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Luna Peralta 2020 Afecções do aparelho digestório dos Equinos – Prof Foz 22/04/2020 Afecções Não estrangulativas - Obstrução do lúmen ou dos órgãos ocos • Compactação: Íleo no Intestino Delgado e cólon no intestino grosso. • Obstrução por enterólitos: No cólon ascendente e no cólon descendente (intestino grosso) • Obstrução por parasitas no Intestino delgado - Parascaris Equorum • Obstrução por areia no intestino grosso • Obstrução por corpo estranho: esôfago (frutas/manga) • Fecalomas no cólon descendente Pode ocorrer obstrução e compactação. O que é mais comum é a compactação. Compactação • Parada de algo em uma cavidade ou órgão oco do organismo (ingesta, enterólito, fecaloma, corpo estranho) • Pode acontecer em Intestino delgado (íleo) e grosso (cólon ascendente). • O que para no intestino é a ingesta – Capim, feno de capim ou feno de alfafa. • Um capim de má qualidade, irá ter maior teor de lignina, assim como as fibras ficam mais grosseiras, que irá ocasionar a compactação. • A restrição do exercício ou o abrupto confinamento do equino em uma baia predispõe a formação de compactação. Qual a característica de obstrução em Intestino Delgado? O cavalo apresenta refluxo. Quando o cavalo apresenta refluxo não pode utilizar o tratamento (hidratação) via ORAL, nestes casos tem que ser via parenteral. Intestino Delgado – Via Parenteral Intestino Grosso – Via oral e Parenteral Obstrução por corpo estranho A obstrução por corpo estranho ocorre no esôfago, normalmente na porção cervical. O corpo estranho na maioria das vezes é caroço de manga. Os sintomas apresentado são refluxo e alimento nas narinas. Diagnóstico realizado pela endoscopia, porém tem tutor que não quer pagar o exame. É realizado a esfogatomia pra retirada de corpo estranho assim como a laparorrafia Acessos ao abdômen: • Linha Alba: Vantagem: Permite exploração, animal não se movimenta, tempo cirúrgico pode ser longo. Desvantagem: anestesia geral, decúbito dorsal, custo mais alto. • Flanco Desvantagem: É necessário diagnóstico; risco de queda do animal. Vantagem: sedação e local, topografia das vísceras sem alteração , custo mais baixo Quando abre o abdômen do cavalo irá ver o cólon e o ceco (intestino grosso) Compactação do estômago • O estômago é um dos principais responsáveis pelo peristaltismo. Cavalos com ulceras ou gastrite diminuem a movimentação intestinal, causando não só a compactação do estômago(raras) mas principalmente compactações de cólon. • Alguns parasitas podem ser responsáveis pelas lesões na mucosa gástrica. → Obstrução do Intestino Delgado • As obstruções mais comuns são: • por material compactado; • espessamento da parede por verminose; • compressão da parede por abscesso ; • por aderências. • Obstrução por vermes (Parascaris) Compactação do Íleo Na papila íleo-cecal, na válvula íleo cecal tem a parede do músculo mais grossa, justamente porquê vai jogar o conteúdo para o Ceco, ás vezes nesta estrutura pode ocorrer a hipertrofia, assim como alterações verminóticas. O verme associado é o Anoplocephala, ele não obstrui, fica em volta da válvula íleo-cecal. • É a compactação comum do intestino delgado. Normalmente a ingesta pode ficar compactada por diminuição do transito e/ou da abertura da papila íleo-cecal. • A hipertrofia da parede do íleo também pode estar envolvida e a etiologia desta afecção são distúrbios eletrolíticos ou alterações verminóticas que alterem a abertura da papila íleo-cecal. • O tratamento de eleição é a hidratação por fluido parenteral; porém se o quadro não melhorar pode ser indicado o tratamento cirúrgico. Mesmo com o tratamento cirúrgico pode ser realizado a hidratação deste conteúdo. Pode inserir uma agulha no íleo 40- 10 e inserir soro para diluir este conteúdo. • Para o tratamento cirúrgico, devemos