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Parede Abdominal e Umbigo - IV

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Luna Peralta 2020
 Parede Abdominal - Clínica de Grandes Animais IV 
Do que é composto a parede abdominal? Musculatura, pele, subcutâneo, peritônio (parietal e visceral), presença de costelas protegendo boa parte das vísceras. O diafragma separa o abdômen do tórax, mas durante a inspiração/expiração o diafragma se movimenta. O abdome é caudal ao tórax. A cavidade abdominal se inicia cranialmente com o diafragma e termina caudalmente na linha terminal, a qual delimita a transição para a cavidade pélvica. O espaço caudal do diafragma, mas ainda inserido na caixa torácica, recebe a denominação de porção intratorácica da cavidade abdominal. No interior da cavidade abdominal, situam-se os órgãos do sistema digestório, do aparelho urogenital e as glândulas endócrinas, juntamente com os vasos que as irrigam, os tratos nervosos, mesentérios e ligamentos. O teto da cavidade abdominal é composto pela coluna vertebral e seus músculos. Os rins, as glândulas suprarrenais, a aorta, a veia cava caudal, os troncos linfáticos lombares e os nervos lombares estão todos localizados nas adjacências do teto da cavidade no espaço retroperitoneal. As paredes lateral e ventral da cavidade abdominal são particularmente importantes para acesso diagnóstico e cirurgias, já que os órgãos se projetam em áreas típicas das paredes da cavidade. As regiões dessa porção do corpo são extremamente importantes para o clínico.
 
 
 
Resposta: Prepúcio, Bos indicus pode ter um prepúcio maior. Esta estrutura irá ser vista no macho, protegendo o pênis. 
Quais estruturas de pele recobrem o aparelho reprodutor masculino? Escroto e prepúcio. 
O cordão umbilical é um anexo exclusivo dos mamíferos que permite a comunicação entre o feto e a placenta. Na qual serve para a oxigenação do feto e nutrição. É composto por artéria umbilical, veia umbilical e saco alantóide. Vai ter produção de catabólitos que serão excretados por meio do úraco. Quando esse animal nasce, o cordão umbilical se desprende no parto natural, se não pode ser cortado. Deve ser realizado o manejo desse umbigo para que não se infeccione, realiza a ligadura do cordão umbilical e secciona.
 
Quando o animal nasce, as veias umbilicais irão se fechar e se transformar como ligamento redondo, tanto no fígado, quanto na bexiga. O ideal é que esse animal nasça e aja a obliteração destas estruturas de uma forma adequada. O estímulo do parto faz com que o cordão se rompa, porém em casos de cesárea deve ser cortado. A limpeza do coto deve ser realizado para que não aja falha na cicatrização do umbigo. Se houver uma falha no fechamento dessas veias, podem surgir afecções.
Nesta imagem observa-se o não fechamento do anel umbilical. Se não for realizado o manejo adequado da limpeza deste coto, este animal poderá vir apresentar falhas na cicatrização.
· Clone bovino – Espessamento do cordão umbilical, comprovado e comum em Bovinos, havendo dificuldade na cicatrização. 
Persistência ou patência do Uraco
· É mais comum no Equino do que nas outras espécies. O não fechamento do úraco resulta em um umbigo úmido e propiciando a infecção local e posteriormente septicemia.
Sinais e Sintomas
· Inflamação local
· Gotejamento de úrina pelo úraco - A região do úraco fica úmida
· Pode ter secreção fétida
· Espessamento das estruturas
· Poli artrite- Acomete mais de uma articulação, infecção ascendente.
· Posição de cauda em bandeira, quando o cavalo apresenta desconforto abdominal.
Tratamento
· O tratamento tradicional é feito com cauterização química que estimula a obliteração (iodo 5 a 20%, nitrato de prata*, fenol). Além da cauterização química é realizado a escarificação que auxilia na cicatrização. Caso não haja melhora indicar a ressecção cirúrgica. 
· Escova interdental, de preferência mais espessa e grossa. Promove a escarificação, estímulo para a cicatrização. 
Caso a cauterização química não seja suficiente, será realizado a cirurgia. 
 
Será realizado uma incisão elíptica, ao redor da estrutura umbilical. Nos machos é desviado do prepúcio, então a incisão fica um pouco mais lateralizada. Após realizar a incisão vai ser feita a ressecção com o bisturi, irá tracionar o tecido e divulsionar. A ressecção vai ser feita próxima até a bexiga, para que seja feita a ligadura. 
 
