CÁSEOS AMIGDALIANOS É a formação de cálculo (pedras) no interior das criptas amigdalianas, pequenas cavidades no interior das amígdalas. Ele se forma pelo acúmulo de material calcificado e depósito de resíduos. Estes resíduos são pele morta (descamação da mucosa da boca), fragmentos e pequenas partículas de vírus, bactérias ou fungos e demais agentes infecciosos, proteínas salivares e restos alimentares. TRATAMENTO Devido os sintomas mencionados, geralmente o cáseo amigdalinao é percebido pela própria pessoa. A suspeita poderá ser confirmada com a inspeção da cavidade oral e faríngea por um médico, sem a necessidade de exames laboratoriais ou de imagem. “Já o tratamento pode ser feito de forma clínica, removendo o caseum mecanicamente e usando enxaguantes bucais. Melhorar a respiração oral também auxilia. A terapia pode ser feita por cauterização com laser para reduzir as criptas e, em alguns casos, amigdalectomia (retirada das amigdalas. CARÚNCULA SUBLINGUAL Correspondem a duas saliências localizadas no assoalho bucal lateralmente ao frenulo lingual e são os ostios das glândulas submandibulares. GLOSSITE ROMBOIDE MEDIANA Anomalia de desenvolvimento por apresentar persistência do tubérculo impar ate idade adulta atribui se papel importante infeççao por C.albicans na gênese da GRM. Superfice lisa avermelhada ou por múltiplas pápulas de consitencia fibros, ambas localizadas na linha media do dorso da língua anteriormente as papilas circunvaladas. Assintomático (as vezes apresentar inflamação) TRATAMENTO Antifúngico MICROGLOSSIA Anomalia congênita rara. Seus portadores apresentam dificuldade para falar e mastigar. TRATAMENTO Cirurgia ortognática ou ortodontia MACROGLOSSIA Aumento do volume da língua decorrente de um crescimento muscular exagerado. Condição congênita pouco comum. Pode estar associado a linfangioma, hemangioma, acromegalia, etc TRATAMENTO Tratamento acompanhado com fonodiologo e ou cirurgia se necessário. ANQUILOGLOSSIA Inserção muito alta do freio da língua, ou freio muito curto. Pode ser uma fusão total ou parcial. Há necessidade de intervenção cirúrgica (FRENECTOMIA). LÍNGUA DESPAPILADA • Deficiência vitamínica; • Anemia; • Candidose atrófica. VARIZES SUBLINGUAIS (AZUIS) As varizes sublinguais apresentam-se, normalmente, como múltiplas bolhas papulares ou elevadas, purpúreo azuladas na borda ventro lateral da língua. As lesões, normalmente são assintomáticas, exceto em raras ocasiões, quando ocorre trombose secundária. São assintomáticas não sujeitas a rupturas e somem a vitropressão LÍNGUA PILOSA Hipertrofia das papilas filiformes que não descamam de maneira normal. Sua etiopatogenia pode estar associada a antibióticos, substância oxigenantes, microrganismos cromogênios, alcoolismo e tabagismo associados, alterações degenerativas das glândulas salivares após radioterapia. Hipertrofia das papilas filiformes que confere a superfície dorsal da língua alongado semelhante à pelos. Acumulo de queratina ou decréscimo na descamação normal ou aumento da queratina resultando numa região hiperqueratinizada. Processso benigno e assintomático autolimitante. TRATAMENTO Higienização bucal associados a escovação da língua e ação de agentes antifúngicos. Bochechos 2x de hipoclorito de sódio. LÍNGUA FISSURADA, ESCROTAL OU CEREBRIFORME De origem congênita, apresenta-se como pequenos sulcos ou pregas na face dorsal, que com frequência se irradiam de um sulco central. Indolor, porém alguns alimentos podem provocar ardor. Recomenda-se boa higiene para evitar o acúmulo de alimentos. TRATAMENTO Higiene oral boa e monitoramento da lesão. Limpeza de língua LÍNGUA CRENADA E a denominação que se dá as marcas deixadas pelo contorno dos dentes na borda da língua LÍNGUA GEOGRÁFICA OU GLOSSITE MIGRATÓRIA BENIGNA OU ERITEMA MIGRATÓRIO Afecção inflamatória, de causa desconhecida. Pequenas áreas de desceratinização e descamação das papilas filiformes. Essa alteração no epitélio desencadeia o surgimento de áreas erosivas no dorso e nas bordas, de maneira isolada ou múltipla. Caracteriza-se por placas atróficas avermelhadas rodeadas por bordas esbranquiçadas. Está relacionado ao estresse e pode haver episódios de ardência e dor. TRATAMENTO Boa higiene oral e limpeza de língua e monitoramento da lesão. PAPILA PAROTÍDEA Nas regiões jugais próximo molar superior há uma proeminência que corresponde ao ostio do conduto parotideo. LINHA ALBA DE OCLUSÃO (BRANCA) Linha queratinização friccional localizada na mucosa da bochecha paralela a linha de oclusão, relacionado áreas desdentadas. Assintomática Características clínicas são suficientes para diagnostico TRATAMENTO Correção de fatores oclusais. LEUCOEDEMA Condição hereditária caracterizada pelo aparecimento de área esbranquiçada difusa na mucosa bucal. O diagnóstico diferencial pode incluir líquen plano leucoplasia e nevo branco espojonso. Características clinicas O leucoedema caracteriza-se por uma aparência opalescente branco-acinzentada difusa da mucosa. A superfície frequentemente aparece pregueada, resultando em estrias esbranquiçadas ou rugosas. As lesões