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Temas de Discursivas Contabilidade

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TEMAS DE DISCURSIVAS/ESTUDO DE CASO – CONTABILIDADE GERAL 
PROF. GABRIEL RABELO/LUCIANO ROSA/JULIO CARDOZO 
 
 - Al 
 
SUMÁRIO 
 
1 APRESENTAÇÃO ...................................................................................................... 2 
2 TEMA 1 – DFC. CESPE. MPU. 2010 ............................................................................. 2 
2.1 REVISÃO TEÓRICA ............................................................................................ 3 
2.2 DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA ............................................................. 3 
2.3 DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA NA LEI 6.404/76 .................................... 3 
2.4 PRIMEIROS ENTENDIMENTOS SOBRE A DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA .... 4 
2.5 DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA – MÉTODO INDIRETO ............................. 9 
2.6 DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA – MÉTODO DIRETO ............................... 13 
2.7 DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA NO CPC – 03 (REVISÃO 2) ..................... 15 
2.8 BENEFÍCIOS DAS INFORMAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA .................................... 15 
2.9 APRESENTAÇÃO DE UMA DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA ....................... 16 
2.10 ATIVIDADES OPERACIONAIS ......................................................................... 16 
2.11 ATIVIDADES DE INVESTIMENTO .................................................................... 17 
2.12 ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO .................................................................. 18 
2.13 PROPOSTA DE SOLUÇÃO DOS PROFESSORES .................................................. 19 
3 TEMA 2. ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS. TRE RJ. 2012. ANALISTA. ......... 20 
3.1 REVISÃO TEÓRICA .......................................................................................... 20 
3.2 ÍNDICE DE LIQUIDEZ CORRENTE OU LIQUIDEZ COMUM ...................................... 20 
3.3 ÍNDICE DE LIQUIDEZ SECA OU ACID TEST OU TESTE ÁCIDO .............................. 21 
3.4 ÍNDICE DE LIQUIDEZ GERAL OU LIQUIDEZ TOTAL .............................................. 21 
3.5 INDICADORES DE LUCRATIVIDADE. .................................................................. 22 
3.6 PROPOSTA DE SOLUÇÃO DOS PROFESSORES ..................................................... 23 
4 TEMA 3. TESTE DE RECUPERABILIDADE. ANALISTA CONTÁBIL. TJ PE. 2017. BANCA: IBFC.
 24 
4.1 REVISÃO TEÓRICA .......................................................................................... 24 
4.2 REDUÇÃO AO VALOR RECUPERÁVEL DE ATIVOS ................................................. 24 
4.3 – DEFINIÇÕES IMPORTANTES SOBRE TESTE DE RECUPERABILIDADE .................... 27 
4.4 - PASSOS DETALHADOS PARA O CÁLCULO DA VALOR RECUPERÁVEL .................... 29 
4.5 - PERIODICIDADE DE REALIZAÇÃO DO IMPAIRMENT TEST ................................... 30 
4.6 RESOLUÇÃO DA QUESTÃO ............................................................................... 33 
5 TEMA 4 – CONSOLIDAÇÃO. FGV. 2015. .................................................................... 35 
5.1 REVISÃO TEÓRICA .......................................................................................... 36 
5.2 ELIMINAÇÃO QUE DEVEM SER REALIZADAS NA CONSOLIDAÇÃO. ......................... 40 
5.3 ELIMINAÇÃO DAS PARTICIPAÇÕES. ................................................................... 40 
5.4 ELIMINAÇÃO DOS SALDOS DE QUAISQUER CONTAS. .......................................... 43 
5.5 ELIMINAÇÃO DOS SALDOS DOS LUCROS NÃO REALIZADOS ................................. 43 
5.6 ELIMINAÇÃO DOS SALDOS DOS LUCROS NÃO REALIZADOS NA DEMONSTRAÇÃO DO 
RESULTADO DO EXERCÍCIO. ......................................................................................... 45 
5.7 PROPOSTA DE SOLUÇÃO DOS PROFESSORES ..................................................... 47 
5.8 SOLUÇÃO DA BANCA FGV................................................................................. 51 
6 TEMA 5 - MUDANÇAS NA TAXA DE CÂMBIO .............................................................. 52 
6.1 REVISÃO TEÓRICA .......................................................................................... 52 
6.2 PROPOSTA DE SOLUÇÃO DOS PROFESSORES ..................................................... 57 
7 TEMA 6 – FLUXO DE CAIXA ..................................................................................... 58 
7.1 REVISÃO TEÓRICA .......................................................................................... 59 
7.2 PROPOSTA DE SOLUÇÃO DOS PROFESSORES ..................................................... 62 
8 TEMA 7 – FLUXO DE CAIXA. FGV. 2015 .................................................................... 64 
8.1 REVISÃO TEÓRICA .......................................................................................... 64 
8.2 RESOLUÇÃO DA BANCA ................................................................................... 68 
 
 
AULA 04: TEMAS DE DISCURSIVAS/ESTUDO DE CASO – 
CONTABILIDADE GERAL 
 
 
 
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TEMAS DE DISCURSIVAS/ESTUDO DE CASO – CONTABILIDADE GERAL 
PROF. GABRIEL RABELO/LUCIANO ROSA/JULIO CARDOZO 
 
 - Al 
 
1 APRESENTAÇÃO 
 
Olá, meus amigos. Como estão? Sejam bem-vindos ao 
Estratégia Concursos, simplesmente o melhor curso 
preparatório para concursos deste país! 
 
É com grande satisfação que estamos aqui para ministrar 
para vocês mais uma aula do curso de Temas de 
Discursivas/Estudo de Caso de Contabilidade Geral 
para Concursos e Exames! 
 
Já temos uma grande quantidade de discursivas comentadas! Esperamos que 
estejam gostando do curso e, é claro, estudando com o devido afinco. 
 
Vamos começar? 
 
2 TEMA 1 – DFC. CESPE. MPU. 2010 
 
Extensão: Até 30 linhas. 
 
CESPE - Analista do Ministério Público da União/Controle Interno/2010 
 
 
 
 
 
 
 
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TEMAS DE DISCURSIVAS/ESTUDO DE CASO – CONTABILIDADE GERAL 
PROF. GABRIEL RABELO/LUCIANO ROSA/JULIO CARDOZO 
 
 - Al 
A tabela acima apresenta a demonstração de fluxo de caixa de uma empresa 
hipotética. Na condição de analista contábil incumbido de apresentar os números 
da demonstração de fluxo de caixa dessa empresa para novos acionistas não 
familiarizados com as demonstrações financeiras padronizadas, redija um texto 
dissertativo, explicando o significado das informações contidas nessa 
demonstração. Ao elaborar seu texto, aborde, necessariamente, os seguintes 
aspectos: 
 
- Benefícios das informações do fluxo de caixa; 
- Segmentação das atividades que provocam variação no caixa e equivalente de 
caixa; 
- Formação do caixa líquido gerado (aplicado) nas diferentes atividades; 
- Avaliação da variação do caixa e equivalentes de caixa. 
 
2.1 REVISÃO TEÓRICA 
 
2.2 DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA 
 
2.3 DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA NA LEI 6.404/76 
 
A demonstração dos fluxos de caixa tornou-se obrigatória, no Brasil, a partir de 
2008. 
 
Conforme a Lei 6404/76: 
 
Art. 176. Ao fim de cada exercício social, a diretoria fará elaborar, com base na 
escrituração mercantil da companhia, as seguintes demonstrações financeiras, 
que deverão exprimir com clareza a situação do patrimônio da companhia e as 
mutações ocorridas no exercício: 
 
IV – demonstração dos fluxos de caixa; e (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 
2007) 
 
§ 6o A companhia fechada com patrimônio líquido, na data do balanço, 
inferior a R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais) não será obrigada à 
elaboração e publicação da demonstração dos fluxos de caixa. (Redação dada 
pela Lei nº 11.638, de 2007) 
 
Art. 188. As demonstrações referidas nos incisos IV e V do caput do art. 176 
desta Lei indicarão, no mínimo: (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007) 
 
I – demonstração dos fluxos de caixa – as alterações ocorridas, durante o 
exercício,no saldo de caixa e equivalentes de caixa, segregando-se essas 
alterações em, no mínimo, 3 (três) fluxos: (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 
2007) 
 
a) das operações; (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007) 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11638.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11638.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11638.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11638.htm#art1
 
 
 
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TEMAS DE DISCURSIVAS/ESTUDO DE CASO – CONTABILIDADE GERAL 
PROF. GABRIEL RABELO/LUCIANO ROSA/JULIO CARDOZO 
 
 - Al 
b) dos financiamentos; e (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007) 
c) dos investimentos; (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007) 
 
Portanto, a demonstração dos fluxos de caixa é 
obrigatória para a companhia aberta e para a 
companhia fechada com patrimônio líquido superior 
a 2 milhões. 
 
A lei estabelece ainda que no mínimo teremos três fluxos evidenciados 
na DFC: 
 
- Operacional 
- Investimentos 
- Financiamento 
 
 
 
2.4 PRIMEIROS ENTENDIMENTOS SOBRE A DEMONSTRAÇÃO DOS 
FLUXOS DE CAIXA 
 
Antes de começar a estudar a demonstração dos fluxos de caixa é necessário se 
perguntar: O que é e qual a finalidade da DFC? A demonstração dos fluxos 
de caixa é a demonstração que evidencia a variação das contas caixa e 
equivalentes de caixa da companhia. 
 
O próprio CPC 03 diz que: 
 
Informações sobre o fluxo de caixa de uma entidade são úteis para 
proporcionar aos usuários das demonstrações contábeis uma base para 
avaliar a capacidade de a entidade gerar caixa e equivalentes de caixa, 
bem como as necessidades da entidade de utilização desses fluxos de 
caixa. As decisões econômicas que são tomadas pelos usuários exigem 
avaliação da capacidade de a entidade gerar caixa e equivalentes de caixa, bem 
como da época de sua ocorrência e do grau de certeza de sua geração. 
 
