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Profª. Juliana Maria Oliveira Souza Reis 2020 Farmacologia aplicada à saúde Unidade 2 - Farmacocinética Centro Universitário Estácio - Juiz de Fora – MG Farmacocinética Farmacocinética Absorção Distribuição Metabolismo ou Biotransformação Eliminação Farmacocinética Quais as principais vias de administração do medicamento? Farmacocinética Vias de administração Intravaginal Parenteral: Subcutânea Intramuscular Intravenosa Intradérmica Intratecal Farmacocinética Vias de administração A escolha da via de administração depende: Efeito local ou sistêmico Forma farmacêutica Propriedades do fármaco Idade do paciente Duração do tratamento Obediência do paciente para realização correta do tratamento Farmacocinética Vias de administração Via oral: Mais comum e barata Não invasiva Paciente pode se automedicar Ação tópica ou sistêmica Absorção ocorre principalmente no intestino delgado Farmacocinética Vias de administração Via oral: Normalmente 75% de um fármacos administrado por via oral são absorvidos em 1 -3 horas Farmacocinética Vias de administração Via oral: Deve ser evitada: Em casos de emergências Se o fármaco causar vômito e diarréia Se o paciente apresentar dificuldades para engolir Farmacocinética Vias de administração Via sublingual: Indicada para respostas rápidas Fármaco instável no pH gástrico Medicamento não pode ter sabor desagradável Absorção ocorre diretamente para a circulação sistêmica Farmacocinética Vias de administração Via retal: Indicada para ação local ou sistêmica Indicada para pacientes que estão vomitando ou incapazes de ingerir a medicação Absorção retal é mais lenta e menos completa (não é confiável) Pode ocorrer leve efeito laxativo após o uso Farmacocinética Vias de administração Via cutânea: Efeito local Efeito sistêmico em alguns casos (pouca absorção na pele intacta) Adesivos transdérmicos Suprimento contínuo do fármaco Farmacocinética Vias de administração Sprays nasais: Mucosa nasal é muito vascularizada!!! Efeito local* Efeito sistêmico Farmacocinética Vias de administração Aplicação oftálmica: Efeito local Formas farmacêuticas: pomada ou colírio Efeito sistêmico não é desejável Farmacocinética Vias de administração Inalação: Anestésicos voláteis e gasosos Tratamento de doenças broncopulmonares Farmacocinética Vias de administração Via parenteral: Para fármacos pouco absorvidos pelo TGI Para pacientes inconscientes Quando há necessidade de ação rápida Exige treinamento para aplicação Invasiva (aumenta riscos de infecção) Comum quadros de reações alérgicas e dor Farmacocinética Vias de administração Via parenteral: Farmacocinética Vias de administração Via parenteral: Intradérmica Subcutânea Pouca quantidade injetada Região epiderme-derme Medicamento injetado entre a pele e o músculo Rápida absorção! Ex.: Insulina Farmacocinética Vias de administração Via parenteral: Intramuscular Farmacocinética Absorção Ocorre quando o fármaco atinge a corrente sanguínea com objetivo de chegar ao local de ação!!! Farmacocinética Absorção Para chegar ao sangue, o fármaco atravessa algumas barreiras biológicas: Membranas plasmáticas Epitélio gastrointestinal Endotélio vascular Farmacocinética Absorção A forma farmacêutica influencia a eficiência da absorção Farmacocinética Absorção A molécula do fármaco influencia a absorção: Farmacocinética Absorção Mecanismos de transporte através das membranas biológicas: Transporte passivo: difusão simples e facilitada Farmacocinética Absorção Mecanismos de transporte através das membranas biológicas: Transporte ativo: requer gasto de energia Farmacocinética Absorção Mecanismos de transporte através das membranas biológicas: Endocitose: pinocitose e fagocitose Farmacocinética Vias de Absorção Oral: mucosa oral, estômago, intestino Dérmica Pulmonar intramuscular, intranasal, subcutânea, intravenosa, peritoneal Farmacocinética Biodisponibilidade Quantidade do fármaco que atinge a circulação sanguínea em forma inalterada após sua administração. Farmacocinética Biodisponibilidade Farmacocinética Distribuição dos fármacos pelo organismo Fármacos são distribuídos : Para as áreas de “alto fluxo”: coração, fígado, rins e cérebro Para as áreas de “baixo fluxo”: ossos, gordura, pele Farmacocinética Distribuição dos fármacos pelo organismo Quanto maior a vascularização da região, maior a distribuição!!! Farmacocinética Distribuição dos fármacos pelo organismo No sangue Fármaco Livre Fármaco ligado à proteínas plasmáticas Farmacocinética Distribuição dos fármacos pelo organismo No sangue Fármaco ligado à proteínas plasmáticas • Não é distribuído • Não é bioativo • Não pode ser filtrado pelos rins Farmacocinética Distribuição dos fármacos pelo organismo No sangue Fármaco ligado à proteínas plasmáticas • A medida que a parte livre é utilizada, a parte ligada vai se desligando Farmacocinética Distribuição dos fármacos pelo organismo aciclovir nicotina ranitidina Farmacocinética Distribuição dos fármacos pelo organismo Fluoxetina Farmacocinética Metabolismo ou Biotransformação Fármaco Inalterado Biotransformado OBJETIVO: alteração da molécula original do fármaco para produzir uma forma mais hidrossolúvel e portanto excretável!!! Farmacocinética Metabolismo ou Biotransformação Principais locais em que ocorrem as reações de biotransformação: Fígado Pulmão Rins Intestino Hemácias Pele e mucosas Farmacocinética Farmacocinética Metabolismo ou Biotransformação Principais reações de biotransformação: Reações de Fase I Reações de Fase II Fármaco lipofílico Metabólito hidrofílico Farmacocinética Metabolismo ou Biotransformação Reações de Fase I: têm por objetivo inserir grupos funcionais nas moléculas dos fármacos para produzirem metabólitos polares e hidrossolúveis Farmacocinética Metabolismo ou Biotransformação Enzimas do citocromo P450 Farmacocinética Metabolismo ou Biotransformação Farmacocinética Metabolismo ou Biotransformação Reações de Fase II: tem por objetivo adicionar uma estrutura química ao grupo polar adicionado ao fármaco na Fase I. Fármacos são inativados!!! Fármacos são eliminados mais facilmente!!! Farmacocinética Metabolismo ou Biotransformação Reações de Fase II: Fármaco + molécula endógena = complexo glicina, glutationa, sulfato, acetil, metil e glicuronídeo Farmacocinética Metabolismo ou Biotransformação Reações de Fase II: Fármaco + glutationa = complexo Farmacocinética Metabolismo ou Biotransformação Fatores que afetam a biotransformação : Fatores individuais: presença e concentração de enzimas Idade Sexo Estado nutricional Estado patológico Indutores x inibidores enzimáticos Farmacocinética Metabolismo ou Biotransformação Fatores que afetam a biotransformação : Indutores x inibidores enzimáticos Alguns fármacos podem aumentar ou diminuir a taxa à qual outros fármacos são biotransformados pelo fígado. Interação medicamentosa a nível de metabolismo Farmacocinética Excreção ou eliminação Renal Pulmonar Biliar (eliminação com as fezes) Suor Saliva Leite Lágrima Cabelos e unhas Farmacocinética Excreção ou eliminação Renal Filtração glomerular Reabsorção tubular Secreção tubular Farmacocinética Excreção ou eliminação Trato gastrintestinal Fármaco não absorvido pela via oral é excretado pelas fezes Fármaco que sofre efeito de primeira passagem pelo fígado Após metabolismo hepático fígado bile intestino fezes souza.jmo@gmail.com
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