não são removidas por raspagem. Caracteristicamente, o leucoedema ocorre bilateralmente na mucosa jugal e pode-se estender até a mucosa labial. Em raras ocasiões, pode, também, envolver o assoalhoda boca e região palatofaringiana. O leucoedema pode ser diagnosticado clinicamente com facilidade, porque o aspecto esbranquiçado diminui acentuadamente ou desaparece, quando a bochecha é evertida e esticada. TRATAMENTO O leucoedema é uma condição benigna, não sendo necessário nenhum tratamento. O desaparecimento da lesão opalescente esbranquiçada da mucosa da bochecha quando esticada, permite diferenciá-la de outras lesões brancas comuns, como a leucoplasia, candidose e o líquen plano. A mucosa afetada deverá sempre ser esticada durante o exame clínico, para excluir qualquer lesão subjacente que possa ser encoberta pela alteração edematosa. PIGMENTAÇÃO MELÂNICA RACIAL – MELANOPLASIA Corresponde a machas de coloração escura que acomete, principalmente a gengiva podendo estar presente também na mucosa jugal, palato, língua e lábio. Esta manifestação corresponde a pigmentação melânica. TORO MANDIBULAR O torus mandibular é uma exostose ou excrescência óssea encontrada na superfície lingual da mandíbula. Representa malformações de desenvolvimento, não neoplásicas, que raramente constituem fonte de desconforto. TRATAMENTO A remoção cirúrgica só é necessária então se o paciente sente algum desconforto, se as ulcerações são frequentes ou quando prejudicarem o tratamento protético. Por isso muito provavelmente se o paciente necessitar de uma prótese total ou implantes terá que remover e preparar adequadamente a mucosa alveolar. TORO PALATINO Idêntico ao anterior difere só a localização anatômica que nesse caso a região central do palato duro. PAPILA INCISIVA E RUGOSIDADES PALATINA Estão localizadas na região anterior do palato duro. A papila incisiva é um nódulo na área central entre e imediatamente posterior aos incisivos superiores. As rugosidades palatinas são estrias laterais a papia incisiva e auxiliam na mastigação e podem servir como identificação pessoal. TONSILA PALATINA Localizadas posteriormente ao pilar amigdalino anterior, as tonsilas palatinas possuem aspecto arredondado com fissuras e correspondem a órgãos linfáticos bilaterais. Quando inflamadas ou infectadas, aumentam de volume e causam dor. Forma: descreve se a forma geométrica da lesão. Localização: localização anatômica exata da lesão. Quando forem áreas extensas descrever da forma mais precisa possível. Limites: nítidos ou imprecisos Cor: coloração da lesão. Tamanho: dimensão da lesão. Descrever sempre o maior adiamento da lesão. Base: de acordo com sua inserção, a lesão pode séssil, quando o diâmetro da lesão e menor ou igual a base da lesão ou pendiculada, quando o diâmetro da lesão e maior que sua base de implantação. Consistência: de acordo com a palpação da lesão pode ser mole ou flácida; borrachoide ou fibrosa; dura Superfície: lisa ou rugosa Contorno: nítido ou difuso, regular ou irregular. Borda: plana, elevada, evertida Número: única ou múltipla MACHA OU MÁCULA Corresponde à área circunscrita de área de alteração de coloração sem elevação ou depressão do tecido. HIPOCRÔMICA OU ACRÔMICA Diminuição ou ausência de melanina. Exemplos: vitiligo, hanseníase, e nevo acromico. HIPERCRÔMICA Aumento da quantidade de pigmentos de melanina Exemplo: nevo pigmentado Alterações da microcirculação da pele. Desaparecem após vitropressao. TELANGIECTASIA São dilatações dos vasos terminais (arteríolas, vênulas e capilares), apresentam aspecto filamentoso ou pontilhado. Exemplos: varículas ou microvarizes nas pernas e coxas de mulheres. Eritema, exantema e enantema – coloração avermelhada devido ao acúmulo de pigmentos de hemoglobina e seus derivados. ERITEMA: localizado na pele. EXANTEMA: quando generalizado. ENANTEMA: localizado na mucosa bucal MACHA HEMORRÁGICA Derivadas do extravasamento de sangue e não desaparecem pelo vitropressão. A coloração vai do vermelho –arroxeado ao amarelo, dependo do tempo de evolução PETÉQUIAS: quando puntiformes VÍBICE: Quando linear EQUIMOSE: quando em placas em com tamanho maior. PÁPULA São elevações solidas, até 0,5 cm de diâmetro, superficiais, circunscrita Exemplos: Grânulos de fordyce, estomatite nicotínica. NÓDULO, NODOSIDADE Elevação solida, superficial ou profunda, com mais de 0,5 cm de diâmetro. PLACA Elevação fibrosa, circunscrita, ocorre o espessamento do tecido. Exemplos: Leucoplasia, liquem plano. VEGETAÇÂO Lesões sólidas agrupadas, salientes, crônicas filiformes ou em couve flor. Exemplo: verruga, papiloma. COLEÇÕES LÍQUIDAS Elevação circunscrita com conteúdo liquido em seu interior, até 0,5 cm no maior diâmetro. Exemplo: herpes simples. BOLHA Idêntica a vesícula, com tamanho superior a 0,5. Exemplo: queimaduras, pênfigos. PÚSTULA Vesícula ou bolha com conteúdo purulento. Exemplo: herpes zoster. ABSCESSO Coleção purulenta de localização dermo –hipodérmica ou subcutânea, flutuante. Acompanhada dos sinais flogisticos é denominado de abcesso quente, quando não abcesso frio. Exemplo: abscesso dento