Antes de começarmos a falar sobre a DFC, há três entendimentos essenciais no 
CPC 03, que precisam ser conhecidos. Vamos lá! 
 
- Caixa compreende numerário em espécie e depósitos bancários disponíveis. 
- Equivalentes de caixa são aplicações financeiras de curto prazo, de alta 
liquidez, que são prontamente conversíveis em montante conhecido de caixa e 
que estão sujeitas a um insignificante risco de mudança de valor. 
 
 
 
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 - Al 
- Fluxos de caixa são as entradas e saídas de caixa e equivalentes de caixa. 
 
Portanto, os fluxos de caixa são as entradas e saídas de dinheiro. Se você 
vendeu mercadoria à vista por R$ 150,00 e comprou mercadoria à vista por R$ 
80,00, você teve um caixa líquido gerado de R$ 60,00. 
 
Se você comprou mercadoria à vista por R$ 100,00 e pagou empregados no 
valor de R$ 80,00, você tem um caixa líquido consumido de R$ 180,00. 
 
A lógica é essa. 
 
Para o entendimento da sistemática da DFC, tomemos os seguintes fatos 
contábeis. 
 
1. A empresa KLS foi constituída com a integralização do Capital Social 
no valor de R$ 10.000,00 em dinheiro. 
 
D – Caixa (Ativo) 10.000 
C – Capital Social (PL) 10.000 
 
1 10.000,00 2 10.000,00 1
5
Caixa (Ativo) Capital Social (PL)
 
 
2. Comprou mercadorias no valor de R$3.000,00, pagando à vista, sem 
incidência de impostos. 
 
D – Estoque de Mercadorias (Ativo) 3.000 
C – Caixa (Ativo) 3.000 
 
1 10.000,00 3.000,00 2 10.000,00 1 2 3.000,00 
Caixa (Ativo) Capital Social (PL) Estoque (Ativo) 
 
 
3. Vendeu metade da mercadoria em estoque a prazo, por R$2.000,00, 
sem a incidência de impostos. 
 
3. Registro da venda: 
 
D – Duplicatas a Receber (Ativo) 2.000 
C – Receita de Vendas (Resultado) 2.000 
 
4. Pela baixa do estoque: 
 
D – Custo da Mercadoria Vendida (Resultado) 1.500 
C – Estoque (Ativo) 1.500 
 
Após esses lançamentos, os razonetes devem ficar assim: 
 
 
 
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 - Al 
 
1 10.000,00 3.000,00 2 10.000,00 1 2 3.000,00 1.500,00 4
3 2.000,00 2.000,00 3 4 1.500,00 
Caixa (Ativo) Capital Social (PL) Estoque (Ativo) 
Dupl. a rec. (At) Receita de Vendas CMV
 
 
5. Compra de uma máquina à vista, no valor de 6.000. 
 
D – Máquinas e equipamento (Ativo Imobilizado) 6.000 
C – Caixa (Ativo) 6.000 
 
1 10.000,00 3.000,00 2 10.000,00 1 2 3.000,00 1.500,00 4
6.000,00 5
3 2.000,00 2.000,00 3 4 1.500,00 
5 6.000,00 
Máquinas (Ativo)
Caixa (Ativo) Capital Social (PL) Estoque (Ativo) 
Dupl. a rec. (At) Receita de Vendas CMV
 
6. Lançamento da depreciação referente ao primeiro mês da máquina 
adquirida no lançamento anterior. A máquina será depreciada em 10 
anos. 
 
O que é depreciação? 
 
Segundo a Lei 6.404/76 (Lei das Sociedades por Ações): 
 
Art. 183, § 2o A diminuição do valor dos elementos dos ativos imobilizado e 
intangível será registrada periodicamente nas contas de: (Redação dada pela Lei 
nº 11.941, de 2009) 
 
a) depreciação, quando corresponder à perda do valor dos direitos que têm por 
objeto bens físicos sujeitos a desgaste ou perda de utilidade por uso, ação da 
natureza ou obsolescência; 
 
A depreciação reconhece a perda de valor pelo desgaste, perda de utilidade ou 
obsolescência dos bens físicos. No nosso exemplo, temos uma máquina de R$ 
6.000 que irá durar 10 anos. Portanto a depreciação mensal pode ser calculada 
assim: 
 
$ 6.000 / 120 meses = R$ 50,00 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L11941.htm#art37
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L11941.htm#art37
 
 
 
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6 – Contabilização da depreciação: 
 
D – Despesa de depreciação (Resultado) 50 
C – Depreciação Acumulada (Retificadora do Ativo) 50 
 
A conta depreciação acumulada é uma conta retificadora do ativo. Ou seja, é 
uma conta de saldo credor, embora fique no ativo. A máquina, com a 
depreciação acumulada, aparece assim na contabilidade: 
 
Máquina (Ativo) 6.000 
Depreciação Acumulada (Ret. Ativo) (50) 
Valor contábil 5.950 
 
Mês a mês, o valor da Depreciação Acumulada vai aumentando, até zerar o valor 
contábil do ativo. 
 
Até o momento, estamos assim: 
 
1 10.000,00 3.000,00 2 10.000,00 1 2 3.000,00 1.500,00 4
6.000,00 5
3 2.000,00 2.000,00 3 4 1.500,00 
5 6.000,00 6 50,00 50,00 6
Caixa (Ativo) Capital Social (PL) Estoque (Ativo) 
Dupl. a rec. (At) Receita de Vendas CMV
Máquinas (Ativo) Despesa de depre. Dep. Acum. (At)
 
 
A partir dos lançamentos acima, podemos elaborar a Demonstração de 
Resultado: 
 
Demonstração do resultado do exercício 
 
Receita de vendas 2.000 
(-) Custo da Mercadoria Vendida (1.500) 
(=) Lucro Bruto 500 
(-) despesas de depreciação (50) 
(=) Lucro Líquido 450 
 
E o balanço patrimonial: 
 
Balanço patrimonial 
 
Ativo 
 
 
 
 
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 - Al 
Caixa 1.000 
Duplicatas a Receber 2.000 
Estoque 1.500 
Imobilizado 6.000 
Depreciação acumulada (50) 
Total do Ativo 10.450 
 
Patrimônio líquido 
 
Capital Social 10.000 
Lucro do Exercício 450 
Total Passivo + PL 10.450 
 
A demonstração do fluxo de caixa explica a variaçãoocorrida no caixa 
da empresa. 
 
A conta caixa começou com zero e terminou com R$ 1.000 (o saldo pode 
ser visto no balanço patrimonial ou compensando as contas dos razonetes). 
 
A demonstração do fluxo de caixa é dividida em três tipos de 
atividades: fluxo de caixa das atividades operacionais, 
das atividades de investimentos e das atividades de 
financiamento. 
 
Além disso, a DFC pode ser elaborada pelo método direto ou pelo método 
indireto. A diferença entre os métodos está somente no fluxo operacional. 
 
 
 
Mas, professores, qual a diferença? Basicamente, o método direto parte 
diretamente da conta caixa, enquanto que o indireto é feito partindo do 
lucro líquido do exercício, fazendo alguns ajustes na DRE. Só há 
diferença no fluxo operacional. O de financiamentos e investimentos é 
igual. 
 
Então vamos começar pelo método indireto: 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 - Al 
2.5 DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA – MÉTODO INDIRETO 
 
Os passos para fazermos a DFC pelo método indireto, no fluxo operacional, é o 
seguinte: 
 
Passo 1: Pegar o lucro líquido do exercício 
Passo 2: Ajustar as receitas e despesas que não afetaram o caixa. 
Passo 3 Eliminar o efeito das vendas e compras a prazo do caixa. 
 
Fluxo de Atividades Operacionais – Método Indireto 
 
Passo 1: Pegar o lucro líquido do exercício 
 
Passo 2: Ajustar as receitas e despesas que não afetaram o caixa. 
 
Vamos começar a nossa DFC pelo método indireto, encontrando o fluxo 
operacional. 
 
Atenção: Partir do lucro líquido do exercício e 
procurar o que não afeta o caixa (seja receita, seja 
despesa). Basicamente é isso que fazemos no 
método indireto. Tenha em mente! 
 
Lucro Líquido 450 
(+) Depreciação 50 
Lucro Ajustado 500 
 
A despesa de depreciação de R$ 50 diminuiu o Lucro Líquido. Mas a 
Depreciação não é paga a ninguém. Não resulta em saída de caixa. 
Assim, devemos somar ao lucro líquido a despesa de depreciação e as 
outras despesas que diminuíram o Lucro, mas não são saídas de caixa, 
como amortização, exaustão, despesas financeiras, perda no método da 
equivalência patrimonial, etc. 
 
Exemplo de despesas que não resultam em saída de caixa e devem ser 
ajustadas: 
 
- Depreciação. 
- Amortização. 
- Exaustão. 
- Despesas financeiras. 
- Perda no método da equivalência patrimonial. 
 
Da mesma forma, as receitas que aumentaram o lucro, mas não 
resultaram em entradas de caixa devem ser ajustadas no lucro líquido, 
diminuindo-o (receita de equivalência patrimonial, receita financeira 
não recebida, e outras). 
 
 
 
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Exemplo de receitas que não resultam em entrada de 
caixa e devem ser ajustadas: 
 
 
- Equivalência patrimonial. 
- Receita financeira não recebida. 
 
Feito esse primeiro passo (ajuste das receitas e despesas que não afetam o 
caixa), passamos a um outro ponto importante. 
 
Passo 3 Eliminar o efeito das vendas e compras a prazo do caixa. 
 
Se todas as operações da empresa fossem realizadas à vista, o lucro ajustado 
já seria equivalente à movimentação do caixa. Mas é comum que as empresas 
realizem operações a prazo. Portanto, devemos eliminar o efeito das vendas 
e compras a prazo do caixa. 
 
