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PROBLEMAS NUTRICIONAIS EM ADULTOS
OBESIDADE, DESNUTRIÇÃO E HIPOVITAMINOSES
PROBLEMAS NUTRICIONAIS EM ADULTOS
Diferenças Individuais
Genética: é o verdadeiro “documento de identidade” do ser humano. ■ Metabolismo: abrange o funcionamento de todos os órgãos e seus componentes, desde uma única célula ao corpo humano por inteiro. ■ Meio ambiente: inclui aspectos como a cultura, educação, relações interpessoais etc. ■ Estilo de vida: hábitos alimentares, atividade física, tabagismo, alcoolismo, entre outros.
2
Características genéticas
Meio ambiente
Estilo de vida
Metabolismo
Doença crônica caracterizada pelo excesso de gordura corporal, que causa prejuízos à saúde do indivíduo
OBESIDADE
Definição e Classificação
	Classificação	IMC (kg/m²)
	Baixo peso	Menor que 18,5
	Normal	18,5 – 24,9
	Sobrepeso	Maior que 25
	Pré-obeso	25 – 29,9
	Obeso I	30 – 34,9
	Obeso II	35 – 39,9
	Obeso III	Maior que 40
Quanto maior for o IMC de uma pessoa, maior a chance dela morrer precocemente e de desenvolver doenças do tipo diabete melito, hipertensão arterial e doenças cardiovasculares. Mas isso não significa dizer que quanto mais magro melhor, pois o índice de mortalidade também aumenta em indivíduos com IMC muito baixo, especialmente por causa de doenças infecciosas e dos pulmões. O ideal é manter-se entre as faixas de 20 a 25kg/m2 .
3
Classificação
OBESIDADE
Diferenças na distribuição de gordura corporal:
Maçã: androide; maior acúmulo de gordura na região visceral. Diabetes e doenças cardiovasculares
Pêra: ginoide; maior acúmulo de gordura na região do quadril. Celulites, varizes, problemas de pele e ortopédicos
4
OBESIDADE
Epidemiologia
Pesquisa Nacional de Saúde e Nutrição: 28% homens e 38% mulheres
5
Brasil: 32% = excesso de peso e 25% dos mais graves
PNSN 1989: 28% em homens e 38% em mulheres 
EUA: 34% em homens e 55% em mulheres 
O número de obesos é maior nas áreas urbanas e também está relacionado com o poder aquisitivo
OBESIDADE
Causas
 Ingestão elevada, gasto calórico diminuído, tendência ao acúmulo de gorduras, dificuldade na queima de gorduras.
Fatores Genéticos
Endocrinopatias
 10% dos casos
 Síndrome hipotalâmica, síndrome de cushing, hipotireoidismo, síndrome dos ovários policísticos, pseudo-hipoparatireoidismo, hipogonadismo, deficiência de hormônios do crescimento, insulinoma e hiperinsulinismo
	Pais	Risco
	Ambos obesos	80%
	Pai ou mãe	40%
	Não obesos	10%
O gasto calórico significa a queima de energia que uma pessoa apresenta durante as 24 horas do dia e isso inclui o gasto calórico com a alimentação (energia gasta nos processos de digestão, absorção e transporte de nutrientes) e com a atividade física.
Leptina= proteína e a saciedade
6
OBESIDADE
Causas
Baixa atividade física
Alimentação
 Corresponde a 8 a 20% do gasto total de energia, pode modular o apetite e atua no aumento da massa corporal magra
 Sedentários tem gasto calórico reduzido e com isso dificulta a queima de gordura e aumenta o armazenamento
 Falta de horários fixos para se alimentar
 Consumo de alimentos gordurosos e doces
 Fazer dietas da moda
 Ficar longos períodos em jejum
 Fazer poucas refeições ao dia e com grande volume de alimentos
Não ter horários fixos para comer, ou seja, “beliscar” a toda hora. A pessoa perde o controle da quantidade que comeu e acaba comendo muito, sem nem perceber. ■ Exagerar no consumo de alimentos gordurosos, como frituras, manteigas, óleos, doces cremosos, chocolates etc. ■ Fazer “dietas da moda”, responsáveis pelo efeito ioiô, isto é, o “emagrece-e-engorda” dos que fazem esses tipos de dieta (veja mais detalhes no item dietas da moda). ■ Ficar longos períodos em jejum. A fome e o apetite aumentam e a pessoa acaba comendo mais. ■ Fazer poucas refeições durante o dia e em grandes volumes. O volume do estômago pode aumentar e também a quantidade de alimentos que a pessoa consegue comer.