alveolar EROSA EROSÂO Perda superficial da camada epitelial sem atingir o conjuntivo. Exemplo: língua geográfica. SINAIS FLOGÍSTICOS DOR, RUBOR, CALOR, TUMOR E PERDA DA FUNÇAO. ÚLCERA OU ULCERAÇÃO Perda da camada epitelial com exposição do conjuntivo. Exemplo: carcinoma espinocelular FISSURA OU RÁGADE Perda linear, superficial ou profunda. Exemplo: quelite angular. FÍSTULA Canal ou ducto que faz a comuniçao de regiões anatômicas diferentes, através do qual flui liquido purulento, serossanguinolento ou gomoso. Exemplo: Fístula dentais SEQUELAS CICATRIZ Proliferação de tecido fibroso para repor tecido perdido ATROFIA Diminuição do volume das células que compõem um tecido EXAMES COMPLETARES ANATOMIAPATOLOGICA É obtenção de material por mensagem da superfície da lesão, assim lesões submucosas não ser obtidas por esse método. É importante registrar que esse exame é difícil classificação tumoral principalmente quando envolve glândulas. Pesquisa de fungo; Pesquisa de vírus. IDENTIFICAÇÃO DO MATERIAL A identificação do paciente registrada tanto na lamina de vidro quanto no frasco especifico devem ser feitas a lápis – grafite, para que a solução utilizada na fixação do material não remova ou dissolva a identificação feita por tinta. MÉTODO DE APLICAÇAO DO MATERIAL SOBRE A LÂMINA DE VIDRO A aplicação do material coletando por essa técnica deve ser feita esfregando se a ponta ativa do instrumento utilizando na obtenção da mesma sobre o vidro. Deve se observar que o lado da lamina a ser realizado o esfregaço é o mesmo lado que contem a extremidade despolida. Deve ser realizado dois ou três esfregaços sendo cada um em uma lamina separada. ARMAZENAMENTO DA PEÇA Após o esfregaço a lamina deve ser colocada imediatamente no frasco próprio contendo solução de álcool e éter em partes iguais ou álcool absoluto para fixação do material. ENCAMINHAMENTO DO MATERIAL COLETADO PARA O LABORATÓRIO Observar se o frasco foi bem acondicionado e embalado para evitar possíveis vazamentos e a solicitação contém os dados referentes ao paciente, a descrição da lesão e a área ondefoi removido o material. CLASSIFICAÇÃO DE PAPANICOLAU E TRAUT Esta classificação estabelece um relacionamento entre o tipo de célula observado pelo patologista com algarismo romanos, variando entre 0 e V no qual o primeiro corresponde a material inadequado ou insuficiente e o último, citologia conclusiva de malignidade Diz se que um exame é falso positivo quando seu resultado citológico corresponder a alterações de malignidade e na biopsia não for confirmada essa malignidade. De maneira oposta tem se o falso negativo. PUNÇAO ASPIRATIVA POR AGULHA FINA (PAAF) Essa técnica foi desenvolvida inicialmente para diagnostico de nódulos tireoidianos e atualmente é muito utilizada para diagnostico diferencial de malignidade em lesões cervicais e de glândulas salivares. A punção aspirativa revelou conteúdo líquido amarelo citrino. Hipótese diagnóstica. CISTO NASO PALATINO BIÓPSIA É obtenção de material para exame histopatológico por meio de remoção cirúrgica de um fragmento da lesão ou pela completa remoção da lesão. Qualquer lesão persistente por mais de duas semanas, com etiologia desconhecida; Lesões inflamatórias, que não regridem até 2 semanas após a remoção do agente irritante; Alterações hiperceratóticas persistentes na superfície dos tecidos bucais; Tumefação persistente, visível ou palpável em tecidos normais; BIOPSIA INCISIONAL É a remoção cirúrgica de um fragmento ou parte de uma lesão. E a peça é removida e submetida a exame hispotalogico. E ressaltando que em uma lesão eritroçeucoplasica, o local de escolha para remoção do fragmento deve ser uma área vermelha em detrimento da área branca pois o metabolismo será maior nessas áreas traduzindo melhor a possível característica da lesão. INCISIONAL Retirada parcial da lesão com intuito de obter diagnóstico definitivo para definir as estratégias de tratamento BIÓPSIA NÃO INDICAÇÕES Lesões em o diagnóstico clínico é suficiente para o diagnóstico definitivo. Hemangiomas Lesões em glândulas salivares maiores. Melanomas –mito NEVO BRANCO ESPONJOSO • Raro; • Condição genética, autossômica dominante; • Afeta as mucosas genital, anal, nasal e oral; • Prevalente em leucodermas; • Também conhecida como doença de Cannon; • Oroscopia: placas brancas, de consistência esponjosa com superfície rugosa, queratótica e de • aspecto pregueado; • Não são removíveis a raspagem; • Bilaterais e simétricas; • Mucosas da bochecha e lábio, ventre da língua, assoalho bucal e palato mole; • Diagnóstico diferencial: leucoedema, líquen plano e lesão traumática por mordedura; • Assintomática; • Queixa principal: estética; • Não possui potencial maligno; • Tetraciclina a 0,25% solução aquosa (bochechos). ESTOMATITE NICOTÍNICA Relacionada ao uso do fumo; • Alterações nas áreas queratinizadas do palato duro e todas as áreas de mucosa expostas ao fumo; • Iniciam como pontos avermelhados e modificam-se com o tempo para branco- acinzentados, opacificados e fissurados devido a hiperqueratose; • Oroscopia: pápulas brancas com interior