considerar durante a laparotomia a presença de hipertrofia da camada muscular, que é de etiologia discutível qualquer processo que leve a alteração da abertura da papila íleo-cecal ou distúrbios eletrolíticos repetidos. Tratamento Inicialmente começar o tratamento clínico com hidratação, podendo ser realizado via ORAL (sonda nasogástrica) ou parenteral (Fluido – IV). Como o animal está com dor, dipirona ou buscopan pode ser utilizado. O tratamento clínico será até que os sintomas melhorem, através do exame físico se realiza a palpação retal, avalia o líquido obtido via paracentese abdominal (dosar lactato e proteína). Até quando o tratamento será realizado? Não há um tempo determinado, o paciente que irá nos demonstrar esta resposta. Através do exame físico irá ver se há melhora, com a palpação retal vai ver se há quantidade de fezes, se vai se tornando mais pastoso. Se o paciente não obtiver melhora, será indicado o tratamento cirúrgico. Se não houver melhora do TPC, e tiver aumento de Lactato pode ser indicado a cirurgia. Fala do FOZ: Teve caso que foi para cirurgia em 4 horas de tratamento clinico. Teve caso que ficou em tratamento clínico 96 horas e não operou. Como saber que é o Íleo? Tem a presença da prega anti- mesentérica, apontado pela seta abaixo. Hidratação do conteúdo do Íleo - Agulha 40-10 com equipo e joga soro dentro do íleo, fazendo com que dilúa o conteúdo para que possa chegar até o Ceco. Pode ser 500 mL ou 1 Litro. Vai infundindo o soro e observando, assim como pode massagear o local gentilmente, para que chegue até o Ceco. Dá pra se observar visualmente este conteúdo se diluindo. No íleo não é indicado a enterotomia pois tem grande chance de gerar aderência, porém se for um caso grave em que haja a necessidade e o animal apresenta risco de óbito, será feito a enterotomia. Na foto acima, se observa o Ceco com aspecto ‘’murcho’’, pois não há nenhum tipo de material dentro, está compactado no Íleo. Obstrução por Parascaris Protocolo de vermifugação em Equinos – Todo mês, a cada 2/3 meses. O correto seria fazer o exame coproparasitológico antes pra ver se há necessidade de vermifugar, porém como a vermifugação é mais barata que o exame, acabam não realizando o exame como rotina e vermifugam mais vezes. Com isso adquiriu a resistência dos vermífugos. Se for uma fazenda com muitos cavalos não irá fazer o exame coproparasitologico em todos, mas pode fazer por amostragem. Se tiver um piquete que tem 10 éguas de cria, pode tirar de 3 éguas, pois se estão no mesmo ambiente a verminose estará muito semelhante. Com a amostragem decide se faz a vermifugação ou não. • Ivermectina 2 em 2 meses e Praziquantel à cada 6 meses na teoria. • Realizar exame coproparasitológico pra ver se há necessidade de vermifugar. • A verminose obstrui o Jejuno normalmente, o maior segmento. • Normalmente é ofertado alfafa para o cavalo, o piquete é limpo, porém com a vermifugação frequente nos cavalos nós criamos a resistência dos vermes, fazendo com que ao invés de diminuir a infestação, aumente. Por isso é interessante realizar o exame coproparasitológico para decidir se vermifuga ou não. → Obstrução do Intestino Grosso Compactação do Ceco • Pode abrir o Ceco, normalmente a incisão é realizada no ápice do Ceco. Ás vezes tem conteúdo líquido na qual pode ser drenado, assim como pode inserir soro dentro pra diluir o conteúdo se for muito pastoso. Se tiver aberto pode jogar água também. • Não é tão comum Compactação do Cólon • A compactação mais comum é a de cólon ascendente • Cólon ascendente : Ceco -> Cólon ventral direito -> Flexura Esternal -> Cólon ventral esquerdo -> Flexura Pélvica -> Cólon dorsal esquerdo -> Flexura diafragmática -> Cólon dorsal direito. • Baixa qualidade de fibras alimentares, podendo ser capim de má qualidade. • Desequilíbrios eletrolíticos • Amitraz - O amitraz faz com que diminua a motilidade, desta forma o conteúdo irá seacumular no cólon. • Enterólitos em cólon descendente (menor), pode ser encontrado por palpação retal. • Areia • Deve-se fazer o diagnóstico diferencial com as obstruções por enterólitos ou corpo estranho. Tratamento – Cirurgico ; Cuidados durante Enterotomia • Uso de mesa de apoio, pois o cólon é grande. • Observar o posicionamento da alça em relação à incisão (diminui o fluxo sanguíneo). • Equipe cirúrgica deve dividir área de trabalho. • Sutura da mucosa do cólon sempre 1) Contaminante contínua 2) Dois planos – Primeira sutura simples contínua e depois sutura envaginante. Pode ser Cushing ou Lembert. 1- A única que se mantém é a flexura pélvica, fica sempre na mesma posição. 2- Flexura esternal e diafragmática • Nesta compactação, também ocorre por ingesta. Para retirar o material, é realizado a enterotomia. A incisão é realizada na flexura pélvica de 10 a 15 cm, sangra normalmente esta mucosa. Como retirar o conteúdo? Deve fluidificar este conteúdo e fazer com que ele saia de algum lugar, por isso é realizado a incisão na flexura pélvica. Após fazer a incisão, coloca uma mangueira/esguicho e coloca água dentro. Esta água vai escorrer na mesa cirúrgica e cair em um tambor que vai estar em baixo da mesa. Irá massagear o cólon gentilmente para que saia este conteúdo. Enterólitos Como saber se há presença de enterólitos nesta região antes da cirurgia? Normalmente pode-se suspeitar a presença de enterólitos, porém neste momento não dá pra se saber, pois o abdômen está muito distendido e isto dificulta na palpação retal. Irá descobrir no momento da cirurgia, durante a manipulação. Qual localização do Enterólito em Intestino Grosso? Em cólon descendente, cólon menor. Pode haver ruptura de cólon. Qual material que forma o enterólito? Minerais, cálcio, magnésio, é como se fosse um cálculo urinário, porem está no intestino, por isso o nome ‘’enterólito’’. O diagnóstico pode Aonde é mais comum encontrarmos cavalos com enterólitos, nas hípicas ou fazendas? Nas hípicas, pois o animal está estabulado, faz menos exercicío, da mesma forma que consome uma grande quantidade de Alfafa, que contém alto teor de Magnésio, e isto vai predispor a formação de enterólitos. O principal risco de cirurgia é a ruptura do cólon (15% dos casos); o que é grave, pois pode gerar sepse devido ao conteúdo presente no Intestino. Enterólitos arredondados normalmente são únicos, enquanto enterólitos achatados podem estar correlacionados com outros enterólitos, justamente porquê se tocam. Há diferentes tipos de enterólitos. Enterólitos no Cólon Descendente (Menor) • Enterólitos nesta região podem ser localizados por meio de palpação retal. O acesso cirúrgico com o animal em estação é pelo antímero esquerdo. • O acesso pode ser feito pela linha alba, mas neste caso pode ser feito pelo flanco. • No cólon tem a presença da tênia anti-mesentérica, na qual nos demonstra a visualização da estrutura, assim como no Íleo se observa a prega anti- mesentérica. • Enterorrafia com sutura em dois planos, simples contínua e Cushing invaginante, ambas com fio absorvível. Afecções Estrangulativas 29/04 • Nestes casos além da obstrução do lúmen teremos isquemia. Quando há isquemia, e quanto mais tempo passar irá ter necrose. Quando há morte celular, irá interferir no equilíbrio ácido básico, fazendo anaerobiose, como consequência aumento da produção do ácido lático, se não for realizado o tratamento, o cavalo irá entrar em quadro de acidose metabólica. • As afecções mais comuns desta modalidade são: 1) Hérnia inguinal (intestino delgado) ou inguino escrotal 2) Encarceramento no espaço Nefro –esplênico (Intestino grosso- cólon); de ID em forâmen epiplóico e falha mesentérica 3) Torção de cólon 4) Intussuscepção 5) Volvo Imagem: Espera-se