7
OBESIDADE
Consequências
OBESIDADE
Hipertensão
Diabetes
Aterosclerose
Gota
Apnéia do sono
Problemas ortopédicos
OBESIDADE
Tratamento
Reeducação Alimentar
Orientações Nutricionais
Participação da Família
Atividade Física
DESNUTRIÇÃO
Definição e Causas
 Condição clínica decorrente de uma deficiência ou excesso, relativo ou absoluto, de um ou mais nutrientes essenciais
Causas Primárias
Causas Secundárias
 A pessoa come pouco ou “mal”
 Tem uma alimentação quantitativa ou qualitativamente insuficiente em calorias e nutrientes
 A ingestão de alimentos não é suficiente porque as necessidades energéticas aumentaram ou por qualquer outro fator 
 Ex: presença de verminoses, câncer, anorexia, alergia ou intolerância alimentares, digestão e absorção deficiente de nutrientes
DESNUTRIÇÃO
Causas Associadas
 Famílias de baixa renda
 Deficiências alimentares
 Condições sanitárias precárias: infecções, parasitoses
Desmame precoce
Desmame em torno de 2 semanas até os 3 meses
Insuficiente para o crescimento e desenvolvimento
Culturais
Mitos, crenças e tabus
Interferência negativa na nutrição do indivíduo
Renda e Disponibilidade 
Maior renda: maior gasto com frutas, hortaliças e alimentos variados
Menor renda: menor quantidade e qualidade
Socioeconômicos
DESNUTRIÇÃO
Alterações corpóreas
 Características visuais:
DESNUTRIÇÃO
Epidemiologia
 Países subdesenvolvidos: África, Ásia e América Latina
	Estado Nutricional	IMC
	Desnutrição grave	< 16,00
	Desnutrição moderada	16,00 – 16,99
	Desnutrição leve	17,00 – 18,49
	Eutrofia	18,50 – 24,99
Ausência de dados concretos para adultos
13
DESNUTRIÇÃO
Consequências
Grande perda muscular e dos depósitos de gordura, provocando debilidade física
Alterações psíquicas e psicológicas: retraída, apática, estática, triste
Alterações de cabelo e pele: cabelo perde cor e resistência, a pele descasca e fica enrugada
Alterações sanguíneas: anemia
Alterações nos demais órgãos e sistema respiratório, imunológico, renal, cardíaco, hepático, intestinal
DESNUTRIÇÃO
Tratamento
Dieta e Educação Alimentar
Higiene pessoal
Participação familiar e comunitária
Higiene alimentar 
HIPOVITAMINOSES
Vitamina A
 Micronutriente encontrado em fontes de origem animal (retinol) e vegetal (agentes precursores da vitamina A que fazem parte de um grande grupo conhecido como Carotenóides ou pró-vitamina A)
HIPOVITAMINOSES
Vitamina A - Funções 
 A importância do adequado estado nutricional de vitamina A é incontestável, uma vez que ela possui papel fisiológico muito diversificado, atuando no bom funcionamento do processo visual, na integridade do tecido epitelial e no sistema imunológico
PROCESSO VISUAL (ação da vitamina A na visão dá-se em razão de sua combinação com a opsina no segmento exterior dos bastonetes da retina)
DIFERENCIAÇÃO CELULAR (vitamina A atua nas células produtoras de queratina em vários tecidos epiteliais do organismo, e, na ausência desta ocorre ressecamento epitelial denominado de xerose, tipicamente encontrado na conjuntiva e na córnea)
RESPOSTA IMUNITÁRIA (vitamina A atua nos processos de manutenção da imunocompetência, principalmente em relação aos linfócitos, de respostas mediadas pelas células T e de ativação de macrófagos)