Fazemos isso ajustando o saldo das contas patrimoniais. Vamos examinar caso 
a caso: 
 
Ajuste em Duplicatas a Receber: 
 
Saldo inicial 2.000,00 
Saldo final 2.000,00 
Dupl. a rec. (At)
 
 
Vejam que houve um aumento de R$ 2.000,00. E o que isso significa, professor? 
O aumento no saldo de duplicatas a receber significa que parte das 
entradas de vendas ficou retida nessa conta. 
 
Entenda. As receitas de vendas ficam registradas na demonstração do resultado 
do exercício, correto? Na conta receita de vendas. Mas se olharmos a fundo, 
veremos que nem todas as vendas são à vista. Existem vendas à vista e vendas 
a prazo. Como partimos do lucro líquido, estamos considerando que o valor total 
das vendas entrou no Caixa. Veja novamente a DRE: 
 
Receita de vendas 2.000 
(-) Custo da Mercadoria Vendida (1.500) 
(=) Lucro Bruto 500 
(-) despesas de depreciação (50) 
(=) Lucro Líquido 450 
 
Quando iniciamos o fluxo de caixa indireto pelo lucro líquido de 450, a premissa 
inicial é que todo o valor das vendas (2.000) entrou no caixa. É uma premissa! 
Da mesma forma, consideramos que todo o custo da mercadoria vendida 
 
 
 
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representa efetiva saída de dinheiro do Caixa. Afinal, começamos o fluxo de 
caixa somando o lucro líquido com a depreciação. 
 
Mas existem as operações a prazo e operações que resultam em saídas de caixa, 
mas não afetam o resultado (por exemplo, a aquisição de estoque à vista). 
 
Para eliminar tais efeitos do caixa, usamos a variação das contas 
patrimoniais. Como a conta duplicatas a receber aumentou (o que 
significa que parte do dinheiro das vendas lá ficou represado), vamos 
diminuir $ 2.000 na demonstração do fluxo de caixa: 
 
Lucro Líquido 450 
(+) Depreciação 50 
Lucro Ajustado 500 
(-) Aumento Duplicatas a Receber (2.000) 
 
As variações das contas do AC/ANC RLP e PC/PCN ficam, em síntese, do 
seguinte modo: 
 
Aumento do ativo Diminui o caixa 
Diminuição do ativo Aumenta o caixa 
Aumento do passivo Aumenta o caixa 
Diminuição do passivo Diminui o caixa 
 
Ajuste nos Estoques: 
 
Analisando o balanço, vemos que a conta estoques aumentou $ 1.500. É similar 
à conta duplicatas a receber. O aumento do estoque deve diminuir o caixa. 
Afinal, a empresa comprou estoque e pagou com caixa. E se comprou a prazo? 
Nesse caso, a conta fornecedor, do passivo, irá aumentar e compensar o ajuste 
do aumento de estoque. 
 
Lucro Líquido 450 
(+) Depreciação 50 
Lucro Ajustado 500 
(-) Aumento Duplicatas a Receber (2.000) 
(-) Aumento Estoque (1.500) 
Fluxo de Caixa operacional: (3.000) 
 
Cada fluxo pode gerar caixa ou consumir caixa. O valor de R$ 3.000 
negativos indica que o fluxo de caixa operacional consumiu (gastou) r$ 
3.000 de caixa. 
 
São somente essas as atividades operacionais destes lançamentos. Mas, 
professores, o que são os fluxos operacionais? 
 
 
 
 
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Atividades operacionais são as principais atividades geradoras de receita da 
entidade e outras atividades que não são de investimento e tampouco de 
financiamento. 
 
Por exemplo, recebimento de vendas, compra de mercadorias, pagamento a 
fornecedores, pagamento a empregados, recebimento pela prestação de 
serviços. 
 
Fluxo de Atividades de Investimentos – Método Indireto 
 
O que é fluxo de investimento? Segundo o CPC 03: 
 
Atividades de investimento são as referentes à aquisição e à venda de ativos de 
longo prazo e de outros investimentos não incluídos nos equivalentes de caixa. 
 
Portanto, fluxos de investimentos estão relacionados à compra e venda de ativos 
não circulantes e investimentos que não sejam equivalentes de caixa. 
 
Fluxo de Investimentos: Houve apenas a compra da Máquina, por $ 6.000, 
no Fluxo das atividades se Investimentos. 
 
(-) Compra de máquina (6.000) 
 
Fluxo de Atividades de Financiamentos – Método Indireto 
 
Segundo o CPC 03: 
 
Atividadesde financiamento são aquelas que resultam em mudanças no 
tamanho e na composição do capital próprio e no capital de terceiros da 
entidade. 
 
É composto pelo dinheiro dos sócios (aumento de capital) e de terceiros 
(empréstimos). Nesse exemplo, só houve a integralização do capital dos 
sócios, no valor de R$ 10.000. 
 
(+) integralização do Capital 10.000 
 
Vamos somar o Caixa consumido ou gerado pelos fluxos: 
 
Total da Demonstração de Fluxo de Caixa – Método Indireto 
Caixa consumido pelo fluxo Operacional: (3.000) 
Caixa Consumido pelo fluxo de Investimento: (6.000) 
Caixa gerado pelas atividades de Financiamentos: 10.000 
Total de caixa gerado: 1.000 
 
Confira a movimentação da conta Caixa (saldo final menos o saldo inicial). Bate 
exatamente com este valor! 
 
 
 
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Saldo inicial 10.000,00 3.000,00 
6.000,00 
Saldo final 1.000,00 
Caixa (Ativo)
 
 
2.6 DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA – MÉTODO DIRETO 
 
Pelo método indireto, usamos o Lucro Líquido e a variação do saldo das contas 
patrimoniais. 
 
No método direto, usamos as contas patrimoniais e 
ajustamos pelas contas de resultado. Ou seja, 
usamos as mesmas informações, mas a forma de 
cálculo muda. 
 
Fica bem simples se usarmos a fórmula universal, para o método direto, que é 
a seguinte: 
 
Saldo Inicial + Entradas – Saídas = Saldo Final 
 
O saldo inicial e final de cada conta vem do Balanço Patrimonial. E as 
contas de Resultado representam as entradas ou as saídas, dependendo 
da conta. 
 
Duplicatas a receber: 
 
Vamos iniciar com a conta duplicatas a receber: 
 
Saldo inicial - - Saídas
Entradas 2.000,00 
Saldo final 2.000,00 
Dupl. a rec. (At)
 
 
Saldo inicial = zero 
Entradas (é o total das vendas que aparece na DRE): 2.000 
Saídas: ? 
 
As saídas representam a entrada de dinheiro, e é o que vamos calcular. 
 
(=) Saldo Final = 2.000 
 
Resolvendo, temos: 
 
Zero + 2000 – saídas = 2.000 
 
Saídas = zero (ou seja, não houve recebimento de clientes no período). 
 
 
 
 
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Estoque: 
 
Saldo inicial - 1.500,00 Saídas
Entradas 3.000,00 
Saldo final 1.500,00 
Estoque (Ativo) 
 
 
Saldo inicial = zero 
Entradas (são as compras de estoque): ? 
Saídas: (É o CMV que aparece na DRE) 1.500 
(=) Saldo Final = 1.500 
 
Resolvendo: 
 
Zero + Entradas – $ 1500 = $ 1500 
 
Entradas = $ 3.000 
 
A entrada no estoque é também entrada na conta fornecedores. 
 
Vamos calcular a saída da conta fornecedores, que é o pagamento efetuado no 
período. 
 
Fornecedores: 
 
Saldo inicial = zero 
Entradas (é o total das compras): 3.000 
Saídas: ? 
 
As saídas representam a saída de dinheiro, e é o que vamos calcular. 
 
(=) Saldo Final = zero 
 
Resolvendo, temos: 
 
Zero + $3.000 – saídas = zero 
Saídas = $3.000 
 
Adendo! 
 
- Para calcular as saídas de caixa, precisamos calcular as saídas da conta 
fornecedores (é o pagamento do fornecedor). 
- Para calcular a saída da conta fornecedores, precisamos de três informações: 
o saldo inicial, o saldo final e as entradas. 
- As entradas da conta fornecedores são as entradas da conta estoque. 
 
Portanto: 
 
 
 
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- Usamos a conta estoque para calcular as entradas no estoque (são as 
compras). 
- A entrada no estoque é igual a entrada em fornecedores. 
- Usamos a conta fornecedores para calcular a saída dessa conta (é igual às 
saídas de caixa). 
 
Fluxo de Caixa Das Atividades Operacionais – Método Direto: 
 
Recebimento de clientes = zero 
Pagamento a Fornecedores = (3.000) 
Fluxo de caixa consumido nas atividades operacionais = 3.000 
 
Entre o método indireto ou direto só há diferença no fluxo das atividades 
Operacionais. Os fluxos das atividades de Investimento e 
Financiamento são iguais nos dois métodos. 
 
2.7 DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA NO CPC – 03 (REVISÃO 2) 
 
O Comitê de Pronunciamentos Contábeis – CPC – regulamentou a forma de 
elaboração e apresentação da DFC, através do Pronunciamento Técnico CPC 03. 
Abaixo, alguns trechos do referido Pronunciamento Técnico: 
 
2.8 BENEFÍCIOS DAS INFORMAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA 
 
4. A demonstração dos fluxos de caixa, quando usada em conjunto com as 
demais demonstrações contábeis, proporciona informações que permitem que 
os usuários avaliem as mudanças nos ativos líquidos da entidade, sua estrutura 
financeira (inclusive sua liquidez e solvência) e sua capacidade para mudar os 
montantes e a época de ocorrência dos fluxos de caixa, a fim de adaptá-los às 
mudanças nas circunstâncias e oportunidades. As informações sobre os fluxos 
de caixa são úteis para avaliar a capacidade de a entidade gerar caixa e 
equivalentes de caixa e possibilitam aos usuários desenvolver modelos para 
avaliar e comparar o valor presente dos fluxos de caixa futuros de diferentes 
entidades. A demonstração dos fluxos de caixa também concorre para o 
incremento da comparabilidade na apresentação do desempenho operacional 
por diferentes entidades, visto que reduz os efeitos decorrentes do uso de 
diferentes critérios contábeis para as mesmas transações e eventos. 
 