avermelhado, que correspondem aos ductos das glândulas salivares menores inflamadas; • Eventualmente as áreas brancas podem envolver a gengiva marginal e papila interdental; • Está associada a pigmentação extrínseca escura dos dentes; • Diagnóstico clínico, relacionado a hábitos viciosos; • Reversível após remoção de fator causal. LEUCOPLASIA • Crescimento branco; • Potencial de transformação maligna; • 4 a 6% sofrem transformação maligna; • Acomete mais homens 9:1; • Localização preferencial: semimucosa labial inferior, língua, assoalho, comissura labial e palato duro; • Normalmente está associado a infecção pela C. albicans; • Classificação: maculosa, queratótica e verrucosa; • Diagnóstico após biópsia incisional; • Diagnóstico diferencial: líquen plano, candidíase pseudomembranosa e lúpus eritematoso crônico discoide; • Atipia celular: leve, moderada e intensa; • Vitamina A (poder queratolítico); • Antifúngico (C. albicans); • Proservação da lesão de 3/3 meses. LIQUEN PLANO • Doença reumatológica com repercussão bucal; • Áreas acometidas: mucosa bucal e pele; • Etiologia desconhecida; • Doença autoimune; • Associado à ansiedade depressão como fator de risco; • Predominância em mulheres acima de 40 anos; • Formas típicas: reticular (estrias de Wickham), papular e verrucosa; • Formas atípicas: ulcerada, atrófica, eritematosa, erosiva, pigmentar e bolhosa; • Prevalência: mucosa da bochecha, borda e dorso da língua e semimucosa labial; • Crônica, com períodos de remissão e exacerbação; • Associação com candidose pseudomembranosa aguda; • Traumatismo na mucosa exacerba a lesão ( Fenômeno de Koebner); • Diagnóstico diferencial: (Típicas) leucoplasia, lúpus eritematoso crônico discoide, candidíase pseudomembranosa aguda. (Atípicas) eritema por trauma de prótese, eritroplasia, pênfigo vulgar, penfigóide benigno de mucosa e candidíase aguda atrófica; • Diagnóstico final: estrias de Wickham, histopatológico e imunofluorescência direta (IFD); • Proservação de 6/6 meses; • Terapêutica: Omcilon A em orabase (2 a 3 x ao dia). Se necessário associar Nistatina 100.000 UI/ml (2 a 3 x ao dia). ALERAÇÕES SEMELHANTES AO LÍQUEN Reação liquenoide: causada por medicamentos e metais; Regride após remoção do fator causal. Displasia liquenoide: difícil diagnóstico; Observada histologicamente; Pode evoluir para carcinoma. LÚPUS ERITEMATOSO CRÔNICO DISCOIDE • Doença mucocutânea autoimune; • Etiologia desconhecida; • Predileção por mulheres entre 30/40 anos; • Regiões mais afetadas: bochecha e palato duro/mole; • Áreas brancas entremeadas com áreas eritematosas e erosadas; • Lesão dermatológica característica: eritema malar (asa de borboleta); • Diagnóstico diferencial: líquen plano reticular, papular ou em placas, e leucoplasia; • Terapêutica: : Omcilon A em orabase (2 a 3 x ao dia). LEUCOPLASIA PILOSA • Complicação associada a infecção por vírus Epstein Barr (HHV-4); • São projeções hiperqueratóticas brancas, de superfície corrugada, não removíveis por raspagem, assintomática, com localização em língua; • Associação com imunodepressão; • Diagnóstico diferencial: leucoplasia, líquen plano, candidíase; • Geralmente de autorresolução; • Terapêutica: solução retinoide A a 0,05%. PAPILOMAVÍRUS HUMANO (HPV) • Mais de 100 subtipos identificados; • Subtipos de alto e baixo risco em relação ao potencial oncogênico; • Subtipos 6 e 11 mais encontrados na cavidade oral (lesões benignas); • Subtipos 16 e 18 associado ao câncer genital feminino (cervical); • Subtipos 16 e 18 encontrados atualmente na gênese do carcinoma espinocelular bucal; Verruga vulgar. Papiloma escamoso. Condiloma acuminado. VERRUGA VULGAR Pápulas sésseis e elevadas, consistência firme à palpação, coloração variada e superfície verruciforme; Localização mais comum: palato duro e mole e região de úvula; Diagnóstico por biópsia; Assintomática e quando não regridem tratamento deve ser cirúrgico; Orientação para evitar autoinoculação. PAPILOMA ESCAMOSO Pápulas exofíticas pediculadas, apresentando projeções filiformes de coloração esbranquiçada; Localização mais comum: palato, mucosa da bochecha e comissura labial; Diagnóstico confirmado por biópsia; Tratamento cirúrgico. CONDILOMA ACUMINADO Ocorre em mucosa bucal por transmissão sexual;Proliferações exofíticas, sésseis, de coloração rosa, semelhantes à uma couve-flor; Diagnóstico por biópsia; Tratamento cirúrgico com ampla remoção de margens; Alta reincidência. CANDIDÍASE OU CANDIDOSE • Infecção fúngica do gênero Candida; C. albicans; C. tropicalis; C. glabrata; C. parapsilosis C. cruzei, etc. • Saprofítica na mucosa bucal na maioria dos indivíduos normais; • Oportunista na imunossupressão; • Relação com diabete melito descompensada, neoplasia maligna e AIDS; • Medicação (atb, corticoide, etc) CLASSIFICAÇÃO DE LEHNER CANDIDÍASE PSEUDOMEMBRANOSA • Popularmente conhecida como “sapinho”; • Pápulas ou placas branco-amareladas de várias dimensões; • Facilmente removíveis por raspagem, deixando leito eritematoso, por vezes sangrante; • Diagnóstico diferencial: queratose irritativa, leucoplasia e líquen plano