A cirurgia vai ser na cavidade abdominal, então pode muitas das vezes entrar em contato com intestino, deve ter sempre muito cuidado durante a cirurgia para que seja esterilizada. A ligadura do úraco é feito com fios absorvíveis de longa degradação, para que não haja mais a comunicação com a bexiga. 
· As vezes é necessário fazer cistorrafia (sutura na bexiga)
· Clampear- É o ato de fechamento, pode ser feito com a pinça hemostática, e depois realizar a ligadura (fechamento definitivo).
· Fecha a musculatura com fechamento padrão. Duplo plano de sutura, primeiro plano de aproximação e segundo plano invaginante para que não haja extravazamento. 
Hérnia Umbilical
· A hérnia umbilical é comum nos Equinos, por isso a importância do manejo adequado após o nascimento, limpeza do coto. 
· Mais comum em Bovinos do que em Equinos
· Componente genético envolvido. 
· Quando a hérnia umbilical for pequena vai ter presença de tecido adiposo, mas se for maior vai ter a presença de alça intestinal, o que para normalmente é o Jejuno.
· A própria musculatura aberta vai fazer com que se desenvolva o anel herniário
· Não fechamento da musculatura abdominal
· Animais que tiveram Onfalite, Onfaloflebite e persistência do úraco terão maior chance de desenvolver a hérnia umbilical.
· O animal que tem hérnia umbilical tem predisposição à ter encarceramento.
· Toda Hérnia Umbilical tem que reduzir. Se não conseguir reduzir pode-se pensar que esteja encarcerado, porém se estiver encarcerado esse animal vai estar apresentando muita dor. Vai ter isquemia, irá demonstrar sinais que possa diferenciar o diagnóstico. Se estiver encarcerado, vai ter que abrir, e avaliar a viabilidade do intestino para ver se há necessidade enterectomia, enteroanastomose terminal. 
 
Componente da Hérnia Umbilical - Tecido adiposo (quando pequeno, somente terá tecido adiposo), alças intestinais contida (geralmente jejuno), omento pode vir junto com o intestino, pele, anel herniário, saco herniário e peritônio.
Saco herniário - Pele e peritônio parietal (o peritônio faz parte do saco herniário)
Se romper o peritônio? Posso falar que é uma Hérnia Umbilical? Não, pois se romper irá se denominar EVENTRAÇÃO, da mesma forma que se a pele romper, também será eventração. Para diferenciar pode-se fazer o ultrassom como exame complementar.
Se romper o saco herniário? Posso falar que é uma Hérnia Umbilical? Não, será EVISCERAÇÃO. Não há dúvida pois se observa o intestino. 
Se não conseguir reduzir? Encarceramento ou outra afecção.
A cirurgia pode ser realizada à campo. Quanto mais preservar o peritônio, melhor a segurança. Às vezes devido a maior quantidade de tecido adiposo, gera uma maior aderência tendo necessidade abrir o peritônio. 
· Os quadros AGUDOS não irá gerar dúvida, pois o animal irá apresentar sudorese, alteração hemodinâmica, refluxo, alteração do líquido peritoneal. Não vai ser uma Dipirona que vai tirar a dor do animal. Ou seja, se houver um encarceramento esse animal vai demonstrar os sinais, enquanto a Hérnia Umbilical o animal vai viver tranquilamente, pastando.
· No Exame Físico quando se realiza a palpação, consegue reduzir. Ou seja, realiza uma manobra de redução (TAXIS), irá palpar a Hérnia e tentar regredir o conteúdo intestinal para o abdômen. Se não conseguir reduzir, não é uma Hérnia. 
Sinais e Sintomas
De acordo com Smeak (2007), as hérnias umbilicais comumente se apresentam como massas macias circulares, na cicatriz umbilical. A tumefação fica mais rígida se a hérnia for irredutível, contendo gordura ou outro órgão encarcerado. Os sinais gastrintestinais agudos, como êmese, anorexia, massa umbilical rígida, irredutível e dolorida são indícios de que possuivísceras encarceradas, levando à obstrução. Através de uma palpação na região umbilical é possível sentir o tamanho do anel umbilical, o tipo de conteúdo no saco herniário e a possibilidade de redução do mesmo. Se uma hérnia for pequena, possuirá conteúdo macio e uniforme, normalmente representado por gordura falciforme ou omento. Quando tem vísceras abdominais no saco umbilical, pode ocorrer estrangulamento intestinal, gerando dor abdominal, vômito e depressão. O saco umbilical fica firme à palpação, doloroso e quente (KRAUS, 1996). Para Read e Bellenger (2007) o sinal clínico mais importante de uma hérnia umbilical é o aumento de volume sobre a pele. Marques (2006) afirma que os sinais presentes nas hérnias umbilicais encarceradas ou estranguladas incluem inquietude, manifestação de dor, tentativas de lambeduras no local e coçar com as patas. Os animais que apresentamesses sinais clínicos podem ter inapetência, febre, peritonite e obstrução hemorrágica abomasointestinal,evoluindo assim para morte.
Diagnóstico
· Histórico
· Exame Físico - Palpação 
· Ultrassom
Tratamento
· Cirúrgico
Imagem: Este bezerro apresenta uma grande quantidade de vísceras contida na região (Hérnia Umbilical). Será indicado a Cirurgia pro bezerro, sendo realizado em Decúbito Dorsal. Pode ser feito em Decúbito Lateral porém dificulta pois pode exteriorizar o intestino. Incisão Elíptica em volta do umbigo, sendo realizado a ressecção de vísceras
Cirurgia: 
· Limpeza com sabonete antisséptico (A) e tricotomia da região abdominal
· Diluição da tintura de iodo 10% (A) e antissepsia da região abdominal
· Aplicação de anestésico local ao redor do saco herniário
· Incisão elíptica em torno do saco herniário
· Divulsão do subcutâneo em torno do saco herniário
· Divulsão do subcutâneo em torno do anel herniário
· Sutura de Maio – Fio poliglactina 910, vicryl, nylon, polipropileno. Geralmente se usa Poliglactina
 