no líquido peritoneal a cor avermelhada, até acastanhada. Espera-se um líquido hemorrágico devido ao sofrimento de alça. Terá sangue dentro do lúmen, assim como irá extravazar para for a da cavidade, que irá nos trazer um diferencial diagnóstico. Porém tem animais que podem não demonstrar no líquido e somente descobrir na cirurgia. Vai ter aumento de eritrócitos, lactato. Nestes casos não deve entrar com promotor de motilidade, pois isto irá prejudicar podendo fazer até que a alça se rompa. No momento que tiver dúvida não entra com nenhum promotor de motilidade. Pode ser utilizado a lidocaína para estimular o peristaltismo delgado, porém nestes casos não. Mudanças na dieta, presença de vermes irão alterar motilidade intestinal. Hérnia Inguinal • Doença associada ao garanhão, cavalos inteiros • Raças grandes tem maior predisposição , Puro sangue Ingles, Percheron. • Aprisionamento de segmento de intestino delgado, normalmente jejuno ou íleo. • Na grande maioria das vezes não há aumento dos anéis inguinais, por isso o nome de aprisionamento é adequado. • O anel vaginal é a estrutura que realmente aprisiona o segmento intestinal • Pode ocorrer em neonatos; em muitos casos se resolve sozinho até o desmame, deve acompanhar o caso para haver se haverá indicação cirúrgica. • CASO SEMPRE CIRÚRGICO • Encarceramento/ aprisionamento inguino escrotal são tipos de nomenclaturas da Hérnia Inguinal. SINAIS E SINTOMAS • Testículo fica duro (devido a falta de retorno venoso) DIAGNÓSTICO • Palpação dos testículos • Palpação Retal • Ultrassom (exame complementar); podendo descartar da torção testicular TRATAMENTO • Laparatomia – celiotomia; Acesso abdominal linha média ventral + acesso inguinal • Laparotomia para a retirada do segmento encarcerado no canal inguinal. • Assim que desprende, volta a reperfusão tecidual, deve avisar anestesista. • Pode acontecer hipotensão, arritmia, etc. • Avaliação - Avaliar coloração, peristaltismo do intestino • Avaliação deste segmento para necessidade de enterectomia e enteroanastomose • Se necessário fazer a enteroanastomose término terminal • Castração do testículo envolvido Imagem: Fisiologicamente há a abertura do anel vaginal para a passagem do testículo. O anel vaginal é coberto pela túnica vaginal que é uma continuação do peritônio. A incisão é feita na túnica vaginal (técnica aberta) e a técnica fechada não é realizada no Equino pois não é indicado. Imagem da Prof Gabriela, a de cima enteroanastomose termino terminal, e a de baixo latero lateral. Falha Mesentérica • Há uma falha no mesentério que permite a passagem do Intestino • Congênito, traumas que fragilizaram o mesentério ou erro do cirurgião ao não fechar. • Haverá isquemia, necrose, assim como porção proximal distende • Animal com dor, taquipneia, taquicardia, mucosa alterada, TPC, haverá alterações hemodinâmicas • Irá desprender a região. TRATAMENTO • Enterectomia + Enteroanastomose, assim como também pode ser utilizado a colocação de drenos para preservar melhor o intestino, ao invés da colocação de pinças durante a cirurgia. Acesso termino terminal, linha média ventral. • Acesso pelo flanco é limitado nesta cirurgia, pela linha média ventral os órgãos são exteriorizados 75%. • A colocação de drenos é menos traumática em relação à pinças Sutura do I. Delgado 1) Minha alternativa é utilizar dois planos de sutura contínuos; o primeiro sero muscular sem pegar a mucosa e o segundo plano cushing apenas na serosa sepultando a primeira sutura. 2) Pode-se suturar a mucosa aproximação e simples contínuo e posteriormente a sero- muscular invaginante (cushing, lembert). 