hipertrófico; • Diagnóstico: clínica e citologia esfoliativa. CANDIDÍASE ATRÓFICA CANDIDÍASE HIPERPLÁSICA BUCAL CRÔNICA Ocorre principalmente na mucosa retrocomissural; • Coloração esbranquiçada; • Não é de fácil remoção; • Comum em idosos portadores de prótese total; • Pacientes com perda de dimensão vertical; • Diagnóstico diferencial: leucoplasia, líquen plano em placa e sífilis secundária; • Diagnóstico: clínica e citologia esfoliativa. CANDIDÍASE HIPERPLÁSICA LEUCOPLÁSICA • Rara em mucosa bucal; • Representada por pápulas ou placas esbranquiçadas não removíveis por simples raspagem; • Encontrada mais comumente nos lábios e língua; • Diagnóstico diferencial: leucoplasia, líquen plano em placa e sífilis secundária; • Diagnóstico: clínica e citologia esfoliativa. MARROM EFÉLIDES Máculas castanhas; Assintomática; Aumento da síntese melânica por exposição solar; Encontram-se no vermelhão do lábio; Pigmentação homogênea de bordos irregulares; Não se alteram com o tempo; Em geral não ultrapassam 4 mm. MÁCULA MELANÓTICA BUCAL • Intra oral; • Oval ou irregular; • De coloração castanha ou preta; • Observada na gengiva, palato e mucosa bucal; Pode estar associada a duas condições sistêmicas: Doença de Addison e Síndrome de Peutz-Jeghers; • Diagnóstico diferencial: nevo, tatuagem por amálgama e equimoses focais; • Estética. PIGMENTAÇÃO MELÂNICA RACIAL (MELANOPLAQUIA) • Presença de melanina principalmente em gengiva inserida; • Placas escurecidas, acastanhadas, comum em melanodermas; • Pigmentação fisiológica; Pode ocorrer por vezes na mucosa da bochecha e língua NEGRAS LÍNGUA PILOSA NEGRA Hipertrofia das papilas filiformes; • Aspecto de pelos no dorso da superfície lingual; • Alteração de cor decorrente de pigmentos exógenos; • Decorrente de acúmulo de queratina; • Fatores relacionados: atb, má higiene, fungo, bactéria e fumo; • Benigno, autolimitante, assintomático, regride ou persiste espontaneamente; • Diagnóstico clínico; • Diagnóstico diferencial: candidose, ingestão de alimentos pigmentados; • Higiene da língua diária. NEVO PIGMENTADO • Anomalia de desenvolvimento; • Alguns autores consideram neoplasia benigna; • Desenvolve-se no epitélio e/ou no tecido conjuntivo; • No tecido conjuntivo sua nomenclatura muda para “nevo azul”; • Lesão plana, de marrom, negra ou azulada e rara na mucosa bucal; • De pequena dimensão; • Diagnóstico diferencial: mácula melanótica, tatuagem por amálgama e melanoma; • Diagnóstico: Biópsia excisional com margem de segurança. ERITEMA PIGMENTAR FIXO Área de pigmentação marrom escura causado pele aumento da quantidade de melanina, devido a fator causal; • Ocorre na pele e semimucosa labial, podendo aparecer em outras regiões; • Removido o agente agressor regride espontaneamente. MELANOMA Raro na boca; Neoplasia maligna agressiva; Ocorre normalmente em indivíduos após os 50 anos; Áreas de maior localização: palato, mucosa gengival e rebordo alveolar; Diagnóstico diferencial em fases iniciais: nevo e tatuagem por amálgama; Diagnóstico: biópsia incisional. TATUAGEM POR AMÁLGAMA VERMELHAS ALTERAÇÕES DE COLORAÇÃO NAS MUCOSAS ERITROPLASIA • Lesão com potencial de malignidade para carcinoma epidermoide 10 vezes maior que as leucoplasias; • Considerado carcinoma in situ ( eritroplasia de Queyrat); • Raro em mucosa bucal; • Etiologia determinada por exposição a agentes carcinogênicos (fumo, álcool, HPV subtipo 16 e 33 e idiopático); CLASSIFICAÇÃO • HOMOGÊNEA: lesão vermelha, plana, com bordas bem definidas; • ASSOCIADA: lesão vermelha, plana, com bordas bem definidas, associadas com áreas leucoplásicas; • GRANULAR: lesão vermelha, ligeiramente elevada, bordas irregulares entremeadas com pontos leucoplásicos • É um angiossarcoma (tumor maligno de origem vascular); • Tem em sua etiologia relacionada com o HIV+; • Aspecto clínico nodular, múltiplo, de coloração avermelhada ou enegrecida; • Situado comumente na mucosa do palato e gengiva; • De rápida evolução, muito agressivo, de prognóstico ruim e leva a óbito; • Ocorre em pacientes jovens, imunossuprimidos; • 30% dos tumores estão localizados na mucosa bucal; • Geralmente é a primeira manifestação bucal da AIDS; SARCOMA DE KAPOSI • Diagnóstico diferencial: melanoma, hemangioma, eritoplasia, granuloma piogênico e lesão periférica de células gigantes; • Diagnóstico final por biópsia. LESÕES EROSIVAS E ULCERATIVAS ÚLCERAS TRAUMÁTICAS OU REACIONAIS • Lesão mais comum na mucosa bucal; • Fator etiológico: agente traumático de natureza mecânica, químico ou físico; • Crenças populares; • Geralmente apresentam superfície sangrante, crostosa, eritematosa, esbranquiçada com presença ou não de halo eritematoso periférico; • Forma e profundidade variáveis, dependendo da causa, localização e tempo de evolução; • Podem apresentar formação de fibrina; • Diagnóstico diferencial: carcinoma epidermóide; • Remoção do fator causal. ÚLCERAS DECORRENTES DE RADIOTERAPIA E QUIMIOTERAPIA • Decorrentes de atrofia da mucosa causada pela radiação ou pela citotoxidade de quimioterápicos; • Auto limitante; • Tratamento: laser MUCOSITE • É definida como uma inflamação