5. Informações históricas dos fluxos de caixa são frequentemente utilizadas 
como indicador do montante, época de ocorrência e grau de certeza dos fluxos 
de caixa futuros. Também são úteis para averiguar a exatidão das estimativas 
passadas dos fluxos de caixa futuros, assim como para examinar a relação entre 
lucratividade e fluxos de caixa líquidos e o impacto das mudanças de preços. 
 
 
 
 
 
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2.9 APRESENTAÇÃO DE UMA DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA 
 
10. A demonstração dos fluxos de caixa deve apresentar os fluxos de caixa do 
período classificados por atividades operacionais, de investimento e de 
financiamento. 
 
Existem três classificações para os fluxos de caixas: operacionais, 
investimento e financiamento. 
 
11. A entidade deve apresentar seus fluxos de caixa advindos das atividades 
operacionais, de investimento e de financiamento da forma que seja mais 
apropriada aos seus negócios. A classificação por atividade proporciona 
informações que permitem aos usuários avaliar o impacto de tais atividades 
sobre a posição financeira da entidade e o montante de seu caixa e equivalentes 
de caixa. Essas informações podem ser usadas também para avaliar a relação 
entre essas atividades. 
 
12. Uma única transação pode incluir fluxos de caixa classificados em mais de 
uma atividade. Por exemplo, quando o desembolso de caixa para pagamento de 
empréstimo inclui tanto os juros como o principal, a parte dos juros pode ser 
classificada como atividade operacional, mas a parte do principal deve ser 
classificada como atividade de financiamento. 
 
2.10 ATIVIDADES OPERACIONAIS 
 
13. O montante dos fluxos de caixa advindos das atividades operacionais é um 
indicador chave da extensão pela qual as operações da entidade têm gerado 
suficientes fluxos de caixa para amortizar empréstimos, manter a capacidade 
operacional da entidade, pagar dividendos e juros sobre o capital próprio e 
fazer novos investimentos sem recorrer a fontes externasde financiamento. As 
informações sobre os componentes específicos dos fluxos de caixa operacionais 
históricos são úteis, em conjunto com outras informações, na projeção de fluxos 
futuros de caixa operacionais. 
 
14. Os fluxos de caixa advindos das atividades operacionais são 
basicamente derivados das principais atividades geradoras de receita 
da entidade. Portanto, eles geralmente resultam de transações e de outros 
eventos que entram na apuração do lucro líquido ou prejuízo. Exemplos de fluxos 
de caixa que decorrem das atividades operacionais são: 
 
(a) recebimentos de caixa pela venda de mercadorias e pela prestação de 
serviços; 
(b) recebimentos de caixa decorrentes de royalties, honorários, comissões e 
outras receitas; 
(c) pagamentos de caixa a fornecedores de mercadorias e serviços; 
(d) pagamentos de caixa a empregados ou por conta de empregados; 
 
 
 
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(e) recebimentos e pagamentos de caixa por seguradora de prêmios e sinistros, 
anuidades e outros benefícios da apólice; 
(f) pagamentos ou restituição de caixa de impostos sobre a renda, a menos que 
possam ser especificamente identificados com as atividades de financiamento 
ou de investimento; e 
(g) recebimentos e pagamentos de caixa de contratos mantidos para negociação 
imediata ou disponíveis para venda futura. 
 
Principais exemplos de atividades do fluxo 
Operacional 
Recebimento 
Venda de mercadorias 
Prestação de serviços 
Royalties, honorários, comissões 
Seguros 
Imposto de renda 
Pagamento 
Fornecedores de mercadorias 
Fornecedores de serviços 
Empregados 
Seguros 
Imposto de renda 
 
2.11 ATIVIDADES DE INVESTIMENTO 
 
16. A divulgação em separado dos fluxos de caixa advindos das atividades de 
investimento é importante em função de tais fluxos de caixa representarem a 
extensão em que os dispêndios de recursos são feitos pela entidade com a 
finalidade de gerar lucros e fluxos de caixa no futuro. Somente desembolsos que 
resultam em ativo reconhecido nas demonstrações contábeis são passíveis de 
classificação como atividades de investimento. Exemplos de fluxos de caixa 
advindos das atividades de investimento são: 
 
(a) pagamentos em caixa para aquisição de ativo imobilizado, intangíveis e 
outros ativos de longo prazo. Esses pagamentos incluem aqueles relacionados 
aos custos de desenvolvimento ativados e aos ativos imobilizados de construção 
própria; 
(b) recebimentos de caixa resultantes da venda de ativo imobilizado, intangíveis 
e outros ativos de longo prazo; 
(c) pagamentos em caixa para aquisição de instrumentos patrimoniais ou 
instrumentos de dívida de outras entidades e participações societárias em joint 
ventures (exceto aqueles pagamentos referentes a títulos considerados como 
equivalentes de caixa ou aqueles mantidos para negociação imediata ou futura); 
(d) recebimentos de caixa provenientes da venda de instrumentos patrimoniais 
ou instrumentos de dívida de outras entidades e participações societárias em 
joint ventures (exceto aqueles recebimentos referentes aos títulos considerados 
como equivalentes de caixa e aqueles mantidos para negociação imediata ou 
futura); 
 
 
 
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(e) adiantamentos em caixa e empréstimos feitos a terceiros (exceto 
aqueles adiantamentos e empréstimos feitos por instituição financeira); 
(f) recebimentos de caixa pela liquidação de adiantamentos ou amortização de 
empréstimos concedidos a terceiros (exceto aqueles adiantamentos e 
empréstimos de instituição financeira); 
(g) pagamentos em caixa por contratos futuros, a termo, de opção e swap, 
exceto quando tais contratos forem mantidos para negociação imediata ou 
futura, ou os pagamentos forem classificados como atividades de financiamento; 
e 
(h) recebimentos de caixa por contratos futuros, a termo, de opção e swap, 
exceto quando tais contratos forem mantidos para negociação imediata ou 
venda futura, ou os recebimentos forem classificados como atividades de 
financiamento. 
 
Quando um contrato for contabilizado como proteção (hedge) de posição 
identificável, os fluxos de caixa do contrato devem ser classificados do mesmo 
modo como foram classificados os fluxos de caixa da posição que estiver sendo 
protegida. 
 
Principais exemplos de atividades do fluxo 
Investimentos 
Recebimento 
Venda de imobilizado 
Venda de intangível 
Outros ativos de longo prazo 
Venda de participações societárias 
Pagamento 
Aquisição de imobilizado 
Aquisição de intangível 
Outros ativos de longo prazo 
Compra de participações societárias 
 
2.12 ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO 
 
17. A divulgação separada dos fluxos de caixa advindos das atividades de 
financiamento é importante por ser útil na predição de exigências de fluxos 
futuros de caixa por parte de fornecedores de capital à entidade. Exemplos de 
fluxos de caixa advindos das atividades de financiamento são: 
 
(a) caixa recebido pela emissão de ações ou outros instrumentos patrimoniais; 
(b) pagamentos em caixa a investidores para adquirir ou resgatar ações da 
entidade; 
(c) caixa recebido pela emissão de debêntures, empréstimos, notas 
promissórias, outros títulos de dívida, hipotecas e outros empréstimos de curto 
e longo prazos; 
(d) amortização de empréstimos e financiamentos; e 
(e) pagamentos em caixa pelo arrendatário para redução do passivo relativo a 
arrendamento mercantil financeiro. 
 
 
 
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Principais exemplos de atividades do fluxo 
Financiamento 
Recebimento 
Emissão de ações/Instrumentos patrimoniais 
Debêntures (Caixa recebido pela emissão) 
Empréstimos, notas promissórias 
Pagamento 
Resgate de ações/Instrumentos patrimoniais 
Amortização de empréstimos 
Pagamento de arrendamento mercantil financeiro 
 
Atenção: apesar de ser atividade relacionada à ativo 
imobilizado (arrendamento mercantil financeiro), o 
pagamento em caixa para redução de passivo 
relativo a arrendamento mercantil financeiro é fluxo 
de caixa de financiamento. 
 
2.13 PROPOSTA DE SOLUÇÃO DOS PROFESSORES 
 
A demonstração dos fluxos de caixa – DFC proporciona informações que 
permitem aos usuários avaliarem a capacidade da empresa de gerar caixa e 
equivalentes de caixa. Além disso, quando utilizada em conjunto com outras 
demonstrações, propicia informações sobre as mudanças nos ativos da entidade 
e a capacidade da entidade de se adaptar às circunstâncias e às oportunidades. 
Ademais, uma vez que mede a geração de recursos, a DFC é útil para que 
façamos uma comparação entre diversas entidades, já que atenua os efeitos da 
adoção de diferentes critérios contábeis para transações similares. 
 
A demonstração dos fluxos de caixa deve apresentar os fluxos de caixa do 
período classificados por atividades operacionais, de investimento e de 
financiamento. 
 
Atividades operacionais são as principais atividades geradoras de receita da 
entidade e outras atividades que não são de investimento e tampouco de 
financiamento. Atividades de investimento são as referentes à aquisição e à 
venda de ativos de longo prazo e de outros investimentos não incluídos nos 
equivalentes de caixa. Atividades de financiamento são aquelas que resultam 
em mudanças no tamanho e na composição do capital próprio e no capital de 
terceiros da entidade. 
 
Na hipótese em tela, a empresa teve um caixa consumido de R$ 13,7 milhões 
de reais, decorrente da soma dos três fluxos apresentados: R$ 143,3– R$ 81,7 
– R$ 75,3. Como se pode notar à demonstração, ela iniciou o período com R$ 
97,1 milhões e terminou com menos, R$ 83,4 milhões. 
 