3) Ou ainda utilizar a sutura em Plano único Lipoma Pedunculado • Similar ao encarceramento; segmento do intestino delgado • É uma neoformação benigno, cão costuma ter no subcutâneo enquantoo cavalo tem na região de mesentério. • Estruturada parecida com o pedículo que tem uma continuação do mesentério, quando se visualiza lembra dos formatos do Rim. • O próprio mesentério origina o Lipoma Pedunculado, esta estrutura facilita o encarceramento do Intestino Delgado. • Fio absorvível poliglactina 910 Vicryl Encarceramento do Forâme epiploíco • O forame epiplóico é uma abertura natural na cavidade torácica que faz comunicação com a cavidade abdominal, localizado dorsalmente à fissura porta do fígado, fazendo contato com a veia cava caudal, veia porta, pâncreas, ligamento hepatoduodenal e com as alças do intestino delgado. • No equino, a maior parte do jejuno se encontra dentro da parte dorsal do abdome. Um grau considerável de mobilidade é conferido ao jejuno por seu longo mesentério o que explica a alta prevalência de deslocamento do intestino como, por exemplo, pelo forame epiploico na bolsa omental, e outras condições, como evaginações e torções, que podem levar a cólica. Aprisionamento do cólon no espaço nefro-esplênico • Região que tem bastante mobilidade. • Ligamento nefro esplênico liga o rim esquerdo ao baço. Há um espaço nefroesplênico nesta região que as vísceras se conectam, o cólon se aprisiona neste espaço. Conforme o caso vai progredindo irá destender por gás. • Ocorre o deslocamento dorsal do cólon e seu aprisionamento no espaço nefroesplênico. O baço desloca-se da posição original junto ao gradil costal, devido a distensão gástrica ou esplenomegalia e permite a passagem do cólon entre a parede e o baço. SINAIS E SINTOMAS • Dor • Distensão • Olhar para o flanco DIAGNÓSTICO • Palpação Retal - Rim esquerdo palpável, não sente intestino na região. Quando realiza a palpação em região dorsal esquerda irá sentir o cólon presente. TRATAMENTO • Em decúbito lateral • Se for quadro inicial poderá ser tratado clínicamente, irá fornecer medicamento simpatomimético com a intenção de diminuir o baço, justamente porquê conforme o quadro progride o baço aumenta de tamanho. O medicamento indicado será para induzir a contração esplênica (simpatomimético) efedrina que irá estimular Alfa 1 e Beta 2, sendo um medicamento mais seguro comparado a Epinefrina ou Adrenalina que podem causar uma Taquicardia. O efeito é rápido, pode fazer uma âmpola de Epinefrina diluída no soro, via IV. Depois mantém o animal se movimentando, irá liberar catecolamina, adrenalina aumentando mais ainda a contração do baço. Depois de 30 minutos faz palpação retal e vê se diminuiu de tamanho, na maioria das vezes dá certo. Se não será encaminhamento cirúrgico. • Líquido peritoneal – Risco de romper o baço nesses casos, paracentese ruim, líquido hemorrágico. • Ás vezes quando o cavalo é encaminhado para cirurgia, durante o transporte volta ao normal. • Apenas 5-7% dos animais operados para a correção desta afecção, fazem recidivas do quadro. Porém caso haja recidiva a chance de que isto venha ocorrer mais de uma vez é de 50%. Portanto nos casos onde tem-se o histórico devemos considerar a possibilidade da ser fazer a correção pelo flanco e fechar o espaço. • Fechamento do espaço nefro esplênico pros cavalos que apresentam recidivas. O fechamento pode ser feito por Laparotomia, acesso pelo flanco, Laparoscopia. • Cirúrgico - Abrir pela linha alba e desfazer o aprisionamento Fechamento – Abrir pelo flanco e suturar o baço no ligamento (casos de recidiva) Intussuscepção • As intussuscepções são mais comuns em potros, e nestes casos o segmento mais acometido é o intestino delgado. Nos animais adultos a intussuscepção mais comum é a íleo-cecal em Equinos adultos. Tem a Intussuscepção Ceco-cólica também. • Em potros a Intussuscepção mais comum é a Jejuno- Jejunal. • A intussuscepção ocorre quando um segmento de alça intestinal se invagina em outro segmento. Sua severidade está diretamente relacionada à obstrução, parcial