e ulceração da mucosa bucal com formação de pseudomembrana e fonte potencial de infecções com risco de morte. É um efeito debilitante de tratamentos do câncer como a radioterapia e a quimioterapia bastante frequente (afeta mais de 40% dos pacientes) e doloroso. • A manifestação inicial é o eritema, seguido do desenvolvimento de placas brancas descamativas, que são dolorosas ao contato. Crostas epiteliais e exsudato fibrinoso levam à formação de uma pseudomembrana e ulceração, representando a forma mais pronunciada da mucosite. Os pacientes invariavelmente apresentam sintomatologia dolorosa. A forma mais severa da mucosite é representada pela exposição do tecido conjuntivo subjacente ricamente inervado devido à perda de células epiteliais, geralmente ocorrido entre 5 e 7 dias após administração da droga. CLASSIFICAÇÃO DA MUCOSITE ÚLCERAS FACTÍCIAS OU PSICOGÊNICAS • Causados por autoagressão não acidental; • Existe a negativa do paciente, dificultando o diagnóstico; • Encaminhar para psiquiatra; • Desprogramar hábito vicioso; • Confecção de placas de silicone em caso de mordida; • Dúvida no diagnóstico, realizar biópsia. PARACOCCIDIOIDOMICOSE • Causada por um fungo dismórfico (Paracoccidioides brasilienses);• Encontrado na natureza saprofiticamente; • Êndemica no Brasil, principalmente na zona rural; • Pode levar ao óbito se não tratada; • Atinge normalmente o gênero masculino, entre a quarta e quinta década de vida (10:1); • Principal via de penetração é a pulmonar (inalação), porém via cutânea e mucosa não devem ser descartadas; • Formas clínicas: Anérgica aguda ou sub-aguda e hiperérgica. ANÉRGICA AGUDA OU SUB-AGUDA • Indivíduos jovens; • Ambos os sexos; • Rápida evolução e disseminação; • Afeta praticamente todo o organismo. HIPERÉRGICA • Crônica; • Progressiva; • Mais comum; • Indivíduos do gênero masculino; • Evolução lenta; • Atinge um número reduzido de órgãos e sistemas LESÃO CUTANEOMUCOSA • Na pele surge como placas, nódulos, úlceras e abscessos; • Na mucosa bucal, é representada pela denominação de estomatite moriforme, exulceração granulomatosa com pontilhado hemorrágico; • Lesões múltiplas, infiltradas e dolorosas, provocando sialorréia; • Pode haver presença de fístula e abscessos dos linfonodos; • Não é contagioso de indivíduo para indivíduo; • Diagnóstico: história clínica, evidenciação de fungo e exame citológico (micológico direto), escarro, punção ou biópsia; • Tratamento duvidoso,podendo levar a óbito; • Sequelas bucais: fibrose cicatricial, trismo e disfagia. HISTOPLASMOSE LEISHMANIOSE CUTANEOMUCOSA • Doença causada por um protozoário denominado Leishmania braziliensis; • Seu vetor é o mosquito do gênero Phlebotomus (fêmea); • Existem duas formas de manifestação: leishmaniose visceral ou calazar e a mucocutânea ou leishmaniose tegumentar americana; • Lesão caracterizada por uma ou mais úlceras, arredondada ou oval, com ou sem fissuras grande em diâmetro, com bordas infiltradas em rolete e fundo avermelhado, vegetante ou granulomatosa, com secreção abundante; • Indolor; • De resolução espontânea, deixando áreas cicatricial discrômica, circundada por halo pihmentar discreto; • Durante o período de latência (meses ou anos), podem ocorrer lesões cutâneas inespecíficas; • Mais frequente no palato, podendo ter solução de continuidade com lesões faríngeas e nasais; • Lesões em lábios provocam aumento de volume, em decorrência do infiltrado inflamatório; • Diagnóstico diferencial: paracoccidioidomicose e carcinoma epidermóide; • Diagnóstico: pesquisa de protozoário em material coletado das lesões, cultura e intradermorreação de Montenegro; Úlcera inicial conhecida como úlcera de Bauru pode causar cicatriz perene, útil para o diagnóstico SÍFILIS • Moléstia com incidência universal; • DST; • De curso crônico, podendo atingir vários órgãos e sistemas; • Transmissão pelo contato sexual ou por via hematogênica; • Agente etiológico: Treponema pallidum; • Classificada em congênita e adquirida; • Adquirida primária: compreende o cancro duro (inoculação); • Adquirida secundária: manifestações clínicas generalizadas entre 1 a 6 meses após o cancro; • Adquirida terciária: forma mais grave da doença; • O cancro surge cerca de 2 a 6 semanas após o contágio. É caracterizado por lesão típica, úlcera única, bordas elevadas, endurecidas, indolor e altamente infectante; • Desaparece 1 a 3 semanas após seu aparecimento, sem deixar sequelas; • A fase seguinte é marcada por rash cutaneomucoso, que se dá por bacteremia (roséola sifilítica); • Na cavidade oral surgem placas mucosas, com ou sem ulcerações, cobertas ou não de exsudato serofibrinoso ou necrótico; • Na ausência de diagnóstico ou tratamento inadequado segue a fase denominada Sífilis latente (desaparece sintomas); • Nesta fase pode haver: cura espontânea, latência por longos períodos ou evolução para fase tardia; • Sífilis tardia: quadros com mais de 1 ano de evolução; • Evolução para comprometimento cardiovascular e sistema nervoso; • Nessa fase pode levar ao óbito; • Na mucosa oral aparece a goma sifilítica (não contagiante); • Goma