A princípio, não é desejável que os valores de fluxo de caixa sejam negativos, 
contudo, podemos perceber que a empresa desembolsou grandes quantias para 
atividades de investimentos, o que pode propiciar grandes retornos futuros. 
 
 
 
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3 TEMA 2. ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS. 
TRE RJ. 2012. ANALISTA. 
 
CESPE - Analista Judiciário (TRE RJ)/Contabilidade/2012 
 
 
 
Considerando que determinada empresa hipotética tenha apresentado os 
indicadores mostrados na tabela acima, elabore um resumo da situação geral 
dessa empresa, propondo melhorias para os indicadores apresentados. 
 
3.1 REVISÃO TEÓRICA 
 
3.2 ÍNDICE DE LIQUIDEZ CORRENTE OU LIQUIDEZ COMUM 
 
Liquidez corrente 
 
LC: 
Ativo circulante 
Passivo circulante 
 
Este índice apresenta a capacidade da empresa pagar suas dívidas de curto 
prazo (passivo circulante) com os recursos de curto prazo (ativo circulante). É 
um índice muito utilizado e considerado como o melhor indicador da situação de 
liquidez da empresa. 
 
Para estabelecer um índice ideal de Liquidez Corrente, é necessário avaliar o 
ciclo operacional da empresa. De uma forma geral, quanto maior for o ciclo 
operacional, maior será a necessidade de um alto índice de Liquidez Corrente. 
 
Exemplo: Ativo circulante = 3.000 e passivo circulante = 2.500 
 
LC = AC/PC  3.000/2.500. 
Logo, LC = 1,2 ou 120%. 
 
Este índice significa que a empresa possui R$ 1,20 reais no ativo circulante para 
cada real de dívida, a curto prazo. 
 
 
 
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3.3 ÍNDICE DE LIQUIDEZ SECA OU ACID TEST OU TESTE ÁCIDO 
 
Liquidez seca/Acid test/Teste ácido 
 
LS: 
Ativo circulante - estoques 
Passivo circulante 
 
Trata-se de um índice de liquidez mais rigoroso que a Liquidez Corrente, pois 
exclui os estoques. 
 
Normalmente, o estoque é o item de mais lenta realização, no Ativo Circulante. 
Precisa ser vendido, e pode se transformar em duplicatas a receber, no caso das 
vendas a prazo. 
 
Assim, o Índice de Liquidez Seca mede a capacidade de pagamento das dívidas 
de curto prazo, sem considerar os estoques. 
 
É um índice mais adequado para as empresas que operam com estoques de 
difícil realização financeira, geralmente em função do alto valor. Como exemplo 
podemos citar as empresas do setor imobiliário, nas quais a venda do estoque 
costuma ser mais lenta. 
 
Exemplo: 
 
Ativo circulante = 3.000 
Estoque = 400 
Passivo circulante = 2.500 
 
LS = (AC – Estoques)/PC = (3.000 – 400)/2.500 = 1,04 ou 104%. 
 
Significa que a empresa possui R$1,04 no ativo circulante para cada real de 
dívida de curto prazo, sem considerar os estoques. 
 
3.4 ÍNDICE DE LIQUIDEZ GERAL OU LIQUIDEZ TOTAL 
 
Liquidez geral ou total 
 
LG: 
Ativo circulante + Ativo realizável a LP 
Passivo circulante + (Passivo não circulante - Receita diferida) 
 
Observação: Passivo Circulante (+) Passivo Não Circulante – Rec. Diferida = 
Passivo Exigível. 
 
Indica a capacidade da empresa de pagar suas dívidas de curto e longo prazo, 
usando os recursos do Ativo Circulante e do Ativo Realizável a Longo Prazo. 
 
 
 
 
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 - Al 
Normalmente, é desejável que a Liquidez Geral seja superior a 1. Mas um índice 
inferior a 1 não significa que a empresa esteja em má situação financeira. Se, 
por exemplo, parte de suas dívidas forem de longo prazo e a empresa for 
bastante lucrativa, ela pode gerar recursos para pagamento das dívidas antes 
do vencimento. 
 
Ou seja, os índices devem ser analisados em conjunto, para se aferir a real 
situação da empresa. 
 
Exemplo: 
 
Ativo circulante 3.000 
Ativo realizável a LP 2.000 
Passivo circulante 2.500 
Passivo não circulante 1.800 
 
LG: (AC + ARLP)/(PC + PNC) = (3.000 + 2.000)/(2.500 + 1.800) = 1,16 ou 
116%. 
 
Significa que a empresa possui R$ 1,16 reais no Ativo Circulante e no Ativo 
Realizável a Longo Prazo para cada real de dívida do Passivo Exigível (Passivo 
Circulante + Passivo Não Circulante). 
 
3.5 INDICADORES DE LUCRATIVIDADE. 
 
A diferença entre os indicadores de Lucratividade e os indicadores de 
Rentabilidade é a seguinte: 
 
Nos índices de Lucratividade relacionamos o Lucro com as Vendas. 
 
Nos índices de Rentabilidade a relação ocorre entre o Lucro e o Capital 
Investido. 
 
São Indicadores de Lucratividade: 
 
Margem operacional 
 
MO 
Lucro operacional 
Vendas líquidas 
 
Margem líquida 
 
ML 
Lucro líquido 
Vendas líquidas 
 
Esses são os mais comuns, mas podemos também calcular a Margem Bruta: 
 
 
 
 
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Margem Bruta 
 
MB 
Lucro Bruto 
Vendas líquidas 
 
 
3.6 PROPOSTA DE SOLUÇÃO DOS PROFESSORES 
 
O índice de liquidez corrente é encontrado pela razão entre ativo circulante e 
passivo circulante. Isso significa que, com 0,833, a empresa não tem recursos 
de curto prazo suficientes para liquidar as suas obrigações de curto prazo. 
 
A situação se agrava ainda mais quando calculamos o índice de liquidez seca. 
Note-se que esse índice é encontrado da seguinte maneira: (ativo circulante – 
estoques)/passivo circulante. Considerando que os estoques têm uma realização 
muitas vezes mais lenta, retirando as mercadorias, a empresa somente tem 
0,625 para pagar cada 1,00 de dívida contraída no curto prazo. 
 
Já a liquidez geral da empresa, ou seja, sua capacidade de quitar as obrigações 
de curto e longo prazo, é satisfatória. 
 
Sobre os índices de lucratividade, imaginemos o seguinte exemplo: 
 
DRE 
Vendas líquidas 100.000,00 
(-) CMV (77.000,00) 
Lucro bruto 23.000,00 
(-) Despesas operacionais (16.000,00) 
Lucro operacional 7.000,00 
 
O cálculo da margem bruta é encontrado pela razão entre o lucro bruto e as 
vendas líquidas, o que dá 23.000/100.000 = 0,23. Não se pode dizer que esse 
índice é de todo ruim, tendo em vista que vários fatores devem ser analisados, 
como o setor de atuação da entidade, os preços praticados pela concorrência, 
entre outros fatores. 
 
Já a margem operacional é feita pela divisão entre o lucro operacional e as 
vendas líquidas, o que resulta em 7.000/100.000,00 = 0,07 ou 7%. 
Considerando que a empresa ainda passará por um processo de tributação sobre 
a renda e distribuirá participações estatutárias, quando cabível, deve sobrar de 
lucro um valor abaixo de 5%. 
 
Assim, para melhorar a sua performance de curto prazo, é sugerível que a 
companhia melhore o seu fluxo de caixa, aumentando o seu capital de giro. De 
igual sorte, uma redução das despesas operacionais, ocasionando uma maior 
margem operacional, também seria desejável. 
 
 
 
 
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4 TEMA 3. TESTE DE RECUPERABILIDADE. ANALISTA 
CONTÁBIL. TJ PE. 2017. BANCA: IBFC. 
 
IBFC/Analista Judiciário/Contabilidade/2017 
 
Com base no teste de recuperabilidade do ativo (impairment) e no CPC 01, 
analise as informações abaixo sobre um determinado ativo imobilizado de uma 
sociedade empresária.Faça os devidos cálculos necessários para as análises e, 
se for o caso, demonstre o registro contábil. Justifique a sua decisão de acordo 
com o CPC apresentado. 
 
Valor de venda do ativo imobilizado à vista no mercado R$ 120.000,00 
Custo do ativo registrado na contabilidade R$ 140.000,00 
Comissão de venda paga pelo vendedor R$ 3.000,00 
Frete pago pela venda do ativo R$ 2.500,00 
Depreciação acumulada R$ 35.000,00 
 
Capacidade de produção projetada para os próximos 03 anos do ativo, sendo 
que após este período será reduzido à sucata sem valor residual. 
 
1º ano 3.000 unidades 
2º ano 3.500 unidades 
3º ano 2.500 unidades 
 
O fluxo de caixa líquido referente à venda de cada unidade será de R$ 15,00 nos 
três anos. 
 
O custo do capital na empresa é de 12% ao ano. 
 
4.1 REVISÃO TEÓRICA 
 
4.2 REDUÇÃO AO VALOR RECUPERÁVEL DE ATIVOS 
 
O teste de recuperabilidade (ou impairment test), para ativos imobilizados e 
intangíveis, foi uma novidade trazida pela Lei 11.638/2007, que alterou a Lei 
6.404/76. Segundo este diploma legal: 
 
Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os 
seguintes critérios: 
 
§ 3o A companhia deverá efetuar, periodicamente, análise sobre a recuperação 
dos valores registrados no imobilizado e no intangível, a fim de que 
sejam: (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009) 
 
I – registradas as perdas de valor do capital aplicado quando houver decisão de 
interromper os empreendimentos ou atividades a que se destinavam ou quando 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L11941.htm#art37
 
 
 
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comprovado que não poderão produzir resultados suficientes para recuperação 
desse valor; ou (Incluído pela Lei nº 11.638,de 2007) 
II – revisados e ajustados os critérios utilizados para determinação da vida útil 
econômica estimada e para cálculo da depreciação, exaustão e 
amortização. (Incluído pela Lei nº 11.638,de 2007) 
 
Portanto, o artigo 183, parágrafo terceiro, prega que há necessidade de se 
analisar a capacidade de recuperação de valores registrados no imobilizado e 
no intangível. 
 