Imagem: Sutura de Mayo, a vantagem é que faz o efeito de justaposição, fica um bordo abaixo do outro, o que facilita o fechamento da Hérnia. Cicatrização rápida. 
 
Imagem: Redução TAXIS. 
 
Imagem: Quando a Hérnia é bem pequena pode se utilizar a técnica do elástico que promove uma isquemia no tecido, não causa incômodo no animal, fazendo com que se feche. Se tiver conteúdo envolvido esta técnica não pode ser aplicada. Técnica conservativa que é vantajoso. É um estímulo que gera no subcutâneo causando esse fechamento. Somente para Hérnias com abertura reduzida.
Aplicador – Para aplicar o elástico 
Hérnia Incisional
· A hérnia incisional pode acontecer em qualquer caso em que exista um corte dos músculos da parede abdominal e, por isso, é relativamente comum após uma cirurgia ao abdômen.
· A hérnia incisional é uma complicação pós operatória de cirurgias abdominais tais como as correções de hérnias umbilicais, inguinais e laparotomia. Pode ser secundária ao fracasso da sutura destas, infecção ferida cirúrgica ou retorno ao exercício precoce do paciente ocorrendo em até 16% dos equinos levados a cirurgia de cólica.
· Animais submetidos a cirurgias abdominais e que manifestam a hérnia incisional devem aguardar pelo menos 120 dias para uma tentativa de correção da mesma.
· Dentre as técnicas utilizadas a que se mostrou mais eficaz foi a aplicação de tela com baixa gramatura onde após o aperfeiçoamento da mesma podemos considerar um índice considerável de sucesso.
· Considerações sobre os cuidados no pré-operatório, tamanho da incisão, roupa do cirurgião, escolha do fio cirúrgico e as condições clínicas e comportamentais do eqüino são salientadas entre os fatores predisponentes que, quando bem conhecidos, podem ser melhor administrados, no sentido de minimizar as complicações incisionais na laparotomia mediana.
 
Imagem: Hérnia Incisional Redutível
O que fazer? Uma hérnia como a da imagem acima, o animal pode conviver com a hérnia pelo resto da vida, não há risco de encarcerar. Há um anel presente da musculatura que não fechou.
· O esforço físico aumenta o tônus da musculatura, fazendo com que aja um estímulo para fechamento do anel. 
· Pode ser que em um processo de fechamento do anel, encarcere. Então deve ficar de olho no animal. 
· Se o proprietário se incomoda com a Hérnia, pode ser realizada a cirurgia de correção. 
Para gerar um quadro estrangulativo no Intestino, é mais fácil encarcerar quando se tem um anel grande ou pequeno? Anel pequeno, pois se a alça intestinal entrar terá grande dificuldade para sair. O anel grande tem grande mobilidade, a alça intestinal entra, mas sai. ANEL GRANDE NÃO ESTRANGULA NINGUÉM (FOZ).
Imagem: Pela imagem se observa que uma parte da musculatura não se fechou. Então deve ficar atento à esse animal, pois dependendo dos quadros pode gerar uma infecção ascendente. 
Imagem: Pode ser colocado a tela de Propileno nas Hérnias Umbilicais, evita a reincidiva. 
Não, o que difere é a URGÊNCIA e EMERGÊNCIA. Ou seja, irão ter quadros não estrangulativos e quadros estrangulativos.
Imagem 1 – Intestino estrangulado pelo próprio anel que é pequeno. Este animal está com muita dor, alteração hemodinâmica. É um quadro EMERGENCIAL
Imagem 2 – O Equino tem um anel grande, há um volume maior passando por esse anel mas não estrangula. Esse aumento de volume causa desconforto no animal, causa dificuldade pra deitar e levantar, começa a lesionar a porção final do escroto na própria cama ou membro. Não é Emergência pois esse animal convive com isso à meses, mas apresenta laceração, desconforto, o que será indicado a cirurgia para redução, fechamento do anel inguinal (sutura de Mayo) e orquiectomia. Cirurgia Eletiva nestes casos.
Hérnia Traumática
· Normalmente ocorre por trauma, na maioria das vezes os tutores não sabem relatar o que houve. 
· Geralmente ocorre no vazio do flanco, região onde não tem presença de costelas.
· É realizado cirurgia.

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