sifilítica: lesão ulcerodestrutiva, que quando em palato pode levar a comunicação bucossinusal pela destruição óssea. SÍFILIS CONGÊNITA: Contaminação ocorre durante a gestação; • Fase recente caracterizada por lesões cutâneas e mucosa; • Caracteriza-se por placas palmoplantares, placas mucosas, fissuras periorificiais e condilomas planos anogenitais; • Fase tardia é a evolução da recente; • Consiste na tríade de Hutchinson (incisivos em barril e molares em forma de amora, surdez vestibulococlear e ceratite parenquimatosa; • Morfologicamente ocorrem alterações ósseas importantes como apresentam nariz em sela, tíbia emlâmina de sabre e fronte olímpica; TUBERCULOSE • Agente etiológico conhecido como bacilo de Koch (Mycobacterium tuberculosis); • Meio de contaminação se da pelo catarro ou pelo ar; • Causa infecção primária pulmonar; • Evolui para fibrose e calcificação pulmonar; • Lesões bucais são raras; • Lesões primárias podem ocorrer preferencialmente em gengiva e amigdala; • Lesões secundárias são oriundas da forma pulmonar, localizando-se no palato, lábios,mucosa da bochecha e gengiva; • Podem se apresentar granulomatosa; • O profissional de Odontologia corre forte risco de contágio ao atender um paciente contaminado; • Diagnóstico: teste do escarro, reação de Mantoux, radiografia de tórax e biópsia da lesão. HANSENÍASE • Moléstia conhecida como mal de Hansen, micobacteriose neurocutânea ou lepra; • Doença infecciosa crônica causada pelo Mycobacterium leprae; • Doença secular bíblica; • Brasil representa 85% de casos da América do Sul e segundo país no mundo em número absoluto; • Contágio por contato; • Lesão oral rara; • Na fase aguda apresenta lesões labiais como descamação, descoloração, tumefação e sangramento gengival; • Fase mais severa pode haver perda do osso alveolar, vômer e palato; • Na pele as lesões se apresentam como manchas, nódulos, vesículas e úlceras com transtorno de sensibilidade; • Pelos e cabelos caem e unhas deformam; • Em tratamento paciente não apresenta manifestações da doença, principalmente bucais; • Diagnóstico: reação intradérmica de Mitsuda, biópsia e PCR (reação em cadeia de polimerase); • Tratamento médico. CITOMEGALOVÍRUS • Também conhecido por CMV ou HHV- 5; • Assintomáticas; • Ocorre mais comumente na infância ou em adultos jovens; • Lesões orais representadas por ulcerações; • Após infecção vírus permanece latente em glândulas salivares, podendo haver reativação; • Infecção recorrente ocorre normalmente em gestantes (fatal ao feto ou afetar sua dentição); • Na fase gestacional pode levar a hipoplasia do esmalte na criança; • Comum em pacientes imunodeprimidos; • Diagnóstico: citologia esfoliativa, biópsia e sorologia; • Tratamento: antiviral. ULCERAS AFTOSAS RECORRENTES • Considerada doença ulcerativa; • De incidência universal; • Não possui etiopatogenia definida; • Cerca de 20% da população é afetada; • Fatores locais: hereditariedade, traumatismo, microorganismos, alterações hematológicas e hormonais; • São classificadas como: Minor ou menor: maioria dos casos, medem cerca de 2mm a 8 mm de diâmetro, únicas ou múltiplas, arredondadas, contorno nítido, dolorosas, afetando mucosa não queratinizada. Apresenta centro pouco deprimido com exsudato amarelado ou amarelo- acinzentado, circundadas por halo hiperêmico. Cicatriza no prazo máximo de 10 dias. Major ou maior: apresenta diâmetro de 1 cm ou mais, podem persistir por até 2 meses, deixam cicatriz. São profundas, com bordas elevadas, dolorosas, incidem também em mucosa queratinizada. Podem estar associadascom úlceras menores. São também denominadas de úlceras herpetiformes, porque seu quadro clínico tem semelhança com a infecção viral. Diagnóstico diferencial: carcinoma epidermóide. DOENÇA DE BEHÇET • Condição sistêmica inflamatória de natureza autoimune onde suas características clínicas mais marcantes são ulcerações aftóides, em mucosa bucal e genital, associadas a lesões cutâneas e oculares, podendo afetar outros órgãos; • A condição clínica comum é a vasculite; • Acomete mais o gênero masculino na segunda ou terceira década de vida; • Pode ocorrer trombose de grandes vasos e úlceras gastrintestinais; • A história da doença se inicia por lesões oculobucais, seguidas por úlceras genitais, quadros cutâneos e artrite; • Prognóstico bom, desde que não tenha afetado o SNC e os grandes vasos; • Lesões oculares podem levar a cegueira; • Seu diagnóstico é firmado com base clínica associado ao teste de patergia; • Laserterapia como tratamento de lesões orais; • Diagnóstico diferencial: ulcera aftosa recorrente. TESTE DE PATERGIA: • Introduz-se obliquamente uma agulha estéril de calibre grosso na pele do antebraço ate o subcutâneo. O aparecimento de nódulo eritematoso ou pustular (não apenas hiperemia ou equimose) após 24 a 48 horas representa a positividade do teste, associada a hiper-reatividade cutânea. CARCINOMA EPIDERMOIDE OU ESPINOCELULAR CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS • 96% das neoplasias orais são de origem epitelial; • Mais comum após a quarta década de vida; • Afeta mais