Em síntese, é requisito para o reconhecimento de um ativo que ele traga 
benefícios econômicos futuros. Quando os benefícios econômicos futuros que 
esse ativo vai trazer são menores do que o valor pelo qual ele está registrado 
na contabilidade, devemos, então, fazer a redução do valor (isso ficará claro a 
seguir). 
 
Portanto, segundo a Lei 6.404/76: 
 
Recuperação Registra Quando Adicionalmente
Houver interrupção do empreendimento Revisa a vida útil
Os ativos não puderem produzir resultados 
suficientes para recuperar o valor
Ajusta depreciação, 
amortização, exaustão
Imobilizados e 
intangíveis
Perda do valor do 
capital aplicado
 
 
Segundo o CPC 01 – Pronunciamento Técnico destinado estritamente e este 
assunto: 
 
1. O objetivo deste Pronunciamento Técnico é estabelecer procedimentos que a 
entidade deve aplicar para assegurar que seus ativos estejam registrados 
contabilmente por valor que não exceda seus valores de recuperação. Um ativo 
está registrado contabilmente por valor que excede seu valor de 
recuperação se o seu valor contábil exceder o montante a ser 
recuperado pelo uso ou pela venda do ativo. Se esse for o caso, o ativo é 
caracterizado como sujeito ao reconhecimento de perdas, e o Pronunciamento 
Técnico requer que a entidade reconheça um ajuste para perdas por 
desvalorização. O Pronunciamento Técnico também especifica quando a 
entidade deve reverter um ajuste para perdas por desvalorização e estabelece 
as divulgações requeridas. 
 
O teste de recuperabilidade tem como finalidade principal apresentar o valor 
real pelo qual um ativo será realizado. Essa realização poderá ser feita tanto 
pela venda do bem, quanto pela sua utilização nas atividades empresariais. 
Vejam que a norma fala em: assegurar que seus ativos estejam registrados 
contabilmente por valor que não exceda seus valores de recuperação. 
 
Vamos exemplificar. É simples! 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11638.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11638.htm#art1
 
 
 
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Valor contábil
Valor de venda
Valor em uso
 
 
Dissemos que o ativo não pode ficar registrado por valores superiores ao de 
recuperação. A recuperação dos valores de um ativo pode se dar se nós 
decidirmos vender esse ativo ou então se produzirmos mercadorias, por 
exemplo, e vendermos. Então, é só comparar o valor contábil com o maior 
desses valores (esse será o chamado valor recuperável). 
 
Perda por 
recuperabilidade
Valor recuperável
Valor contábil
Valor de venda
Valor em uso
 
 
Dissemos que o teste de recuperabilidade, que está previsto no CPC 01, é muito 
cobrado, aplicando-se aos imobilizados e intangíveis. Todavia, há ativos aos 
quais, por disposição expressa do próprio CPC, não se submetem ao CPC 01. As 
bancas gostam muito de explorar estes temas em prova. Vamos dar uma 
olhada? 
 
Alcance 
 
Este Pronunciamento Técnico deve ser aplicado na contabilização de ajuste para 
perdas por desvalorização de todos os ativos, exceto: 
 
(a) estoques (ver Pronunciamento Técnico CPC 16(R1) – Estoques); 
(b) ativos advindos de contratos de construção (ver Pronunciamento Técnico 
CPC 17 – Contratos de Construção); 
(c) ativos fiscais diferidos (ver Pronunciamento Técnico CPC 32 – Tributos sobre 
o Lucro); 
(d) ativos advindos de planos de benefícios a empregados (ver Pronunciamento 
Técnico CPC 33 – Benefícios a Empregados); 
(e) ativos financeiros que estejam dentro do alcance dos Pronunciamentos 
Técnicos do CPC que disciplinam instrumentos financeiros; 
(f) propriedade para investimento que seja mensurada ao valor justo (ver 
Pronunciamento Técnico CPC 28 – Propriedade para Investimento); 
(g) ativos biológicos relacionados à atividade agrícola dentro do alcance do 
Pronunciamento Técnico CPC 29 – Ativo Biológico e Produto Agrícola que sejam 
 
 
 
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mensurados ao valor justo líquido de despesas de vender; (Alterada pela 
Revisão CPC 08) 
(h) custos de aquisição diferidos e ativos intangíveis advindos de direitos 
contratuais de companhia de seguros contidos em contrato de seguro dentro do 
alcance do Pronunciamento Técnico CPC 11 – Contratos de Seguro; e 
(i) ativos não circulantes (ou grupos de ativos disponíveis para venda) 
classificados como mantidos para venda em consonância com o Pronunciamento 
Técnico CPC 31 – Ativo Não Circulante Mantido para Venda e Operação 
Descontinuada. 
 
Portanto, infelizmente, é necessário que vocês saibam o seguinte: o CPC 01 não 
se aplica a: 
 
CPC 01 - Não se aplica a: 
Estoques 
Ativos de contratos de construção 
Ativos fiscais diferidos 
Benefícios a empregados 
Instrumentos financeiros 
Propriedade para investimento mensurada ao valor 
justo 
Ativos biológicos ao valor justo 
Contratos de seguro 
Ativos não circulantes mantido para venda 
 
4.3 – DEFINIÇÕES IMPORTANTES SOBRE TESTE DE 
RECUPERABILIDADE 
 
Valor recuperável de um ativo ou de uma unidade geradora de caixa é o maior 
(repita-se: maior) valor entre o valor justo líquido de venda de um ativo e seu 
valor em uso. 
 
É simples! Inicialmente faremos alguns cálculos e análises para achar o valor 
líquido de venda de um ativo e, também, o seu valor em uso. Após, o maior,dentre esses dois valores, será utilizado como valor recuperável. 
 
Valor em uso é o valor presente de fluxos de caixa futuros esperados que 
devem advir de um ativo ou de unidade geradora de caixa. 
 
Valor recuperável
Valor justo líquido de 
despesa de venda
Valor em uso
Maior
 
 
 
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Para achar o valor em uso, temos de conhecer as receitas que serão 
esperadas pela utilização do ativo. Desse valor subtraímos todos os 
custos que estejam relacionados às receitas. 
 
Por exemplo, uma máquina gerará, em sua vida útil, receitas de R$ 
1.000.000,00, com custos esperados de R$ 400.000,00. O seu valor em uso 
será, grosso modo, no montante de R$ 600.000,00 (1 milhão – 400.000,00). 
 
Valor justo é o preço que seria recebido pela venda de um ativo ou que seria 
pago pela transferência de um passivo em uma transação não forçada entre 
participantes do mercado na data de mensuração. (Ver CPC 46 – Mensuração 
do Valor Justo). (Alterada pela Revisão CPC 03) 
 
Em suma: é o valor acertado pelas partes para a negociação do bem. Para fins 
de teste de recuperabilidade, o valor justo deve ser diminuído de gastos como 
frete, montagem, etc. 
 
Como exemplo, se a mesma máquina citada acima pudesse ser vendida pelo 
valor de R$ 600.000,00, com despesas de venda no valor de R$ 200.000,00. O 
valor líquido de venda seria neste caso de R$ 400.000,00 (600.000 – 200.000). 
 
Voltando ao conceito de valor recuperável, podemos dizer que, após realizado 
os passos acima, devemos proceder da seguinte forma para encontrá-lo: 
 
1) Qual o valor de uso? R$ 600.000,00. 
2) Qual o valor líquido de venda? R$ 400.000,00. 
3) Conhecidos os dois dados indagamos: Qual o valor recuperável? Exato! R$ 
600.000,00, que é o maior entre o valor de uso e o valor líquido de venda. 
 
Entenderam? Esses conceitos são importantíssimos para a prova. 
 
Perda por desvalorização é o montante pelo qual o valor contábil de um ativo 
ou de uma unidade geradora de caixa excede seu valor recuperável. 
 
Veja que o conceito diz que o valor contábil excede o valor recuperável. 
Valor Contábil é o valor pelo qual um ativo está reconhecido no balanço depois 
da dedução de toda respectiva depreciação, amortização ou exaustão acumulada 
e provisão para perdas. 
 
Podemos inferir dessa leitura que temos de comparar os dois valores, o 
contábil e o recuperável, para achar a perda. No exemplo acima, se o valor 
contábil do bem fosse R$ 800.000,00, qual seria a perda por desvalorização? 
Basta subtrairmos dos R$ 800.000,00 o valor recuperável, de R$ 600.000,00. 
Achamos o valor de R$ 200.000,00. É essa a nossa perda! 
 
Essa perda será registrada da seguinte forma: 
 
 
 
 
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D – Despesa com perda com desvalorização de ativo 200.000,00 
C – Ajuste ao valor recuperável 200.000,00 
 
No balanço, fica assim: 
 
Balanço patrimonial: 
 
Ativo imobilizado 800.000,00 
(-) Ajuste ao valor recuperável (200.000,00) 
Valor contábil 600.000,00 
 
Do contrário, se o valor de realização do ativo é maior que o seu valor contábil, 
nenhum registro há que ser feito. 
 
 
4.4 - PASSOS DETALHADOS PARA O CÁLCULO DA VALOR RECUPERÁVEL 
 
Vamos ver a maneira como deve ser feito o teste de recuperabilidade? 
 
1) Encontramos o valor contábil na data em que será feita a 
comparação. 
 
O valor contábil será encontrado do seguinte modo: 
 
a) Pegamos o valor de aquisição 
b) Retiramos a depreciação, amortização, exaustão existentes 
c) Subtraímos de (a) o valor de (b) 
 
2) Encontramos o valor recuperável: maior entre valor justo e valor em 
uso. 
 