ou completa, do lúmen intestinal e do suprimento sanguíneo. • Os fatores predisponentes desta enfermidade estão relacionados a alterações que causam hipermotilidade como infestação por vermes redondos ou achatados, mudança na dieta, alimentos grosseiros e mal digeridos, diarreias, enterites, neoplasias intraluminais, entre outros. • Um segmento do Intestino apresenta maior peristaltismo ou motilidade em relação à outro segmento que predispõe a Intussuscepção • A região que sofre a Intussuscepção apresenta aumento da espessura da alça intestinal, rigidez. SINAIS E SINTOMAS • Dores abdominais contínuas de intensidade moderada à severa • Paracentese abdominal ruim (sofrimento de alça) - DIAGNÓSTICO • A palpação transretal, radiografia e a ultrassonografia podem auxiliar no diagnóstico das intussuscepções, porém na maioria dos casos é a laparotomia exploratória que confirma o diagnóstico. • Sinais e sintomas TRATAMENTO • Cirúrgico Torção de Cólon • Um dos fatores predisponentes para a torção de cólon maior está relacionado à posição anatômica do mesmo nos equinos, o qual se localiza livre na cavidade abdominal, facilitando o seu deslocamento. Adicionalmente, outros fatores que poderão predispor esta etiologia é o tipo de alimento, a quantidade de alimento, a disponibilidade de água, infestações parasitárias e até mesmo indigestões (THOMASSIAN, 2005). • Devemos lembrar que segmentos do intestino quando estão cheios ficam propensos a torções. • Neste sentido a égua no período pós parto inicia um “restabelecimento” do espaço na cavidade abdominal. • O cólon e outras partes do intestino podem retornar ao espaço antes ocupado pelo útero. • Caso o cólon restabeleça seu tamanho de uma maneira muito rápida a chance de torçao aumenta. • Devemos portanto ficar atentos ao desconforto abdominal nas éguas no período de 3 semanas após o parto, já que este tipo de torção deve ser tratado rapidamente. • Vôlvulos severos, rapidamente tem uma piora dos parâmetros hemodinâminos, a condição do cólon pode se degradar rapidamente SINAIS E SINTOMAS • Muita dor • Olhar para o flanco • Paracente abdominal ruim (sofrimento de alça) DIAGNÓSTICO • Palpação retal – Sente a distenção • Na maioria das vezes o diagnóstico é realizado na mesa cirúrgica • Sinais e sintomas • Éguas pós parto TRATAMENTO • Cirúrgico - Enterectomia + Enteroanastomose Cólica Tromboembólica • Espessamento da parede da artéria conhecido como aneurisma. Na verdade trata-se de um pseudoaneurisma já que a parede da artéria não fica mais delgado. • Causado pela migração de larvas de strongilus vulgaris. • Pode soltar uma placa/coágulo formado na região do espessamento = Causa um infarto na alça. • Na artéria mesentérica vai ter a presença do trombo e embôlo SINAIS E SINTOMAS • Dor severa • Olhar para o flanco • Paracente ruim (sofrimento de alça) - serosanguinolento DIAGNÓSTICO • Na maior parte das vezes o diagnóstico é realizado na mesa cirúrgica • Sinais e sintomas; condição hemodinâmica ruim, taquicardia, taquipnéia, hipomotilidade intestinal. • Paracente ruim • Palpação retal; se distender a porção proximal irá sentir o Intestino delgado, se não, não haverá alteração na palpação retal. TRATAMENTO • Cirúrgico • Prognóstico reservado, grande chance do animal vier à óbito. Vascularização • A vascularização da parede das vísceras pode ser diminuída apenas pela distensão provocada por gás,líquido ou ambos. • Em um caso de compactação por exemplo, se o quadro não for tratado e progredir, quando há uma piora do quadro hemodinâmico será encaminhado para cirurgia, sendo assim deve avaliar a condição das alças. • Vários agentes podem levar a obstrução da luz intestinal: parasitas, ingesta, corpo estranho,neoplasia, espessamento da parede(varias etiologias) ou ainda aderência.
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