o gênero masculino; • Fatores de risco: fumo, álcool, dieta, agentes biológicos, radiações, fatores ocupacionais, má higiene bucal, outros. TABAGISMO • Mais de 60 substâncias cancerígenas (alcatrão, benzopirenos, aminas aromáticas, nornitrosaminas e substâncias químicas utilizadas no seu cultivo como os pesticidas); • Calor 835 a 884ºC; • Risco: cigarro industrial (6,3x), cachimbo (13,9x), cigarro de palha (7x); • Após 10 anos de suspensão do fumo, risco diminui. ALCOOLISMO • Permeabilidade da mucosa celular aos agentes carcinogênicos contidos no fumo, devido seu efeito solúvel; • Presença de nitrosamina e hidrocarbonetos; • Lesão celular produzida pelos metabólitos do etanol, os chamados aldeídos; • Deficiência nutricional secundária ao seu consumo crônico (cirrose hepática/câncer); • Bebidas fermentadas e destiladas consumidas cronicamente (risco relativo de 8,5 a 9,2 X); • Uso crônico de tabaco e álcool potencializa risco para 141,6 X; • Duplo risco (álcool/tabaco) sinergismo do ca de boca com ca de faringe, laringe e esôfago. DIETA • Deficiência nutricional pode causar alterações epiteliais; • Fatores de risco: pimenta, bebidas alcoólicas, etc; • Prevenção: tomate, cenoura, vitamina C, betacarotenos, etc AGENTES BIOLÓGICOS • Associado ao HPV (Papiloma vírus humano); • Mais de 100 subtipos de HPV; • Os tipos 16 e 18 são indicadores de câncer genital feminino (cervical) e associados ao ca oral; • Portadores de HPV tem 25,6X mais chances de desenvolver CEC (carcinoma espinocelular) de língua; • Condições predisponentes: verruga vulgar, condiloma plano, condiloma acuminado, papiloma escamoso e Candida albicans. RADIAÇÕES • Radiação solar (tempo de exposição, intensidade e quantidade de pigmentação do tecido); • Fator de risco importante para o ca de lábio; UV-A: ativação dos melanossomos, pigmentação direta, envelhecimento cutâneo, alteração das fibras elásticas e reações de fotossensibilidade; UV-B: eritema solar, anaplasia epiderme, ca cutâneo e ca na semimucosa labial inferior. ASPECTOS CLÍNICOS O carcinoma epidermoide da mucosa bucal na sua grande maioria pode ser descrito como uma lesão ulcerada, com bordas elevadas, nítidas e endurecidas com centro necrosado e base endurecida devido à infiltração dos tecidos subjacentes, geralmente assintomático no início e de rápido crescimento, podendo haver variações: Lesão ulcerada superficial; Lesões endofíticas: Ulceroinfiltrativas; Ulcerodestrutivas. Lesões exofíticas: Vegetante moriforme; Vegetante papilífera; Vegetante com “couve-flor” ; Aspecto verrucoso. Lesões nodulares: profunda, submucosa. Podem existir também lesões brancas (leucoplasia), vermelha (eritroplasia), marrom (melanina-melanoma). Carcinomas de glândulas salivares maiores e menores iniciam-se por lesões nodulares, recobertos de mucosa de coloração normal, consistência fibrosa ao toque, assintomática e de crescimento lento. Carcinoma de mucosa bucal ocorrem com maior frequência em lábio inferior, bordas linguais, assoalho bucal, tendo como dignóstico diferencial a paracoccidiomicose, histoplasmose, cancro sifilítico e tuberculose. Carcinoma de glândulas salivares maiores ocorrem com maior frequência na parótida, submandibular e, raramente, na sublingual. Nas glândulas salivares menores, ocorrem principalmente no palato duro/mole, tendo ambos como diagnóstico diferencial o adenoma pleomórfico. ASPECTOS RADIOGRÁFICOS O carcinoma epidermoide primário intraósseo é extremamente raro, desenvolvendo-se a partir de restos embrionários do epitélio odontogênico. A grande maioria dos casos deve-se à invasão dos tecidos ósseos provocando alterações que podem ser observadas em exames imaginológicos. ASPECTOS RADIOGRÁFICOS MAIS COMUNS • Bordas mal definidas (roído de traça); • Destruição das corticais ósseas; • Destruição do osso alveolar; • Ausência de reabsorção radicular; • Deslocamento dental, mobilidade, esfoliação espontânea; • Velamento unilateral do seio maxilar. DIAGNÓSTICO • Citologia esfoliativa; • Biópsia incisional; • Microscopia confocal reflectante • Exame de imagem. PROGNÓSTICO • Idade; • Condição sistêmica; • Localização da lesão; • Estádio do tumor TNM; • Grau de diferenciação celular; • Condição socioeconômica; • Proteínas relacionadas a marcadores de agressividade TRATAMENTO • Multiprofissional, sob responsabilidade do médico oncologista. • Cirurgia, radioterapia e quimioterapia. EFEITOS SECUNDÁRIOS • Mucosite; • Radiodermite; • Xerostomia; • Cárie de radiação; • Osteorradionecrose. PREVENÇÃO • Diagnóstico precoce; • Evitar fatores de risco; • Quimioprevenção ( combater radicais livres) com antioxidantes ( vit A, C, E ) • Autoexame; • Conscientização da população. PERFIL DOS PORTADORES DE CARCINOMA BUCAL • Genético/familiar; • Leucoderma; • Sexo masculino; • Acima de 40 anos; • Tabagista; • Etilista; • Exposição aos raios UV; • Exposição profissional: marinheiro, pescador, trabalhador rural, Industria têxtil e pesticida; • Desnutrição; • Má higiene; • Fatores biológicos; • Baixa imunológica: estresse e infecções.
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