2.1) Valor justo líquido de despesa de venda: Encontramos o valor pelo 
qual o ativo poderia ser vendido no mercado e retiramos as despesas de venda. 
 
2.2) Valor em uso: Pegamos o valor que podemos obter com a venda de 
produtos oriundos deste ativo, trazendo a valor presente (a questão dará uma 
taxa de desconto). Somamos a isso o valor pelo qual podemos vender o ativo 
no final do período. 
 
Valor de uso: Σ (Receita Esperada em n/(1+i)^n.) 
Teste de 
recuperabilidade
Valor contábil maior 
que recuperável
Registra perda
Valor contábil menor 
que valor recuperável
Nada se faz 
(prudência)
 
 
 
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 - Al 
 
 
Pegadinha! Pessoal, precisamos ter um cuidado especial quando se tratar do 
cálculo do valor em uso. 
 
Dissemos que o valor pelo qual o ativo pode ser vendido no final de sua vida útil 
deve ser incluído no cálculo do valor em uso. 
 
Contudo, se a questão disser o seguinte: 
 
- Valor de venda do ativo ao final da vida útil (31.12.X1): 20.000,00 
- Valor em uso em 31.12.X1 100.000,00 
 
Neste caso, o valor de venda do ativo já está incluído no valor em uso e não 
precisamos incluir novamente. Você utilizará diretamente o dado do valor em 
uso. Repetimos, nesta hipótese, o valor em uso será de R$ 100.000,00, e não 
de R$ 120.000,00 (100.000 + 20.000). Fiquem de olho! 
 
3) Comparamos o valor recuperável com o valor contábil: 
 
3.1) Valor contábil maior que valor recuperável: fazemos a redução do 
valor. 
3.2) Valor contábil menor que valor recuperável: nada há que ser feito, em 
homenagem ao princípio da prudência. 
 
4.5 - PERIODICIDADE DE REALIZAÇÃO DO IMPAIRMENT TEST 
 
9. A entidade deve avaliar ao fim de cada período de reporte se há alguma 
indicação de que um ativo possa ter sofrido desvalorização. Se houver alguma 
indicação, a entidade deve estimar o valor recuperável do ativo. 
 
Em síntese, funciona assim: Para os ativos em geral (como os imobilizados), 
a empresa deve verificar se há indícios de desvalorização no final do período 
de reporte (exercício social). Havendo indícios, a empresa faz uma estimativa 
formal da recuperabilidade. Não havendo, esta estimativa formal está 
dispensada. 
 
Portanto, no final do exercício, vamos e damos uma olhada: há indício de 
desvalorização? Sim! Teste de recuperabilidade. Não? Então, o teste está 
dispensado. 
 
Todavia, existem três ativos que devem ser avaliados formalmente, ainda que 
não haja indícios de perda. São eles: 
 
 
 
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 - Al 
 
- Goodwill 
- Intangível com vida indefinida 
- Intangível que ainda não está em uso. 
 
 
 
Mas, professores, por que essas exceções à regra? A explicação é simples. 
 
Os ativos em geral, como os imobilizados, por exemplo, têm reduções em seus 
valores ao longo do tempo (depreciação, amortização, exaustão). Então, mesmo 
que um ativo imobilizado esteja avaliado contabilmente por um valor superior 
ao seu valor recuperável, a redução em seu valor com o decurso de sua vida 
útil, gerada, por exemplo, pela depreciação, vai acabar por diminuir o seu valor 
contábil, o que atenua esse registro contábil por valor superior ao recuperável. 
 
Ao revés, o goodwill, o intangível com vida útil indefinida e o ativo 
intangível são ativos que têm a característica comum de não sofrer 
amortização. Isto é, os seus valores não diminuem com o curso do tempo, 
como ocorre com os outros ativos que têm amortização, depreciação, exaustão, 
etc. 
 
Com efeito, caso o registro destes três tipos de ativos estejam por valores 
superiores aos seus valores recuperáveis, permaneceriam assim caso nenhuma 
providênciafosse tomada. 
 
Por este motivo o CPC dispensou atenção maior a estes ativos, dispondo: 
 
10. Independentemente de existir, ou não, qualquer indicação de redução ao 
valor recuperável, a entidade deve: 
 
(a) testar, no mínimo anualmente, a redução ao valor recuperável de um ativo 
intangível com vida útil indefinida ou de um ativo intangível ainda não disponível 
para uso, comparando o seu valor contábil com seu valor recuperável. Esse teste 
Final do 
exercício 
(período de 
reporte)
Há indícios de 
desvalorização?
• Sim! Teste de recuperabilidade
• Não! Teste dispensado
Independente 
de indício deve 
testar:
•Goodwill (Combinação de negócios)
•Intangível com vida útil indefinida
•Intangível não disponível para uso
 
 
 
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de redução ao valor recuperável pode ser executado a qualquer momento no 
período de um ano, desde que seja executado, todo ano, no mesmo período. 
Ativos intangíveis diferentes podem ter o valor recuperável testado em períodos 
diferentes. Entretanto, se tais ativos intangíveis foram inicialmente reconhecidos 
durante o ano corrente, devem ter a redução ao valor recuperável testada antes 
do fim do ano corrente; e 
 
(b) testar, anualmente, o ágio pago por expectativa de rentabilidade futura 
(goodwill) em combinação de negócios, de acordo com os itens 80 a 99. 
 
Esta aula não visa a tratar sobre intangíveis, porém, faz-se necessária uma 
breve abordagem sobre o tema. São ativos intangíveis os direitos que tenham 
por objeto bens incorpóreos destinados à manutenção da companhia ou 
exercidos com essa finalidade, inclusive o fundo de comércio adquirido. Para que 
uma entidade reconheça um ativo intangível ele deve atender conjuntamente a 
três critérios: 
 
1) Ser separável; 
2) Ser proveniente de direitos contratuais ou legais; 
3) Ter o seu valor determinado com segurança. Atendendo-se aos critérios de 
reconhecimento pode-se passar a mensuração do ativo intangível. 
 
Existem dois métodos distintos para a mensuração do ativo intangível trazidos 
pelo CPC 04, Método de Custo e Método de Reavaliação, a saber: 
 
Método de Custo: Posteriormente ao reconhecimento inicial o ativo intangível 
deve ser apresentado ao custo, menos a amortização acumulada e a perda 
acumulada (se houver). 
 
Método de reavaliação: Após o reconhecimento, se permitido legalmente, um 
ativo intangível pode ser apresentado pelo seu valor reavaliado, correspondente 
ao valor justo na data da reavaliação. 
 
Apesar do CPC 04 trazer as duas definições, ressaltamos que a contabilização 
pela reavaliação não mais existe no ordenamento pátrio, portanto, não deve ser 
aplicada nas demonstrações contábeis. 
 
Após a mensuração, a Cia deverá avaliar se se trata de um ativo intangível de 
vida útil indefinida ou definida. Para os ativos intangíveis de vida útil 
indefinida a amortização torna-se proibida, afinal, não temos um prazo para 
calcular, não saberemos apurar a amortização senão de forma arbitrária (como 
utilizamos para achar o valor de depreciação no imobilizado, exemplo: 10 anos 
de depreciação sem valor residual = 10% ao ano). 
 
Contudo, falar que um ativo intangível tem vida útil indefinida não 
significa dizer que ele tenha vida útil infinita, eterna. Esses ativos 
estarão sujeitos à análise de impairment anual. 
 
 
 
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 - Al 
 
Já para os intangíveis de vida útil determinada mantém-se a prática de alocar 
seu custo de aquisição ao resultado com base no período determinado e se 
houver meios de determinar o valor residual para fins de amortização este 
deverá ser utilizado. Além da sujeição ao teste de recuperabilidade (ao final do 
período de reporte, havendo indícios de desvalorização). 
 
4.6 RESOLUÇÃO DA QUESTÃO 
 
Inicialmente, vamos encontrar o valor contábil: 
 
Valor contábil: 140.000,00 – 35.000,00 = 105.000,00. 
 
Feito isso, precisamos comparar com o valor recuperável, que é o maior entre o 
valor em uso e o valor justo líquido de despesa de venda. 
 
Valor justo líquido de despesa de venda: 
 
120.000,00 – 3.000,00 – 2.500,00 = 114.500,00 
 
Valor em uso: 
 
Valor de uso: Σ (Receita Esperada em n/(1+i)^n) 
 
Produção Quantidade Preço Receita total Divisão Valor presente
1o ano 3000 15,00R$ 45.000,00R$ 1,12 40.178,57R$ 
2o ano 3500 15,00R$ 52.500,00R$ 1,25 41.852,68R$ 
3o ano 2500 15,00R$ 37.500,00R$ 1,40 26.691,76R$ 
135.000,00R$ 108.723,01R$ Soma 
 
Como encontramos o fator de divisão? Para o período 1 é de 1 (= 100%) + 0,12 
(12%) = 1,12. Para o segundo período, temos 1,12 x 1,12 = 1,25. E para o 
terceiro período, temos 1,12 x ,1,12 x 1,12 = 1,40. 
 
Anote-se que devemos trazer a valor presente período a período, sob pena de 
errar o cálculo, e somente depois fazer o somatório. 
 
Portanto, o valor recuperável é o maior entre o valor justo liquido de despesa de 
venda (114.500,00) e o valor em uso (108.723,01). Nesta hipótese, vamos 
utilizar o valor de venda. 
 
Fazendo a comparação com o valor contábil temos: 
 
Valor contábil: 140.000,00 – 35.000,00 = 105.000,00. 
Valor recuperável: 114.500,00 
 
 
 
 
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 - Al 
Como o valor recuperável é maior do que o valor contábil, nenhum registro há 
que ser feito, vez que, de acordo com as normais contábeis, um ativo não pode 
ficar registrado por valores superiores aos benefícios econômicos futuros que irá 
gerar. 
 
 
 
 
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5 TEMA 4 – CONSOLIDAÇÃO. FGV. 2015. 
 