MORTALIDADE E MORBIDADE (vários estudos epidemiológicos vêm destacando, nas duas últimas décadas, o papel da vitamina A na redução da mortalidade e da morbidade, principalmente por doenças infecciosas)
HIPOVITAMINOSES
Vitamina A - Epidemiologia
A deficiência de vitamina A é considerada uma das mais importantes deficiências nutricionais dos países em desenvolvimento, sendo a principal causa de cegueira evitável
A Organização Mundial da Saúde (OMS) reconhece que a deficiência de vitamina A (DVA) afeta, em nível mundial, aproximadamente 19 milhões de mulheres grávidas
Nos países industrializados verifica-se, sobretudo, em pessoas com perturbações do fígado, que dificultam a transformação de carotenos em vitamina A ativa
HIPOVITAMINOSES
Vitamina A 
 Característicasvisuais da deficiência:
Oculares; Unhas quebradiças; Queda de cabelo; Manchas na pele
19
HIPOVITAMINOSES
Vitamina A – Maiores fontes 
	Alimento	Medida caseira	Vitamina A, RAE	Vitamina A, UI
	Óleo de fígado de bacalhau	1 colher de chá	1.350 mcg	4.500 UI
	Cereais matinais fortificados	1 xícara de chá	150-230 mcg	500-767 UI
	Ovo	1 unidade	91 mcg	303 UI
	Manteiga	1 colher de sopa	97 mcg	323 UI
	Leite integral	1 copo (200ml)	68 mcg	227 UI
	Batata doce, cozida	1/2 xícara	961 mcg	3.203 UI
	Abóbora cozida	1/2 xícara	953 mcg	3.177 UI
	Cenoura (crua)	1/2 xícara, picado	538 mcg	1.793 UI
	Manga	1 fruta	79 mcg	263 UI
	Espinafre, cozido	1/2 xícara	472 mcg	1.572 UI
	Couve, cozida	1/2 xícara	443 mcg	1.475 UI
 Departamento de Agricultura dos Estados Unidos
HIPOVITAMINOSES
Vitamina A - Recomendações 
		Idade	Homens: mcg/dia (UI/dia)	Mulheres: mcg/dia (UI/dia)
	Adultos	> 19 anos	900 (3000 UI)	700 (2333 UI)
	Gestantes 	> 19 anos	-	770 (2567 UI)
	Lactantes	> 19 anos	-	1300 (4333 UI)
Food and Nutrition Board (FNB) - Institute of Medicine, 2001
HIPOVITAMINOSES
Ferro 
 O ferro proveniente da dieta de seres humanos é absorvido através das células da mucosa intestinal, principalmente no duodeno, e é transportado na corrente sanguínea e fluido extracelular ligado a uma proteína plasmática chamada transferrina
Ferro heme
Ferro não-heme
 Maioria presente em alimentos de origem animal
 Maioria presente em alimentos de origem vegetal
HIPOVITAMINOSES
Ferro - Epidemologia 
Ferro – Sintomas 
HIPOVITAMINOSES
Fadiga
Anorexia
Palidez de pele e mucosas
Menor disposição
Apatia
Ferro - Causas 
HIPOVITAMINOSES
Desequilíbrio entre absorção e necessidades
Baixa ingestão de alimentos-fonte
Alta ingestão de alimentos que afetam a biodisponibilidade
Necessidades aumentadas em alguns grupos específicos
HIPOVITAMINOSES
Ferro – Maiores Fontes 
HIPOVITAMINOSES
Ferro – Recomendações 
Ciclos de vida UL EAR RDA/AI
HIPOVITAMINOSES
Iodo 
Funções do Iodo
 O iodo é um micronutriente essencial para humanos e animais, o que significa que não é produzido pelo nosso organismo e deve ser obtido através de fontes externas (alimentos, suplementos). Tem papel importante na produção dos hormônios da glândula tireóide, responsáveis pelo crescimento físico e neurológico e pela manutenção do balanço energético
Iodo - Epidemiologia 
HIPOVITAMINOSES
 A deficiência de iodo, afeta aproximadamente dois bilhões de pessoas em todo o mundo. 
 É particularmente comum no Pacífico Ocidental, Sudeste da Ásia e a África
 Só na Índia, cerca de 100 milhões de pessoas sofrem com a deficiência
Iodo 
HIPOVITAMINOSES
 Características visuais:
Iodo – Maiores Fontes 
HIPOVITAMINOSES
Iodo – Recomendações 
HIPOVITAMINOSES
 Estágio de vida Idade Recomendação
Estratégias de intervenção 
INTERVENÇÃO DIETÉTICA
 O atendimento nutricional é complexo, pois envolve a avaliação nutricional em toda a sua abrangência, ao qual objetiva chegar ao diagnóstico nutricional global levando em consideração as individualidades dos pacientes. Visando alcançar objetivos que proporcionem uma melhor qualidade de vida aos pacientes/clientes
INTERVENÇÃO DIETÉTICA
Objetivos Nutricionais 
Reduzir gordura corporal
Reduzir peso
Diminuir níveis de LDL
Aumentar níveis de HDL
Melhorar IMC
Repor reservas de ferro
Prevenir ou tratar constipação
Reduzir edema
Cuidar da desnutrição
Mudança Comportamental 
INTERVENÇÃO DIETÉTICA
 A mudança comportamental é o maior desafio encontrado por profissionais de saúde, sejam nutricionistas, médicos, fisioterapeutas, psicólogos, educadores físicos entre outros da área da saúde
 O conhecimento sobre as práticas alimentares saudáveis não é suficiente para que haja mudanças efetivas no comportamento
INTERVENÇÃO DIETÉTICA
Estágios de Mudança Comportamental 
Pré-contemplação
O indivíduo não tem interesse em mudar o comportamento (ex. não considera importante fazer exercício físico)
Preparação
Toma a decisão de mudar o comportamento, pode planejar mas não efetuar (ex. caminhar 1hr até o trabalho ou se matricular na academia)
Ação
Implementa seu plano de mudança e começa a efetuá-lo (começa a caminhar 3x na semana)
Contemplação
Começa a considerar a necessidade de mudar em algum momento do futuro (ex. necessita fazer exercício físico)
Manutenção
Estágio final – a prática já está incorporada na rotina, ou seja, se tornou um hábito
Prescrição de Suplementos 
INTERVENÇÃO DIETÉTICA
 A prática de suplementar vitaminas e minerais gerou por muitos anos controvérsias e discursões. Apesar de muitos serem vitaminas e minerais a maioria é registrado na Anvisa como medicamentos o que limita a aplicação da lei 8.234/91.
 Artigo 4°- Atribuem-se também aos nutricionistas as seguintes atividades desde que relacionadas com alimentação e nutrição humana: prescrição de suplementos nutricionais necessários à complementação da dieta.
ATENÇÃO! 
INTERVENÇÃO DIETÉTICA
 O nutricionista deve considerar o diagnóstico nutricional global antes de prescrever suplementos de nutrientes
 Ao escolher um suplemento, o nutricionista deve verificar as proporções existentes dos nutrientes presentes, pois a ingestão excessiva de um determinado nutriente pode interferir na absorção de outro (suplementação de Cálcio pode interferir na absorção de ferro)
REFERÊNCIAS
MAILBACH, E. COTTON, D. Moving people be behavior change. In: MAILBACH & PARROT, L. Designing health messages. Londres: Sage Publications, 1995, p. 41-64.
VITOLO, R. V. Nutrição da Gestação ao Envelhecimento, Ed. RUBIO, Rio de Janeiro, 2013.
Brasil. Ministério da Saúde. Unicef. Cadernos de Atenção Básica: Carências de Micronutrientes / Ministério da Saúde, Unicef; Bethsáida de Abreu Soares Schmitz. - Brasília: Ministério da Saúde, 2007. 60 p. - (Série A. Normas e Manuais Técnicos).
STUPPIELLO, B. Vitamina A é essencial para a visão e o crescimento. Minha Vida. Disponível em: <https://www.minhavida.com.br/alimentacao/tudo-sobre/17627-vitamina-a>. Acesso em: 11 de janeiro de 2020.
Brasil. Ministério da Saúde. Obesidade e Desnutrição. Brasília: Ministério da Saúde, 2003.

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