(FGV/Câmara Municipal Caruaru/Contabilidade/2015) A Cia. Alfa possui 
controle efetivo da Cia. Beta, considerando os requisitos previstos no 
Pronunciamento Técnico CPC 36 – Demonstrações Consolidadas. 
 
As empresas apresentavam os seguintes balanços patrimoniais em 31/12/2013 
(valores em milhares de reais): 
 
 
Ativos 
Caixa 
Investimentos- Cia Beta 
Goodwill- Cia Beta 
Equipamentos 
Total 
Cia Alfa 
 
 
900 
400 
 
1.300 
Cia Beta 
 
300 
 
 
700 
1.000 
Passivos + PL 
Capital Social 
Total 
 
1.300 
1.300 
 
1.000 
1.000 
 
Durante o ano de 2014 ocorreram as seguintes operações: 
 
Cia. Alfa: 
Receita de serviços com terceiros à vista por R$ 150. 
Receita de serviços com a Cia. Beta a prazo por R$ 100. 
Despesas de salários pagas de R$ 50. 
 
Cia. Beta: 
Receita de serviços com terceiros a prazo por R$ 300. 
Despesa de serviços com a Cia. Alfa não pagas por R$ 100. 
Despesa de depreciação do equipamento de 10% ano. 
Despesas de salários pagas de R$ 30. 
Realização do teste de recuperabilidade do goodwill e constatação 
de que este será devidamente recuperado pelas operações futuras 
da Cia. Beta. 
 
Com base exclusivamente nestes fatos, apresente a Demonstração do Resultado 
do Exercício e o Balanço Patrimonial das Cias. Alfa e Beta e as demonstrações 
consolidadas em 31/12/2014. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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5.1 REVISÃO TEÓRICA 
 
O objetivo da consolidação é apresentar as demonstrações contábeis de duas 
ou mais empresas como se fossem as demonstrações de apenas uma entidade. 
 
As demonstrações devem ter a mesma database. Se isso for impraticável, a 
controladora deve utilizar as demonstrações mais recentes da controlada, sendo 
que a diferença de data entre as demonstrações não pode ser superior a 2 
meses. 
 
Os balanços que serão consolidados devem ser elaborados de acordo com 
políticas contábeis uniformes. 
 
 
 
Um investidor controla a investida se atender aos três requisitos abaixo: 
 
- Tem poder sobre a investida; 
- Possui retornos variáveis decorrentes de seu envolvimento com a investida; e 
- Tem capacidade de utilizar seu poder sobre a investida para afetar o valor de 
seus retornos. 
 
 
A consolidação se inicia na data em que o investidor obtiver o controle da 
investida e cessa quando o investidor perder o controle. 
 
A participação dos não controladores (acionistas minoritários) fica no PL 
consolidado, separadamente do patrimônio líquido dos controladores. 
 
 
 
 
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O objetivo da consolidação é apresentar as demonstrações contábeis de 
duas ou mais empresas como se fosse uma empresa só. 
 
Para isso, todas as operações internas (entre empresas do mesmo grupo, que 
serão objeto de consolidação) devem ser eliminadas, constando nas 
demonstrações financeiras apenas as transações com terceiros. 
 
A consolidação consiste basicamente em somar as diversas contas dos 
demonstrativos que serão consolidados. Vamos supor que a empresa A possua 
100% da empresa B. Os balanços patrimoniais são os seguintes: 
 
Empresa A: 
 
Conta A 
 Caixa 100 
Duplicatas a receber 1000 
Estoque 4500 
Empréstimos a controlada 500 
Investimentos em controladas 6500 
Imobilizado 6000 
Total Ativo 18600 
Fornecedores 3600 
Empréstimos a pagar 
Patrimônio Líquido 15000 
Total Passivo + PL 18600 
 
Empresa B: 
 
Conta B 
Caixa 200 
Duplicatas a receber 600 
Estoque 3000 
Empréstimos a controlada 
Investimentos em controladas 
Imobilizado 8000 
Total Ativo 11800 
Fornecedores 4800 
Empréstimos a pagar 500 
Patrimônio Líquido 6500 
Total Passivo + PL 11800 
 
Informações Adicionais: a Empresa A emprestou R$ 500 à empresa B (também 
chamado de “Mútuo”), o qual ainda estava em aberto. 
 
Vamos efetuar a consolidação e os ajustes: 
 
 
 
 
 
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Conta A B Soma Débito Crédito Total Consolidado 
Caixa 100 200 300 300 
Duplicatas a receber 1000 600 1600 1600 
Estoque 4500 3000 7500 7500 
Empréstimos a 
controlada 500 500 500 0 
Investimentos em 
controladas 6500 6500 6500 0 
Imobilizado 6000 8000 14000 14000 
Total Ativo 18600 11800 30400 7000 23400 
Fornecedores 3600 4800 8400 8400 
Empréstimos a pagar 500 500 500 0 
Patrimônio Líquido 15000 6500 21500 6500 15000 
Total Passivo + PL 18600 11800 30400 7000 23400 
 
Nesse exemplo bem simples, após somar os saldos das contas, tivemos apenas 
dois ajustes: 
 
1) A participação de uma sociedade em outra. Creditamos Investimentos em 
Coligadas e Debitamos PL no valor de R$ 6.500 (eliminando a conta investimento 
em Controlada de A com contrapartida no PL de B). 
 
2) O saldo do empréstimo entre as empresas. Creditamos o Ativo de A e 
debitamos o Passivo de B, no valor de R$500, eliminando esse valor do balanço 
consolidado. 
 
Além desses dois ajustes, também devemos ajustar o resultado não realizado 
de negócios entre as empresas. Veremos com mais detalhes adiante. 
 
A consolidação é realizada extra contabilmente, não 
gerando qualquer lançamento na contabilidade das 
empresas consolidadas. 
 
Texto do apêndice do Pronunciamento CPC 36 (R3): 
 
Requisitos contábeis 
Procedimentos de consolidação 
 
B86. Demonstrações consolidadas devem: 
 
(a) combinar itens similares de ativos, passivos, patrimônio líquido, receitas, 
despesas e fluxos de caixa da controladora com os de suas controladas; 
(b) compensar (eliminar) o valor contábil do investimento da controladora em 
cada controlada e a parcela da controladora no patrimônio líquido de cada 
controlada (o Pronunciamento Técnico CPC 15 explica como contabilizar 
qualquer ágio correspondente); 
 
 
 
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(c) eliminar integralmente ativos e passivos, patrimônio líquido, receitas, 
despesas e fluxos de caixa intragrupo relacionados a transações entre entidades 
do grupo (resultados decorrentes de transações intragrupo que sejam 
reconhecidos em ativos, tais como estoques e ativos fixos, são eliminados 
integralmente). Os prejuízos intragrupo podem indicar uma redução no valor 
recuperável de ativos, que exige o seu reconhecimento nas demonstrações 
consolidadas. O Pronunciamento Técnico CPC 32 – Tributos sobre o Lucro se 
aplica a diferenças temporárias, que surgem da eliminação de lucros e prejuízos 
resultantes de transações intragrupo. 
 
Políticas contábeis uniformes 
 
B87. Se um membro do grupo utilizar políticas contábeis diferentes daquelas 
adotadas nas demonstrações consolidadas para transações similares e eventos 
em circunstâncias similares, devem ser feitos ajustes apropriados às 
demonstrações contábeis desse membro do grupo na elaboração das 
demonstrações consolidadas para garantir a conformidade com as políticas 
contábeis do grupo. 
 
Comentários: Resumidamente, os seguintes procedimentos devem ser 
seguidos, na consolidação: 
 
 
 
Supondo que a Empresa A e B terão seus balanços consolidados, temos o 
seguinte esquema: 
 
Terceiro Empresa A Empresa B Terceiro
Transações
Transações
Balanço Individual
Balanço Consolidado
Consolidado (A e B) 
 
1) Dessa forma, todas as operações entre a Empresa A e a Empresa B são 
eliminadas, restando apenas as operações com terceiros. 
 
 
 
 
 
 
 
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5.2 ELIMINAÇÃO QUE DEVEM SER REALIZADAS NA CONSOLIDAÇÃO. 
 
5.3 ELIMINAÇÃO DAS PARTICIPAÇÕES. 
 
Das demonstrações financeiras consolidadas serão excluídas: 
 
I - As participações de uma sociedade em outra. 
 
Quando uma empresa adquire participação em outra, deve realizar o seguinte 
lançamento contábil: 
 
D – Investimento ( Ativo Não Circulante), dividido em: 
 Valor patrimonial 
 Mais Valia 
 Goodwill 
C – Caixa ou bancos (Ativo Circulante) 
 
O valor do investimento da investidora corresponde a uma parcela do patrimônio 
líquido da investida. Assim, na consolidação, eliminamos o investimento da 
adquirente contra o PL da adquirida. 
 
(Obs: como já explicamos acima, o valor do investimento compreende o valor 
patrimonial, a Mais Valia e o Goodwill). 
 
Um exemplo para ilustrar esse ponto: 
 
Maurino, Dadá e Zeca resolveram iniciar um negócio próprio. Estavam muito 
orgulhosos e confiantes quando integralizaram o Capital da “Três Amigos”, fruto 
de anos de trabalho e economia: $1.000.000,00, depositado na conta da 
empresa: 
 
D – Caixa (Ativo) 1.000.000 
C – Capital Social (PL) 1.000.000 
 
Antes de iniciarem as operações, entretanto, surgiu inesperadamente o que 
parecia ser uma excelente oportunidade de negócios. Para não “deixar o bonde 
passar”, resolveram abrir uma controlada integral da “Três Amigos”, para se 
dedicar também à nova oportunidade que surgira. Criaram, assim, a “MDZ 
empreendimentos” com capital de $600.000: 
 
Contabilização na “MDZ”: 
 
D – Caixa (Ativo) 600.000 
C – Capital Social (PL) 600.000 
 
Contabilização na “Três

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